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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Lisa Gardner - A Hora da Morte [Opinião]


Sinopse: "O que farás quando o tempo chegar ao fim?"
Dia após dia, esperava que o primeiro cadáver fosse descoberto - um corpo contendo todas as pistas de que os detectives precisavam para encontrar a segunda vítima, que agardava uma morte lenta, mas certa. 
As horas passavam - o salvamento era possível, mas a polícia nunca chegou a tempo. Passaram-se anos, porém, para este assassino o tempo parara. 
Quando uma vaga de calor se abate sobre a região, o jogo recomeça. Duas raparigas desaparecem - e as horas continuam a passar. A agente do FBI Kimberly Quincy sabe que terá de infringir algumas regras para vencer um criminoso cruel no jogo que ele aperfeiçoou. A hora da morte chegou.

Opinião: A Hora da Morte é o quarto livro protagonizado por Quincy e Rainie. No entanto estas personagens vão sendo secundarizadas à medida que Kimberly, a filha de Quincy, se destaca.  É esta que será a força motriz na investigação da história, em conjunto com Mac McCormack.

Em todos os livros da autora, denota-se uma certa morbidez na formulação do serial killer e em A Hora da Morte, verifica-se o mesmo. As jovens raparigas são raptadas aos pares e se uma é imediatamente morta, a outra é levada para um local onde se depara com uma lenta e dolorosa morte. O ritmo de A Hora da Morte é intenso, sensação conseguida às custas das corridas contra o tempo para encontrar as vítimas antes de morrer. Em especial, a situação do último par de vítimas, concretamente a jovem Tina, que se definha. Mac e Kimberly buscam incessantemente a jovem, com base nas provas que foram deixadas.
Gardner consegue recriar um ambiente aterrador e um apelo à sobrevivência verossímil. Senti-me tensa, especialmente ao ler as passagens de Tina, com ânsias que a jovem conseguisse sair sã e salva.
Tal como o modus operandi sugere, a autora formula, uma vez mais, um psicopata extremamente mórbido. Apesar da sua identidade ser uma incógnita até ao final, apreciei e muito o perfil psicológico que foi-se desenhando ao longo da história.

Como tem sido hábito, a autora introduz uma parte romântica na narrativa. Há efectivamente um casal assumido: Rainie e Quincy. Contudo, Kimberly mostra grande empatia com McCormack. As cenas mais quentes entre estes são atenuadas pela componente thriller, que é claramente predominante.
Kimberly aparecera outrora na literatura da autora, em particular e com grande destaque no livro anterior, A Vingança de Olhos Negros, conferindo assim uma familiaridade ao leitor. Por mim falo que já sentia uma empatia pela personagem e foi agradável revê-la bem como a Rainie e Quincy. Estes surgem na história, trazendo algo de novo, um dilema nas suas vidas. Este não terá solução no presente livro e o leitor fica naturalmente curioso em ler o livro seguinte, Desaparecida.

Penso que já terei dito mas volto a reforçar, Lisa Gardner é uma autora de grande qualidade. Desde que li Diz Adeus, senti curiosidade em ler as restantes obras e estas não me têm desiludido. Antes pelo contrário,  estas prometem leituras empolgantes e surpreendentes e a presente não é excepção. Recomendo A Hora da Morte, bem como a restante saga de Quincy e Rainie.


1 comentário:

  1. Viva,

    Já li um livro da escritora se não me engano "Minha até à Morte" e foi sem duvida um livro muito bom....o teu comentário só vem refoçar que estamos na presença de uma grande escritora ;)

    Bjs e boas leituras

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