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segunda-feira, 3 de junho de 2013

George R. R. Martin - A Guerra dos Tronos [Opinião]


Sinopse: Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha: uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal: a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia! Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
Uma galeria de personagens brilhantes dá vida a esta saga: o anão Tyrion, ovelha negra do clã Lannister; Jon Snow, bastardo de Eddard Stark que decide juntar-se à Patrulha da Noite, e a princesa Daenerys Targaryen, da dinastia que reinou antes de Robert, que pretende ressuscitar os dragões do passado para recuperar o trono, custe o que custar.

Opinião: Sou grande fã da série Guerra dos Tronos e a curiosidade em ler os livros aumentava sempre que via um episódio. Sou daquelas fãs que não falha um! Talvez por isso, a Carla, uma amiga destas lides literárias, me tenha oferecido este primeiro livro.
Apesar dos enormes spoilers associados ao ver a série previamente, foi com muito gosto que li o início de uma saga que certamente irei acompanhar.
Se por um lado conhecia os contornos básicos da história, por outro, pessoalmente, achei favorável o meu contacto prévio com a série. Há uma imensidão de personagens com as suas ligações hierárquicas a casas, que tornam um pouco difícil a retenção e associação de nomes. Não tive esta dificuldade, mas reconheço que se não tivesse visto a série, facilmente perderia o fio à meada. Para facilitar, o autor inclui uma árvore genealógica das famílias. No entanto, e sendo eu ainda amadora nestas andanças, creio que podia estar mais completa. O autor menciona o filho bastardo de Eddard Stark, no entanto, desvaloriza os filhos bastardos do rei Robert Baratheon.

A própria estrutura do livro tenta facilitar esta tarefa e divide-se em capítulos exclusivos a cada personagem, que narram os factos como se uma novela se tratasse. Seguimos em simultâneo os acontecimentos em Winterfell e Porto Real, os dois cenários onde maioritariamente a acção se passa no primeiro volume. Achei estranho, dada a importância de certas personagens na história como por exemplo Cersei, não ter também capítulos dedicados à mesma. Sim, eu sou fã de vilões e estes em particular, mereciam algum destaque.
Se vou falar de personagens, não posso deixar de expressar as minhas preferências sobre o anão Tyrion cujas considerações estão munidas de um humor muito particular. Bem, não seria justa se não mencionasse também Khaleesi, Daenerys Targaryen, que vê neste primeiro volume, o seu papel muito reduzido.

Também sou da opinião que, por muito fiéis que sejam as adaptações em cinema (e de facto, A Guerra dos Tronos está bastante conforme com cerca de metade da primeira temporada), os livros acabam sempre por superá-las. Por exemplo, o livro desmistifica certos pormenores que creio estarem por explicar na série, como por exemplo a morte de Jon Arryn.

O ambiente que Martin criou é de facto bastante apelativo e acaba por ser uma inspiração num certo imaginário medieval das relações de vassalagem, sobretudo. Se por um lado, os nobres tinham os coutos e eram senhores daquelas regiões, havia também um rei, o primeiro de entre os nobres. Claramente um paralelismo entre os sete reinos, com reinados locais mas havendo uma vontade de um poder absoluto. Ausenta, no entanto, o poder papal tão próprio desta era, pelo menos no primeiro volume.
Por isso, além da componente fantasiada pelo cenário dos reinos e acima de tudo, a presença de Dragões, a trama conta com uma grande parcela de cariz histórico, sendo fácil a identificação com a intriga e a conspiração que existiam no seio real.

No entanto acaba por fugir àquilo que idealizei, nomeadamente as idades das personagens. Vendo a série, os espectadores vêem personagens na casa dos 20s, o que contraria as próprias no livro, sendo crianças ou pré-adolescentes. Acaba também por fazer sentido, não nos esqueçamos que na idade média, a esperança média de vida era cerca de quarenta anos, havendo registos históricos de casamentos entre crianças.
Por ter visto a série, foi fácil associar uma cara a cada personagem. Embora no livro o anão Tyrion surja como disforme, prefiro pensar nele como Peter Dinklage.

Em suma, ter lido A Guerra dos Tronos acaba por estar também em conforme com aquilo que achei da primeira temporada. Recordo-me de ter gostado apenas, e ter avançado para a segunda por mera curiosidade. Aí surgiu o vício! Curiosamente achei o mesmo do primeiro livro: gostei mas tenho a certeza que irei apreciar mais a cada livro que leia. O primeiro livro denotei-o bastante introdutório e afinal de contas, the best is yet to come... A saga aguarda impacientemente na estante.




2 comentários:

  1. E já leste o primeiro livro! Grande rapidez :)
    Acabei este sábado de ler "Morte na Aldeia" (reparei que também o leste) e estou agora a ler o 3º da Guerra dos Tronos! Em relação ao 1º tenho a mesma opinião que tu - quando vi a série, uma das coisas que mais estranhei foram as idades das personagens. Mas como tu disseste, faz sentido.
    Ainda temos muito para ler :)
    Beijinhos

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  2. Hallo Kel!

    Epa o livro prende e muito! Gostei bastante :D
    Eu vi que deste 3 estrelas à Morte na Aldeia, pensei que fosses gostar mais... A ver se pego em mais GoT ;) Consegui comprar na FL :D
    Beijinho e boas leituras :))

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