Sinopse: Maggie tentou esquecer. O corpo do homem que amou. O sangue a ensopar a
neve. O escandaloso julgamento por homicídio. Os doze anos de tormento. A
punição horrenda. Agora estava livre… livre para iniciar uma nova vida.
Sozinha. Incógnita.
A vida na pacata ilha de Heron’s Neck, ao largo da costa da Nova
Inglaterra, era calma, até o terror começar. De novo. Alguém estava
disposto a transformar a sua vida num pesadelo sem fim. Alguém queria
ensinar-lhe que não havia refúgios nem fuga possível para o...
imperdoável.
Opinião: Depois de ter lido Um Estranho em Casa, um livro que se configurou como um excelente thriller psicológico, comecei a reunir todos os livros da autora. Consegui, embora tenha sido uma tarefa complicada dado que vários livros já não se vendem na Círculo de Leitores. O difícil foi escolher a próxima leitura, e aproveitando a deixa de uma amiga que o leu recentemente, peguei neste livrinho.
Terei que ser sincera: Imperdoável não me cativou tanto quanto o livro anterior que li da autora. Ainda assim, li metade da obra numa noite, tendo terminado no dia seguinte.
Um número de personagens reduzido numa história com contornos cliché e uma história bastante simples foram os factores que justificaram a rápida leitura. No entanto, esta edição da Círculo de Leitores tem uma letra minúscula, o que pode cansar a vista, dificultando assim a leitura da obra.
Ainda assim foram muitos os episódios que me prenderam: a vivência na prisão por parte da protagonista, onde uma situação em particular me surpreendeu (aqueles que já leram Imperdoável identificar-se-ão com a associação banho/prisão/sabonete). Além disso, gostei daquela relação entre Maggie e Jess. Talvez por isso o livro se distanciou tanto de Um Estranho em Casa que estava isento de um envolvimento amoroso, pelo menos tão explícito como o que consta no presente livro.
Agradou-me particularmente o cenário e penso que a autora conseguiu recrear o ambiente propício de um vilarejo, com as ligações coesas entre os habitantes e as desconfianças dos outsiders.
Daí que o livro seja algo moroso na sua totalidade. Enfatiza muito a descrição do casal, nunca perdendo de vista o facto da protagonista ser uma ex-presidiária e portanto, o tabu de contar ao parceiro e a falta de confiança que se inevitavelmente se gera. No entanto, há um mistério patente em toda a narrativa que se debruça em actos maquiavélicos por parte de uma vilã, cuja identidade é conhecida praticamente desde o início da história. E quando falo em maldade, sou mesmo sincera: não que haja constantemente passagens de grande violência mas os poucos que existem são de facto bastante gráficos.
E como expectável, a residente é vista com desconfiança, acabando por despertar um sentimento de compaixão por parte do leitor.
E como expectável, a residente é vista com desconfiança, acabando por despertar um sentimento de compaixão por parte do leitor.
Ora estamos perante um livro que não me foi indiferente devido às emoções despertadas em mim. Contudo, dada a simplicidade do enredo e até a previsibilidade do mesmo, este livro não me cativou tanto como gostaria. Achei-o medíocre mas ao mesmo tempo estou entusiasmada em conhecer mais obras da autora. Até breve Patricia MacDonald!
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