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sábado, 16 de abril de 2016

A. J. Rich - A Carícia do Assassino [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Iniciei A Carícia do Assassino muito expectante. Afinal de contas, a sinopse era elucidativa e, ao que tudo indicava, esperava-me um livro de acção frenética. Infelizmente, acabou por não ser bem assim.

De facto as páginas iniciais indiciavam uma leitura alucinante. Logo no início, encontramos a vítima de homicídio e as descrições, pejadas de pormenores chocantes, deixaram-me ávida para mais. No entanto, a caracterização exímia de um crime deu lugar a uma descrição quase aborrecida de rotinas da protagonista e páginas atrás de páginas de conteúdo susceptível de discussão para o PAN. E porquê? Tão importante quanto a protagonista, Morgan Prager, são três cães que vivem com a profiler, cujos destinos não só são esmiuçados, como são os menos desejados para os amantes de animais, como eu.

Sendo a protagonista uma profiler, esperava mais conteúdos sobre a Psicologia Criminal. E seria expectável que nos deparássemos com um carácter forte. Contudo, a protagonista deixa-se enredar facilmente por intrigas, pelo que há uma contradição entre a sua personalidade/comportamento e a área em que é versada (e que creio trazer maior maturidade à personagem).
Devo dizer que sobre a Psicologia Criminal, área que me interessa muito, apenas são apresentados um conceitos muito simples. Pessoalmente teria gostado de um maior desenvolvimento sobre os mecanismos que regem comportamentos desviantes como a Sociopatia (um distúrbio claramente identificável em algumas personagens nesta história).

Tirando as páginas iniciais que me despertaram bastante interesse, o livro é, na minha opinião, bastante morno para quem aprecia o género policial. Desconheço se A. J. Rich, pseudónimo de duas autoras, continuará a investir nesta série. A avaliar pelo primeiro livro, não trará mais valias ao género. Posto isto, devo confessar que, infelizmente, o livro não me cativou quanto gostaria.


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