Páginas

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Robert Galbraith - Quando o Cuco Chama [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Acreditem ou não, nunca li nada de J. K. Rowling. Sei que os Harry Potter são livros mágicos, os meus alunos idolatram-nos e que Morte Súbita, num registo mais adulto, é uma história pesada mas interessante. Este Quando o Cuco Chama, sob o pseudónimo de Robert Galbrait, pertence ao género policial. Ora sem dúvida, que mesmo sendo estreante nas obras de Rowling, penso que é consensual afirmar que a autora é assaz versátil.

O caso começa quando John Bristow recorre ao detective privado Cormoran Strike para averiguar as estranhas circunstâncias da morte da sua irmã, a supermodelo Lula Landry. Ao que tudo indica terá sido um suicídio, hipótese que o irmão põe de parte. Strike é conquistado pela convicção de Bristow e pela quantia de dinheiro que este está disposto a pagar.

Gostei do protagonista, Cormoran Strike, embora seja um cliché dos protagonistas da grande generalidade das tramas policiais, por apresentar algumas mazelas psicológicas. Recém separado de Charlotte, antigo veterano de guerra sem uma perna, frequentemente endividado, parece um constante azarado.
A investigação de Strike é algo parada e debruça-se sobre vários pormenores. Por vezes, esta difunde-se na vida passada do protagonista. Não me oponho uma vez que Quando o Cuco Chama é o primeiro livro da saga e a autora quer dar a conhecer o protagonista, de uma forma completa.
Diria que a caracterização é o ponto forte do livro, uma vez que esta também se denota na personagem Robin, a secretária temporária de Strike, cuja perspicácia é quase equiparável à do patrão. Há claramente uma cumplicidade entre ambos e algumas das passagens protagonizadas por ambos têm algo de humor. 

Passado em Inglaterra, país onde ocorreu aquele que foi para mim, o episódio mais chocante a nível de relação entre figura pública e papparazzi (falo do caso da princesa Diana), a trama baseia-se muito neste aspecto e na forma como os media desrespeitam a privacidade de outrém. Não fosse Lula mestiça, a trama aborda temáticas como o racismo, o consumo de álcool e drogas (um hábito que erradamente parece acompanhar a vida dos socialites, como uma estranha forma de aceitação). Este estilo de vida do socialite faz-se representar no livro através dos meios onde se movimentava Lula: ora num restaurante chique, uma discoteca bem frequentada ou lojas das mais finas roupas. Uma verdadeira ode ao glamour londrino que me cativou bastante.

O livro é o típico policial britânico, clássico, isento de violência mas carregado de induções inteligentes que fazem deslindar o caso. A resolução é feita através de inquéritos aos conhecidos da vítimas que se tornam suspeitos e os apontamentos dos depoimentos são precisamente as pistas para solucionar o quebra cabeças. Vendo bem, e apenas considerando a dedução como forma de resolver o mistério, Cormoran Strike pertence à velha escola de Sherlock Holmes e Hercule Poirot.
Ainda que o método usado seja o questionário, denotei que o livro continha poucos diálogos, factor que influência a dinâmica de leitura. A autora privilegiou a caracterização.

Não é, na minha opinião, um policial ávido que se lê num ápice. É essencialmente um policial moroso e propenso à reflexão, avaliando como algo tão efémero, a fama e a riqueza, pode destruir algumas relações de confiança. Não deixa, contudo, de ser um bom livro de mistério e personagens intensas. Fico a aguardar pelo segundo livro.

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui.
Para mais informações sobre o livro Quando o Cuco Chama, clique aqui.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Megan Maxwell - Pede-me O Que Quiseres [Opinião]


Sinopse: Um romance atrevido e contemporâneo. Uma história de amor que oculta um perigoso segredo. Recheado de amor, luxúria e sexo.
Após a morte do pai, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa Müller. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atracção que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo.
Com ele aprenderá que todos temos dentro um voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes… Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.

Opinião: Recebi em casa este livro, acompanhado de uma flor plastificada em azul que combina com a capa. Fiquei muito entusiasmada em iniciar esta leitura pois como sabem, os romances sensuais são para mim um escape dos policiais, uma leitura predominantemente pesada.
Ninguém pode negar que os romances eróticos estão em voga e actualmente encontra-se uma grande variedade do género no mercado. Bem, talvez não diria variedade pois noto que os romances sensuais passados na actualidade (vulgo 50 Sombras de Grey, Crossfire e agora este Pede-me o Que Quiseres) têm pontos em comum. Ora vejamos as semelhanças com o 50 Sombras de Grey: conhecem-se em circunstâncias laborais (ele numa posição de chefia); a estrutura do texto com os emails trocados entre o casal, também já algo conhecida. E algum dejá vú de cenas como a que Eric percorre uma série de km até Jerez para estar com Jud (onde é que eu terei lido já isto?).

No entanto, a personagem feminina distancia-se de Anastasia, sendo uma mulher mais madura, experiente e extrovertida, o que acaba por aproximá-la de Eva Tramell da série Crossfire. Eric carinhosamente apelida Jud por Pequena, o que me fez lembrar Meu Anjo, por parte de Gideon... Por outro lado querem homens com personalidades tão similares como Christian Grey, Gideon Cross e Eric Zimmerman?
Bem, no meio de tantas comparações há que destacar o que esta série traz de inovador, e a meu ver, é a forma como são geridas as emoções dos mais variados tipos. Falo por mim, ora me senti apaixonada e excitada com aquele relacionamento, ora me senti triste com a morte do gato de Jud, Curro, que se encontrava em estado terminal. Em nenhum dos romances sensuais que li até hoje denotei uma componente de dor assim tão desenvolvida. Também muitas vezes dava por mim a esboçar um sorriso devido às observações de Jud, algumas munidas de um certo humor.
Em relação a Eric, a personagem não fugiu muito aos parâmetros dos protagonistas masculinos desta tipologia de livros: além de um físico arrebatador e viril, é controlador e esconde as emoções. Algo nos diz que o seu passado é algo sombrio... Um homem dominante não significa necessariamente que esteja ligado ao BDSM.
Indiscutivelmente, Pede-me O Que Quiseres está mais bem escrito que os mencionados acima. Penso que a história tem mais profundidade e os personagens, de certa forma, são mais maduros.

Este é um livro puramente erótico. Recorre muito, e de forma explícita, aos actos sexuais sem, no entanto, abordar o BDSM, que na minha modesta opinião, era o objectivo das 50 Sombras de Grey. Ainda assim, esta forte componente sexual traduz-se em práticas mais audazes como o voyerismo, orgias ou lesbianismo. Apraz-me dizer que Pede-me O Que Quiseres é um livro extremamente sensorial. Não só pelas descrições sexuais que apelam ao tacto e à visão, de tão explícitas que são, sobretudo como apelam à audição através da menção de algumas músicas.

Em suma, Pede-me o Que Quiseres, recheado de emoções voluptuosas, foi um livro que gostei. 
Ainda não li muitos do género e gosto das emoções que este tipo de livros desperta, tão contraditórios aos do meu género de eleição, o policial. 
Fico a aguardar o próximo volume, esta é uma série que me despertou curiosidade em acompanhar. Espero que a Planeta publique rapidamente o próximo volume! 

Para mais informações sobre o livro Pede-me O Que Quiseres, clique aqui.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Jo Nesbø - O Boneco de Neve [Divulgação Editorial Dom Quixote]


Data de Publicação: 5 Novembro 2013

               Título Original: Snømannen
               Páginas: 472
               Preço com IVA: 19,90€
               ISBN: 9789722053594

Sinopse: Noite escura. Lá fora começa a nevar. A primeira neve do ano. No conforto da sua casa, Jonas acorda a meio da noite, chama pela mãe, mas o único rasto que encontra são as pegadas húmidas no chão das escadas. No jardim, a mesma figura solitária que vira durante o dia: o boneco de neve, agora banhado pelo luar, com os olhos negros fixos na janela do quarto. E no pescoço um agasalho: o cachecol cor de rosa que oferecera à mãe. 
Encarregado da investigação, o Inspetor Harry Hole está convencido de que existe uma ligação entre o estranho desaparecimento da mãe de Jonas e uma carta ameaçadora que recebeu alguns meses antes. Quando Harry e a sua equipa começam a analisar antigos casos por resolver, descobrem que, ao longo dos anos, no primeiro dia em que nevou, desapareceu um número alarmante de mulheres, com uma característica comum: eram todas casadas com filhos. E quando se vê confrontado com outro caso com as mesmas características, as suspeitas de Harry confirmam-se: não passa de um mero peão num jogo mortífero. Pela frente tem o primeiro assassino em série da Noruega, um assassino tão inteligente, que quase o leva à loucura.

Para mais informações sobre o livro O Boneco de Neve, clique aqui.

Do autor, pela Dom Quixote








Ngaio Marsh - Crime de Luxo [Divulgação Editorial ASA]


Data de Publicação: 5 Novembro 2013

               Título Original: Death in a White Tie
               Colecção: Crime à Hora do Chá #3
               Preço com IVA: 14,90€
               Páginas: 376
               ISBN: 9789892324890

Sinopse: As jovens debutantes suspiram, ansiosas. As mães casamenteiras planeiam minuciosamente cada lanche, baile e jantar. Em Londres, uma nova temporada está prestes a começar. Mas por detrás de tão enérgica atividade, a alta sociedade está a ser vítima de um crime tão abjeto quanto silencioso. Alguém está a chantagear as mais notáveis famílias da cidade... e essa pessoa também planeia cuidadosamente todos os seus passos. O inspetor-chefe Roderick Alleyn, ele próprio um aristocrata, move-se suficientemente bem naquele meio para perceber que algo de estranho se passa. Encontrou, até, o aliado perfeito. O seu amigo Lorde Robert Gospell aceitou misturar prazer e dever num dos bailes mais aguardados do ano. E para mal dos seus pecados, o bom lorde descobriu o culpado...

Para mais informações sobre o livro Crime de Luxo, clique aqui.

Anteriormente desta colecção:



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mary Higgins Clark - Uma Canção de Embalar [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Uma Canção de Embalar foi a última obra escrita por Mary Higgins Clark, publicada no início deste ano nos Estados Unidos. Congratulo a editora Bertrand que não tardou em traduzir este livro.
Aquela que é conhecida como a Rainha do Suspense, encontra-se na faixa etária dos 80s e mantém as suas capacidades na escrita de uma trama envolvente. Para quem já conhece e acompanha a suas obras penso que este livro está à altura dos anteriores.

A história começa com uma explosão numa empresa de antiguidades, pertencente à família Connelly de onde resulta a morte do artesão Gus Schmidt e o coma da neta do proprietário, Kate Connelly. Ainda assim, paira no ar um clima de suspeita: será que ela e Gus conspiraram sobre este incêndio? 

A sua irmã, Hannah Connelly, é uma designer de moda e tem finalmente a oportunidade de ter a sua própria marca. No entanto vê a sua irmã hospitalizada e o pai, Douglas, adopta algumas atitudes altamente suspeitas. Daí que seja notória a tenacidade de Hannah na investigação do caso, mais do que a própria polícia. Doug foi o único sobrevivente de um acidente de barco que vitimou a esposa Susan Connelly, o irmão Connor e outros quatro tripulantes ainda as filhas eram crianças. Desde então, o viúvo Douglas refugia-se nos excessos de álcool e mulheres mais jovens, fazendo com que a sua relação com as filhas fosse esticada, quase já num ponto de ruptura. A dúvida forma-se sobre as motivações de Douglas em relação aos negócios e o bem estar de Kate.

Esta posição de Kate, embora em estado de coma, é fundamental no deslindar do mistério uma vez que intercalados com a acção, são mencionados alguns flashbacks de eventos do seu passado. As tentativas de expressar para o exterior algumas pistas enganosas do que terá acontecido resultaram: deixaram-me ainda mais curiosa para perceber o que terá motivado este acidente. As circunstâncias já eram por si, bastante suspeitas e com estes estranhos e curtos testemunhos, aumentaram em muito o ambiente de suspense da história. Tão estranho como uma personagem que é uma pária durante grande parte da trama, se torna uma peça fundamental na resolução do mistério. Esta foi uma inovação nas tramas da autora que me nunca me deixam de surpreender.

Embora as circunstâncias do incêndio sejam a questão fulcral da história, a autora incorpora outros sub-enredos sobre pessoas desaparecidas: uma jovem ascendente a uma carreira de actriz e um veterano de guerra sem abrigo, motivado pelos traumas de guerra. 
Não esqueçamos claro, como é já fórmula de Higgins Clark, um par com potenciais interesses românticos.
Por ser uma história com muitas personagens, muitas delas desaparecidas até recorrendo à inclusão das suas famílias, estas acabam por ser pouco desenvolvidas. Manifestam, no entanto, estas características tão "humanas" espelhadas nos pontos fracos de cada uma e desenvolvendo temas como a mendicidade ou os traumas de guerra; a inquietação de uma família perante um ente desaparecido ou a tristeza de ser orfão.

Uma Canção de Embalar é um livro que se lê muito bem devido aos capítulos curtos e ao suspense que tão bem a autora doseia nas suas histórias. Surpreendente, intrigante, com muita acção e segredos descobertos na mais aparente honesta das famílias, é um livro que não deixo de recomendar aos leitores. 


domingo, 20 de outubro de 2013

Sylvia Day - Envolvida [Opinião]


Sinopse: Desde que vi o Gideon pela primeira vez, percebi que ele tinha algo de que eu precisava, algo a que eu não conseguia resistir. Percebi-lhe também uma alma perigosa e atormentada – tal como a minha. Envolvi-me. Eu precisava dele tanto como precisava que o meu coração batesse. Ninguém sabe o quanto ele arriscou por mim e o quanto eu fui ameaçada; ninguém imagina quão negra e desesperada se tornou a sombra dos nossos passados. Entrelaçados nos nossos segredos, tentamos desafiar o destino. Definimos as nossas próprias regras e rendemo-nos completamente ao intenso poder da obsessão.

Opinião: Adoro a capa de Envolvida, para mim a mais linda da trilogia. Bem, aquilo que era inicialmente uma trilogia, à semelhança do sucesso Fifty Shades of Grey, converteu-se agora numa série, a #Crossfire de cinco volumes. Depois de Rendida e Refletida, este Envolvida, sendo o terceiro, ditaria o final da história entre Eva Tramell e Gideon Cross. Quando soube deste facto, fiquei apreensiva sobre este alargamento da história em dois volume extra.

Apesar desta ter sido uma leitura de bom entretenimento, sinceramente acho que este livro não adiantou muito à história. A trama fecha algumas das pontas soltas até então, como o caso de Nathan e há efectivamente acontecimentos ditos novos na trama que, na minha opinião, poderiam concretizar-se no clímax de toda a trama. Na minha opinião, tornar-se-iam certamente mais plazerosos. Contudo, estes acabam por ser imprevisíveis se considerarmos o momento, diria, precoce em que acontecem. 
Há um outro aspecto que vi mais desenvolvido em Envolvida, o lado mais sentimental de Gideon. A pouco e pouco, a autora vai desvendando alguns elementos do seu passado, que justificam os constantes pesadelos. 

O erotismo, a sensualidade, o romantismo e até aquele subtil suspense continuam a ser bem doseados neste volume. No entanto, achei que o livro serpenteia um pouco mas creio que com a finalidade de estreitar e definir melhor a relação que os une. Ora Eva e Gideon afastam-se, ora estão juntos numa relação gerida pela possessão (ele controla telemóvel dela, conhece a sua rotina diária e outros comportamentos adoptados pelos stalkers). Não tenho dúvidas que se possam amar mas a paixão física é algo avassalador.

Apesar do aumento considerável do número de páginas, é um livro que se lê muitíssimo bem: entre as abundantes passagens sexuais, explícitas entre o casal, a autora investe em pontos que ficaram pouco esclarecidos no livro anterior bem como alguns (poucos) eventos que condicionarão a história doravante.

A trama também dá bastante relevância àquelas que podem ser consideradas novelas secundárias: a história de Cary (a braços com uma situação delicada), os pais de Eva, os amigos como Megumi e o seu chefe, o ex-namorado de Eva e Corinne. Esta pluralidade de histórias, das mais diversas naturezas nos seus relacionamentos, acaba por tornar a história mais completa. No entanto, a autora adiciona um ingrediente extra, uma personagem que creio que dará que falar doravante, Deanna Johnson.

Em suma, não que tenha desgostado do livro mas certamente teria apreciado ver mais em Envolvida. O final abrupto e algo pouco satisfatório fez com que tivesse mesmo pena de não ter o volume seguinte à mão para continuar a sua leitura. Apesar de tudo, não abandonarei de todo a saga. Estou de facto curiosa para conhecer o desfecho da série, restando-me apenas a expectativa crescente na publicação do próximo volume, o mais breve possível.


sábado, 19 de outubro de 2013

Janet Evanovich & Lee Goldberg - O Golpe [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de Publicação: 24 Outubro 2013

               Título Original: The Heist 
               Preço com IVA: 17,49€
               Páginas: 320
               ISBN: 9789898626233

Sinopse: Ela é uma detetive implacável. Ele é um vigarista procurado. Juntos são a arma secreta do FBI para investigar o golpe perfeito. Kate O’Hare é uma das melhores agentes do FBI. Nick Fox é um vigarista genial, presente na lista dos Dez Mais Procurados do FBI. Ela raramente falhou um caso — a exceção é Nick, que sempre escapou à sua vigilância enquanto aplicava inacreditáveis golpes de alto risco a milionários. Eles sentem-se atraídos um pelo outro: ela é teimosa e exigente, ele é charmoso e imaginativo.
Juntos, e com uma equipa de vigaristas amadores reunida por Nick, vão montar um golpe genial para capturar um investidor corrupto que fugiu com 500 milhões de dólares e que se esconde numa das 17 mil ilhas da Indonésia. Entre uma forte atração mútua, problemas de liderança e choques de personalidade, será que esta dupla improvável irá ser bem-sucedida?


Anteriormente publicados pela TopSeller, da mesma autora:



Karin Slaughter - Tríptico [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de Publicação: 7 Novembro 2013

               Título Original: Triptych 
               Tradução: Pedro Garcia Rosado
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 448
               ISBN: 9789898626288

Sinopse: Três pessoas com segredos perturbadores.
Um assassino sem nada a perder.
Quando Michael Ormewood, detetive da Polícia de Atlanta, é chamado à cena de um homicídio num bairro social, depara-se com uma das mortes mais brutais de toda a sua carreira: o corpo de Aleesha Monroe jaz nas escadas de um prédio, numa poça formada pelo seu próprio sangue e horrivelmente mutilado.
Enquanto incidente isolado, este já seria um crime chocante. Mas quando se torna evidente que é apenas o mais recente de uma série de ataques violentos, o Georgia Bureau of Investigation é chamado a intervir — e Michael vê-se obrigado a trabalhar com o agente especial Will Trent, com quem antipatiza de imediato.
Vinte e quatro horas mais tarde, a violência a que Michael assiste todos os dias explode nas traseiras da sua própria casa. Percebe-se, então, que talvez o mistério da morte de Aleesha Monroe esteja indissoluvelmente ligado a um passado que se recusa a ficar esquecido…

Sobre a autora: Karin Slaughter cresceu numa pequena cidade do Sul da Geórgia e vive actualmente em Atlanta. Na grande tradição dos thrillers literários, o talento de Karin Slaughter foi comparado ao de Thomas Harris (O Silêncio dos Inocentes) e Patrícia Cornwell. Morte Cega, o seu primeiro romance, publicado pela Gótica conheceu um enorme sucesso nos países onde foi editado. A sequela, Um Mundo de Silêncio, foi o segundo e o último livro traduzido por cá da autora, tendo como protagonista Sara Linton. 
Em 2013 é finalmente publicado um novo livro de Slaughter, o primeiro da saga de Will Trent.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Stephen King - A Cúpula [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 8 Novembro 2013

               Titulo Original: Under The Dome
               Tradução: Ana Lourenço
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 536
               ISBN: 97897225227217 


Sinopse: Num bonito dia de outono, um dia perfeitamente normal, uma pequena cidade é súbita e inexplicavelmente isolada do resto do mundo por uma força invisível. Quando chocam contra ela, os aviões despenham-se, os carros explodem, as pessoas ficam feridas. As famílias são separadas e o pânico instala-se. Ninguém consegue compreender que barreira é aquela, de onde vem ou quando (se é que algum dia) desaparecerá.

Agora, um grupo de cidadãos intrépidos, liderado por um veterano da guerra do Iraque, toma as rédeas do poder no interior da cúpula. Mas o seu principal inimigo é a própria redoma. E o tempo está a esgotar-se…

Sobre o autor: Stephen King, apelidado por muitos de «mestre do terror», escreveu mais de quarenta livros, incluindo Carrie, A História de Lisey e Cell, Chamada para a Morte. Vencedor do prestigiado National Book Award e nomeado Grande Mestre nos prémios Edgar Allen Poe de 2007, conta hoje com mais de trezentos milhões de exemplares vendidos em cerca de trinta e cinco países. Números e um currículo impressionantes a fazerem jus ao seu estatuto de escritor mais bem pago do mundo.

Imprensa:
«Uma viagem alucinante e uma meditação comovente e perturbadora acerca da nossa capacidade para o bem e para o mal.» 
Publishers Weekly

«A nossa lista de literatura na grande tradição gótica americana fica muito mais rica.» 
The Washington Post



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Passatempo Editorial Presença: Robert Galbraith - Quando o Cuco Chama


Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear, um pack constituído por um exemplar do livro Quando o Cuco Chama de Robert Galbraith e um saco promocional. Para participar no passatempo, tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.


Regras do Passatempo:
- O passatempo começa hoje dia 16 de Outubro de 2013 e termina às 23h59 do dia 31 de Outubro de 2013.
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui.

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui.
Para mais informações sobre o livro Quando o Cuco Chama, clique aqui.






terça-feira, 15 de outubro de 2013

James Thompson - As Lágrimas de Lúcifer [Opinião]


Sinopse: AQUI                                      

Opinião: O sucessor de Anjos na Neve esteve à altura do que esperava. Desde Janeiro do ano passado que impacientemente aguardava pela continuação de um dos melhores policiais que alguma vez li. 
Estou neste momento a equacionar a nota a atribuir no Goodreads. Esta foi uma leitura recém concluída e ainda agora penso nas questões que foram tão bem trabalhadas ao longo do livro. Falo não só dos casos de rumos diferentes, a história do casal protagonista e a acentuada diferença cultural que existe na Europa, nomeadamente entre nós mediterrânicos e nórdicos.

Embora completamente independente do primeiro livro, a nível de acção, recomendo a leitura prévia de Anjos na Neve, visto que a sua trama serve frequentemente como muleta, afim de explicar certos acontecimentos que influenciaram de forma directa, o inspector Kari Vaara. Já em Anjos da Neve, tinha percepcionado uma infância dura, em As Lágrimas de Lúcifer, breves mas objectivos e dolorosos testemunhos sobre esta fase, não deixam qualquer dúvida sobre o quão complicada foi a infância de Kari. Por outro lado, são notórios os efeitos colaterais da investigação do caso de Sufia Elmi, desenvolvida no primeiro livro. A gravidez da sua mulher, Kate, é o factor que influencia a inquietação constante por parte de Kari, que receia a todo o custo, uma situação de aborto espontâneo.
O autor atribui uma importância à vida pessoal das personagens, equiparável aos casos criminais que apresenta, aspecto tão evidente na interacção Kate e Kari, o casal com algumas discrepâncias culturais (não esqueçamos que ela é americana e ele finlandês).

Em relação aos casos criminais contemplados no presente livro, como afirmei, são dois e de naturezas completamente diferentes. Se por um lado Kari investiga o brutal homicídio da esposa de um homem de nacionalidade russa, enveredando assim pelo sórdido mundo dos fetiches e um mundo sexual diferente daquele que a generalidade conhece, por outro Kari tem em mãos um caso mais sóbrio, envolvendo um nonagenário ligado à Segunda Guerra Mundial. 
E porquê estas distinções? Vou falar primeiro do caso de Arvid. Um homem com noventa anos, casado com uma septuagenária de seu nome Ritva, doente oncológica. O autor elabora alguns factos históricos do país. Desconhecia-os por completo, sou mais entusiasta da história portuguesa do que propriamente a escandinava, pelo que se tornou, em vários momentos, uma leitura bastante didáctica. Não desconfio da veracidade dos factos relatados, pois no final Thompson endereça alguns agradecimentos a historiadores.
No que diz respeito ao primeiro caso, o do homicídio de Iisa Filippov, o autor optou por explorar o mundo do sexo. Apesar de chocante, agradou-me muito ver esta exploração do mundo fetichista por parte do autor. Sim, à semelhança de Anjos na Neve, James Thompson envereda pelo teor gráfico das descrições, quer seja referentes à violência ou sexuais. No entanto, penso que esta tendência era sobretudo mais perceptível no romance de estreia. Também por ter lido Anjos na Neve, sabia que, se o autor mantivesse o seu estilo, que estas seriam uma constante na presente obra. 

O que mais me impressionou na trama, além dos casos e do envolvimento com as personagens, foi sem dúvida a relevância da cultura nórdica. Bem, até particularizo a finlandesa pois percebi que a Finlândia está mais em sintonia com a Estónia e os restantes países escandinavos estão agrupados por afinidades linguísticas. Toda uma cultura que me fascina, talvez à excepção do tempo frio, (e partindo do pressuposto que as informações são verdadeiras) sobretudo as medidas governamentais de apoio à população e que nada têm a ver com a política portuguesa.

Simplesmente adorei este livro. Tem todos os ingredientes dos meus policiais preferidos: uma pormenorização chocante, um desfecho imprevisível e umas personagens envolventes. As caracterizações do país lembram-me constantemente da admiração que sinto pela Escandinávia. Sei que me tornei seguidora desta saga. E com isto vou aguardar impacientemente que a Porto Editora publique o seguinte livro, o mais breve possível. Depois da reflexão que se traduziu nesta opinião, já me decidi: vou já cotar o livro com a mesma classificação merecedora de Anjos na Neve, 5 estrelas.

Para mais informações sobre o livro As Lágrimas de Lúcifer, clique aqui.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Michael Connelly - A Sombra da Lua [Divulgação Editorial Presença]


Data de publicação: 15 Outubro 2013

               Titulo Original: Void Moon
               Colecção: Minutos Contados, Nº38
               Preço com IVA: 18,90€
               Páginas: 352
               ISBN: 9789722351447

Sinopse: Cassie Black é uma mulher com um passado obscuro e prestes a regressar a ele. Depois de dez meses em liberdade condicional, Cassie descobre algo que a faz desejar um novo começo, bem longe de tudo o que conhece. Mas, para isso, precisa de um último golpe, um golpe em grande que lhe assegure a quantia necessária para desaparecer e deixar a sua antiga vida para sempre. Só ninguém contava que o suposto assalto perfeito pudesse correr tão mal. Cassie vê-se subitamente em fuga, perseguida por alguém muito perigoso que adivinha todos os seus passos - e que se está a aproximar ameaçadoramente do seu segredo mais bem guardado, da única coisa que Cassie fará tudo para proteger.

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Robert Galbraith - Quando o Cuco Chama [Divulgação Editorial Presença]


Data de publicação: 15 Outubro 2013

               Titulo Original: The Cuckoo´s Calling
               Tradução: Ana Saldanha, Maria Georgina Segurado e Rita Figueiredo
               Colecção: Grandes Narrativas, Nº563
               Preço com IVA: 21,90€
               Páginas: 496
               ISBN: 9789722351539

O PRIMEIRO POLICIAL DE J.K. ROWLING

ESCRITO SOB O PSEUDÓNIMO ROBERT GALBRAITH 

Sinopse: Quando uma jovem modelo, cheia de problemas na sua vida pessoal, cai de uma varanda coberta de neve em Mayfair, presume-se que tenha cometido suicídio. No entanto, o seu irmão tem dúvidas quanto a este trágico desfecho, e contrata os serviços do detetive privado Cormoran Strike para investigar o caso.
Strike é um veterano de guerra - com sequelas físicas e psicológicas - e a sua vida está num caos. Este caso serve-lhe de tábua de salvação financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrio tudo se torna - e mais se aproxima de um perigo terrível...
Um policial envolvente e elegante, mergulhado na atmosfera de Londres – que nos leva desde as ruas privilegiadas de Mayfair até aos bares clandestinos do East End, e daí para a agitação do Soho – Quando o Cuco Chama é um livro notável. Apresentando ao público o detetive Cormoran Strike, este é o aclamado primeiro romance policial de J.K. Rowling, escrito sob o pseudónimo Robert Galbraith.

Sobre o autor: Robert Galbraith é um pseudónimo de J. K. Rowling, autora da série Harry Potter e do romance Uma Morte Súbita.

Imprensa:
«Este é um livro excelente por direito próprio.»
Independent

«O enredo está muito bem urdido e é narrado com extremo rigor.»
The Guardian 

«Deliciosamente fresco e divertido.»
The Daily Telegraph

«Admiravelmente bem escrito e com um enredo extraordinário... É uma leitura surpreendente, intensa e com muito sentido de humor...»
Daily Express

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui. 


Gillian Flynn - Lugares Escuros [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Lugares Escuros é, tal como o próprio título indica, um livro escuro, sombrio, tão próprio do estilo gótico. Dos dois livros que li de Flynn, foi notória esta tendência especialmente no seu romance de estreia Objectos Cortantes. A autora realça todo um lado obscuro de cenários e personagens, estando as descrições fartas de pormenores sombrios. Até a própria Libby, a suposta heroína da trama, é munida desta característica que se manifesta na frase da sua autoria "Tenho uma ruindade dentro de mim, palpável como um órgão". Há uma honestidade em Libby, que leva a caracterizá-la tal e qual como ela é: cleptomaníaca, algo apreciadora de violência e ganância, aspectos tão negativos mas simultaneamente envolvidos numa inocência muito própria pois aos sete anos sobreviveu ao massacre que foi o Sacrificio Satânico de Kinnakee. Libby Day acaba por ser uma protagonista muito invulgar pois é difícil simpatizar com a mesma. Tudo o que possamos sentir pela personagem é mesmo compaixão.

A estrutura do livro, algo semelhante à obra antecessora Em Parte Incerta (como se lembram consistiam nos testemunhos de Amy revezados com os de Nick) alterna a actualidade com a véspera do massacre, mudando também a forma de narração da história. Nos dias de hoje, Libby Day agora em idade adulta, narra na primeira pessoa. O leitor poucos juízos de valor tem a fazer sobre Libby pois ela é aberta: efectivamente desconhece quem terá sido o responsável pelo massacre, embora as pistas indiquem o seu irmão Ben e partilha com o leitor as decisões que toma referentes à colaboração com o Kill Club. 
O mistério reside no dia do massacre. Sob forma de perspectivas da mãe Patty Day e do irmão Ben Day, os capítulos que alternam com a actualidade retrocedem até dia 2 de Janeiro de 1985. Muito sinceramente fiquei apoquentada com o teor de algumas passagens referentes a Ben, sensação intensificada pela escrita de Gillian Flynn que, como referi anteriormente, explora sempre o lado sombrio das situações. Por outro lado até algo revoltada com o facto da autora associar músicas do meu género musical predilecto, o heavy metal (e em concreto a banda Iron Maiden) como rastilhos de cultos satânicos e adorações ao Diabo. 

A trama acaba por ser contada por três formas distintas que se expressam sobretudo através na linguagem. Nas passagens referentes a Ben espera-se algum calão para expressar sobretudo algumas práticas sexuais, linguagem esta mais contida nos testemunhos do narrador sobre Patty e até nos depoimentos de Libby. O cerne desta não é propriamente a violência física mas sobretudo os mecanismos psicológicos que estão por detrás das mais variadas personagens. Ainda assim, a linguagem gráfica respeitante ao modo de actuação do massacre está presente e essas passagens são bastante explícitas.
Realço ainda a linguagem quase impregnada de um ódio resultante da adolescência de Ben que se rebelou contra a própria família depois da influência pouco positiva e até mesmo ausência de uma sólida figura paterna.

O clímax do livro deixou-me sem palavras, boquiaberta, revelando uma reviravolta chocante de eventos que explicam então a terrível noite do massacre.

Apenas aponto um pormenor que desgostei. A tradutora Tânia Ganho, uma conceituada autora de romances contemporâneos manteve algumas palavras que a meu ver são abrasileiradas, como gambá e faxina, que poderiam ter sido igualmente traduzidos para a nossa língua.

Em suma, Lugares Escuros foi um livro que adorei apesar de estar impregnado de negativismo. Na minha opinião ainda melhor do que Em Parte Incerta, Lugares Escuros é uma obra naturalmente inquietante, absorvente e algo deprimente, tão forte a nível de linguagem e descrições sombrias, que irá certamente estarrecer alguns leitores.

Para mais informações sobre o livro Lugares Escuros, clique aqui.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

James Thompson - As Lágrimas de Lúcifer [Divulgação Editorial Porto Editora]


Data de Publicação: 11 Outubro 2013

               Título Original: Lucifer´s Tears
               Tradução: Ana Lourenço
               Colecção: Alta Tensão
               Páginas: 296
               Preço com IVA: 16,60€
               ISBN: 9789720043795

Sinopse: Uma morte brutal. O segredo mais obscuro de um país. Um detetive levado ao limite. 
Um ano após o caso Sufia Elmi, o inspetor Kari Vaara regressa a contragosto a Helsínquia, numa tentativa desesperada para conseguir ultrapassar as insónias e os fantasmas que persistem em persegui-lo.
Ao serviço da Brigada de Homicídios de Helsínquia, Kari terá nas suas mãos os dois casos mais mediáticos do momento: o brutal homicídio da mulher dissoluta de um homem de negócios russo e o estranho envolvimento em crimes de guerra de um herói nacional da Segunda Guerra Mundial, já nonagenário, cujos contornos políticos estão na iminência de provocar um incidente diplomático entre a Finlândia e a Alemanha.
Assombrado pelo passado, serão as circunstâncias do presente que o farão descobrir a verdade e as respostas que tanto procura.

Sobre o autor: James Thompson, nascido e criado no Kentucky, vive na Finlândia há dez anos e reside actualmente em Helsínquia com a mulher. Antes de se tornar escritor a tempo inteiro, estudou Sueco e Finlandês e trabalhou como barman, segurança, operário da construção civil, fotógrafo, negociante de moedas raras e soldado.

Imprensa:
«O aguardado regresso do inspetor Kari Vaara num livro ainda mais avassalador do que Anjos na Neve. Uma leitura obrigatória para todos os fãs de Arnaldur Indriðason, Stieg Larsson, Henning Mankell e Jo Nesbø.»
Booklist

«Colaboração nazi, ocultação de factos governamentais, cenas de sexo bizarro, um bebé ansioso por nascer e um herói atento mas irreverente. Que mais se pode querer?»
Kirkus Review

«Um livro fantástico. Deixei-me conduzir de imediato a um estranho mundo novo, ficando seu prisioneiro da primeira á última página. Uma obra magistral.»
Michael Connolly

Leia aqui as primeiras páginas.

Anteriormente do autor:
Opinião AQUI













Para mais informações sobre o livro As Lágrimas de Lúcifer, clique aqui.


domingo, 6 de outubro de 2013

Sandra Brown - Vidas Trocadas [Opinião]


Sinopse: As gémeas Melina e Gillian Lloyd são praticamente iguais, ambas empresárias de sucesso e solteiras. Mas numa coisa são diferentes: Melina é impulsiva enquanto Gillian gosta de ponderar bem as suas decisões. Além disso, Gillian quer um filho. Sentindo o relógio biológico a avançar inexoravelmente, opta por se submeter a uma inseminação artificial, utilizando esperma de um dador anónimo. A história começa no dia em que ela faz a inseminação.
Nesse dia, Melina acompanha, na sua qualidade de relações públicas, o coronel da NASA Christopher "Chefe" Hart à cerimónia de entrega de um prémio. Mas terá sido mesmo Melina?
A vida do coronel choca, depois interliga-se, com a das gémeas. Uma partida aparentemente inofensiva acaba em catástrofe. Na manhã seguinte a terem trocado de identidades, Melina recebe uma notícia terrível: a irmã fora brutalmente assassinada - e o coronel, apesar de inocente, é o principal suspeito.
O que parece de início ser um homicídio de fácil resolução acaba por conduzi-los às montanhas do Novo México, onde um louco, cujos planos diabólicos requerem a substituição de Gillian por Melina, está a criar uma «nova ordem mundial». Mesmo que seja apenas parcialmente bem sucedido, as consequências serão catastróficas e afectarão o mundo inteiro.

Opinião: Ganhei este livro num passatempo do blogue D´Magia aquando a sua publicação. Apesar de ser fã da autora, sinceramente não tenho explicação para o facto deste livro ter ficado na estante dois anos a aguardar leitura. Este título era o único que me faltava ler desta autora.

Apesar da fórmula de Brown não variar de livro para livro, é garantido que em Vidas Trocadas fosse encontrar um caso criminal (que digamos, achei-o mais sórdido do que os apresentados em livros anteriores) com uma pitada de romance. Em Vidas Trocadas, achei que a vertente do romance estava diminuta, comparando com outros livros da autora. 
O caso centra-se no assassinato de Gillian, uma morte acidental visto que toda a gente desconhecia da troca combinada pelas gémeas na noite anterior. Uma brincadeira tão típica de crianças, que achei improvável ser praticada em idade adulta. Uma coisa é certa: o amor incondicional entre as irmãs é notório embora achasse que o luto de Melina se arrastasse mais.
A partir daqui existe uma sucessão de acontecimentos, alguns improváveis e que me deixaram presa ao livro durante alguns dias. O perfil das personagens mostram que os gémeos, apesar da semelhança física, não têm necessariamente que ter personalidades semelhantes. Melina e Gillian não poderiam ser mais diferentes. 
Ainda que a temática sobre a troca de gémeos seja recorrente, achei a história algo original principalmente pelo desfecho. Apanhou-me completamente desprevenida!

Nas suas novelas, Brown disseca alguns temas que são analisados até ao limite, o mais improvável, originando as ditas situações que deixam o leitor incrédulo. Neste caso particular, em Vidas Trocadas, as temáticas fulcrais são os cultos religiosos e os tratamentos de fertilidade. Surpreendeu-me muito a dimensão dos ditos cultos religiosos associados a uma megalomania tal que gerou toda uma situação, a meu ver, pouco verossímil. 

Relativamente à componente sensual do livro, devo dizer que estranhei a química entre o casal, o Chefe e Melina que se envolvem apesar deste ainda estar enfeitiçado pela irmã que faleceu. Era previsível que o casal fosse precisamente este, apesar de sabermos desde o início que o astronauta tivera um caso com Gilian na noite anterior. Não menosprezando claro, a evidente semelhança física entre as irmãs, pormenor que pode aparentemente explicar também a troca de interesses por parte do Chefe.
Em comparação com os outros livros da autora, as cenas de sexo entre o casal são escassas. No que atende aos pormenores, estes estão lá e captam a essência de uma tórrida noite de paixão.

Se houver algum ponto negativo a apontar, devo dizer que há um, ínfimo, inerente à tradução portuguesa. Encontrei um lapso referente à sigla da Defesa dos Índios Americanos (DIA) que estranhamente a meio do livro é referida como DNA. Certamente um lapso insignificante visto que a entidade volta a ser designada como DIA. Também já me expressei anteriormente que não gosto de ver traduzidas algumas terminologias americanas como por exemplo cowboy, que vejo nestes livros escrito como cóboi. 

Sandra Brown é sem dúvida a autora a que recorro para desanuviar das minhas leituras habituais por ter livros que associem o ligeiro policial ao romance. Gostei do livro mas continuo a eleger como preferidos Uma Voz na Noite, Obsessão e principalmente Letal. Com este livro a fasquia ficou demasiado alta. 
Fico a aguardar por um próximo livro da autora!


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ken Follett - O Voo das Águias [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Sou grande fã do autor Ken Follett e quando tive conhecimento da republicação de O Voo das Águias (sei que o livro tinha sido publicado há uns largos anos e dividido em duas partes pela Círculo de Leitores), comecei a contar os dias para começar a sua leitura. Grandes expectativas que antecederam o momento da leitura que foram largamente ultrapassadas, como qualquer livro do autor. 

Baseado numa história verídica, os eventos retratados neste livro ocorreram em 1979 durante a revolução iraniana para instaurar a lei islâmica. Conhecia esta revolução mas desconhecia em particular este episódio narrado na obra. Ainda não tinha nascido neste ano mas fiquei estupefacta por não ter visto nada nem na TV nem na internet sobre o verdadeiro caso de coragem aqui retratado. Terá estado na berra nos anos 80 e entretanto caiu numa pária? Soube posteriormente que foi realizada uma mini série baseada no caso, datada de 1986. Dado o ano, não me parece que venha a ser transmitida pela televisão.

Falando do livro, os meus caros leitores sabem a razão número um pela qual adoro as obras de Follett. Falo, claro, das personagens. Como é hábito do autor, são retratadas diversas personagens que criam uma empatia quase inexplicável com o leitor dado o seu desenvolvimento. A versão da Editorial Presença enumera-as logo na primeira página (de acordo com o local onde desempenham o seu papel), facilitando o papel de retenção das inúmeras personagens.

Neste caso em particular, foi estimulante saber que O Voo das Águias foi baseado num caso verídico e como tal mantém o realismo sobre a sociedade iraniana dos anos 70 no seu regime ditatorial do Xá originando alguns tumultos por parte dos muçulmanos xiitas e dos defensores da democracia. Desta forma, a história acaba por ser muito mais do que uma operação de resgate, sendo uma fonte fiável da história do Irão.
O autor refere logo nas páginas iniciais que foi contactado por Ross Perot, o presidente da EDS e terá escrito a presente obra com base no seu testemunho. Daí que se esperava algo pouco fictício. E de facto, Follett conta a história cingindo-se aos eventos tal como se um documentário se tratasse. Apenas empreende mais tempo na descrição dos intervenientes. Claro que em particular, achei Ross Perot um homem íntegro, com uma especial atenção para com os seus colaboradores.
No entanto e agora que reflicto nisto, levanta-se uma questão que acho pertinente: sempre ouvi dizer que uma história tem dois lados e esta que acabei de ler, é justamente a versão de Perot. Será essa uma versão tendenciosa? 
A Editorial Presença incluiu, sensivelmente a meio do livro, algumas fotos apresentando os intervenientes da história, facto que achei bastante interessante e contribuiu para o realismo da história.

A trama é toda ela muito cativante e envolvente. Sobre as circunstâncias que levam à detenção dos funcionários, são passagens de cariz revoltante. Falo por mim, que apesar da dificuldade em libertá-los do país, só os queria ver fora das grades! Dotada de acção intercalada com o fascinante desenvolvimento das personagens só como Follett o sabe fazer, a obra é extensível a todos os gostos não se cingindo aos ávidos do thriller. É uma emocionante história de vida que abarca temas fidedignos como a história do Irão e suas caracterizações socio-políticas de forma pouco fastidiosa e que dará que pensar agora passados quase 35 anos. E o melhor? Escrita pelo melhor contador de histórias, Ken Follet. Recomendo!

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui.
Para mais informações sobre o livro O Voo das Águias, clique aqui.