quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Craig Russell - Águia de Sangue [Opinião]


Sinopse: Duas mulheres são assassinadas da mesma maneira ritualista e brutal. O assassino provoca a Polícia com e-mails. Parece evidente estarmos perante um assassino em série, que escolhe vítimas ao acaso e põe em prática uma qualquer fantasia perversa. Mas quando Jan Fabel e a sua equipa começam a investigar, descobrem que nada é o que parece. São arrastados para um mundo sombrio de mitologia e lendas, de obscuros cultos religiosos, intriga política e um violento esforço para controlar a cidade. Enquanto Fabel tenta apanhar o assassino antes que haja mais mortes, ele e a sua equipa são obrigados a enfrentar uma ameaça fria e brutal que nunca poderiam ter previsto.

Opinião: Terminei a minha leitura do 1º livro da saga de Jan Fabel, o kriminalhauptkomissar de Hamburgo.

A acção divide-se em 3 partes, cujas correspondências temporais relacionam-se com o deslindar de um crime, tendo como base o ritual viking da Águia de Sangue.
A história é bastante interessante e pude aprender mais sobre este tipo de tortura e a religião Asatru. Penso que o autor fez uma grande pesquisa sobre esta temática. Despertou-me grande interesse e já tive alguns debates sobre os vikings com o Ricardo :P

O enredo encontra-se munido de muita acção e suspense, a cada página há um elemento novo, e por vezes surpreendente. Entrelaçado com o crime, vem a abordagem de um submundo corrupto de sexo, drogas e esquemas políticos...essa parte não me convenceu :/

Gostei das descrições dos crimes, bastante gráficas. Ora para quem não sabe, a águia de sangue é uma forma de tortura em que o esterno é aberto...ora tentem lá imaginar os contornos das consequências deste "castigo"... pois é. Os requintes de malvadez conseguem ir longe...
O livro é um policial na verdadeira ascensão da palavra, é pesado e por vezes tive a necessidade de desanuviar, e lia revistas a meio desta leitura!

Como pontos fracos aponto essencialmente duas coisas. Por um lado, o autor não explora as personagens e eu não consegui sentir afinidade com Jan Fabel :/ da sua vida pessoal sabe-se pouquissimo e talvez por isso não há aquela empatia leitor-personagem (pelo menos comigo aconteceu isso).

O livro pode tornar-se um pouco confuso. Isto porque a acção "salta" muito de local para local, numa dada hora e num certo dia. Penso que igualmente confuso foram os termos alemães empregues no livro, que me fazia sempre ir ao glossário...

Mas aconselho a quem gosta do género. é um livro diferente do que já tinha lido até hoje. Gostei.

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