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domingo, 14 de junho de 2015

George R. R. Martin - O Despertar da Magia [Opinião]


Sinopse: Quarto volume de As Crónicas de Gelo e Fogo, a saga de fantasia mais vendida, elogiada e premiada dos últimos 50 anos, e a única obra de fantasia a conseguir o primeiro lugar do Top do New York Times.

Esta é uma saga de grande fôlego, que vai buscar à realidade medieval a textura e o pormenor que conferem dimensão e crueza a um universo de fantasia tão bem construído que faz empalidecer a Terra Média de Tolkien. Martin é um especialista na manipulação das expectativas dos leitores e, profundo conhecedor do género, não deixa de estender sucessivas armadilhas com as quais desarma os tropos que o leitor pensa reconhecer a cada página. O épico de fantasia que toda a Fantasia Épica gostava de ser.

Opinião: Dei 3 estrelas no Goodreads ao 4º volume da saga As Crónicas de Gelo e Fogo e passo a explicar porquê nesta opinião. Comparativamente aos outros livros da saga que li, O Despertar da Magia é pautado pela omissão de uma reviravolta flagrante (vulgo a morte geralmente de forma brutal de uma personagem que aprecio). Não contemplando um acontecimento que me revoltasse tanto, aliás esta é uma sensação recorrente na leitura destes livros, achei portanto que este livro é, até agora, mais fraco comparando com os demais da série.

Ainda assim, a acção prossegue em várias frentes, uma das quais a batalha que Stannis preparava desde o volume anterior. Se em A Fúria dos Reis havia muita estratégia e planeamento militar, O Despertar da Magia traz-nos as consequências práticas dessa batalha.
Se há algo que não aprecio na literatura é ler sobre guerras sejam elas quais forem. E reconheço que a descrição das batalhas é feita pelo autor de forma exímia. Talvez este pormenor tenha contribuído igualmente para o facto de não ter apreciado tanto este livro quanto gostaria.

Continuo a estabelecer comparações com a série televisiva e encontrar vários pontos em comum. Para os aficionados da adaptação televisiva, os livros não trarão grandes surpresas. Não obstante, as obras têm um maior nível de pormenorização, pelo que cada vez mais me fascina o mundo de Westeros. Portanto, foi com bastante interesse e entusiasmo que li O Despertar da Magia, que aliás se mantêm após a leitura desta obra. Até porque sei que o fôlego da saga intensifica-se nos dois próximos livros, especialmente em A Glória dos Traidores e anseio por ler essas obras uma vez que sendo fã da série da HBO, é nestes volumes que a adaptação televisiva começa a divergir da história original.

À medida que a saga prossegue começo a não ter considerações sobre as personagens pois já formulei os meus juízos de valor sobre as mesmas. Tenho Tyrion como a minha personagem preferida e creio que a cada volume da saga lido, não mudarei a minha opinião, antes pelo contrário, o anão Lannister tão diferente da família continuará a cativar-me, tenho a certeza.

Em suma, O Despertar da Magia  ainda que tenha sido o volume que menos gostei, acaba por consolidar a ideia que tenho formada sobre a saga de George R. R. Martin: complexa e apaixonante. Venha daí A Tormenta de Espadas!

1 comentário:

  1. Pelo que ouvi dizer, a série começa a desviar-se na última temporada. Por isso é que há muita gente fula da vida :P

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