Eu sou uma entusiasta confessa de policiais nórdicos e já há muito que Lisa Marklund estava à espera na estante, aguardando a sua vez.
Basicamente a história gira em torno da jornalista Annika Bengtzon, que se envolve numa investigação de crime, quando um corpo de uma jovem de 19 anos é encontrado atrás de uma lápide num cemitério.
Embora seja o primeiro livro da autora publicado em português, subentende-se que existem livros anteriores protagonizados pela jornalista. Ora pela minha pesquisa, encontrei um, editado pela Círculo de Leitores, chamado "A Bomba" e já adaptado em versão cinematográfica.
Posto isto, a temática central do livro gira em torno dos relacionamentos abusivos. É também um livro que faz reflectir sobre o equilíbrio entre o respeito pela privacidade de todos e direito do leitor à informação. Vai portanto, muito além da mera investigação criminal. Depois um facto bastante interessante do livro é o vislumbre dos escândalos políticos e mundo do crime na Suécia, tornando-se quase como reconfortante constatar que nenhum país está imune a estes problemas.
A própria estrutura do livro compõe-se por, no início de cada capítulo, uma curta e perturbadora narração, em itálico, constituindo uma parte importante da investigação central do assassinato. Exceptuando as descrições do sistema político sueco, achei que o livro tinha bastante acção bem como uma dose de emoções fortes, associada aos valores da amizade, o mundo degradante da pornografia e a relação entre o eu/família...
Marklund criou uma história bastante credível, munida de personagens de um carácter complexo e envolvente, muitos dos quais não tão queridos como Annika, mas ainda são altamente reais.
Annika é um personagem fascinante. A sua inexperiência prejudica-a mas ela desempenha um bom trabalho na forma como consegue conquistar confiança nas pessoas que entrevista. A sua preocupação com Josefin é genuína, não sendo apenas a mera investigação do crime que está em jogo. Ela enfrenta vários conflitos no local de trabalho, desde a rivalidade entre os vários colaboradores até o descobrir as amizades genuínas/verdadeiro companheirismo no mundo laboral. A vida pessoal da protagonista também tem umas nuances nomeadamente nas relações com a mãe e o namorado controlador.
Dada a inexperiência desta personagem, a história caracteriza-se quase como protagonizada por um detective amador.
No decorrer do livro, o leitor formula as suas próprias teorias no que concerne à identidade do assassino e o motivo. A acção desenvolveu-se numa espiral de acontecimentos relativamente inesperados até ao culminar, que foi deveras surpreendente. São então explicadas muitas pontas soltas que foram sendo deixadas para trás e Annika conhece o maior desafio, para o qual ela definitivamente não está preparada!
Uma leitura que recomendo sem reservas!
Basicamente a história gira em torno da jornalista Annika Bengtzon, que se envolve numa investigação de crime, quando um corpo de uma jovem de 19 anos é encontrado atrás de uma lápide num cemitério.
Embora seja o primeiro livro da autora publicado em português, subentende-se que existem livros anteriores protagonizados pela jornalista. Ora pela minha pesquisa, encontrei um, editado pela Círculo de Leitores, chamado "A Bomba" e já adaptado em versão cinematográfica.
Posto isto, a temática central do livro gira em torno dos relacionamentos abusivos. É também um livro que faz reflectir sobre o equilíbrio entre o respeito pela privacidade de todos e direito do leitor à informação. Vai portanto, muito além da mera investigação criminal. Depois um facto bastante interessante do livro é o vislumbre dos escândalos políticos e mundo do crime na Suécia, tornando-se quase como reconfortante constatar que nenhum país está imune a estes problemas.
A própria estrutura do livro compõe-se por, no início de cada capítulo, uma curta e perturbadora narração, em itálico, constituindo uma parte importante da investigação central do assassinato. Exceptuando as descrições do sistema político sueco, achei que o livro tinha bastante acção bem como uma dose de emoções fortes, associada aos valores da amizade, o mundo degradante da pornografia e a relação entre o eu/família...
Marklund criou uma história bastante credível, munida de personagens de um carácter complexo e envolvente, muitos dos quais não tão queridos como Annika, mas ainda são altamente reais.
Annika é um personagem fascinante. A sua inexperiência prejudica-a mas ela desempenha um bom trabalho na forma como consegue conquistar confiança nas pessoas que entrevista. A sua preocupação com Josefin é genuína, não sendo apenas a mera investigação do crime que está em jogo. Ela enfrenta vários conflitos no local de trabalho, desde a rivalidade entre os vários colaboradores até o descobrir as amizades genuínas/verdadeiro companheirismo no mundo laboral. A vida pessoal da protagonista também tem umas nuances nomeadamente nas relações com a mãe e o namorado controlador.
Dada a inexperiência desta personagem, a história caracteriza-se quase como protagonizada por um detective amador.
No decorrer do livro, o leitor formula as suas próprias teorias no que concerne à identidade do assassino e o motivo. A acção desenvolveu-se numa espiral de acontecimentos relativamente inesperados até ao culminar, que foi deveras surpreendente. São então explicadas muitas pontas soltas que foram sendo deixadas para trás e Annika conhece o maior desafio, para o qual ela definitivamente não está preparada!
Uma leitura que recomendo sem reservas!