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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mons Kallentoft - Sangue Vermelho em Campo de Neve


É com muito gosto que acabo de ler o primeiro da nova tetralogia sueca. Apesar de ser um bom policial, apresenta uns pontos fortes e fracos que gostaria de discutir.

À semelhança do conterrâneo Stieg Larsson, este livro transmite a sensação de estarmos em plena Suécia, tais são as descrições daquele clima frio. Contudo, na minha opinião, estes autores não são comparáveis. A trilogia Millennium tem uma trama bem mais rápida do que a história que Mons Kallentoft apresenta, uma vez que o autor incorpora elementos alusivos às descrições do morto enquanto entidade espiritual. Também é descrito os laços de família entre a protagonista e a sua filha pré-adolescente Tove, com toda a problemática que implica esta fase etária com a progenitora.

No que diz respeito à resolução do crime, focando apenas nessa parte, tenho a afirmar que tem várias surpresas até ao desenlace final, que obedece à receita do Assassino é quem menos se espera. Como a acção é de si lenta, o clímax revelou-se nas demais várias paginas do final, que tornou um vício ler o fim do livro!

No global considero um livro com um qb de complexidade na medida em que existem demasiadas personagens, com nomes suecos, sendo que muitas delas superficiais, tendo tido alguma dificuldade inicialmente, de associar quem é quem. Gostei menos das descrições do morto, estarem ali ou não são indiferentes. Adorei a investigação do crime e o facto do autor ter relacionado este mesmo com aspectos outsiders, tendo tido um desenlace inesperado! Foi interessante ler sobre a relação Malin Fors e filha e chegar à conclusão que afinal os pré adolescentes suecos são em tudo semelhantes aos portugueses.

Apesar de tudo é um bom policial, recomendável a quem gosta de emoções fortes! Estou ansiosa pelos restantes 3 livros :)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Douglas Preston e Lincoln Child - Dança no Cemitério


Este é o 5º livro que leio da dupla Vicent D´Agosta e Aloysius Pendergast, duas personagens fantásticas, então Pendergast...é simplesmente fenomenal.

Ainda que tenha gostado mais da trilogia Diogenes, "Dança no Cemitério" foi uma óptima leitura e misturou a acção e o suspense, factores a que Douglas Preston e Lincoln Child já nos habituaram nos seus livros.

Este livro tem uma acção independente dos restantes da saga Pendergast, só as personagens são em comum, além dos protagonistas, Nora Kelly e William Smithback (que teve um papel de destaque nos últimos volumes da trilogia).
Fiquei surpreendidissima com a sinopse da história e o que teria acontecido a este personagem, o qual já nutria uma simpatia especial (por ele e pela Nora, um casal querido). Então neste livro, Smithback morre...e quem o mata já está morto! Bizarro não?

Desde aí aguça a curiosidade em saber se o assassino está mesmo morto? Se não qual seria a sua identidade? Haverá ainda mais mortes? E porquê Smithback?

Este livro mistura muitos elementos sobrenaturais como obeah e vudu, para enriquecer o enredo, que por si só é altamente imprevisível e a cada virar de página revela novas surpresas! Há também muitas mortes bizarras, cultos estranhos e sacrifícios de animais...

Um livro que os amantes da acção e adrenalina em páginas não devem perder!


sábado, 2 de outubro de 2010

Harlan Coben - Não contes a ninguém


Terminei mais um livrinho da colecção O Fio da Navalha e mais uma vez deixou-me deliciada! Foi o primeiro livro que li do autor e fiquei fã!

David Beck é um médico pediatra, viúvo há 8 anos. A sua esposa, morreu num incidente estranho e desde então o David tem uma vida um tanto ou quanto solitária, contando com a amizade da sua cunhada Shaunna, casada com Linda, irmã de David.

A polícia local desenterra dois corpos no lago Charmaine e encontra junto deles o taco de basebol que supostamente teria atingido David no dia da tragédia, o que a polícia vai suspeitar do médico no crime da própria mulher! Quase em simultâneo, David começa a receber alguns emails, enviados supostamente pela sua própria (defunta) mulher e trata de investiga-los, envolvendo-se num jogo perigoso onde nada é o que parece...

Temos aqui várias dúvidas que queremos deslindar: como é que David conseguiu sair do lago? De quem serão os corpos descobertos? E Elisabeth estará mesmo viva?

Gostei do facto da narração estar mediada entre a primeira e a terceira pessoa, dando uma envolvência bastante intensa ao leitor no próprio trama. Com capítulos curtos e cheios de acção mistério e uma dose de espionagem, este livro tem a fórmula ideal para ser lido em poucos dias! Gostei também da personagem principal, David é romântico (adorei aquelas descrições de paixão com Elisabeth) e no entanto é esperançoso com o facto de ter sido mesmo a esposa enviar aqueles e-mails e ela ainda estar viva!

Gostei da própria escrita de Coben, que deixa pequenas pontas no decorrer no enredo, e apenas no final é que o leitor consegue junta-las, de uma forma lógica.

O livro foi já adaptado ao cinema, de seu nome Ne le dis a personne. Todas as informações sobre este filme (estou curiosíssima em ver) aqui