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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Mary Higgins Clark - A Morte Usa Uma Máscara de Beleza [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: A Morte Usa Uma Máscara de Beleza é uma colectânea de contos. A autora explica, nas notas iniciais, que começara uma história sobre o mundo da moda, no entanto, esta ficou em stand by para escrever Onde Estão as Crianças?. Estávamos nos anos 70. Ainda assim, e tendo em conta que alguns destes contos foram escritos no início de carreira da autora, creio que as histórias são intemporais e adequam-se aos dias de hoje. Note-se que esta antologia contém a primeira obra de Higgins Clark, escrita em 1958.
Uma das vantagens de ler um livro de contos é a liberdade que o leitor tem em escolher as histórias que pretende ler primeiro. O índice, colocado no final da obra, auxilia esta opção.

Não costumo ler muitos livros de contos, por norma, acho-os histórias subdesenvolvidas, no entanto, a autora Mary Higgins Clark é uma excelente contadora de histórias e envolveu-me nas várias short stories de suspense que apresenta. É certo que as personagens que participam nestas histórias não são tão complexas mas há aqui uns contos até bastante interessantes, daí crer ser pertinente tecer algumas considerações individuais. Vou tentar não me alongar em demasia nesta recensão.

A primeira história (e que dá o título ao livro) é o conto mais longo da colectânea e, a meu ver, um excelente cartão de visita para as tramas que se seguiriam. A Morte Usa Uma Máscara de Beleza conta a história de um desaparecimento. A irmã de Alexandra, Janice e o seu marido tentam encontrar a mulher quando se coloca a hipótese de esta ter sido morta. A primeira história explora o mundo da moda e beleza, um universo que não descuro por completo mas, pessoalmente, prefiro os livros. Há uma reviravolta bastante interessante a meio que desencadeia um final não tão trágico quanto eu pintava.

O Passageiro Clandestino é um conto algo estranho. Isto porque a protagonista, Carol, tenta esconder um fugitivo sem que sejam apresentadas as razões para tal. Não obstante, há um clima intenso de suspense devido à eminência de se descobrir o paradeiro do suposto antagonista. Gosto destes ambientes tensos. 

Quando o Galho Quebrar é um  conto muito bonito e, ao mesmo tempo, triste. Fala sobre a perda e debruça-se sobre uma mãe que perdeu um filho. O suspense característico da autora é substituído pelo dramatismo da situação, até a uma revelação que me deixou de coração pequenino.

Vozes no Depósito de Carvão é um pequeníssimo conto de terror, arrepiante e com um desfecho algo macabro, mesmo como eu gosto.

A Farsa de Cape Cod conta com a participação de duas personagens já conhecidas no universo de Mary Higgins Clark, Alvirah Meehan e Willy. Gostei do papel destas duas personagens que ajudaram Cynthia a limpar o seu nome, depois de ter sido presa, acusada de ter morto o seu padrasto. Esta história envolveu-me muito e durante toda a leitura, estava céptica com a protagonista, sempre na dúvida se esta seria mesmo culpada.

O título Decididamente, Um Crime Passional diz tudo sobre o teor da história. Um crime passional é sempre interessante, não acham? O Vizinho do Lado conta a história de um homem que tem um local secreto onde hospeda alguns visitantes. Eis que o último visitante é o seu vizinho... é um conto bastante interessante! 

Quando li Não nos Conhecemos Antes?, a história pareceu-me algo familiar. E depois percebi que já tinha visto o filme adaptado deste conto. É sobre um stalker e uma estranha obsessão com uma jovem, alegando que a conheceu numa vida passada. Tudo indica que a história tem laivos de paranormal mas é tudo explicado à luz da racionalidade.

Tem Andado a Acontecer-me Uma Coisa Curiosa é a história de um homem que quer vingar a morte da filha. Gosto muito deste estilo de tramas, devo dizer. O Ronronar Revelador é a história do plano de Fred em matar a sua avó. Achei particularmente piada ao tom sarcástico com que é contada esta trama e o final que me lembrou um dos episódios da série Hitchcock Apresenta.

Em suma, um livro de contos tem destas coisas: não gostei de todas as short stories da mesma forma. Decididamente que umas cativaram-me mais, não obstante, a qualidade das mesmas não alcançar histórias tão espectaculares da autora como Onde Estão as Crianças? e outras obras já anteriormente publicadas. Ainda assim, A Morte Usa Uma Máscara de Beleza é um livro obrigatório para as fãs da autora para constatar a vertente dos contos.  


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Carina Rosa - O Escultor [Divulgação Coolbooks]


Data de publicação: 25 Novembro 2016

               Preço com IVA: 16,60€ (livro físico
                                          6,99€ (ebook)
               Páginas: 460 

Sinopse: O Escultor, de Carina Rosa, é a mais recente novidade da Coolbooks e está disponível, a partir de hoje (em formato físico e digital), na livraria virtual Wook. Depois de ter publicado A sombra de um passado, em 2014, a chancela da Porto Editora dá agora a conhecer a incursão desta jovem autora pelo thriller.
A vida de Mariana, uma galerista de sucesso, é radicalmente alterada após receber vários bilhetes ameaçadores que culminam com o desaparecimento da sua companheira de casa às mãos de O Escultor, um assassino em série. Tudo indica, porém, que este é apenas primeiro e macabro incidente de uma perseguição incessante.
Neste thriller, tão obscuro quanto romântico, desenha-se a história dos delírios de um fanático e de uma mulher e de um homem que, unidos pelas circunstâncias, terão de o travar.

Sobre a autora: Carina Rosa nasceu em Lisboa em 1986 e vive no Algarve. Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade do Algarve e trabalhou em jornalismo de imprensa, na rádio e televisão online. No entanto, a ginástica foi sempre a sua casa e é trabalhando com classes de formação gímnica que passa os seus dias, como técnica de Ginástica Acrobática. 
Considera-se uma apaixonada pelas artes e pela cultura, no geral, estabelecendo uma relação muito próxima entre a música, a dança e as letras. A escrita é uma paixão que tomou forma em 2012, ao publicar o seu primeiro romance O Intruso. Desde então tem-se dedicado a escrever romances, uns mais leves, outros com um carácter mais denso, entre histórias contemporâneas e policiais, os seus géneros favoritos.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Stephenie Meyer - A Química [Resultado Passatempo Editorial Presença]


Com a preciosa colaboração da editora Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar do livro Química de Stephenie Meyer para oferecer.
Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 244 participações válidas, as respostas correctas eram:

1.  Para que instituição trabalhava a protagonista da obra? Para o governo dos Estados Unidos
2.  Qual a formação académica de Stephenie Meyer? Literatura Inglesa
3.  A que colecção da Editorial Presença pertence este livro? Grandes Narrativas

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

98 - Joana Bento (Condeixa-a-Velha)

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Para mais informações sobre o livro A Química, clique aqui
Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui




quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Monica James - Viciado no Pecado [Opinião]


Sinopse: Intenso, Sexy, Inesperado e Arrepiante. Uma história erótica e de suspense, que é também uma grande história de amor e redenção. Escrito do ponto de vista do Doutor Dixon Mathews, um psiquiatra de Nova York. Convincente e chocante é uma história de amor que irá manter o leitor absorvido até ao fim... Matthew Dixon irá contar-nos a atracção por duas mulheres. Uma acalma os seus instintos predatórios. A outra o instinto protector. Qual das duas escolherá?

Opinião: Viciado no Pecado é a mais recente aposta da Planeta no género erótico. Sendo eu uma leitora pouco assídua do género e como tal, tenho uma imberbe experiência, ainda assim, posso afiançar-vos que este livro difere dos que andam por aí em que se debruçam sobre submissões e afins. 
Esta história é completamente diferente em vários aspectos que irei salientar nesta recensão.

O primeiro aspecto que ressalta à vista é a formulação e dinâmica das personagens. Como livro erótico que é, existem uma série de passagens com elevado teor sexual. No entanto, Viciado no Pecado distancia-se das demais obras do género por não abordar submissões /dominações. O único aspecto mais kinky é a forma com que o sexo é tratado, em forma de vício, justificando o título do livro.

Além disso, o protagonista, Dixon Mathews é psiquiatra e parece-me ser psicologicamente mais complexo e inteligente do que os demais personagens masculinos de eróticos. Não obstante haver um aspecto em comum: o facto de ele ter tido um trauma que condicionou a forma como perspectiva novas relações.
Dada a actividade profissional da personagem masculina, penso que a obra explora à luz da psicologia (se bem que de forma mais fugaz), alguns aspectos inerentes ao comportamento humano. Não fosse Dixon um profissional na área da saúde mental. 

É neste contexto emocional (embora pautado por inúmeras e luxuriosas sessões de sexo com as pacientes) que o psiquiatra conhece Juliet, uma mulher enigmática e que irradia um magnetismo sobre ele. Dixon trava conhecimento também com Madison que funciona como uma antítese de Juliet, despertando uma empatia muito natural na leitora. 
Mais do que um mero triângulo amoroso, a história assume contornos algo perturbadores que exploram os limites da obsessão.
No final há uma reviravolta que deixa em aberto o rumo da história de Viciado no Pecado. Percebi, então, que terá uma continuação em que ficará definitivamente resolvida a situação de Dixon. Ao invés de uma longa série erótica de livros (correndo o risco de alguns pouco adiantarem para a história), a autora Monica James optou por fechar a trama em dois livros.

Como puderam constatar, este é um erótico out of the box, não se limitando em debitar sessões de sexo com taras. Há um cenário de romance e, em segundo plano, sentimentos obsessivos. 
Estou curiosa com o desfecho.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Passatempo Editorial Presença: Stephenie Meyer - A Química


Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro A Química de Stephenie Meyer. Para participar no passatempo tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.
São mantidos os moldes do passatempo anterior: a partilha do passatempo numa rede social, pública, garante ao participante mais uma entrada válida!

Regras do Passatempo:

- O passatempo começa hoje, 14 de Novembro de 2016 e termina às 23h59 do dia 20 de Novembro de 2016.
- Os participantes deverão ser seguidores do blogue (fazer login na caixa dos seguidores na barra direita do blogue)
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- O blogue não se responsabiliza por extravios dos CTT.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda podem consultar aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)

Para mais informações sobre o livro A Química, clique aqui
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domingo, 13 de novembro de 2016

M. J. Arlidge - Na Boca do Lobo [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Que mais dizer sobre M. J. Arlidge? Tornou-se um dos meus autores de eleição e ao quinto volume da série protagonizada por Helen Grace, posso assegurar que a mesma não perde qualidade, antes pelo contrário, cada volume supera o antecessor. Adorei Na Boca do Lobo!

A sensação que tenho é que o autor magistralmente construiu o mundo social de Helen para se valer neste livro. Sou sincera, não me recordo tão bem das personagens que até à data eram algo fugazes, como o Max Paine (era inevitável lembrar-me do Jake), nunca pensando que seriam elementos chave em Na Boca do Lobo. Foi inteligente, por parte de M. J. Arlidge, ter consolidado ao longo da série estas personagens ao ponto de tornar esta trama mais pessoal para Helen. A temática de fundo é o BDSM e mais do que a dor infringida na prática sexual, é o quão demente pode ser uma pessoa a ponto de matar os parceiros no decorrer destes actos. Sim, novamente temos passagens gráficas, ao jeito que o autor nos habituara nos livros anteriores!

Talvez por essa razão, a história absorveu-me por completo. Ao ponto de terminar esta obra em apenas dois dias. Os capítulos são curtos, promovendo a ávida leitura que eu experienciei.
Simplesmente estava tão embrenhada com esta perseguição tão cerrada a Helen e aterrada com a eminência de se descobrir o seu lado mais íntimo que, quem acompanha a série pode constatar, é talvez inconsistente com a actividade profissional da protagonista.

Não é do protagonismo de Helen Grace que vive o sucesso desta série. Emilia Garanita mostra, uma vez mais, a ambição de ter o exclusivo na imprensa da investigação criminal e Gardam surpreendeu-me, não pelas melhores razões.

Entendo que o autor queira surpreender o leitor ao desvendar a identidade do antagonista, não obstante achar que a revelação final foi algo súbita e carecia, no meu entender, de uma explicação ainda mais convincente. Claro que por essa razão, nunca equacionei quem seria o assassino. 
No entanto, esta vai despoletar uma nova situação para Helen. E eu estou deveras ansiosa para saber o que se segue!

O tempo voou enquanto lia este livro. Urgia descortinar o mistério mas ao mesmo tempo não queria terminar a obra. Afinal de contas, o próximo livro, Hide and Seek ainda não se encontra, com muita pena minha, no mercado literário português. Mal pousava o livro, pensava em Helen e rapidamente retomava a leitura. Não fiz muito mais neste domingo do que ler, confesso.

Pelos motivos indicados, confesso que este livro me cativou tanto quanto o primeiro da série, Um Dó Li Tá. Apesar da série ser bastante interessante, na minha opinião, estes dois títulos destacam-se.

Não há forma como descrever o quão desejo ler já já o próximo volume, por isso deixo aqui o meu apelo, TopSeller, não demorem a editar mais uma obra prima deste autor! Ficção policial no seu melhor, mesmo!

Megan Miranda - As Desaparecidas [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 14 Novembro 2016

               Título Original: All The Missing Girls
               Preço com IVA: 18,79€ 
               Páginas: 352
               ISBN: 9789898849847

Sinopse: Uma história tão original como perturbadora.
Nicolette pensa que escapou...
Já se passaram dez anos desde que Nicolette Farrell abandonou a sua cidade natal. Não resistiu ao misterioso desaparecimento da sua melhor amiga, Corinne, e abandonou tudo: pai, irmão, namorado, toda uma vida.

O destino trouxe-a a de volta...
Agora, obrigada a regressar ao seu passado para cuidar do pai doente, Nicolette vê-se afundada em segredos chocantes, mentiras e aquele caso que ficou por resolver, abrindo feridas antigas há muito dormentes.

Mas as dívidas têm de ser pagas...
Um novo desaparecimento, o da atual companheira do ex-namorado de Nicolette, irá adensar a teia de mistério e precipitar os acontecimentos.

O que realmente aconteceu há dez anos?

Sobre a autora: Megan Miranda é autora de vários livros young adult. As Desaparecidas é o seu primeiro romance para adultos e está nomeado na categoria de melhor Mistério e Thriller de 2016 do Goodreads. 
Megan Miranda é licenciada em Biologia e vive nos arredores de Charlotte, em Carolina do Norte, com o seu marido e os dois filhos.


Sara Blædel - O Trilho da Morte [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 14 Novembro 2016

               Título Original: Dødesporet
               Colecção: Louise Rick #8, Missing Persons Trilogy #2
               Preço com IVA: 17,69€ 
               Páginas: 288
               ISBN: 9789898843081

Sara Blædel consegue, com mestria, cativar os leitores com a saga de Louise Rick, que luta contra os seus próprios fantasmas, numa história contada de forma intensa, ao melhor estilo do thriller nórdico. 

Sinopse: Sune Frandsen desapareceu na floresta de Hvalsø no dia em que completava 15 anos. Uma semana depois do sucedido, Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, regressa ao trabalho após uma baixa médica. Ao investigar, descobre que se trata do filho do talhante Frandsen, amigo de Klaus, o seu primeiro grande amor, cujo suicídio nunca fora convenientemente explicado.
Na sua juventude, Klaus e Frandsen pertenciam a um grupo que praticava rituais inspirados em antigas crenças nórdicas. Quando o cadáver de uma prostituta é encontrado em Hvalsø, perto do carvalho sacrificial onde os membros deste grupo ainda hoje se reúnem, tudo leva a crer que Sune testemunhou algo que não devia, e que pode correr perigo de vida.
Louise vai-se apercebendo de que os sacrifícios aos deuses aqui praticados vão muito além dos antigos ritos. E que esta investigação também lhe pode revelar a verdade acerca da enigmática morte de Klaus.
Mas, quando Louise consulta os arquivos de Eliselund, descobre segredos terríveis, e a investigação ganha contornos perturbadores à medida que novos crimes são cometidos na mesma floresta.
Através de uma narrativa envolvente, vertiginosa e de forte impacto emocional, Sara Blædel não deixa o leitor descansar enquanto não chegar ao fim do livro.

Sobre a autora: Sara Blædel iniciou a sua carreira literária como fundadora de uma editora especializada em policiais e thrillers. Este trabalho aproximou-a do jornalismo, onde acabou por cobrir uma vasta gama de histórias policiais e julgamentos. Foi nessa altura – e enquanto esquiava na Noruega – que começou a imaginar a trama do seu primeiro romance, Green Dust, com o qual venceu o primeiro de inúmeros prémios, The Danish Crime Academy’s Debutant Award. As Raparigas Esquecidas é o seu livro mais aclamado, o qual foi contemplado em 2015 com o Gyldne Laurbaer, o mais importante prémio literário da Dinamarca.
Com 1,8 milhões de livros vendidos na Dinamarca, a imprensa e os fãs dinamarqueses nomearam-na por quatro vezes A Rainha Dinamarquesa do Thriller. Os seus livros são bestsellers internacionais e já foram publicados em 33 países.
Saiba mais sobre a autora em www.sarablaedel.com

Anteriormente publicado
 Opinião AQUI


 

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Karin Slaughter - Broken: Destroçada [Divulgação HarperCollins Iberica]


Data de publicação: Novembro 2016

               Título Original: Broken
               Preço com IVA: 17,70€ 
               Páginas: 464
               ISBN: 9788416502738

Sinopse: Quando o agente especial Will Trent chega ao condado de Grant, depara-se com uma esquadra determinada a proteger as inúmeras questões sem resposta, acerca da morte de um detido. Não percebe por que motivo a detetive Lena Adams lhe oculta segredos; não compreende o seu papel na morte do popular chefe da polícia do condado de Grant; também não entende por que motivo a viúva desse homem, a doutora Sara Linton, precisa dele mais do que nunca, para a ajudar a deslindar esse caso. Enquanto a polícia investiga o homicídio de uma mulher jovem encontrada num lago gelado, Trent investiga a própria polícia, pressionando Adams precisamente quando ela está prestes a ceder. Encurralado entre duas mulheres complexas e determinadas, e tentando compreender a desconfiança passional de Linton por Adams, os factos que rodearam a morte do chefe Tolliver, bem como as complexidades dessa cidade insular, Trent vai encarar um caso pejado de segredos explosivos e deparar-se com uma linha muito ténue que, a ser pisada, poderia ser fatal.

Sobre a autora: Karin Slaughter cresceu numa pequena cidade do Sul da Geórgia e vive actualmente em Atlanta. Na grande tradição dos thrillers literários, o talento de Karin Slaughter foi comparado ao de Thomas Harris (O Silêncio dos Inocentes) e Patrícia Cornwell. 

Robert Galbraith - A Carreira do Mal [Opinião]

Sinopse: AQUI 

Opinião: Ao terceiro livro da série protagonizada por Cormoran Strike, constatei que a série progride a nível de qualidade. Ora vejamos: o ponto de partida é uma perna decepada recepcionada por Robin Ellacott, a assistente de Strike. Perspicaz, este pensa logo em quatro pessoas que poderiam ter enviado um membro cortado. A premissa é, como podeis verificar, algo macabra e é desenvolvida por conter mais membros decepados, alguns homicídios e o desvendar de segredos.

A Carreira do Mal, na minha opinião, destaca-se dos outros livros anteriores da série, Quando o Cuco Chama e O Bicho da Seda, por conter passagens mais gráficas e, por conseguinte, considero este título mais sombrio. Um dos aspectos que corrobora esta minha percepção é o facto de o autor incluir nos títulos dos capítulos algumas passagens de música de uma banda, Blue Oyster Cult, um grupo de metal com letras mais depressivas.
Outro aspecto diferente face às obras anteriores é a forma como a história é narrada. Há capítulos referentes a Robin e a Strike bem como ao antagonista.

Além disso, a trama aborda temas algo pesados e que vou omitir a natureza dos mesmos de forma a que fiquem tão impressionados quanto eu. Estamos, portanto, perante uma trama densa e complexa além de psicologicamente pesada. Fui apanhada de surpresa relativamente ao desenrolar da história.

Não obstante o cariz opressivo da história, há um elemento que me descontraiu, a interacção de Strike e Robin, que foi, sem dúvida, mais intensa que nos livros anteriores. Achei particularmente interessantes as revelações sobre os seus passados. Acabam, de certa forma, por explicar um pouco as suas caracterizações. Gosto de Robin, confesso, e gostei da contraposição da personagem com os episódios misóginos que os suspeitos de Strike revelaram.

Gostei do final, embora sinta que não ficaram devidamente esclarecidas duas situações. Aguardo pelo próximo livro que, a avaliar pela série até então, irá decerto superar A Carreira do Mal.

Em suma, embora não seja entendida em J.K. Rowling, posso assegurar que a componente policial de Robert Galbraith agrada-me muito. É uma série que melhora a olhos vistos e este A Carreira do Mal, destaca-se das duas obras antecessoras pelo tom mais sombrio com que é narrado, tendo-me proporcionado uma excelente leitura. Há que congratular a pesquisa da autora. Esmiuçar o reportório dos Blue Oyster Club à procura das citações mais macabras não terá sido, decerto, tarefa fácil.
Adorei! 

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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Stephenie Meyer - A Química [Divulgação Editorial Presença]


Data de publicação: 8 Novembro 2016
  
               Título Original: The Chemist
               Tradução: Maria de Almeida, Cristina Carvalho e Fátima Andrade
               Coleção: Grandes Narrativas #647 
               Preço com IVA: 21,90€
               Páginas: 544
               ISBN: 9789722359238

STEPHENIE MEYER ESTREIA-SE NO THRILLER DEPOIS DA SAGA «CREPÚSCULO»

Sinopse: Neste thriller empolgante, uma ex-funcionária perseguida pela agência governamental para a qual trabalhava tem de executar uma última missão para limpar o seu nome e salvar a sua vida.
Ela trabalhava para o governo dos EUA, mas poucos sabiam disso. Considerada uma especialista, era um dos elementos mais ocultos de uma agência tão secreta que nem sequer tem nome. Quando entenderam que a sua ex-funcionária os punha em perigo, tomaram de imediato a decisão de a perseguir.
Agora, ela tem de mudar constantemente de lugar e de identidade. Os seus perseguidores mataram a única pessoa em quem confiava, mas as informações secretas que guarda são uma ameaça. Querem eliminá -la, o mais rapidamente possível.
Quando o seu antigo supervisor lhe propõe uma alternativa para sair desta situação, ela crê estar perante a única oportunidade de escapar. Para tal, terá de aceitar uma última missão para a agência. Infelizmente, cedo compreende que as informações que lhe foram transmitidas a colocam numa situação ainda mais perigosa.
Decidida a lutar, prepara-se para o confronto mais difícil da sua vida, mas dá por si apaixonada por um homem que apenas complica as suas possibilidades de sobrevivência. À medida que essas possibilidades escasseiam , vê -se obrigada a usar os seus talentos únicos de formas que nunca imaginou.
Neste romance de tensão permanente, Stephenie Meyer criou uma nova heroína determinada, fascinante e com talentos únicos, demonstrando mais uma vez o que a leva a ser uma das autoras mais admiradas da atualidade.

Sobre a autora: Stephenie Meyer licenciou-se em Literatura Inglesa pela Brigham Young University. A série internacionalmente aclamada Twilight - Crepúsculo, de que é autora, já vendeu mais de 155 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 2008 publicou Nómada, o seu primeiro romance de ficção para adultos, que chegou desde logo ao primeiro lugar da lista de bestsellers do New York Times e do Wall Street Journal, tendo sido adaptado ao cinema em 2013. Stephenie Meyer vive no Arizona com o marido e os três filhos.

Imprensa
«Stephenie Meyer continua a empolgar os leitores.»
USA Today 

«A maneira como Stephenie Meyer cativa o leitor, doseando a informação, é simplesmente de mestre. Os leitores não se limitam a lê-la; querem transpor-se para dentro dos seus livros e viver neles.»
Lev Grossman, Time

«Uma escritora capaz de uma claridade intensa que nunca se intromete entre o leitor e o sonho que ambos partilham. Verdadeiramente genuína.» 
Orson Scott Card, autor de O Jogo Final

«Stephenie Meyer está mais interessada nas relações do que nas convenções superficiais do género. A sua lição de vida é desarmante.»
Jeff Giles, Entertainment Weekly

«Não nos limitamos a ler um romance de Stephenie Meyer, vivemo-lo juntamente com as suas personagens convincentes e vívidas. A autora envolve o leitor ao ponto de este sentir que faz parte integrante da vida das suas personagens.»
Ridley Pearson, autor de White Bone

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domingo, 6 de novembro de 2016

Nuno Nepomuceno - A Célula Adormecida [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Sou uma pessoa muito tendenciosa no sentido em que aprecio tudo o que as pessoas de quem gosto fazem. No entanto, tentei distanciar esta obra de quem a escreveu, o Nuno, uma pessoa por quem nutro uma grande amizade. E quero analisar unicamente a obra, sem que haja emoções de cariz mais pessoal inerentes ao autor. Vamos lá!

A Célula Adormecida é uma obra muito diferente da trilogia Freelancer. Atrevo-me a dizer que esta obra supera a série. Pelo menos, tocou-me muito em diversos aspectos. Em primeira análise, a dissecação do Islamismo, que me é conhecido por ter alguma família que segue a religião muçulmana e compreender mais de perto a importância do Ramadão. O Nuno fá-lo com um trato nada maçador, pelo que esta componente de carácter mais informativo interliga-se na acção com harmonia e o leitor apreende alguns conceitos sem que haja interferência de juízos. Falo da religião mas outros aspectos são abordados, sempre de forma subjectiva, como o drama dos refugiados ou o panorama político na Síria que tem desencadeado alguns confrontos e por último, o tema predominante, o terrorismo de índole religiosa, muitas vezes associado a um choque de culturas, dando azo à xenofobia.

É, portanto, um livro com uma temática muito actual se tivermos em conta alguns acontecimentos relativos aos recentes atentados na Europa reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico. É precisamente com um acto terrorista, num autocarro no Marquês de Pombal, que a trama se inicia. Não obstante este acontecimento trágico, há uma outra acção que marca o início da história: a morte de um político (o qual, carinhosamente, denominei de meu primo por termos em comum o apelido). Estas duas subnarrativas, ligadas a um terceiro acontecimento, passado na Turquia, contribuem para que a trama se desenrole de uma forma assaz interessante.
Os capítulos, curtos, são propícios a uma leitura rápida e surpreendente. Estava sempre expectante com as subnarrativas, não obstante afirmar que a mais impressionante, a meu ver, foi a história de Sami e da sua família.

Comparando a trilogia com A Célula Adormecida, constatei que a caracterização do protagonista é diferente. Apesar da acção não se focar unicamente numa só personagem, creio que Afonso Catalão apresenta, numa fase inicial, um carácter algo ambíguo pelo que a relação que criei com este foi muito diferente do que a existente com o espião André Marques-Smith, o protagonista da trilogia Freelancer que desencadeia uma empatia mais imediata.
Quanto as demais personagens, são extremamente verossímeis e agrada-me que estejam munidas de características comuns e reais. Mais uma vez menciono que as personagens que mais me impressionaram foram os muçulmanos que vivem em Portugal (estou a ser, talvez, algo repetitiva mas fiquei devastada com o rumo dos acontecimentos referentes a esta família).

Outro pormenor que gostei muito, sendo eu alfacinha de gema, foi deambular juntamente com as personagens pelos inúmeros locais de Lisboa. Consegui visualizar os arruamentos e percorrê-los com as personagens da obra, conferindo uma sensação de familiaridade.

Pelas temáticas apresentadas, pelo ritmo de acção e grandes emoções inerentes ao núcleo muçulmano residente em Portugal e até pela personagem Diana Santos Silva (com as dinâmicas, que para mim, foram as mais interessantes) e um cheirinho a Lisboa, confesso que este foi dos melhores livros deste ano. Fiquei absolutamente rendida! E Nuno, venham daí mais!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Rex Stout - A Liga dos Homens Assustados [Divulgação Colecção Vampiro]


Data de publicação: 10 Novembro 2016
  
               Título Original: The League of Frightened Men
               Tradução: Fernanda Pinto Rodrigues
               Preço com IVA: 7,70€
               Páginas: 304
               ISBN:

Rex Stout novamente na coleção Vampiro com um dos seus livros mais reconhecidos
O novo número da coleção Vampiro da Livros do Brasil é A Liga dos Homens Assustados, de Rex Stout, e chega às livrarias a 10 de novembro.
A Liga dos Homens Assustados é a segunda história da dupla Wolfe e Goodwin e permanece hoje como um dos mais influentes trabalhos de literatura policial. Surgiu pela primeira vez nas páginas do jornal The Saturday Evening Post, entre 15 de junho e 20 de julho de 1935, e foi publicada em livro nesse mesmo ano, tendo, dois anos depois, sido adaptada ao cinema.

Sinopse: Quando no rescaldo de um jantar de antigos alunos de Harvard o grupo se vê ensombrado por duas mortes e um desaparecimento, todos os olhos se viram para Paul Chapin, sujeito controverso, amigo das três vítimas, que fora nesses tempos de universidade seu companheiro na chamada Liga da Expiação – e que às suas mãos ficara severa e irreversivelmente magoado após uma partida infeliz.
Estará Chapin por fim a procurar vingança? Os membros da agora Liga dos Homens Assustados pedem a ajuda de Nero Wolfe, mas à medida que as mortes se sucedem o carismático detetive intui que o rancor de Chapin está longe de ser a única ameaça que o grupo tem de enfrentar.

Sobre o autor: Rex Stout nasceu a 1 de dezembro de 1886 na cidade americana de Noblesville, Indiana. Após uma breve passagem pela Universidade do Kansas, alista-se na Marinha em 1906 e durante dois anos serve a bordo do iate Mayflower, do Presidente Roosevelt, como subtenente.
Em 1916 cria um sistema bancário escolar que seria implementado em mais de quatrocentos estabelecimentos de ensino e que lhe garantiu lucros confortáveis, mas em 1927 abandona os negócios e passa a dedicar-se inteiramente à escrita. Publica três romances, que obtiveram críticas favoráveis, mas é com a sua primeira obra policial que alcança o reconhecimento do grande público: Picada Mortal surgiu em 1934 e com ela surgiu a personagem de Nero Wolfe, detetive excêntrico, amante de boa comida e de belas orquídeas, que, juntamente com o jovem assistente Archie Goodwin, viria a protagonizar dezenas de histórias. Em 1959, Rex Stout recebeu a distinção de Grande Mestre pela Mystery Writers of America. Morreu a 27 de outubro de 1975, em Danbury, no Connecticut, cerca de um mês após a publicação do seu último romance, Um Caso Familiar.

Já na coleção Vampiro:
No. 1: Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine
No. 2: Vivenda Calamidade, de Ellery Queen
No. 3: O Falcão de Malta, de Dashiell Hammett
No. 4: O Imenso Adeus, de Raymond Chandler
No. 5: Picada Mortal, de Rex Stout 
No. 6: O Mistério dos Fósforos Queimados, de Ellery Queen

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sofie Sarenbrant - Uma Morte Conveniente [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Que agradável surpresa o romance de estreia de Sofie Sarenbrant. Também sou suspeita, os policiais escandinavos fascinam-me e esta história em particular não foi excepção.
Mal vi a capa, percebi que queria ler a obra, pelo que nem a sinopse li e fui apanhada desprevenida por desconhecer quem seria a vítima bem como as circunstâncias do homicídio. O efeito surpresa foi, sem dúvida, maior.

Começo pela construção das personagens. Existem três núcleos familiares de grande relevância: Cornelia e a sua filha Astrid; Josefin, Andreas e os filhos e por último Emma, a protagonista, que espera um bebé do seu namorado. Ela já foi casada anteriormente, o que nos leva ao primeiro ponto relativo a este livro: relacionamentos obsessivos. Na minha óptica, torna-se particularmente interessante aprofundar dois tipos de relacionamentos repulsivos: a relação entre Emma e Hugo, em que o ex-marido está em fase de negação com o término da relação e é obsessivo. Já Cornelia sofre de maus tratos pelo marido, tornando-se a principal suspeita do homicídio.

É um bom livro de estreia da série uma vez que desenvolve convenientemente as personagens. Agradou-me muito a força de Emma que, apesar da sua condição, não deixa que atrapalhe a investigação policial. Fica a dúvida se a série se desenvolverá, à semelhança da nossa querida saga da Camilla Lackberg, em que os casos criminais se imiscuem na vida familiar da protagonista.

Gostei imenso do desenvolvimento da história, em que são revelados alguns segredos relativamente às personagens, ocasionando outras duas mortes. O leitor tem acesso a alguns pensamentos do vilão, sempre ocultando a sua identidade, pelo que é de fácil entendimento a sua mente deturpada. Não obstante, os meus sentimentos se relacionarem com a menina, a Astrid, e a forma como experiencia uma mudança súbita na sua vida em tão tenra idade.
Li rapidamente a obra, quase metade numa tarde de espera no guichet das Finanças, sem nunca perder o interesse.

No entanto, devo confessar que a identidade do vilão não me surpreendeu como gostaria. Isto deveu-se ao número muito reduzido de personagens, tornando-se relativamente fácil apontar o dedo ao antagonista. Lamentei, de igual forma, o final abrupto do livro. A confissão do vilão nas duas ou três páginas finais, fez com que a minha percepção fosse um "final a despachar". Não obstante, ficar curiosa com o desenvolvimento da série e verificar se o vilão escapará, de facto, incólume como aparentou nesta obra.

Em jeito de conclusão, tenciono seguir a série de Emma Skold, fazendo votos que seja uma aposta permanente da Dom Quixote, editora que nos tem habituado a bons thrillers oriundos do frio.