Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine (n.o 1) e Vivenda Calamidade, de Ellery Queen (n.o 2). Numerados, em formato de bolso e com um preço acessível – como sempre foi característico desta coleção –, regressam a partir do dia 26 de maio às livrarias os clássicos da literatura policial.
Criada no final dos anos 40 e com mais de 700 títulos, a coleção Vampiro marcou gerações de leitores e a história da edição em Portugal, lançando livros dos grandes autores do policial, como Raymond Chandler, Agatha Christie, Dashiell Hammett, Rex Stout, Erle Stanley Gardner, Georges Simenon ou Van Dine e Ellery Queen, muitos deles pioneiros no género e criadores de detetives marcantes que tinham a dedução como principal arma contra o crime.
Título: Os Crimes do Bispo
Autor: S. S. Van Dine
Tradução: Peri Pinto Diniz
N.o de Páginas: 328
PVP: 7,70 €
Os Crimes do Bispo
Quando um homem conhecido como Cock Robin aparece assassinado com uma flecha cravada no peito, John Markham, procurador do distrito judicial de Nova Iorque, chama para a investigação Philo Vance. Detetive amador de olho apurado e fraca crença em coincidências, Vance logo assinala a referência a uma conhecida lengalenga infantil. E rapidamente se torna claro que este será o padrão numa série de crimes extraordinários, arquitetados por um assassino de mente perversa, que mantém uma provocação constante à polícia através de cartas enviadas aos jornais, todas elas com a assinatura «O Bispo».
Num estilo simples e direto, construído pela mão hábil de S. S. van Dine, esta é uma história recheada de mortes, de suspeitos e de detalhes surpreendentes – como as peças de xadrez ou as de teatro.
Um policial brilhante, uma obra clássica da literatura de mistério.
S. S. Van Dine (pseudónimo de Willard Huntington Wright) nasceu a 15 de outubro de 1888, em Charlottesville, EUA. Aluno brilhante, estudou em Harvard antes de partir para Paris e Munique, onde prosseguiu a sua formação em artes e letras e iniciou carreira como editor e crítico de arte. Em 1923, na convalescença de uma tuberculose, lê uma série de romances policiais e fica fascinado pelo género. Três anos mais tarde, lança o seu primeiro romance com assinatura S. S. van Dine, O Caso Benson, que se revela um best-seller imediato. Este será o primeiro de uma série de romances protagonizados por Philo Vance, um detetive amador algo arrogante que privilegia os indícios psicológicos dos casos a que se dedica. Com várias adaptações de obras suas ao cinema, Van Dine torna-se um nome fundamental da literatura policial norte-americana dos anos 20 e 30. Morre a 11 de abril de 1939 em Nova Iorque.
Título: Vivenda Calamidade
Autor: Ellery Queen
Tradução: Lino Vallandro
N.o de Páginas: 344
PVP: 7,70 €
Vivenda Calamidade
Decidido a iniciar a redação do seu próximo romance policial num ambiente de tranquilidade, Ellery Queen deixa Nova Iorque e aporta a Wrightsville, típica cidade provinciana onde os dias parecem correr sem que nada de diferente aconteça. Os hotéis, porém, estão totalmente ocupados e não parece existir uma única casa para arrendar – à exceção de um pequeno anexo à mansão da poderosa família Wright, originalmente construído para acolher a filha Nora e o seu noivo, Jim Haight, antes de este desaparecer na véspera do casamento havia já três anos. Primeiro livro de Ellery Queen que tem como cenário esta cidade ficcionada, considerado o melhor da série Wrightsville, Vivenda Calamidade é um romance de grande riqueza psicológica, revelador de uma estrutura notável, onde as mortes se sucedem numa lógica irrepreensível e onde um elegante cocktail numa festa de passagem de ano pode ser a arma do crime.
Ellery Queen é o pseudónimo conjunto de Frederic Dannay (de seu verdadeiro nome Daniel Nathan, nascido em 1905 e falecido em 1982, em Nova Iorque) e do seu primo Manfred B. Lee (Manford Lepofsky, também nascido em 1905 e falecido em 1971, naquela mesma cidade). A dupla escreveu o seu primeiro romance, O Mistério do Chapéu Romano, em 1929, apresentando então o detetive Ellery Queen, ele próprio escritor de romances policiais, formado em Harvard, dono de uma genialidade tão grandiosa quanto a sua arrogância. Até 1971, Ellery Queen foi autor e herói de mais de trinta romances, numerosas novelas, peças radiofónicas, filmes e séries de televisão. Dannay e Lee deixaram também a sua marca na história da literatura policial pela criação, em 1941, da Ellery Queen’s Mystery Magazine, famosa revista policial ainda hoje em atividade.