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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sofie Sarenbrant - Uma Morte Conveniente [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Que agradável surpresa o romance de estreia de Sofie Sarenbrant. Também sou suspeita, os policiais escandinavos fascinam-me e esta história em particular não foi excepção.
Mal vi a capa, percebi que queria ler a obra, pelo que nem a sinopse li e fui apanhada desprevenida por desconhecer quem seria a vítima bem como as circunstâncias do homicídio. O efeito surpresa foi, sem dúvida, maior.

Começo pela construção das personagens. Existem três núcleos familiares de grande relevância: Cornelia e a sua filha Astrid; Josefin, Andreas e os filhos e por último Emma, a protagonista, que espera um bebé do seu namorado. Ela já foi casada anteriormente, o que nos leva ao primeiro ponto relativo a este livro: relacionamentos obsessivos. Na minha óptica, torna-se particularmente interessante aprofundar dois tipos de relacionamentos repulsivos: a relação entre Emma e Hugo, em que o ex-marido está em fase de negação com o término da relação e é obsessivo. Já Cornelia sofre de maus tratos pelo marido, tornando-se a principal suspeita do homicídio.

É um bom livro de estreia da série uma vez que desenvolve convenientemente as personagens. Agradou-me muito a força de Emma que, apesar da sua condição, não deixa que atrapalhe a investigação policial. Fica a dúvida se a série se desenvolverá, à semelhança da nossa querida saga da Camilla Lackberg, em que os casos criminais se imiscuem na vida familiar da protagonista.

Gostei imenso do desenvolvimento da história, em que são revelados alguns segredos relativamente às personagens, ocasionando outras duas mortes. O leitor tem acesso a alguns pensamentos do vilão, sempre ocultando a sua identidade, pelo que é de fácil entendimento a sua mente deturpada. Não obstante, os meus sentimentos se relacionarem com a menina, a Astrid, e a forma como experiencia uma mudança súbita na sua vida em tão tenra idade.
Li rapidamente a obra, quase metade numa tarde de espera no guichet das Finanças, sem nunca perder o interesse.

No entanto, devo confessar que a identidade do vilão não me surpreendeu como gostaria. Isto deveu-se ao número muito reduzido de personagens, tornando-se relativamente fácil apontar o dedo ao antagonista. Lamentei, de igual forma, o final abrupto do livro. A confissão do vilão nas duas ou três páginas finais, fez com que a minha percepção fosse um "final a despachar". Não obstante, ficar curiosa com o desenvolvimento da série e verificar se o vilão escapará, de facto, incólume como aparentou nesta obra.

Em jeito de conclusão, tenciono seguir a série de Emma Skold, fazendo votos que seja uma aposta permanente da Dom Quixote, editora que nos tem habituado a bons thrillers oriundos do frio.


1 comentário:

  1. Também já li e gostei bastante! Mas também achei o final demasiado abrupto... no entanto, e como faz parte de uma série, talvez este assunto se venha a desenvolver mais no próximo livro, especialmente sendo o culpado a pessoa que era!

    Convido-a a ir ler também a minha opinião acerca deste livro em leiturasdacarolina.blogspot.pt!

    Um abraço,
    Carolina

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