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domingo, 17 de maio de 2015

Raphael Montes - Dias Perfeitos [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Como referi anteriormente, não sou nada dada ao ebook. O meu marido e eu comprámos o Kobo já há mais de um ano, certamente, numa promoção da Fnac. Não me recordo ao certo o preço mas lembro-me que o Kobo Mini foi uma pechincha. E tem estado na caixa desde então. Tenho sido muito reticente no que diz respeito à leitura neste formato.

Contudo, Dias Perfeitos foi publicado cá em Portugal e o burburinho que antecedeu a sua publicação foi decisivo para que conseguisse o ebook. Curiosa com a obra antecessora do autor, Suicidas também veio directamente para o Kobo.
Assim que constatei que a edição portuguesa em nada diferia da original, optei pela leitura do ebook ao invés de comprar o livro. 

Aproveitei uma tarde de ócio para ler as primeiras páginas e adivinhem, caros leitores, pelo final do dia tinha lido o livro todo.  
Em primeira análise, senti uma ligeira dificuldade em alguns termos brasileiros que não são usados em Portugal. Curiosamente, o dicionário do Kobo foi extremamente útil para que pudesse averiguar o significado de tais expressões.
Uma outra dificuldade que tive, inerente à leitura neste formato, foi a leitura de umas páginas específicas, em que era uma imagem do guião da Clarice. Mesmo com o aumento da letra, pura e simplesmente não consegui ler esse excerto pois era minúsculo.

Como o autor refere, Dias Perfeitos conta uma história de amor. Mórbida. A relação entre Téo e Clarice resulta de uma psicose da personagem masculina. Ele fica obcecado pela personagem feminina, a guionista Clarice e rapta-a, numa tentativa que ela se apaixone também por ele.
Com ritmo perturbador, a acção começa a tomar proporções que não esperava de todo.

O impacto desconcertante do livro é também conseguido à custa das personagens, com principal incidência no Téo. Estudante de medicina, Téo é sociopata. E o seu comportamento é deveras aterrador, especialmente a partir do momento em que conhece Clarice, uma rapariga que é o seu oposto.

Gostei da trama, penso que o autor foi bastante audaz ao transgredir os limites de uma relação saudável, fazendo-o de forma contínua e chocante. Não obstante, ao longo do livro fui estabelecendo algumas comparações com o livro Misery de Stephen King.
Embora tenha ficado estarrecida em diversas ocasiões no decorrer da leitura (afinal de contas, esta transborda em violência psicológica), não posso deixar de admitir que fiquei decepcionada com o final, tendo-o achado bastante inverossímil. Este facto acabou por influenciar a minha apreciação global do livro: gostei da trama até certo ponto embora o aspecto que mais apreciei foi, sem dúvida, a caracterização tão profunda e macabra do Téo.

Não deixo, no entanto, de congratular o autor pela escrita envolvente e sobretudo por me ter horrorizado com o Téo.

Para outras núpcias (espero não muito distantes) ficará o ebook de Suicidas.

4 comentários:

  1. Faz parte da minha lista de próximas leituras. :)

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  2. Estou prestes a comprar um kobo, uma vez que os ebooks são bastante mais baratos, mas gostava de saber a tua opinião, pois tenho algumas dúvidas. A leitura torna-se mais prática? para os olhos não será mais cansativo? Os ebooks têm que ter sempre o formato epub? Obrigada :) Raquel

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    Respostas
    1. Olá Raquel!
      Eu não sou grande fã do formato electrónico mas comprei há cerca de 2 anos o Kobo mini numa promoção da fnac. Ficou baratíssimo! Este foi o primeiro livro que li integralmente lá e gostei da experiência. É bastante leve e o ecran é opaco, dá a sensação de papel mesmo. Não cansa os olhos (li este livro numa tarde, com alguns intervalos). Para o kobo, os livros têm que estar no formato epub embora o aparelho leia tb pdfs. Aconselho-te a ires à fnac e veres como é naqueles kobos de exposição para veres se gostas :)

      Um beijinho e boas leituras

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  3. Obrigada pelo esclarecimento Vera! Realmente nada melhor que vê-lo ao vivo. Infelizmente no nordeste de Portugal não há Fnac :( Vou aguardar para quando for ao Porto. Beijos.

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