Opinião: Aberta a novas experiências literárias, foi com bastante interesse que iniciei a leitura deste thriller histórico. Já li alguns deste subgénero que se passavam no período medieval, já este se destaca por se basear em factos de História Contemporânea, em concreto, a Segunda Guerra Mundial.
Certamente ter-se-ão apercebido que este não é um tema que costumo abraçar nas minhas leituras. Não sou insensível às temáticas de Holocausto e II GM porém, como sei que este episódio da História foi real, sinto-me muito desconfortável quando leio sobre estes assuntos, preferindo, por isso, tramas assentes em crimes ficcionais.
O Sabotador debruça-se sobre um facto da Segunda Guerra Mundial em particular: os alemães tentaram desenvolver uma bomba atómica, recorrendo, para isso, um composto vulgarmente conhecido como água pesada.
Devo confessar que esta leitura foi, acima de tudo, bastante didáctica. Desconhecia os pormenores desta operação de sabotagem aos planos dos alemães e às páginas tantas, dava por mim a pesquisar sobre este episódio em particular, também para discernir o que era verídico e o que era ficcionado.
Inicialmente de ritmo moroso, a trama agiliza a partir do momento em que se dá o ataque à fábrica de água pesada. Posteriormente considerei que a trama era repleta de acção e entusiasmou-me muito a não ser um aspecto: pessoalmente, senti dificuldade em reter o nome das personagens. Existem imensas, com papéis semelhantes e de nomes alemães e noruegueses, agravando o desafio de fixá-las, com excepção do protagonista, Kurt Nordstrum. Pelo que pude apurar, este é inspirado numa figura real com o mesmo papel preponderante no impedimento das ambições nucleares dos nazis.
Fã confessa de literatura nórdica, o ambiente fascina-me e este cenário norueguês, o "vidda", não foi excepção.
Nunca o heroísmo e o sacrifício foram tão bem desenvolvidos numa história! O Sabotador oferece uma história verdadeiramente emocionante e é um título imperdível para os fãs do tema da Segunda Guerra Mundial.