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terça-feira, 5 de julho de 2016

Audrey Carlan - A Rapariga do Calendário [Opinião]


Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto.
A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama se não quiser. Dinheiro fácil.
A curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo.
Pelo menos é como espera que corra.
Sexo, Amor e segredos. Uma história que a fará sonhar.

Opinião: Não tenho lido muitos eróticos ultimamente mas vi que o livro 'A Rapariga do Calendário' estava tão bem cotado que não resisti em enveredar por esta leitura mal o livro chegou cá a casa.
Ainda que tenha uma experiência algo restrita em eróticos contemporâneos, devo referir que este é dos melhores que li do género uma vez que, no meu entender, a trama não se debruça apenas sobre sexo. Existem, como é o esperado neste tipo de livros, inúmeras passagens explícitas de cariz sexual, no entanto, cada mês é como se uma pequena lição de vida se tratasse. Além disso, o sexo vai além de um acto físico. Sim, o conceito pode ser estranho, estamos a falar de uma acompanhante de luxo mas a convivência entre a personagem principal, Mia Saunders, e os clientes gera um sentimento de carinho e o sexo acaba por fluir.

Agradou-me também que Mia não seja o estereótipo de mulher neste tipo de romances, que tendem, normalmente, a serem submissas aos parceiros. Assim, Mia é uma mulher com garra, não tivesse ela a braços com uma situação delicada: a de saldar uma dívida de uma quantidade avultada de dinheiro, dívida esta instaurada pelo pai, mostrando um certo altruísmo por parte da personagem feminina. 
A par da personagem feminina, devo constatar que gostei das experiências eróticas descritas, isentas de jogos de submissão que tanto estão em voga.

A estrutura do livro também é diferente das com que me tenho deparado neste tipo de tramas. Cada mês, Mia tem um parceiro, não sendo propriamente necessário que tenham relações sexuais e cada personagem masculina tem algo a ensinar a Mia. No final do primeiro trimestre, denota-se uma evolução da protagonista no que concerne à sua auto-estima ou à capacidade de amar. 

O mês de Janeiro será, certamente, o mais marcante. O início do ano foi pautado por uma primeira experiência profissional bastante agradável e, quanto a mim, parece que Wes ainda vai dar cartas ao longo do ano. Todavia, o mês mais hilariante, a meu ver, foi o mês de Março em que Mia conhece um homem bastante atípico neste tipo de serviços. Durante a leitura deste mês, constantemente perguntava a mim mesma como ela se iria desenvencilhar da situação.
A avaliar pelo primeiro livro e por este trimestre, o resto do ano de Mia será, certamente, repleto de experiências eróticas.

Sensual e diferente, com uns laivos de humor, parece-me que A Rapariga do Calendário é uma proposta audaz da Planeta para as leituras deste verão. Gostei muito!



1 comentário:

  1. Humm... parece ser um livro com uma estrutura diferente e engraçada, tal como dizes mas... fico sempre relutante em relação a eróticos. Não sei porquê, não me convencem...
    Este acho que passo :)
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