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domingo, 26 de dezembro de 2010

Jo Nesbø - O pássaro de peito vermelho


Li metade deste livro (que é um calhamaço com coisa de 550 pags) no dia de Natal. E porquê? Porque este é daqueles livros que me cativou e prendeu-me a atenção, de modo a que quis logo saber como terminava.

De inicio estava reticente em iniciar esta leitura devido à sinopse que aborda o tema da 2a Guerra Mundial. Ora eu fujo da História como o Diabo foge da Cruz :P Especialmente contemporânea...
Mas com tanta insistência do Ricardo, de um colega da faculdade e do representante do grupo "Detetives Selvagens" do FB, lá peguei no livro...e adorei!

A fórmula que Nesbø usa para a sua narrativa são os dois momentos espaciais entrelaçados, um em 1944 nas trincheiras da 2a Guerra em Leningrado e a outra em 1999/2000 na Noruega. Resultou muitíssimo bem porque o leitor fica curioso em conhecer quais as personagens de 1944 no presente, o que lhes aconteceu e qual o desfecho.

A narrativa da guerra, ao contrário do que eu pensava, não é pesada e devo dizer que tornou-se interessante uma vez que conta também a relação proibida desde a enfermeira e o misterioso Uriah. Nesta parte da história, o autor dá a conhecer os soldados e desde logo, surge uma curiosidade em saber dos mesmos na actualidade.

Nos dias de hoje, a acção gira em torno de Harry Hole, um inspector da polícia com os seus fantasmas de alcoolismo e abandono, e desde cedo que criamos uma empatia com este personagem. A acção prossegue com a relação conflituosa de neonazis na Noruega, explorando o que o Homem consegue ser quando movido por ideias desde carácter. É assim que conhecemos o personagem de Sverre Olsen, muito controverso.
Será que este se liga ao homicídio de um ex-combatente de Guerra?
Uma a uma vamos conhecendo as personagens mais idosas e tentando correspondê-las ao tempo das trincheiras.

Devo apontar como ponto fraco o facto de que "O Pássaro de Peito Vermelho" ser o o 1º livro de Harry Hole traduzido na nossa língua quando na realidade, este já é o 3º escrito pelo autor.

Um livro cheio de nuances inteligentes, com muito suspense que eu recomendo vivamente! Estou desejosa de ler o segundo livro do autor, "Vingança a Sangue Frio"


7 comentários:

  1. foi a vingança, o livro q acabei de ler e foi pq ´e imparavel q vim pesquisar para saber de outros titulos do autor, para comprar. obg

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  2. E o anónimo, que achou da Vingança? Eu gostei muito dos dois livros! Este Pássaro de Peito Vermelho tem um registo diferente, mas igualmente interessante!

    Boas leituras

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  3. Vera! Quanto tempo!! Mês passado li esse livro que em portugues brasileiro foi traduzido como "Garganta Vermelha". Sim, é fantastico e deixa a gente querendo ler mais!!

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    1. Oi Raoni! Há tanto tempo! Como estás? :)
      Adorei este livro! Aliás, adoro o autor :D Leste-o recentemente? Garganta vermelha ;) Estou viciada nestes livros, agora quero começar o mais recente cá em Portugal, O Redentor :)

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  4. Olá Vera!
    Sou mais uma das (muitas!) seguidoras do teu blog. Descobri-o por acaso e desde então sempre que preciso de ideias venho espreitar as tuas sugestões. E claro que também fiquei fã dos policiais escandinavos! Pretendo começar a ler Jo Nesbo (já vi reviews bastante positivas) mas a minha investigação diz-me que a ordem cronológica dos livros tem início com "O Morcego", conferes?!
    Resta-me agradecer a tua disponibilidade em partilhar as tuas leituras e experiencias em cada livro! Mantém-te firme nesta tarefa! ;)

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    1. Olá Estrela

      Agradeço muito as tuas simpáticas palavras. O apoio dos seguidores tem sido uma motivação para continuar com o blog, por isso muito obrigada!
      É verdade, o primeiro livro da saga de Jo Nesbo é mesmo o Morcego. O segundo ainda não está publicado em Portugal e este é o terceiro.

      Obrigada novamente pela simpatia!

      Um grande beijinho e boas leituras

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  5. Acabei agora de o ler e sou um novo fã de Jö Nesbo. Impossível não gostar de Harry Hole. O único senão para mim, a quantidade enorme de personagens que com nomes escandinavos por vezes me confundiu sobre quem se estava a falar.

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