Jess Michaels - Sedução Perigosa [Opinião]

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Opinião: Mais uma leitura quente e entusiasmante desta feita proporcionada por Jess Michaels, a autora de Tabu, Força do Desejo e Emoções Proibidas.

A capa é lindíssima, com o pormenor extremamente feminino das fitinhas que encerram um conteúdo bastante sensual, como a Quinta Essência já nos habituou. Confesso que esta autora, a par de Cheryl Holt é uma das minhas preferidas do género. Simplesmente fascinam-me as descrições de época e o quão era tabu a libertação feminina.

Sedução Perigosa é o segundo volume da saga das irmãs Albright, sendo ainda assim, de leitura independente. Sinceramente, li o primeiro livro, Emoções Proibidas, no ano passado e lembrava-me de poucos pormenores. Recordava-me, por exemplo, que Penelope tinha um papel pouco fulcral na trama anterior e se chateara com a protagonista, a irmã Miranda. Sobre este arrufo, o leitor é presenteado com uma resolução, o que indica que este livro, ainda que catalogado como erótico, alberga também uma história sobre relacionamentos, quer amorosos quer familiares.

Em Sedução Perigosa há uma inversão de papéis e é Penelope a protagonista. Após um casamento de aparência (cujos contornos se encontram pouco aprofundados quer no livro anterior, quer neste), Penelope é agora uma jovem viúva que desconhece o prazer das relações sexuais e por meio de uma aposta, é Jeremy que lhe faz a corte.

Gosto destes livros, pelos diferentes jogos de sedução numa sociedade pautada pelos moralismos e preconceitos rígidos. As mulheres tendiam a ser um pouco submissas e estes livros dão a conhecer uma dimensão feminina, que acredito ter sido pouco importante na era vitoriana.

Há portanto um entrosamento entre a ficção histórica e o erotismo que funciona muito bem e que me tem fascinado a cada livro que leio do género. Daí que assuma preferir, dentro do género erótico, as autoras que mencionei anteriormente.

Apesar de terem enredos relativamente semelhantes, gosto de acompanhar as diferentes histórias de sedução atribuladas pela intriga e assim, os livros acabam por não ser excessivamente sexuais. Há erotismo, muito jogo de sedução e sobretudo uma história aliada às personagens. Gostei das mesmas, ainda que tenha preferido o carácter da irmã Miranda. No final da leitura Penelope já me cativara. Já nem falo do protagonista masculino, que está numa linha estereotipada mas que no final, acaba sempre por sucumbir aos encantos femininos (e consequente rendição ao amor).

Além disso foi muito bom rever personagens da trama anterior, nomeadamente Miranda e Ethan, o marido, ainda que este tenha um papel muito ténue no presente livro. Eles próprios autores de uma belíssima (e quente) história de amor, no livro anterior, Emoções Proibidas.

Em suma, esta autora é ideal para uma leitura rápida e propícia para o bom tempo que se aproxima, não deixando de recomendar aos amantes do género.