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domingo, 1 de novembro de 2015

Mary Kubica - Vidas Roubadas [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Terminei ontem à noite o segundo livro de Mary Kubica, Vidas Roubadas. Depois de ter lido Não Digas Nada, fiquei a aguardar com bastante interesse a publicação de mais obras da autora. Pretty Baby saiu no verão deste ano e não tardou para que a TopSeller publicasse o segundo livro de Kubica. Congratulo a editora por não ter feito esperar os fãs da autora!

Vidas Roubadas é uma história completamente diferente da obra antecessora. Só encontro em comum a forma como esta é narrada sob perspectivas intercaladas na primeira pessoa, que, no presente caso, são três: Heidi, Chris e Willow.
Enquanto que as narrativas referentes a Heidi e Chris se referem ao presente, a parte de Willow foca-se no seu passado, permitindo ao leitor conhecer as provações a que esta foi submetida em criança/adolescência. E devo acrescentar que a maioria das passagens narradas pela jovem são altamente desconfortáveis. 

Com as narrativas do casal, nota-se uma certa discordância entre Chris e Heidi, explorando também a ideia de um casamento monótono e perto da ruptura, agravado pela desconfiança da mulher. A situação agrava-se quando esta, que é assistente social sendo bastante humanitária, leva Willow e a bebé para sua casa, à revelia de Chris e da filha, Zoe.

Creio que Willow e Heidi disputam o título da personagem mais marcante. Em primeira análise,  sensibilizou-me que Heidi seja tão altruísta a ponto de não ficar indiferente a Willow e à bebé. No entanto, o que mais me impressionou foi a mudança desta personagem ao longo da narrativa, levando-me a crer que a fronteira entre os antagonistas e aliados é muito difusa no presente livro.

Creio que o mistério não assenta apenas na insegurança que se instala devido a Willow estar na casa da família Wood. Despertou-me bastante interesse o passado da jovem (que é dado a conhecer gradualmente nas suas narrativas) bem como a bebé Ruby e a ligação entre esta e Heidi.

Entre Vidas Roubadas e Não Digas Nada, a minha preferência recai sobre a obra de estreia de Kubica. Na minha opinião, Vidas Roubadas tornou-se previsível a certo ponto e a conclusão não foi tão chocante quanto a do livro antecessor. Ainda assim, a presente obra é um thriller psicológico bastante bom; mexeu comigo especialmente nas passagens de Willow. Além disso, proporcionou-me uma leitura ávida: cerca de metade do livro foi lido ontem à noite, com grande entusiasmo até à última página.

Pelas razões anteriormente mencionadas, faço votos que Mary Kubica continue a dar cartas na literatura!


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