sábado, 30 de novembro de 2013

Stephen King - A Cúpula Vol. 2 [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 6 Dezembro 2013

               Titulo Original: Under The Dome
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 488
               ISBN: 9789722527408 


Sinopse: Num bonito dia de outono, um dia perfeitamente normal, uma pequena cidade é súbita e inexplicavelmente isolada do resto do mundo por uma força invisível. Quando chocam contra ela, os aviões despenham-se, os carros explodem, as pessoas ficam feridas. As famílias são separadas e o pânico instala-se. Ninguém consegue compreender que barreira é aquela, de onde vem ou quando (se é que algum dia) desaparecerá.

Agora, um grupo de cidadãos intrépidos, liderado por um veterano da guerra do Iraque, toma as rédeas do poder no interior da cúpula. Mas o seu principal inimigo é a própria redoma. E o tempo está a esgotar-se…

Sobre o autor: Stephen King, apelidado por muitos de «mestre do terror», escreveu mais de quarenta livros, incluindo Carrie, A História de Lisey e Cell, Chamada para a Morte. Vencedor do prestigiado National Book Award e nomeado Grande Mestre nos prémios Edgar Allen Poe de 2007, conta hoje com mais de trezentos milhões de exemplares vendidos em cerca de trinta e cinco países. Números e um currículo impressionantes a fazerem jus ao seu estatuto de escritor mais bem pago do mundo.

Imprensa:
«Uma viagem alucinante e uma meditação comovente e perturbadora acerca da nossa capacidade para o bem e para o mal.» 
Publishers Weekly

«Completamente viciante.» 
USA Today

«Por mais difícil que seja pegar neste livro, é ainda mais difícil pousá-lo.» 
New York Times

«A obra de um mestre a contar história.» 
Los Angeles Times

«A ação desenrola-se tão depressa e prende de tal forma o leitor que é praticamente incapacitante.» 
Newsday

«Um dos meus livros preferidos deste ano.» 
Neil Gaiman

«A nossa lista de literatura na grande tradição gótica americana fica muito mais rica.» 
The Washington Post

Anteriormente publicado: Volume I de A Cúpula














Para mais informações sobre o livro A Cúpula, clique aqui.




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cheryl Holt - Mais Forte Que O Desejo [Opinião]


Sinopse: Com a família a atravessar uma grave situação financeira, Olivia Hopkins dispõe-se a conseguir uma proposta de casamento do já maduro conde de Salisbury. Contudo, o plano cai por terra quando ela descobre um livro erótico na biblioteca do conde. O livro incendeia o corpo de Olivia, que não consegue pô-lo de lado, até ser apanhada em flagrante pelo diabolicamente bonito filho do conde, um homem que lhe acelera o coração e lhe preenche o imaginário com pensamentos escaldantes… Phillip Paxton não consegue acreditar na sua boa sorte. O facto de ter apanhado Olivia com aquele livro picante confere-lhe a maravilhosa oportunidade de humilhar o pai que despreza. Servindo-se do livro como isco, Phillip atrai Olivia para uma ligação eletrizante que resulta em ardentes lições de paixão. Phillip não esperava apaixonar-se pela sua encantadora aluna, mas o que começa como um esquema libertino em breve se transforma num romance genuíno e que Phillip protegerá a qualquer custo…

Opinião: Sob uma maravilhosa capa, Mais Forte Que o Desejo é, acima de tudo, uma história estereotipada sobre a rapariga encalhada e sem dinheiro que se apaixona pela pessoa errada e entra em jogos eróticos, numa sociedade onde este tipo de atitude era censurada. Algo familiar, não? Contudo, embora assentando sobre bases muito baixas a nível de originalidade, gostei muito deste livro. A autora já me conquistara!
Embora sejam muitos os clichés da presente história, adianto que a mesma se distancia de outros romances eróticos de época por dois motivos.

Primeiro, aborda temas nunca antes vistos neste tipo de livro como a pedofilia, violação e crianças deficientes. Desconheço se na época vitoriana, as práticas de pedofilia eram recorrentes, sem qualquer punição e se as crianças deficientes eram tratadas como entraves. Um coisa é certa, de certa forma estas temáticas quebraram o excessivo ambiente sexual que primam estes livros e acabaram por me chocar... Sei que pensam que leio muitos policiais e como tal, deveria estar habituada a este tipo de temas. Contudo, a leitura sensual é essencialmente um escape das minhas leituras habituais e acabei por ficar surpreendida com a abordagem das temáticas.

Segundo, a história não se cinge num único casal. Aliás, como mencionei acima até existem outras subtramas que não têm necessariamente a ver com sexo. No entanto há um romance paralelo, uma outra história também de cariz romântico/sexual, faz pensar em quão forte é o poder do amor/desejo que possa perdurar anos a fio. A inclusão desta subtrama acabou por descentralizar a história do casal Olivia e Philip, contando uma outra história de amor à qual a leitora não fica indiferente. 

A própria Olivia fez-me lembrar um pouco a Cinderela pela forma como se relaciona com a irmã e a madrasta. Por sua vez, Philip segue o estereótipo das personagem masculina. Uma nota: parece que a trama claramente sensual, se preocupa com a definição de relações e se Holt se debruça sobre o relacionamento entre Olivia e a madrasta, também o faz em relação ao de Philip e Edward, evidenciando claramente a filiação bastarda nas fileiras da aristocracia britânica.

Fica o apontamento curioso de que como um local que para mim é tão mágico, a biblioteca, pode ser cenário do desabrochar de uma paixão.

Como é habitual da autora, as cenas voluptuosas e ousadas encaixam muito bem no ambiente histórico que me fascina sempre que enveredo por uma obra de Holt. Apesar de não ser um livro inteiramente original, é deliciosamente cativante, como as demais obras da autora! Esta autora, a par de Jess Michaels, está já na minha lista de preferências no género.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Jo Nesbø - O Boneco de Neve [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: O Boneco de Neve é o sétimo romance da aclamada série de policiais protagonizada por Harry Hole. É definitivamente uma das minhas séries favoritas!
Aquando esta leitura, troquei impressões com um leitor que gostou da capa do titulo e recomendei-lhe vivamente os anteriores da saga para compreender a história pessoal de Harry Hole que vê novos desenvolvimentos em O Boneco de Neve.

Na minha opinião, a capa está um estrondo e supera a original! O autor transformou algo tão idílico como um boneco de neve em algo tenebroso e até real. Para mim, o Boneco de Neve é uma metáfora que caracteriza na íntegra a frieza do serial killer deste caso.

Até hoje nunca consegui eleger um livro preferido de Jo Nesbø mas penso que doravante, este será O Boneco de Neve, tendo atribuído 5 estrelas no Goodreads sem qualquer hesitação. A complexidade da trama é similar à das outras histórias mas não me recordo de nenhum livro antecessor que me deixasse tão tensa e ansiosa como O Boneco de Neve. Além disso, a presente obra abordou temáticas que muito me cativam como a hereditariedade e doenças do foro genético, desenvolvendo em torno destas, uma trama intelectualmente urdida e com muitas reviravoltas. Aliado a este facto, O Boneco de Neve conta com bastantes sequências de acção carregados de adrenalina e toda uma série de questões sociais levantadas sobre a Noruega (alguma vez vos disse que sou fascinada pelos países escandinavos?).
Há descobertas atordoantes, de pior dimensão do que os desaparecimentos das mulheres, o ponto de partida da investigação. 

Ajuda a familiaridade que as personagens mantêm com o leitor e na minha opinião, a caracterização das mesmas é fabulosa. Sou grande fã e admiradora das personagens, especialmente de Harry Hole. Nem é dos mais carismáticos detectives na literatura policial mas ele tem problemas reais, acabando por criar empatia com o leitor. Mas sou sincera, gosto da Rakel Fauke e da Beate Lønn, que vê a sua participação reduzida na presente trama, dados os eventos ocorridos no livro predecessor, O Redentor. A inovação, a nível de personagens, recai sobre a enigmática Katrine Brett, o novo elemento que integra a equipa de investigação.

Sem querer desvendar mais sobre o livro, apraz-me dizer que O Boneco de Neve é uma trama complexa que deixará o leitor surpreendido por diversas vezes. Dotado de emoções fortes, mantê-lo-á em suspense até ao desfecho.

Mais uma vez congratulo a Dom Quixote não só pela excelente revisão acompanhada das inúmeras notas de rodapé que desmistificam alguns aspectos abordados ainda que eu prefira estes mesmos pequenos apontamentos na mesma página como também pela brevidade da publicação de O Boneco de Neve (tendo em conta que O Redentor foi lançado em Abril do corrente ano).

Sem dúvida, O Boneco de Neve é um livro obrigatório para os fãs do género, ressalvando que, por ser o sétimo da série, o leitor tirará melhor partido se ler ordenadamente: O Pássaro de Peito Vermelho, Vingança a Sangue Frio, A Estrela do Diabo, O Redentor e O Boneco de Neve. Infelizmente os dois primeiros não foram traduzidos para português mas mantenho a esperança de ver Flaggermusmannen (The Bat) e Kakerlakkene (The Cockroaches) nas nossas livrarias.

Para vos convencer melhor, convido-vos a verem este booktrailer do livro em questão:

Para mais informações sobre o livro O Boneco de Neve, clique aqui.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Janet Evanovich & Lee Goldberg - O Golpe [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Já conhecia a autora Janet Evanovich de outras andanças, nomeadamente da saga protagonizada por Stephanie Plum e a outra, mais de cariz fantasioso de Lizzi Tucker. Já Lee Goldberg, tenho que confessar que não conhecia de todo.

Este romance, a duas mãos, tem notoriamente dois registos e O Golpe acaba por divergir dos outros livros que li de Janet Evanovich. Este livro acaba por se adaptar mais às pessoas que de facto gostam do género thriller. As situações rocambolescas protagonizadas por Stephanie Plum ou por Lula são substituídas por uma história mais sóbria e sólida e sobretudo mais credível. Contudo, nota-se a presença de Janet Evanovich devido a algumas observações feitas por Kate O´Hara e munidas de humor, observações estas que achei serem em minoria e menos descabidas comparativamente às de Stephanie ou Lula. 
Globalmente, acho-o mais contido em termos de humor ainda que as personagens sejam peculiares, ao estilo de Janet Evanovich. E eu que pensava rir às bandeiras despregadas, acabei por me deparar com um livro mais sério, muito do género dos que costumo ler. E durante a leitura acabei por me abstrair das saudades que tenho da Stephanie, da Lula e da avó Mazur...

Um ponto a favor para a química natural entre as personagens Kate e Nick cuja relação amor-ódio foi alento comparável ao da própria história. A premissa "os opostos atraem-se" resultou brilhantemente: ela, agente de FBI, com uma dedicação e disciplina no trabalho perseguindo os criminosos mais procurados do mundo, sucumbe à atracção por Nick. Porém, não diria que Nick é um vilão, apesar de rotulado de criminoso. Ele é um vigarista que opta pelo método de fraude ao invés do típico antagonista serial killer
Portanto é um thriller bastante leve, que se foca essencialmente na acção, explorando as falcatruas de quem se dedica a meios ilícitos para obter dinheiro. E no caso do Nick, penso que faz isto por gosto. É um livro que proporciona um excelente momento de entretenimento: a trama é leve e foge dos parâmetros das histórias de FBI usuais, de fácil, divertida e até algo romântica leitura. 

Por fim não deixo de congratular o marketing desenvolvido pela TopSeller. Quando saio de casa dou de caras com uma publicidade ao livro aqui em Linda-a-Velha, fora os que tenho visto na cidade de Lisboa. Curiosamente fui interpelada por um amigo, que intrigado por esta mesma publicidade, me perguntou sobre a qualidade do livro. A minha resposta? Para quem é fã de Janet Evanovich e espera uma aventura ao modo Stephanie Plum, penso que sentir-se-á desolado pois o livro é muito atípico. É um livro mais sério e verossímil, que certamente fará as delícias dos fãs de acção. No entanto, a história facilmente arranca uns sorrisos ao leitor. É uma série diferente do que existe actualmente no mercado, e a avaliar pelo primeiro volume, promissora. Sem dúvida, a manter debaixo de olho! 


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

James Patterson & Marshall Karp - NYPD Red [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: NYPD Red é o primeiro volume de mais uma saga de James Patterson, escrita a meias com Marshall Karp. Não conheço este último autor mas das mãos de Patterson, tinha a certeza de que sairia um livro cheio de acção, adrenalina e suspense. 
Embora deva assumir que, dos livros que conheço de James Patterson, a minha saga preferida é a protagonizada por Alex Cross, NYPD Red proporcionou-me um bom momento de leitura.

De início a trama parecia semelhante ao último livro que li do autor, Perigo Duplo devido à encenação dos crimes no cenário de glamour: as mortes brutais da nata de Hollywood, planeadas por um assassino demente. O roteiro está escrito e quer este homem que se auto-intitula de Camaleão, que elimina, de uma forma brutal, realizadores e produtores da cidade. É aqui, talvez, onde residem as passagens eventualmente mais chocantes.
Às páginas tantas não só a trama como o protagonista diverge aquele que idolatro nos livros de Patterson, Alex Cross. A narrativa é feita sob duas perspectivas: a partir do ponto de vista do vilão, Camaleão e do protagonista, Zach. E interessante ver o lado pessoal de duas personagens tão antagónicas como estas e a forma como ambos tentam realizar os seus objectivos pessoais.

Ainda que seja Zach o detentor do protagonismo do livro, este trabalhará em parceria com a sua ex-namorada Kylie MacDonald na NYPD Red, departamento encarregue de proteger os ricos e famosos, um conceito que por si parece fazer uma triagem do crime mais comum para escolher o joio americano. Esperem execuções meticulosamente calculadas num ritmo vertiginoso e já na fórmula cliché de capítulos curtos, que tornam ávida a presente leitura.

Este início de série peca por subdesenvolver o passado das personagens principais. Porém, penso que tal facto será construído ao longo dos futuros volumes da série. À semelhança de obras anteriores, a vida pessoal das personagens é algo que Patterson valoriza, numa componente tão importante como a de policial propriamente dita. Portanto, menor conhecimento sobre as personagens principais aliado às surpresas menos constantes a nível de enredo podem ser factores que prevêem uma série que melhora a cada volume. 

Finda a leitura confirmo: NYPD Red não conseguiu destronar aquela que é a minha série preferida da autoria de James Patterson. Num estilo mais leve, NYPD Red é claramente um thriller apesar de diferente das suas demais obras (afinal de contas, é um livro que se gere mais pela acção dos acontecimentos, sem as grandes reviravoltas características do género) que me proporcionou uma agradável leitura e um grande momento de entretenimento.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

James Patterson - Alex Cross: A Caça [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de Publicação: 7 Novembro 2013

               Título Original: Cross Country
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 384
               ISBN: 9789898626219

Sinopse: Uma cidade mergulhada no caos. Um assassino de uma crueldade assombrosa. Só um homem será capaz de o travar.
O detetive Alex Cross é chamado ao local do pior crime a que alguma vez assistiu. Uma família inteira foi assassinada de forma brutal e impiedosa, e uma das vítimas era uma antiga paixão sua. O mesmo tipo de crimes sucede-se, mantendo um padrão semelhante: a morte de famílias inteiras, cujos corpos são depois objeto de uma crueldade violenta. Alex Cross e a sua namorada atual, Brianna Stone, mergulham neste caso e enredam-se na teia do mortífero submundo de Washington DC. Aquilo que descobrem é tão chocante que mal conseguem compreendê-lo: os assassinos pertencem a um gangue altamente organizado, encabeçado por um diabólico senhor da guerra conhecido como Tigre. Quando o rasto deste temível assassino desemboca em África, Alex sabe que tem de segui-lo. Desprotegido e só, Alex é torturado e perseguido pelo gangue do Tigre.
Conseguirá Alex caçar o seu inimigo, ou será ele próprio a caça?

Para mais informações sobre o livro Alex Cross: A Caça, clique aqui.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Joe Hill - Cornos [Opinião]


Sinopse: Ignatius Perrish passou a noite embriagado e a fazer coisas terríveis. Na manhã seguinte acordou com uma ressaca tremenda, uma dor de cabeça violenta... e um par de cornos a sair-lhe das têmporas.No início Ig pensou que os cornos eram uma alucinação, fruto de uma mente danificada pela fúria e pelo desgosto. Passara um ano inteiro num purgatório solitário e privado depois da morte da sua amada, Merrin Williams, violada e assassinada em circunstâncias inexplicáveis. Um colapso mental teria sido a coisa mais natural do mundo. Mas nada havia de natural nos cornos, que eram bem reais.Em tempos, o íntegro Ig usufruíra da vida dos bem-aventurados, Ig tinha estabilidade, dinheiro e um lugar na comunidade. O único suspeito do crime, Ig nunca foi acusado ou julgado. Mas também nunca foi ilibado. No tribunal da opinião pública de Gideon, New Hampshire, Ig é e será sempre culpado. Nada que ele possa dizer ou fazer importa. Todos o abandonaram e parece que o próprio Deus também. Todos com excepção do demónio que está dentro de si... E, agora, Ig está possuído por um poder novo e terrível que condiz com o seu novo look assustador - um talento macabro que tenciona usar para descobrir o monstro que matou Merrin e que destruiu a sua vida.

Opinião: Joe Hill é filho do mestre de terror Stephen King. E filho de peixe sabe nadar. 
Inicialmente fiquei presa na história do livro. Inexplicavelmente nascem uns cornos ao pobre do Ig, que ressacado nem sequer se lembra da noite anterior. Associado ao par de cornos, manifesta-se um poder sobrenatural quase demoníaco em sentir todas os desejos e pecados de cada pessoa que toque desencadeando um punhado de situações rocambolescas, dotadas de um particular humor negro. No entanto, a situação complica-se quando Ig se depara com este dom na sua própria família. Joe Hill explora assim um dos medos mais profundos do ser humano: imagine caro(a) leitor(a) que as pessoas que mais amamos nos viram as costas e por detrás dos falsos sorrisos, nutrem sentimentos assombrosos por nós. Por isso posso afirmar que este conto de terror tem implicações mais profundas que eu imaginava, dissecando o pior que pode existir em cada um de nós.

Sem sombra de dúvidas, o que me atraiu imediatamente em Cornos foi a forma como a estranha metamorfose de Ig retrata um peculiar e sombrio humor.
A estrutura do livro é maioritariamente por flashbacks e rapidamente aquela que era a situação actual, regride até à infância de Ig, explorando os primórdios das relações deste com o estranho e maldoso Lee Tourneau e Merrin Wiliams, aquela que viria a ser mais tarde a sua namorada. Hill disseca as relações complexas infanto-juvenis que em certos casos são caracterizadas pela mais pura das crueldades.

Para mim, a par da justificação de ter nascido os cornos ao protagonista, o principal mistério que se afigura é a identidade do assassino de Merrin. Este facto é revelado precocemente mas Hill, ousadamente envereda pelo explorar das inúmeras situações que caracterizaram o crescimento de Ig e as relações com as demais personagens, permitindo conhecê-las melhor.
Apesar da metamorfose que lhe confere um ar demoníaco, Ig é bem intencionado ainda que debilitado devido à violação e morte de Merrin, refugiando-se na bebida. E acabamos por simpatizar com o pobre diabo (literalmente), devido à profundidade da sua dor e dos seus sentimentos que facilmente são transponíveis ao leitor.
No entanto, as personagens são muito supérfluas e caracterizadas pela ruindade embora mostrem algum sinceridade e audácia na demonstração forçada dos seus sentimentos.

Desde o início que coexiste a componente religiosa (e por consequente moralista) por intermédio de vários símbolos religiosos que contrastam assim com a componente sobrenatural associada à presença de Lúcifer reforçando a ideia subtil que é a constante luta entre o bem e o mal.

Embora globalmente ache que a história é muito boa, infelizmente certas passagens não me cativaram. Digamos que esta leitura oscilou entre momentos de leitura ávida e outros de mais desinteresse. O autor perde-se nos demais pormenores que assombram o crescimento de Ig, alguns que pouco contribuem para a história. Não obstante, à medida que desfolhei o livro, notei um crescendo de emoções e algumas reviravoltas, fazendo-me admitir que estamos perante uma trama de grande qualidade embora falhe pois o ritmo é quebrado pela informação contida em alguns dos flashbacks.

Embora com contornos moralistas, é uma história onde a fantasia contemporânea, o humor e o crime andam harmoniosamente de mãos dadas. Possivelmente, Cornos foi, que me lembre, o único livro até hoje que me fez encarar algo tão ruim como pensamentos nefastos e atitudes grotescas com um sorriso e tudo graças à escrita de Hill. Gostei bastante do estilo do autor e quero ler quanto antes o seu livro de estreia. Na fase final está o filme baseado no livro pelas mãos de Alexandre Aja, o realizador de Haute Tension, um dos meus filmes preferidos. Vejam então o booktrailer:




sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Passatempo Editorial Presença: Robert Galbraith - Quando o Cuco Chama [Resultado]


Com a preciosa colaboração da editora Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar deste livro, Quando o Cuco Chama de Robert Galbraith e um saco promocional, para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 302 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Robert Galbraith é o pseudónimo de uma autora publicada anteriormente pela Editorial Presença. Quem? J.K.Rowling
2. Como se chama o detective privado, protagonista de Quando o Cuco Chama? Cormoran Strike
3. Em que cidade britânica de passa a acção? Londres (também considerei Mayfair)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

214 - Ana Ferreira (Queluz)

Parabéns ao vencedor!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos! 

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui.
Para mais informações sobre o livro Quando o Cuco Chama, clique aqui.