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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Louise Doughty - Uma Escolha Imperfeita [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Este foi um livro que, a avaliar pela capa, me teria passado ao lado. Numa incursão pelo Goodreads apercebi-me que o mesmo é um thriller, mais concretamente, este livro, está na categoria dos thrillers eróticos, uma vez que abundam as cenas de sexo num contexto de suspense e intriga.

A história é contada por Yvonne Carmichael, uma mulher na casa dos cinquenta anos, com um casamento aparentemente satisfatório e uma carreira de sucesso na área da genética. Até que, conhece alguém a quem vai chamar simplesmente de X e com quem irá viver um tórrido romance cujas consequências serão, de todo, imprevisíveis.

Grande parte da acção desenrola-se em tribunal o que nos faz subentender que esta obra para além de um thriller erótico, conforme referi, coloque também um pé do subgénero do thriller jurídico, bastante popularizado por nomes como John Grisham, sendo também um género que aprecio embora o mesmo não seja consensual entre os leitores.

O facto de a narrativa se iniciar logo em tribunal faz com que o leitor vá descobrindo gradualmente a razão pela qual Yvonne lá se encontra, através de várias analepses que percorrem a obra. Embora esta estrutura da narrativa confira alguma dinâmica à leitura, não achei que houvesse grandes surpresas, considerando mesmo que a narrativa se torna, a certa altura, demasiado linear.

Com muita sinceridade afirmo que não apreciei particularmente a personagem de Yvonne, pois não me pareceu verosimil que uma mulher daquela idade tivesse actos tão irreflectidos que a enredassem numa teia e a conduzissem a resultados desastrosos, parecendo-me que tais atitudes são típicas de adolescentes. Não sendo explícito se Yvonne é ou não uma mulher mal vivida a verdade é que a sua situação em tribunal acaba por despertar alguma compaixão no leitor. Por outro lado, considero que a personagem do marido de Yvonne, Guy, poderia estar mais desenvolvida uma vez que o seu papel na narrativa é meramente periférico.

Um aspecto que considerei curioso no livro é o facto de o mesmo se encontrar dividido em três partes, cada uma delas contendo uma designação relacionada com a genética, que é justamente a área profissional de Yvonne.
  
Em síntese poder-se-á dizer que é um livro de fácil leitura e simultaneamente envolvente, dada a temática em questão, a infidelidade e as paixões furtuitas, contudo, é um livro demasiado linear e desprovido de reviravoltas que tão bem caracterizam este género de thriller.


7 comentários:

  1. Verinha, minha querida menina dos policiais, gostei da tua crítica, como sempre, mas fiquei intrigadíssima ao ponto de ter de te perguntar o seguinte: tens a certeza que leste o mesmo livro que eu traduzi??? Dizes tu que «...este livro está na categoria dos thrillers eróticos, uma vez que abundam as cenas de sexo (...)»??? Pois deixa-me que te diga que foi para mim um verdadeiro bálsamo estival traduzir este thriller PRECISAMENTE POR NÃO TER CENAS DE SEXO. É que se em te lembras, antes deste levei com três ou quatro traduções seguidinhas carregadas de cenas de sexo a uma cadência tão pateticamente exagerada que tive de me munir de várias caixas de Vomidrin para conseguir trabalhar. Diz-me POR FAVOR as páginas deste thriller onde são descritas essas abundantes cenas de sexo que referes, só para eu me certificar de que não estou oficialmente doida. Quanto à capa do livro, que a ti te passou despercebida, considero-a tão juicy que se não soubesse que era a minha tradução correria a comprá-lo. Mas lá está, nem sempre temos a mesma opinião. Quanto ao resto da crítica está, como é teu apanágio, muito boa. Beijocas, miúda! Claudia Ramos
    (PS - Comecei há dias o Crossfire 4 (de cinco). Devidamente munida de Vomidrines, claro!)

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    1. Eheheh
      Adorei o teu comentário! Olha quando vi este livro, pela capa não cheguei lá e depois soou qualquer coisa ao ler o título original Apple Tree Yard :)
      Então cenas de sexo... as escapadinhas com o moço e uma delas até estava bem hot (estava no autocarro e ate fiquei meia envergonhada ehehe) e a outra... com o George (será que tb está no mesmo saco que as de sexo?) Tenho uma mente muito imaginativa, quando se referem as escapadinhas, eu imagino logo tudo ahahah Estou tão habituada a ler livros tipicamente policiais que ligo logo o radar com passagens de sexo ;)

      Já sei que vai haver um novo das Wallflowers :D Vi a capa do livro (nem sabia que o mesmo existia...) tb é teu? Boa, bora lá com o Crossfire :D
      Continuação de um excelente trabalho Cláudia, um grande, grande beijinho!

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    2. Querida, acabei agora o Crossfire 5 e último. Ultimo das wallflowers??? Sim, eu e a minha mae fizemos a saga há ene tempo. Ah ok, fui ver a data desta tua publicação 😊 sim, sim, saiu. Há uma saga MARAVILHOSA da mesma autora, as Hathaways, q a minha mae está a traduzir para se entreter e esperar que a PE algum dia tenha interesse em publicar. Ela vai no 4o e penultimo. Tenho tudo feito e pronto a entregar a3 editora mas até agora... nada. É uma série bem mais gira até que as Encalhadas. Da uma espreitadela aos originais e diz me o que achaste. Basta ires ao google e escrever Hathaways. Beijos com saudades

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    3. Ah... e para quem levou com 5 Crossfires, as cenas de sexo do Apple Tree são brincadeira de criancas 😁😁😁😁

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    4. Minha querida Cláudia, que saudades! Ainda não tenho o último das wallflowers... fica para a FLL :) Até porque gostei desses!

      Então e o Crossfire já está tudo? Está para breve?

      Tenho que pesquisar sobre as Hathaways :)

      Um enorme beijinho com imensas saudades

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  2. Alguèm me pode explicar porque a autora refere no livro quanto ao amante da Yivone como Regina vs Mark Liam Costley. O nome Regina vem de onde? A autora nunca explicou no livro.

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  3. Sara Santos. LEGAL used in the titles of some British court cases to show that the government brought a case against someone
    Regina v. Cunningham

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