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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Hans Olav Lahlum - À Mesa Com O Assassino [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Um ano depois da resolução da investigação de Crime Num Quarto Fechado, o detective Kolbjørn Kristiansen, mais conhecido por K2, volta ao activo, desta feita, para deslindar o estranho caso da morte de Magdalon Schelderup, um homem milionário morto sob circunstâncias invulgares. Isto porque, antes de morrer, Magdalon dirige-se ao detective a fim de o alertar que será morto em breve por alguém seu conhecido.  Mas quando outros membros da família começam a morrer, K2 procura a ajuda da brilhante Patricia que, a partir de sua cadeira de rodas, orienta o curso da investigação.

O sucessor de Crime Num Quarto Fechado mantém a linha clássica que nos remete para as obras de Agatha Christie ou Sir Arthur Conan Doyle que apresentam casos cuja resolução apela ao raciocínio lógico. No caso de Hans Olav Lahlum, a investigação torna-se mais aliciante uma vez que conta um pouco de História. Sendo a acção passada no final dos anos sessenta, os eventos da Segunda Guerra Mundial, temática novamente dissecada por Lahlum, parecem ter ocorrido há relativamente pouco tempo, o que prova que a escrita do autor nos consegue transportar no tempo. 
Além disso, a temática oferece muitas possibilidades de segredos ou traições. O início de militância no partido nazi ou a participação na Segunda Guerra Mundial podem ser motes interessantes para adensar ou despistar os suspeitos de um homicidio, não vos parece?

Confesso que, comparando as duas obras do autor, a primeira me causou mais impacto. Gostei da aparente impossibilidade de um crime ser cometido numa divisória fechada. Esta trama, por outro lado, rege-se pelas típicas histórias de Christie: morte, a investigação por interrogatório de uma dupla (neste caso K2 e Patrícia) que culmina no desvendar do culpado numa reunião onde estão todos os suspeitos. No posfácio do autor, Lahlum homenageia Agatha Christie, a autora que ele considera como "a maior escritora policial do mundo". E, de facto, são notórias as suas influências nesta obra.

A trama é inteligente e realmente faz jus aos clássicos policiais da Rainha do Crime. Pensei na similaridade no decorrer da história e sobretudo no final, que é verdadeiramente surpreendente. 
Apesar de ser uma fã assumida de policiais mais gráficos, À Mesa Com O Assassino proporcionou-me um agradável momento de leitura. 


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