Sinopse: Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate.
No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.
O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...
O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!
Opinião: Provavelmente os meus leitores sabem que embarquei numa aventura sob a forma de uma maratona literária dedicada à leitura da série de George R. R. Martin. Dispensei a releitura dos dois primeiros volumes pois relembrava-me bem da história, tendo começado a maratona com o primeira parte de A Clash of Kings.
Apesar de ser uma grande fã da série televisiva baseada na obras, A Fúria dos Reis foi um livro que complementou alguns dos meus conhecimentos alusivos à (rica e intrincada) história. E no final, não me deixou de surpreender pois não me recordava daquela passagem. Fiquei absolutamente incrédula! Já falarei sobre isso.
O livro proporcionou uma ávida e bastante deleitosa leitura. A estrutura da narrativa está na linha dos dois livros anteriores, em que se intervalam os POV (point of view) das várias personagens inclusivé aquelas que são mais secundarizadas como o Theon Greyjoy.
Uma narrativa riquíssima na medida em que nos permite acompanhar a evolução das várias personagens bem como a acção simultaneamente em vários pontos de Westeros.
Neste volume, a minha relação de empatia com o anão Tyrion consolidou-se. Desde A Guerra dos Tronos que esta personagem é a minha preferida, tecendo, uma vez mais, brilhantes e espirituosas considerações que amenizaram o ambiente tenso que caracteriza esta narrativa. E adjectivo esta como tenso pois muito do que é lido em A Fúria dos Reis tem a ver com uma organização e estratégia militar que antecede uma batalha. Stannis está focado em conquistar o trono!
Em comparação com os volumes anteriores, achei o ritmo da trama mais moroso, justificado talvez pelo planeamento militar a que a trama se propõe. Não deixa, no entanto, de proporcionar um estrondoso final. Confesso que não me recordava do mesmo na série e tive que rever a cena no Youtube que está extremamente fiel e está deveras emocionante. Muito, muito bom!
Numa só palavra: A Fúria dos Reis é um livro viciante. Um adjectivo extensível a toda a saga. Embora conheça a história pois acompanho a série, é com grande entusiasmo que leio estes livros e respiro o ambiente de intriga e acção em Westeros.
O terceiro volume da série proporcionou-me uma excelente leitura e com uma vontade imensa em devorar a continuação, O Despertar da Magia.. Esta é, indubitavelmente, uma saga fantástica! Sem que imaginasse, dou por mim a ler com a mesma satisfação que um policial, estes livros do género Fantástico!