Sou grande fã da série televisiva da HBO, True Blood, baseada nos livros de Charlaine Harris, tendo já visto todas as temporadas (e desespero já pela próxima). Desta forma, não me foi difícil optar por este livro, de forma a começar o desafio literário 2013.
Este é claramente um livro pertencente ao género Fantasia. As minhas afinidades literárias relacionam-se com o policial mas do género, aprecio e muito a famigerada saga de vampiros da autoria de Chuck Hogan e Guillermo del Toro. Por isso, não será a primeira vez que enveredo pela leitura em que os vampiros assumem papel de destaque, embora em Sangue Fresco, os vampiros adoptam uma identidade completamente diferente à que foi dada na trilogia Estirpe.
No entanto, e particularizando para Sangue Fresco, o mistério assume um papel relevante em toda a narrativa: até ao final do livro, o leitor desconhece a identidade do responsável pelas inúmeras mortes.
Para quem não está familiarizado com a série, a protagonista é Sookie Stackhouse, uma empregada do bar Merlotte´s e que numa noite, conhece o vampiro Bill. Sookie é especial, tem o dom de ouvir os pensamentos das pessoas, no entanto, não consegue ter a mesma percepção com Bill, o que o torna como uma atracção.
Estamos num cenário futurista, onde os vampiros são bem aceites na sociedade, alimentando-se de True Blood, uma espécie de sangue sintético afim de evitar os ataques dos vampiros aos humanos, com finalidade de alimentação.
A saga explora a relação de amor entre uma aparentemente humana e um vampiro, sendo que este primeiro volume se debruça nos primórdios da relação e num clima de medo. Há um serial killer à solta, e as provas indicam que estes são levados a cabo por um vampiro.
Denotei muitas semelhanças entre este livro e a primeira temporada da série, pelo que coibiu o factor surpresa na leitura. As diferenças residem sobretudo nas personagens, porque a acção é bastante fiel à série.
Para quem é fã do Lafayette, este tem um mínimo papel quando me apraz dizer que ele traz um certo carisma à série; a Tara nem sequer é contemplada no livro.
À semelhança da série, o vampiro viking Eric, tem um ínfimo papel se tivermos em conta a importância que esta personagem assume no decorrer da série.
Mas acima de tudo, o que globalmente caracterizam as personagens, é de facto como a forma sobrenatural se alia a um realismo, com todas as complexidades que um ser humano é munido. Desde à questão da virgindade aliada à espera de uma relação de sonho ou uma relação meramente platónica, questão subtilmente aprofundadas pelas estranhas personagens vampiras, metamorfas ou outras entidades sobrenaturais que serão desvendadas no decorrer da série.
O primeiro volume de Sangue Fresco é bastante agradável de se ler. A história é interessante e Charlaine Harris combina com mestria, géneros tão diferentes como o suspense, o romance e a fantasia. O humor está presente, grande parte nos comentários de Sookie. No entanto esta Sookie, que imaginei como Anna Paquin naquele sotaque redneck característico de Bon Temps, no livro é mais fria e passiva. Achei-a com uma postura pouco lancinante se tivermos em conta a morte da avó e posteriormente da gata, atitude passiva esta que me desagradou tendo em conta o papel da Anna Paquin e o dramatismo que esta conseguiu dar na série às passagens supra referidas.
À semelhança da série, o vampiro viking Eric, tem um ínfimo papel se tivermos em conta a importância que esta personagem assume no decorrer da série.
Mas acima de tudo, o que globalmente caracterizam as personagens, é de facto como a forma sobrenatural se alia a um realismo, com todas as complexidades que um ser humano é munido. Desde à questão da virgindade aliada à espera de uma relação de sonho ou uma relação meramente platónica, questão subtilmente aprofundadas pelas estranhas personagens vampiras, metamorfas ou outras entidades sobrenaturais que serão desvendadas no decorrer da série.
O primeiro volume de Sangue Fresco é bastante agradável de se ler. A história é interessante e Charlaine Harris combina com mestria, géneros tão diferentes como o suspense, o romance e a fantasia. O humor está presente, grande parte nos comentários de Sookie. No entanto esta Sookie, que imaginei como Anna Paquin naquele sotaque redneck característico de Bon Temps, no livro é mais fria e passiva. Achei-a com uma postura pouco lancinante se tivermos em conta a morte da avó e posteriormente da gata, atitude passiva esta que me desagradou tendo em conta o papel da Anna Paquin e o dramatismo que esta conseguiu dar na série às passagens supra referidas.
Em suma, teria certamente apreciado melhor o livro se desconhecesse a série. O desfecho, momento clímax da história em que a identidade do homicida é finalmente desvendada, não foi surpreendente como se desejava, uma vez que a série adaptou o mesmo final.
No entanto, reconheço que esta foi uma boa leitura, até porque sou fanática pela série e a primeira temporada foi uma das minhas preferidas. Reúne o mistério que tanto procuro na ficção literária, bem como uma pitada de romance e humor. Este é um livro obrigatório para os fãs do sobrenatural.
No entanto, reconheço que esta foi uma boa leitura, até porque sou fanática pela série e a primeira temporada foi uma das minhas preferidas. Reúne o mistério que tanto procuro na ficção literária, bem como uma pitada de romance e humor. Este é um livro obrigatório para os fãs do sobrenatural.
Ainda assim, na estante residem os volumes II e III que irei ler em breve, sabendo que estes divergem já da adaptação televisiva, proporcionando certamente, maiores surpresas.
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