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quinta-feira, 17 de março de 2016

David Safier - Mais Maldito Karma [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Adoro o autor David Safier! É o autor perfeito para desanuviar do policial. Aliás, cá em casa há dois fãs pois até o meu marido aprecia o humor do autor. 

Quando vi que a mais recente obra do autor a ser publicada por cá era Mais Maldito Karma, fiquei algo reticente pois temia que fosse demasiado parecido à sua obra de estreia, Maldito Karma. No entanto, posso afiançar-vos que, embora a temática seja a mesma, os livros são completamente diferentes. Mais Maldito Karma não é uma continuação mas sim uma sequela: as personagens são diferentes, as situações também assim como os animais em que reencarnam (com excepção da formiga).
Entre estes títulos, não consigo eleger um favorito, são ambos extremamente engraçados.

Enquanto que no livro antecessor, o protagonismo recaía sobre uma única personagem, a Kim, em Mais Maldito Karma, temos duas personagens que morrem num acidente e renascem sempre juntas, com o mesmo objectivo de acumular bom karma. O que torna a situação verdadeiramente engraçada é que, numa fase inicial, Daisy e Marc não se toleram e até esta relação vai-se tornando mais harmoniosa à medida que renascem em diferentes animais, subindo na hierarquia dos mesmos.

As situações protagonizadas por Daisy e Marc tornam-se ainda mais hilariantes quando a eles se junta uma outra personagem, já nossa conhecida de Maldito Karma, Casanova. A complexidade do humor revela-se não só na interacção deste com os protagonistas, como nas notas de rodapé alusivas a Casanova em que revelam outras situações relativas a este.

Li Mais Maldito em dois dias, ou seja, teve o mesmo efeito viciante que os policiais têm sobre mim. Quanto mais páginas lia, mais me ria e fazia suposições sobre os próximos animais em quem os protagonistas iriam reencarnar.
Apesar de hilariante, este livro tem, à semelhança das obras que li de Safier, uma importante mensagem moral e convidativa à reflexão. Neste caso, sobre o sentimento poderoso que é o amor e nas várias formas que se manifesta. 

Devo reforçar que, embora o livro tenha fundamentos na religião budista, o autor não ofende a religião. O humor explícito nas situações recorrentes de reencarnação respeita a religião budista e seus fiéis. Ainda que as provações a que são submetidas as personagens sejam mirabolantes, o humor não é ordinário.

De leitura rápida, um livro que nos enche o coração pela bonita mensagem, depois de nos termos rido sem parar umas boas horas. Recomendo! Adorei!


1 comentário:

  1. Olá, bela sugestão. O meu marido gosta de humor nos livros, talvez lhe ofereça (e assim tenho mais um para ler) :)

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