Sinopse: AQUI
Opinião: Em 2010, nos primórdios do blogue, vários posters alusivos a um novo livro denominado Sopro do Mal invadiram a cidade de Lisboa. Claro que um marketing tão convincente foi fundamental para que comprasse o livro e funda a sua leitura, concluí que fora um dos melhores que alguma vez li.
Quatro anos depois, centenas de leituras decorridas ainda penso na história sombria que Sopro do Mal me dera a conhecer.
Confesso que o livro seguinte, O Tribunal das Almas, não teve o mesmo impacto que o romance de estreia de Donato Carrisi pois afinal de contas, sentira falta da protagonista carismática e amargurada Mila Vasquez. Daí que A Hipótese do Mal foi um livro que me deixou entusiasmada a partir do momento em que soube da sua publicação.
Bastaram as primeiras páginas para rapidamente embrenhar-me numa história que, segundo o próprio autor, surgiu numa troca de e-mails com alguém que num momento da sua vida, simplesmente desapareceu. Penso que é um sentimento bastante consensual. Afinal, quem é que nunca pensou, num momento mais cabisbaixo da sua vida, em desaparecer dos problemas? Nem que seja por uns momentos. Até o autor confessa que teve essa necessidade e aqui entre nós, eu também.
Confesso que esta história inicialmente deixou-me confusa pois por mais que pensasse, não encontrava uma explicação lógica para o facto de inúmeros homicídios serem levados a cabo por pessoas que estão desaparecidas há anos. Pessoas que não têm um registo como se de mortos se tratassem.
Os cenários são sombrios bem como a protagonista Mila Vasquez, que ainda assim, consegue cativar tanto o leitor. Reconheço que sobre esta lembrava-me do fundamental: que não tolera o toque dos outros e que apreciava a auto-mutilação. É uma heroína muito diferente do usual que é psicologicamente tão complexa quanto fascinante. Neste livro vemos aprofundado um pouco mais de si, da sua ligação com a filha e como esta vivencia o amor materno.
Os cenários são sombrios bem como a protagonista Mila Vasquez, que ainda assim, consegue cativar tanto o leitor. Reconheço que sobre esta lembrava-me do fundamental: que não tolera o toque dos outros e que apreciava a auto-mutilação. É uma heroína muito diferente do usual que é psicologicamente tão complexa quanto fascinante. Neste livro vemos aprofundado um pouco mais de si, da sua ligação com a filha e como esta vivencia o amor materno.
Este livro é caracterizado, desde as primeiras páginas, por uma série de imagens sangrentas que surgem num ritmo acelerado, não permitindo momentos mais morosos. Os crimes sucedem-se, acompanhados por pistas, que tornam ainda mais complexo o caso que Mila tem entre mãos. Mas conta com uma preciosa ajuda, a de Simon Berish, um polícia que outrora esteve envolvido num caso de corrupção. Um personagem que, por ter um conturbado passado, está em conformidade com a protagonista feminina.
Daí que as personagens acabam por ser tão envolventes quanto a história em si e o autor não se restringiu aos protagonistas: a profundidade emocional de cada personagem desaparecida é flagrante. Vemos aprofundado algum background das mesmas, um pouco antes de desaparecerem.
Donato Carrisi é um dos poucos autores cuja escrita é extremamente sensorial. As descrições estão pejadas de elementos aterradores e creio que é tão transponível para o leitor esta sensação de suspense, puro terror. A sensação do medo é tão intensa que se torna palpável. É de louvar quando um autor tem este efeito sobre os leitores e reconheço que, em tantos policiais e thrillers que leio, é raro sentir-me tão incomodada com a história como Carrisi me fez sentir já por três vezes.
Apesar de reconhecer uma série de características que fazem de A Hipótese do Mal um excelente policial, confesso que, devido a um recente problema familiar, fui obrigada a interromper a leitura e depois quando a retomei não consegui desligar-me da realidade. Afinal de contas, estamos perante um livro pesado, de atmosfera tensa e que confere um elevado nível de ansiedade. Consequência: o livro não me cativou tanto como acontecera em O Sopro do Mal. Pelo facto que, irei um dia mais tarde reler este livro esperando reviver a genialidade do autor.
Ainda assim e sem margem para dúvidas, A Hipótese do Mal figura na lista dos melhores livros que li este ano.
A Porto Editora já adiantou que o autor estará na Feira do Livro de Lisboa este ano. Assim que tenha mais informações divulgo pois creio que esta sessão de autógrafos é imperdível. Bem como os livros, aliás!
"Em 2010, nos primórdios do blogue, vários posters alusivos a um novo livro denominado Sopro do Mal invadiram a cidade de Lisboa."
ResponderEliminarA razão pela qual também comprei o livro...Estava a sair do turismo de portugal, onde estava a trabalhar e vi o poster ao pé da entrada para o comboio em Entrecampos....
Comprei o livro na manhã seguinte e "apaixonei-me" pelo donato :P
Falta-me pouco para o fim do livro. Nada de spoilers pá....
É verdade! Lembro-me de passar pelo viaduto duarte pacheco e antes de entrar, no monsanto, estar num pilar uma série de posters deste livro ;)
EliminarOpaaa a sério... achas que isto tem spoilers? :(
Boa tarde!!!
ResponderEliminarComo você conseguiu o livro?
Não consigo ele de forma nenhuma.. nem livro fixo nem Ebook.
Me dá um heeeelp!!! :)
Beijos!
Olá Rhana
EliminarEu sou de Portugal e este livro já foi publicado cá... Pena não ter sido editado no Brasil :/ Na wook também costumam vender os ebooks da Porto Editora, pode ser que consigas. Beijinho e boas leituras
:(
EliminarAqui ainda não publicaram.. Você não teria ele em PDF?
Bjssss
Não, tenho o livro mesmo. Sorry não conseguir ajudar
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