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domingo, 17 de dezembro de 2017

Chris Carter - O Escultor da Morte [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Sigo atentamente o trabalho de Chris Carter desde a publicação de O Assassino de Crucifixo. Por ter ficado tão impressionada com o teor gráfico da trama, que se imiscui no fascinante mundo da psicologia forense, é uma série que não tenho reservas em recomendar. Creio que esta minha percepção se intensificou ao ler o 4º volume protagonizado por Robert Hunter. 

Como evidencia o título, o antagonista mata as suas vítimas, mutila os seus corpos e monta estátuas com os membros decepados. Um cenário de horror que me deixou genuinamente impressionada. É consensual dizer-se que a originalidade dos crimes é ímpar. Assim, tenho para mim que, relativamente a nível de violência praticada pelo antagonista neste livro, o autor superou-se.
Além disso, Carter continua a discriminar, com grande detalhe, os procedimentos decorrentes de uma autópsia, um ingrediente que aprecio nas tramas de índole criminal.

Sendo o autor Chris Carter perito em psicologia criminal, à semelhança dos livros antecessores, o protagonista da série tece algumas considerações dentro da área para tentar descortinar o comportamento do vilão. A avaliar por tão macabras peças de arte estaremos, sem dúvida, perante um antagonista deveras violento.

Embora as cenas gráficas sejam difíceis de digerir, a trama é bastante ágil e o livro lê-se num ápice. Esta sensação deve-se essencialmente às reviravoltas da narrativa. Após a morte inicial, de um doente oncológico em fase terminal (e posterior construção de uma estátua) seguem-se outras vítimas, através de um modus operandi semelhante. 
Como já anteriormente referi, as pormenorizadas descrições dos homicídios e os detalhes gráficos com que somos brindados no que concerne à construção das estátuas, contribuíram para que, enquanto leitora, me deixasse levar pelos meandros da investigação, com particular incidência para os aspectos mais sórdidos.

A interacção entre Hunter e o seu parceiro, Carlos Garcia, continua a ser o elemento que ameniza o teor pesado da trama. Creio que emparelham bem e neste livro surge uma ajuda na investigação, sob a forma de uma personagem cuja dinâmica com Hunter foi interessante. 

Dei por mim a ler madrugada fora, sem que o dia de trabalho seguinte fosse impeditivo para descobrir quanto antes a identidade deste antagonista. E mais uma vez, Carter surpreendeu-me. Não esperava de todo aquele desfecho.
Dados os motivos supra referidos, não pude deixar de atribuir cinco estrelas, nota máxima, no Goodreads, a O Escultor da Morte. E finda esta leitura já penso no próximo volume da série.

Mais do que recomendar este livro, aconselho a leitura da série. Quiçá, um presente de Natal ideal para os fãs de thrillers viscerais. E este é bom, muito bom!


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