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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A Estante está mais cheia [Agosto 2017]

Li menos, comprei mais (oh que sorte macaca!)

Lembram-se de vos ter relembrado da colecção Noites Brancas? Este mês juntei estes à minha colecção. Agradeço à Lígia, que me ofertou 2 deles. O meu marido também comprou um ou outro. Resultado: tive que comprar mais uma estante e estou oficialmente sem espaço em casa para mais estantes... Isto é que vai uma crise... 


Um dia, estava eu a passear no Continente de Telheiras e deparo-me com uma banca onde se vendiam alguns livros. Uma rápida vistoria e descobri uma relíquia:


E a minha colecção de Dick Haskins melhorou consideravelmente. Apenas me faltam A Porta Para O Inferno e O Isqueiro de Oiro. Fiquei mesmo contente!


A minha sogra andou a passear e trouxe-me 4 Vampiros para a minha colecção. Nice!


Os dois de cima não contam! Comprei-os no mês passado, num dia de Momentos Wook. 
Da editora Suma de Letras, chegaram-me O Jardim das Borboletas e A Luz da Noite, a quem endereço os meus agradecimentos.
Do Continente, numa promoção de diversos títulos da Editorial Presença, Marcador e Jacarandá, veio A Última Noite em Tremore Beach. O marido ofertou A Mulher Secreta (será algum recado?)

E pronto, foi a minha desgraça...
Vocês compraram muitos livros agora neste mês?

Agosto em Livros


Este mês traduziu-se num decréscimo em leituras. Li apenas 5 livros, um deles arrastou-se pelo mês praticamente todo (The Good Daughter). Estranhamente este foi o melhor do mês, pelo que até parece contraditório. Vá e também gostei de Se Conhecessem a Minha Irmã por ser tão sinistro.
Estou na recta final de A Seca que tenciono terminar hoje. 
O Sono da Morte de Dick Haskins foi um bom cartão de apresentação (e quero tornar o autor mais frequente nas minhas leituras). 
Já os Sapatos de Valéria, um chick lit, serviu para desanuviar a cabeça. Ficou a constatação de que este género, realmente, não é bem a minha praia.

E vocês? Leram muito neste mês que hoje termina?

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Karen Dionne - A Filha do Pântano [Divulgação HarperCollins]


Data de publicação: 1 Setembro 2017

               Título Original: The Marsh King's Daughter
               Preço com IVA: 17,70€ 
               Páginas: 352
               ISBN: 9788491391340 

Sinopse: Finalmente, Helena tem a vida que merece. Um marido dedicado, duas filhas lindas, um negócio que preenche os seus dias. Mas, quando um presidiário se evade violentamente de uma prisão vizinha, apercebe-se de que foi ingénua ao pensar que poderia deixar para trás os seus piores momentos.
Helena tem um segredo: é o resultado de um rapto. O seu pai sequestrou a sua mãe quando esta era adolescente e manteve-a em cativeiro numa cabana remota nos pântanos da Península Superior do Michigan. Sem eletricidade, sem aquecimento, sem água canalizada, Helena, nascida dois anos depois do rapto, adorava a sua infância. E, apesar do comportamento por vezes brutal do pai, amava-o... até descobrir exatamente até que ponto uma pessoa podia ser selvagem.
Vinte anos depois, enterrou o passado tão profundamente que nem sequer o marido sabe a verdade. Mas, agora, o seu pai matou dois guardas prisionais e desapareceu num pântano que conhece melhor do que ninguém. A polícia começa a caça ao homem, mas Helena sabe que os agentes não têm qualquer hipótese de o apanhar. Sabe que há apenas uma pessoa que conta com as estratégias necessárias para encontrar alguém preparado para sobreviver a uma catástrofe e a quem o mundo chama «o rei do pântano»... porque há apenas uma pessoa que ele próprio treinou: a sua filha.

Sobre a autora: Karen Dionne é a autora de A filha do pântano e outros romances. Também é cofundadora da comunidade de escritores na Internet Backspace e organiza o Retiro de Escritores em Salt Cay. Gosta de fotografia da natureza e vive com o marido nos arredores de Detroit.
Em 1974, Dionne mudou-se com o marido para o território selvagem da Península Superior quando a sua filha tinha seis semanas, experienciando, em grande medida, o mesmo que Helena e a sua família no romance. Dionne utilizou muitas das suas experiências pessoais para escrever este livro.

Imprensa
«Um livro carregado de um suspense psicológico sensacional.» 
Lee Child

«O equilíbrio entre a verossimilhança emocional e o suspense progressivo, capítulo a capítulo, tornam A filha do pântano num thriller excecional.»
Charles Finch, The New York Times

«A filha do pântano, de Karen Dionne, cativou-me desde as primeiras frases. Inquietante, sinuoso e contado de forma poderosa, não vai conseguir parar de lê-lo, página atrás de página.»
Megan Abbott

«Este magnífico e misterioso romance de suspense provocou-me calafrios no seu percurso veloz até um clímax inesperado. Adorei!»
Karin Slaughter

«Se só ler um thriller este ano, que seja A filha do pântano. É sensacional.»
Clare Mackintosh

«A filha do pântano é uma obra-prima da prosa e da narração. Sinistro e complexo, este romance está repleto de volte-faces que nos conduzem a um confronto final tão intenso que ficaremos com o coração nas mãos. O destino de A filha do pântano é converter-se num clássico. Leiam-no.»
Sara Gruen, autora de Water For Elefants


Para mais informações sobre o livro, clique aqui


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Especial MOTELx 2017: El Bar de Álex de la Iglesia [Opinião Cinematográfica]


Sinopse: Nove horas da manhã: algumas pessoas tomam o pequeno-almoço num café no centro de Madrid. Uma delas, um homem, está com pressa. Ao sair para a rua, um tiro atinge-o inesperadamente. Ninguém se atreve a ajudá-lo. Presos dentro do café, todos se apercebem rapidamente de que nem deles próprios estão a salvo... É o regresso do mestre Álex de la Iglesia à comédia de género e a um tema já antes explorado em filmes como “Common Wealth”, “800 Bullets” ou “Witching and Bitching”, ou seja, personagens enclausuradas num único espaço físico. Para explorar este tema, Iglesia conta com o seu parceiro desde “Mutant Action”, Jorge Guerricaechevarría. O filme foi estreado mundialmente na última edição do Festival de Berlim.

Opinião: Chega Setembro e eu começo a fazer o aquecimento para o evento mais aguardado do ano para fãs de terror, como eu! A minha vontade era ver os filmes todos do festival mas, com muita pena minha, é economicamente inviável.

Começo por dizer que sou grande fã do cinema de terror espanhol e Álex de La Iglesia é uma referência no género. Daí que, quando soube que este filme estaria em cartaz nesta edição do MOTELx, não hesitei em vê-lo.

El Bar é um filme que destaca o instinto de sobrevivência numa situação limite, recorrendo a uma das sensações mais tenebrosas: paranóia. 
Inicialmente pensei que o tiroteio fosse algum acto de terrorismo e que seria um rastilho para uma trama, embora ficcionada, alicerçada sobre os constantes ataques que se têm vislumbrado na Europa. Porém, rapidamente descartei essa hipótese. O rumo da história envereda por um outro caminho, cujas pistas são dadas logo no início. Basta atentar à abertura do filme, em que mostram ampliações de bactérias. 
Além desta aparente indução ao tema do terrorismo, a história faz uma breve referência ao poder da comunicação social e como este consegue adulterar informação e assim, manipular a população.

Creio que o aspecto mais bem conseguido é a sensação contínua de claustrofobia. A história passa-se, em primeiro plano, num bar em Madrid e, posteriormente, no sistema de saneamento por baixo. Devo dizer que este segundo cenário, ainda que igualmente claustrofóbico, consegue ainda ser mais repulsivo. Impressionou-me, confesso.

Penso que as personagens representavam, de certa forma, um estereótipo na sociedade. A título de exemplo, temos a mulher aparentemente fútil, o mendigo, a viciada no jogo... e sendo um filme cujo tema relaciona-se fortemente, como já afirmei, com o instinto de sobrevivência, os actos de altruísmo são apenas pontuais.

Não obstante estes pontos que me agradaram, houve um que achei menos positivo. Na minha opinião, a origem daquela situação carecia de uma explicação mais pormenorizada. No final, fiquei com a sensação de ambiguidade sobre a verdadeira génese daquela situação.

Tirem as vossas próprias conclusões. O filme será exibido no MOTELx nas seguintes sessões e horários:

Sessão 1 - Quarta-feira, 6 Setembro 2017 às 19h00
Cinema São Jorge
Sala Manoel de Oliveira

Sessão 2 - Sexta-feira, 8 Setembro 2017 às 14h30
Cinema São Jorge
Sala 3

domingo, 27 de agosto de 2017

Karin Slaughter - The Good Daughter [Opinião]


Adoro Karin Slaughter! É, indubitavelmente, uma das minhas autoras de eleição. Por isso quando soube que The Good Daughter, a mais recente obra da autora, fora publicada nos Estados Unidos, não tive qualquer dúvida em começar a ler (em inglês, claro, desconheço quando será editado cá em Portugal) no ereader. O audiobook foi fazendo companhia nas minhas caminhadas.

Gosto dos stand alones de Slaughter. Um dos meus livros preferidos foi Flores Cortadas e esperava ter uma semelhante experiência de leitura com este The Good Daughter. Até porque a nível de estrutura, estas duas obras são similares: vêm acompanhadas de um conto que serve de prequela (e que lerei em breve) e a obra relata, uma vez mais, uma história negra, repleta de personagens destroçadas.

Acho pertinente falar um pouco sobre a história até porque não tenho uma sinopse precisa: as irmãs Samantha e Charlotte tinham respectivamente 13 e 15 anos quando dois homens entraram na sua casa e assassinaram a mãe, Gamma e um deles alvejou Samantha. A tragédia irrompeu, assim, na vida de Charlotte e o pai, Rusty.
Vinte e oito anos mais tarde, Charlotte presencia um tiroteio de onde resultam duas vítimas: o professor Doug Pinkman e uma bebé, Lucy Alexander (que estava no local errado, à hora errada). Este acontecimento vai volver o trágico acontecimento que teve lugar há quase três décadas.

O primeiro aspecto que ressalvo, uma característica da autora, é o ambiente pesado onde a história tem lugar. A trama é igualmente sinistra, com muitos elementos gráficos e que chocam o leitor mais susceptível. O prólogo é convidativo e emocionante, onde o leitor assiste ao homicídio de Gamma e como as miúdas lidaram com o acontecimento, levantando uma questão pertinente: terá Samantha sobrevivido? Afinal de contas, os primeiros capítulos apenas se focam em Charlotte.

Os pormenores da tragédia são verdadeiramente arrepiantes e este acontecimento é mencionado duas vezes, um pouco mais adiante no livro. Embora haja uma natural sensação de repetição de informação, devo afiançar que estes testemunhos são mais pormenorizados e permite que o leitor conheça as reacções das miúdas aquando a tragédia. A minha percepção é que tinha um conhecimento muito superficial sobre o homicídio de Gamma apenas com o prólogo.
Fiquei arrepiada. Estas cenas são deveras intensas e perturbadoras. Senti-me arrasada nestes momentos, um sentimento que se apoderara de mim novamente aquando o aparecimento da personagem Kelly, a jovem suspeita do tiroteio na actualidade. Tive tanta compaixão por ela que simplesmente não queria crer que tivesse sido ela a cometer aqueles crimes.

O que nos leva a um outro ponto característico da autora: a formulação de personagens destroçadas. Regra geral, rendo-me a estas personagens tão conturbadas, tão fragmentadas, contudo, com um trauma que lhe deu origem. Lembro-me de Will Trent, Angie Polaski, Sara Linton ou as irmãs Claire e Lydia (a juntar-se a estas, Charlotte e Samantha serão, certamente, protagonistas inesquecíveis).

Portanto a obra desdobra-se em dois momentos importantes: a subtrama relacionada com o passado de Charlotte e a actualidade, onde tem lugar a investigação dos homicídios. 
Ambas de grande interesse, a meu ver.

No entanto, demorei algum tempo a ler esta obra, o que não é muito usual. Costumo devorar as histórias de Slaughter mas esta pareceu arrastar-se, motivo que relaciono a algum cansaço e desmotivação geral para ler. Assim que voltou o mojo, não demorei muito para terminar a leitura e, como referi anteriormente, recorri também ao formato áudio para ouvir aquando não tinha tempo para ler. O livro também era longo, com mais de 500 páginas.

Em conclusão, The Good Daughter é um thriller fabuloso. Estabelecendo aqui uma comparação entre livros independentes, confesso que fiquei ainda mais impressionada com o stand alone Flores Cortadas, ao qual atribuí 5 estrelas no Goodreads, Este será um 4,5 muito redondo. 
Faço votos que The Good Daughter chegue rapidamente a Portugal. Tão negro, gráfico e devastador. Adorei! Deixo-vos o booktrailer.


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Rentrée Planeta 2017

Também a Planeta tem umas excelentes apostas em matéria de thrillers para os últimos meses do ano.

Setembro:
A MULHER DO MEU MARIDO de Jane Corry
Jane Corry é escritora e jornalista. Passou uma temporada numa prisão de alta segurança para homens - uma experiência que a inspirou para o seu thriller de estreia, que figura entre os dez best sellers do top do Sunday Times, do Kindle e do Publishers Weekly, onde permanece há várias semanas. Um livro tão provocador como o título, repleto de segredos, mentiras e traições, que vai mudar para sempre a maneira como se olha para o casamento. Um livro que apaixonará os leitores de O Talentoso Mr. Ripley e Em Parte Incerta.

Goodreads de My Husband´s Wife

Outubro:
TUDO ISTO TE DAREI - Prémio Planeta 2016 de Dolores Redondo
Livro vencedor da última edição do consagrado Prémio Planeta. Escritora-sensação em Espanha, é autora da série policial basca de sucesso Trilogia do Baztán, considerada pela crítica portuguesa como o policial mais inovador de 2016. O 1.o livro da série, O Guardião Invisível, foi adaptado para filme, em exibição no Netflix.
Uma história poderosa de intriga, suspense e mistério, passada na Galiza, com todos os ingredientes a que esta autora já nos habituou.
A autora vai estar no Festival Folio, em Óbidos, a 19 de Outubro. 

Goodreads de Todo Esto te Daré

O SILÊNCIO de Fiona Barton
Da mesma autora de Viúva, considerado pela imprensa portuguesa como um dos melhores thrillers do ano passado, e vencedor de vários prémios. Concentrando-se no lado humano do jornalismo de investigação, a autora, também ela jornalista, conta uma história sobre a vida de três mulheres e o destino que as une e tece um enredo de vida arrepiante. Neste livro, que retrata problemas da década de 1980, como o abuso e uso de drogas que serviam para violarem jovens, voltamos a encontrar duas personagens já conhecidas: a jornalista Kate e o detective Sparkes.

Goodreads de The Child

Então? Curiosos com algum em especial? Há umas outras novidades da editora, porém, estas encheram-me o olho.  

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

James Patterson - Private [Paris] [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 4 Setembro 2017

               Título Original: Private Paris
               Preço com IVA: 18,79€ 
               Páginas: 384
               ISBN: 9789898855091

Sinopse: Quando os ricos e poderosos estão em apuros, não é para a polícia que ligam…
Alguém anda a pintar um misterioso graffito nas paredes e muros de Paris. Quando este começa também a surgir ao lado dos corpos de várias figuras ilustres da cultura francesa, assassinados e expostos como que a pedir que a polícia os encontre, Jack Morgan e a Private são chamados a intervir.
Kim Kopchinski, neta de um dos mais antigos e estimados clientes de Jack, está em sarilhos. Ligou a pedir ajuda ao avô e o telefonema foi feito a partir de um dos bairros sociais mais perigosos da capital francesa.
Estes dois casos levarão a equipa da Private a todos os cantos da Cidade Luz, desde os ambientes luxuosos das altas esferas da cultura aos mais sórdidos recantos do Bosque de Bondy, enfrentando traficantes de droga, terroristas e assassinos, dispostos a tudo para conseguirem o que pretendem.

Sobre o autor: James Patterson é desde há vários anos o autor n.º 1 absoluto em todo o mundo, segundo a revista Forbes. Patterson já criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da atualidade.
Patterson é o autor que teve mais livros até hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times, segundo o Guinness World Records. Desde que o seu primeiro romance venceu o Edgar Award, em 1977, os seus livros já venderam mais de 350 milhões de exemplares.
Em Portugal, James Patterson é publicado pela Topseller (Adulto e Jovem Adulto) e pela Booksmile (Juvenil).

C.L. Taylor - Em Fuga [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 4 Setembro 2017

               Título Original: The Escape
               Preço com IVA: 17,69€ 
               Páginas: 336
               ISBN: 9789898869296

Sinopse: Quando uma estranha pede uma simples boleia a Jo Blackmore, esta concorda, mas rapidamente se arrepende de o ter feito.
Afinal, a mulher sabe o nome de Jo, conhece o seu marido, Max, e tem em seu poder uma luva que pertence a Elise, a filha de 2 anos de Jo.
O que começa por ser uma ténue ameaça de uma desconhecida, rapidamente se transforma num pesadelo, quando a polícia, os serviços sociais e até o próprio marido começam a duvidar das capacidades mentais de Jo.
Ninguém parece acreditar que Elise esteja em perigo, e a mulher estranha começa a apertar o cerco. Nesse momento, Jo sabe que só existe uma forma de manter a filha a salvo?
FUGIR!

Sobre a autora: C. L. Taylor é autora bestseller de thrillers psicológicos. Os seus livros venderam para cima de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 línguas.
Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria.
Dedica-se, desde 2014, à escrita a tempo inteiro.


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Anna Ekberg - A Mulher Secreta [Divulgação ASA]


Data de publicação: 29 Agosto 2017

               Título Original: Den hemmelige kvinde
               Preço com IVA: 17,00€ 
               Páginas: 480
               ISBN: 9789892339610

Sinopse: O que faria se descobrisse que a sua vida não é sua?
Louise tem tudo para ser feliz. Gere um café que adora numa ilha dinamarquesa, onde mora com o namorado, Joachim. E Louise é, de facto, feliz. Até ao dia em que um homem entra no café e vira a sua vida do avesso. Trata-se de Edmund, que jura que Louise se chama, na verdade, Helene, e é a sua mulher, desaparecida há três anos. E tem provas...
Depressa se torna evidente que Louise não é quem julga ser. É, sim, Helene Söderberg, herdeira de uma vasta fortuna, proprietária de uma grande empresa, mãe de dois filhos pequenos e casada com um marido dedicado. Mas há perguntas que permanecem sem resposta. Porque é que ela não se lembra de nada? Quais são os seus planos para o futuro quando desconhece por completo o passado? Conseguirá recuperar o amor dos seus filhos? E os sonhos que partilhou com Joachim?
Obrigada a retomar a sua vida misteriosamente interrompida, Helene é posta à prova de uma maneira tão brutal quanto comovente. Mas no seu coração continua a existir um lugar especial para Louise, a mulher que, por momentos, viveu a vida dos seus sonhos.
Um thriller romântico intenso e visceral sobre traição, ganância, laços de família... e um amor avassalador.


Sobre a autora: Anna Ekberg é o pseudónimo da dupla Anders Rønnow Klarlund e Jacob Weinreich, que resolveu enveredar por um novo género literário: o thriller romântico.
Os autores já colaboraram igualmente sob o pseudónimo A. J. Kazinski, com grande sucesso.

Anders Rønnow Klarlund trabalhou como realizador e argumentista.
Jacob Weinreich é autor de livros infantis, juvenis, argumentos, radionovelas, podcasts e romances.


Michelle Richmond - O Pacto [Divulgação ASA]


Data de publicação: Setembro 2017

               Título Original: The Marriage Pact
               Preço com IVA: 17,90€ 
               Páginas: 512
               ISBN: 9789892339986

Sinopse: Alice e Jake, apaixonados e recém-casados, recebem um insólito presente de casamento: uma chave que lhes permite a entrada num clube secreto chamado O Pacto. Ambos têm fortes motivos para acreditar que não terão nada a perder. Muito pelo contrário. Todos os seus membros são bem-sucedidos e aparentemente felizes. E, à primeira vista, as regras parecem fazer todo o sentido.
O objetivo do clube? Um casamento feliz e duradouro. E também festas glamorosas, amizades fortes, uma sensação de comunhão com os outros participantes, que apenas querem o melhor uns para os outros.
E tudo corre bem... até ao dia em que alguém quebra uma das regras...
Pois, à semelhança do matrimónio, O Pacto deve ser um compromisso para toda a vida. Alice e Jake depressa descobrem que, para que assim seja, vale absolutamente tudo. O seu casamento de sonho está prestes a tornar-se um tremendo pesadelo. Será o amor deles realmente para a eternidade? Ou terão ambos cometido um erro fatal?
Suspense psicológico num ritmo alucinante, esta obra de Michelle Richmond é intensa, aterradora e... irresistível. 


Sobre a autora: Michelle Richmond é uma escritora e ensaísta americana. Nasceu em Demopolis, Alabama, nos Estados Unidos da América. Já anteriormente premiada, como autora de ficção, O Ano do Nevoeiro é o seu segundo romance e foi, em 2007, um bestseller dos mais importantes jornais americanos.

Anteriormente publicado


Angela Marsons - Jogos Cruéis [Divulgação Quinta Essência]


Data de publicação: Setembro 2017

               Título Original: Evil Games
               Preço com IVA: 16,90€ 
               Páginas: 400
               ISBN:  9789897417030

Sinopse: Quanto mais negro é o coração, mais mortífero é o jogo...
A inspetora detetive Kim Stone está de volta. Em causa está a morte macabra de um violador. À primeira vista, não é um caso complicado, pois tudo aponta para a vítima da violação. Mas, para a incansável detetive, há algo que não bate certo...
A sua intuição rapidamente prova estar certa. As mortes sucedem-se. Por detrás de todas elas, um só motivo: vingança. Kim tem pela frente um adversário admirável. Alguém que está a realizar fantasias letais. Um sociopata que parece conhecer intimamente as fraquezas da detetive. E que não planeia parar.
Kim percebe que se deixou enredar num perigoso jogo do rato e do gato... e que terá de descer ao inferno para solucionar este caso. E desta vez... é pessoal. 
Angela Marsons, a estrela em ascensão do policial britânico, regressa com um romance que o vai fazer desconfiar de tudo e de todos...

Sobre a autora: Já autora de contos, com Gritos Silenciosos Angela Marsons fez a sua estreia no género do thriller, alcançando um imediato êxito internacional. Gritos Silenciosos é o primeiro capítulo na série protagonizada pela inspetora detetive Kim Stone. Angela vive na região inglesa de Black Country, a mesma onde se passam os seus thrillers.

Anteriormente publicado




terça-feira, 15 de agosto de 2017

Dick Haskins - O Sono da Morte [Opinião]


Sinopse: Todos os indícios encontrados incriminavam Hilda Morgan, acusando-a da morte do tio, o milionário Gustav Eric Morgan: um pedaço de tecido de um vestido de noite preso no degrau de uma escada secreta, o facto de ter sido ela a última pessoa que estivera com Morgan nos seus derradeiros minutos de vida, a justificação de uma herança antecipada… e a própria confissão de culpa manuscrita e assinada por ela!
Mas seria realmente Hilda Morgan a autora da morte do tio?

Opinião: Finalmente estreio-me nas obras de Dick Haskins! 
Hoje em dia são um pouco difíceis de reunir esta colecção (a revista Sábado há uns tempos editou umas obras da sua autoria mas só eram quatro).

O Sono da Morte foi precisamente a primeira que ele escreveu, em 1955, tendo como particularidade a de ser também participante na história. Não sendo inspector, desenvolve um papel fulcral na trama como repórter criminologista que ajuda a Scotland Yard a descortinar o caso. Pelo que pude constatar, na altura só vingavam os policiais estrangeiros pelo que o pseudónimo do autor, trama e personagens (que nos remetem para um cenário britânico) dever-se-á, muito provavelmente, para a maior aceitação do público português.

É um livro que me fez revisitar obras do Ellery Queen ou Agatha Christie por ser um policial da escola clássica. O whodunnit assume um particular destaque uma vez que a acção se move em torno da identidade do homicídio de um milionário e todas as pistas apontam para a sobrinha. 
Um dos ingredientes da literatura policial que mais aprecio é que, por norma, o mais óbvio nunca é o caminho seguido. Assim, foi com interesse que acompanhei a investigação, maioritariamente por inquérito, por parte de Haskins e a Scotland Yard, em busca do verdadeiro culpado desta morte.

O autor (e participante na trama) inclui uma breve lista das personagens antes de iniciar a história, de forma a que o leitor saiba quem é cada um. Uma nota que, pessoalmente, considero importante. O carácter das personagens não e profundamente esmiuçado (creio que a história foca-se na investigação do crime), pelo que achei interessante a inclusão desta lista, permitindo o leitor associar e reter melhor a identidade dos participantes na trama.

É um livro que se lê rapidamente devido ao seu reduzido número de páginas. Além disso, a história não se torna maçuda, há sempre desenvolvimentos na acção, outras mortes e até um leve romance do protagonista com uma personagem minha homónima (confesso que até achei piada, não costumo ver muitas Veras na literatura), não obstante considerar que logo no epílogo ele desvenda demasiado sobre este caso amoroso. Este foi o ponto que considerei previsível. Já o desfecho, mais concretamente a identidade do homicida, creio que provou ser uma surpresa e gostei da forma como foi revelado, numa reunião das personagens, relembrando-me o mítico Poirot que desvendava o crime em moldes bastante similares.

Na estante constam mais algumas obras do autor. Quero torná-lo mais constante nas minhas leituras, de forma a conhecer melhor este autor que foi um marco na literatura policial portuguesa. 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Elísabet Benavent - Nos Sapatos de Valéria [Opinião]

 
Sinopse: Divertida, emocionante e sexy como tu! Valeria é uma escritora de histórias de amor. Valeria vive o amor de forma sublime. Valeria ama Adrian até que conhece Victor. Valeria tem de ser sincera consigo mesma. Valeria chora, Valeria ri, Valeria caminha... Mas o sexo, o amor e os homens não são objectivos fáceis. Valeria é especial. Como todas nós.
Aviso: Pode causar dependência. 

Opinião: Sim, é verdade! Li um chamado chick-lit, portanto, um livro completamente fora da minha zona de conforto. Por um lado, estava curiosa com esta história que vi ser considerada como O Sexo e a Cidade espanhol, por outro, queria desanuviar um pouco dos crimes (objectivo cumprido, dêem-me JÁ um thriller ou um policial). 
Além disso, precisava de um livro desta categoria para o Book Bingo.

Um dos aspectos interessantes do livro é que não apresenta uma sinopse desenvolvida, por isso, numa fase inicial, desconhecia a história de todo. Apenas nos são dadas umas parcas referências sobre a protagonista, Valéria. Tirando a percepção de que me iria deparar com uma história ao estilo do Sexo e a Cidade, não sabia o que esperar da trama.
À medida que a história se desenvolvia, comecei a encontrar alguns pontos que, para mim, foram previsíveis. Contudo, isso não atenuou o interesse com que acompanhei Valéria e as suas amigas nas suas cruzadas. Não obstante discordar com algumas decisões das personagens (a mais flagrante é a da protagonista e a sua relação com o seu marido, Adrián).

A história debruça-se sobre quatro mulheres: Valeria, Carmen, Nerea e Lola que vão relatando os seus dramas e alegrias, de forma a que a leitora se sinta também ela (aqui dirijo-me ao público feminino pois creio ser o alvo deste género de literatura) inserida neste grupo de amigas. O assunto maioritariamente abordado é a relação com o sexo oposto e são destrinçados os vários tipos de relacionamento. Estes são narrados pelas amigas sem qualquer tabu. A trama é, assim, repleta de várias passagens extremamente eróticas.
No entanto, apesar da história abordar as situações mais caricatas destas raparigas, devo dizer que a história é propensa à reflexão não só sobre o amor e sexo, como também à amizade e ao mundo laboral. 

As amigas apresentam diferentes personalidades e acaba por ser inevitável que nós, mulheres, não nos revejamos um pouco ali e acolá. Embora não me identifique pessoalmente com nenhuma das personagens femininas, congratulo aquela garra e o girl power que as quatro revelam. De certa forma, lembraram-me as personagens criadas por Megan Maxwell e creio que esta característica é partilhada pelas mulheres latinas na literatura.

Nos Sapatos de Valéria é um livro que, apesar de não ser o meu género, entretém bastante. É um livro leve e divertido, tendo-o lido em dois ou três dias.
No entanto, foi notória a falta do ingrediente que tanto procuro na literatura e cinema: a adrenalina, o entusiasmo em reunir as pistas e formular várias hipóteses... (não consigo largar esta faceta de Sherlock que há em mim...). Mas soube bem ler um livro que não me pusesse constantemente a pensar em teorias da conspiração.

Em suma, embora não tenha ficado deslumbrada com Nos Sapatos de Valéria, devo reconhecer que este é um livro descontraído e leve, adequado para uma leitura agora de Verão.


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Darcey Bell - Um Pequeno Favor [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Um Pequeno Favor é o romance de estreia de Darcey Bell. Inicialmente considerei-o bastante similar ao afamado Gone Girl. Esta minha percepção mais imediata prendeu-se essencialmente com dois factores: o de construção de personagens detestáveis e o desaparecimento de uma personagem feminina com um papel preponderante na trama.

Creio que, a par da trama com elementos bizarros, o ingrediente mais delicioso deste livro é, sem dúvida, as personagens.
Aparentemente nenhuma delas têm carácter de herói, o que muito me agrada. Confesso que personagens sem escrúpulos me regozijam. Mas esta é, como se podem aperceber, uma percepção muito pessoal. Sei que este tipo de personagens pode condicionar o leitor a não gostar da obra, por não haver empatia.

Uma das particularidades que creio ter funcionado bem é o círculo restrito de personagens cujo protagonismo é disputado por três: Stephanie, Emily e Sean. Stephanie, a blogger, divaga sobre as várias considerações sobre a maternidade e lifestyle no seu blogue. Os variadíssimos posts nada têm a ver com a realidade: à medida que vão sendo revelados os seus segredos, senti-me engolida naquela teia de mentiras, algumas com um carácter deveras excêntrico. Sentindo-me cada vez mais intrigada, devo contar-vos que este livro foi lido em pouco mais de um dia. 

A obra, que se estrutura em três partes, permitiu aperceber-me da percepção das três personagens principais. Ainda que não tenha sentido uma particular afinidade com as entradas no blogue de Stephanie (interesso-me particularmente pela blogosfera literária), devo dizer que foi nesta parte que me senti verdadeiramente surpreendida com a trama. À medida que esta desenvolve, a meu ver, vai perdendo o fulgor, embora o meu interesse teimava em não desvanecer. Considerei que, na recta final, a previsibilidade vai tomando conta da trama.

Não gostei particularmente do final (nem creio que tenha sido surpreendente) mas agora que reflicto sobre o livro, era o desfecho que mais fazia sentido. É que, ao longo da história, vamos encontrando várias referências às obras de Patrícia Highsmith, a criadora do psicopata Tom Ripley. E creio que este terá servido de inspiração para caracterizar uma personagem em particular. E pensando como Ripley, aquele final é perfeito!
Achei curioso a menção de dois filmes, Diabolique e Peeping Tom, este último já vi e julgo que é bastante inovador para a época. Quanto à obsessão de Emily por filmes de terror ou livros do thriller, estou em querer que seja para acentuar a sua sociopatia/psicopatia mas por favor, não generalizemos... é que eu própria também sou obcecada pelos mesmíssimos géneros e sou perfeitamente sã!

Na minha opinião, e pesando os pontos positivos/negativos, creio que estamos perante uma obra bem-conseguida, especialmente se tivermos em conta que este é o livro de estreia da autora.
De leitura ávida, proporcionou-me horas bem agradáveis de leitura. Para fãs de personagens maradas, acho que não devem perder este Um Pequeno Favor. 


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Stephen King - Carrie [Divulgação 11x17]


Data de publicação: 4 Agosto 2017

               Título Original: Carrie
               Preço com IVA: 9,00€ 
               Páginas: 272
               ISBN: 9789722534529 

 «Carrie», livro de estreia do aclamado autor, é um clássico do suspense e do terror que continua a fascinar leitores por todo o mundo, aumentando a legião de fãs daquele que é apelidado por muitos de «mestre do terror».
«Carrie», de Stephen King, nas livrarias a 4 de agosto 

Sinopse: Neste  épico  do  terror,  Stephen  King relata  a  história  de Carrie,  uma rapariga reservada e estranhamente diferente de todas as pessoas da sua cidade. Na escola é rejeitada por todos, sendo alvo de partidas maldosas e humilhantes. Em casa, a vida não é mais fácil, tendo uma mãe possessiva e obcecada com a religião e o pecado, reprimindo-a constantemente.
Carrie encontra refúgio e canaliza toda a sua energia para os objetos, que consegue mover apenas com o poder da mente... até ao dia em que o rapaz mais popular da escola a convida para o baile de finalistas. Este acontecimento muda a visão que Carrie tem de si própria e leva-a a ganhar alguma confiança.
Ingénua, volta a ser humilhada por todos, num ato de uma crueldade inimaginável. Não suportando tamanha desumanidade, Carrie liberta por fim todo o seu poder, transformando-se numa  arma perigosa e destruindo tudo em seu redor.
Um cenário de pânico e horror instala-se, com os risos a serem substituídos pelos gritos e a diversão a dar lugar ao medo.




Jeannette Walls - O Castelo de Vidro [Opinião]


Sinopse: Esta é a história de Jeannette Walls, uma jornalista de sucesso que, durante muitos anos, ocultou um grande segredo. O da sua família. Uma família profundamente disfuncional e ao mesmo tempo extremamente viva e vibrante. O pai, Rex, é um homem carismático e entusiasta, que logra transmitir aos seus filhos a paixão pela vida. Ensina-lhes física, geologia, conta-lhes histórias. Mas Rex é alcoólico e, quando está bêbedo, é uma pessoa destrutiva e nada confiável. A mãe é um espírito livre, uma pintora muito orgulhosa da sua arte, que se entendia perante a ideia de uma vida convencional e que não está disposta a assumir a responsabilidade de criar os quatro filhos.
É uma família nómada. Vivem aqui e ali e sobrevivem como podem. Os filhos aprendem a cuidar de si, a proteger-se uns aos outros e, por fim, a sair do círculo vicioso da família e ir para Nova Iorque.
Os pais decidem seguir-lhes as pisadas, mas optam pela indigência. No caminho, muitas noites ao ar livre no deserto, dias em escolas onde só assistem às aulas durante uma semana, com vizinhos que os ajudam e enfrentando abusos de todo o tipo. 

Opinião: Tenho uma particularidade: gosto de livros que me choquem. Talvez por isso, tenha elegido como género preferido o thriller e o policial. Contudo, há toda uma panóplia de livros que, não pertencendo a estes géneros, também arrasam o leitor devido ao intrínseco carácter dramático. Falo de certos livros de memórias, um género que tenho descurado mas que, após esta experiência de leitura, vou reconsiderar essa opção.

Finda a leitura de O Castelo de Vidro, é inevitável não sentir um sufoco. Afinal de contas, esta é a autobiografia de Jeannette Walls. 
O livro inicia-se quando esta tem 3 anos de idade e sofre um acidente na cozinha. Rapidamente desenhou-se a ideia do quão negligentes seriam os seus pais por não a supervisionarem naquela tarefa. E imediatamente esta percepção toma dimensões maiores...

Ao longo da obra, deparamo-nos com inúmeros episódios que demonstram o quão imprudentes eram os pais, obrigando os filhos a crescer demasiado depressa. A capacidade de sobrevivência e a resiliência das crianças são factores importantíssimos.
São várias as situações que colocam a maternidade como perspectiva e como há excepções à regra. Nem todas as mães são maternais e acarinham. Há o reverso da medalha ainda que, felizmente, não conheça pessoalmente.
Creio que o ponto forte do livro reside na reflexão contínua sobre famílias disfuncionais. O flagelo do alcoolismo e estruturas financeiras familiares em declínio vêem aqui uma abordagem credível. 
Por norma, até então, e tendo em conta que li apenas histórias ficcionadas, devo afiançar que esta me impressionou muito por ter sido real. É, por isso, um livro muito emocionante e que joga constantemente com as nossas emoções.

O livro garante uma leitura ávida por manter o interesse em acompanhar a infância e adolescência da protagonista bem como dos irmãos, etapas que caracterizaria como instáveis e infelizes. Contínuo a referir-me a algumas situações como insólitas se comprarmos com uma infância saudável e normal.

Creio que é consensual desenvolver um laço afectivo com as crianças daquela família. Tive compaixão não só por Jeanette como pelas irmãs Lori e Maureen e pelo irmão Brian. Não posso deixar de manifestar um sentimento contraditório pelos pais das crianças.

Um aspecto que retive e é importante de ser mencionado é a forma como Jeannette lida com as várias situações ao longo da vida e o relacionamento com os pais. Muito provavelmente, um comum mortal ter-se-ia afastado dos progenitores mas a protagonista faz questão de ter contacto com os pais ao longo da sua vida e apesar das suas escolhas, o que considero louvável.

Indubitavelmente que uma história com este carácter tem maior valor se tivermos em conta de que os factos narrados são verídicos. É uma história chocante e comovente que recomendo por apresentar uma realidade que eu julgara ser apenas ficção. Creio que esta história, por muitos livros que leia, se tornará memorável.
Valeu mesmo a pena ter saído da minha zona de conforto: gostei imenso deste livro. Irei, certamente, ver o filme que estreará brevemente nas nossas salas de cinema.