quinta-feira, 30 de abril de 2015

Maratona Literária [Crónicas do Gelo e Fogo]


Começa amanhã, dia 1 de Maio, uma maratona alusiva à obra de George R. R. Martin, criada pela Mulher Que Ama Livros. Li os dois primeiros volumes em 2013 cujas opiniões podem encontrar aqui e aqui (óh céus! Como o tempo passa!!!) e nunca mais peguei nesta maravilhosa saga. 
Estou a acompanhar a actual temporada e continuo assombrada pelo universo criado por George R. R. Martin. Ainda me recordo muito bem dos primeiros livros, por isso vou prosseguir a leitura a partir do terceiro volume.
Será que consigo ler os restantes livros até Setembro? Challenge Accepted ;)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Estante está mais cheia [Abril 2015]


Mais um mês que termina e mais uma enchente de novos habitantes nas estantes, como habitual.
Endereço, como é costume, os meus agradecimentos à TopSeller pelo À Morte Ninguém Escapa, à Bertrand pelo Bolha e O Azul dos Teus Olhos, à Quetzal pela recente obra de Yrsa Sigurdardóttir, uma autora que, como sabeis, é da minha preferência. E à Editorial Presença pelo A Verdade E Outras Mentiras, livro que também foi sorteado cá no blogue.

Ganho num passatempo promovido pelo grupo dos Livrólicos Anónimos do Facebook, chegou-me o Slated - Reiniciada e estou extremamente curiosa com o mesmo. Ganho no Liga e Ganha, recebi Os Regressados.
Um Avião Sem Ela foi um presente de aniversário já atrasado :)

Também fiz umas comprinhas. Aproveitei a promoção da Note it e trouxe comigo Perdidos no Bosque de Ruth Rendell, tendo-me custado 5€. Esse valor foi o que dei pelos livros O Poeta de Michael Connolly e A Escultora de Minette Walters na feira do livro do Cais do Sodré.
Como vivo de novidades literárias, aproveitei um budget extra e comprei Um Homem Sem Passado, Erebos e Uma Morte Impossível.

E vocês, compraram muitos livros neste mês que agora finda?

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Blake Crouch - Wayward Pines [Divulgação Editorial Suma de Letras]


Data de publicação: Abril 2015 

               Preço com IVA: 16,90€
               Páginas: 336
               ISBN: 9789898775368

Sinopse: As crianças brincam na rua e os pássaros cantam nas árvores quando o agente dos serviços secretos Ethan Burke chega a Wayward Pines, uma terra idílica nas paisagens de Idaho.
A sua missão é clara: encontrar dois agentes federais que desapareceram há dois meses na bucólica localidade. Apenas minutos depois de chegar, Ethan sofre um violento acidente e acorda no hospital: sem documentação, sem telemóvel, sem a sua pasta. À medida que a investigação avança, as dúvidas são cada vez mais numerosas e inquietantes do que as respostas. Porque não consegue Ethan comunicar, de nenhuma forma, com a mulher e o filho? Por que razão todos duvidam da sua identidade? Qual é o propósito do muro electrificado que circunda a cidade? Impedir os habitantes de sair… Ou impedir alguma coisa de entrar?
A cada passo que dá na procura da verdade, Burke afasta-se cada vez mais do mundo que pensava conhecer e do homem que pensava ser. Até que esbarra numa dúvida aterradora: será ele capaz de sair de Wayward Pines?

Sobre o autor: Blake Crouch, um dos novos escritores-estrela de thrillers americano, nasceu na Carolina do Norte em 1978. Licenciou-se em Inglês e Escrita Criativa e cinco anos depois já tinha editado dois romances. Desde então publicou mais oito romances, além de novelas, contos e artigos. Muitas das suas obras foram compradas para adaptação ao cinema, nomeadamente o último romance que será transposto ao grande ecrã e publicado pela Suma de Letras.

Imprensa
«A escalada de suspense do romance é difícil de suportar mas a reviravolta final consegue ir ainda mais além. Uma leitura trepidante, impossível de parar.»
Booklist

Liane Moriarty - Pequenas Grandes Mentiras [Divulgação Editorial ASA]

Data de publicação: 19 Maio 2015 

               Preço com IVA: 17,70€
               Páginas: 480
               ISBN: 9789892330945

Sinopse: A vila costeira de Pirriwee é um bom lugar para viver. As ruas são seguras, as casas são elegantes, e os seus habitantes distintos. Bom... quase todos...

Madeline é tudo menos perfeita. Para começar, recusa-se a viver para as aparências e não se coíbe de dar a sua opinião (principalmente quando não é pedida). O seu lema “Nunca perdoar. Nunca esquecer.” vai ser inesperadamente testado ao limite.
Celeste tem o tipo de beleza que leva as pessoas a parar na rua.
É tão serena que ninguém repara que por detrás dos seus magníficos olhos se escondem sombras negras. Nem as suas melhores amigas sabem o que se passa quando a noite cai.
Jane acabou de chegar. Ao fim de anos a tentar encontrar um lar, a idílica vila parece ter tudo o que procura… e até já conseguiu fazer duas amigas, cujas vidas perfeitas, espera, venham a ter uma boa influência sobre si. É mãe solteira e tão jovem que, no recreio da escola, a confundem com uma babysitter. Mas a sua inocência há muito que se perdeu.
Um acidente vai unir estas três mulheres numa amizade aparentemente indestrutível. Pelo menos, até à noite da festa. Na vila, nada mais será como antes. São muitas as versões mas o facto indiscutível é que houve uma morte. Como aconteceu? Quem viu? Acima de tudo, quem morreu? 

Sobre a autora: Liane Moriarty, antes de se dedicar à escrita, trabalhou numa editora de livros jurídicos e como copywriter por conta própria. O Segredo do Meu Marido, o seu quinto romance, foi um sucesso estrondoso em todo o mundo, e será em breve adaptado ao cinema, ao passo que Pequenas Grandes Mentiras será adaptado para a televisão, em formato minissérie. A autora vive atualmente na Austrália com o marido e os dois filhos irrequietos.


Anteriormente publicado











Sascha Arango - A Verdade e Outras Mentiras [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: A Verdade e Outras Mentiras é a obra de estreia do alemão Sascha Arango, num registo de thriller psicológico que se lê num ápice devido ao reduzido número de páginas e ritmo célere. Além disso, creio que toda a história teve contornos bastante intrigantes, percepção que tive logo nas primeiras páginas, apelando para uma leitura mais ávida.

Categorizado como na linha de O Talentoso Mr Ripley de Patricia Highsmith, creio que consigo aferir, sobretudo, algumas semelhanças entre a personagem de Highsmith e Henry Hayden, o protagonista de A Verdade E Outras Mentiras, um pseudo escritor que vive das aparências e que para se livrar de um problema, a gravidez da amante, mete-se num outro ainda maior.
Ainda que seja um homem que mente descaradamente, é uma personagem muitíssimo complexa e inteligente, que lança as suas mentiras, corroborando-as posteriormente sem grandes falhas. 
Como é que eu poderia sentir empatia por uma personagem assim? Pois bem, não consegui. E penso que todos os leitores se sentirão pouco como eu. Sendo consensual que esta personagem não cativa o leitor, o fascínio por Hayden reside no facto de mentir tão bem e de arquitectar histórias tão convincentes, a ponto de me deixar na dúvida sobre o que será invenção e realidade.

Creio que o aspecto que mais se impõe nesta leitura é precisamente este: a história suscita um espírito de dúvida constante e o leitor fica curioso em saber como o protagonista se irá livrar do emaranhado ludibrioso que vai construindo. 
A trama possui algumas reviravoltas e há uma conjugação bastante interessante dos ingredientes já cliché deste tipo de thriller como os desaparecimentos, os enganos e uma pitada de erotismo.
Em jeito de curiosidade, tendo em conta que o protagonista é um escritor, a trama contempla alguns aspectos verdadeiramente interessantes para aqueles que adoram livros, como eu, desde o processo de escrita até à formulação dos manuscritos e sua publicação.

À margem de Hayden, não existem muitas personagens e nem todas são magistralmente complexas como este escritor. Creio que as caracterizações tão parcas das demais personagens funciona no sentido de as tornar mais enigmáticas. Na minha opinião, esta história coloca o destaque nas consequências das acções de Hayden.

Ao longo da leitura comecei a formular uma teoria que foi deitada por terra, tendo ficado algo esmorecida, contudo, a meu ver, o desfecho não foi o mais justo mas agora que reflicto nisto, penso que talvez terá sido o mais acertado para o protagonista.

Em suma, A Verdade E Outras Mentiras vale pela capacidade ilusória do protagonista sem, no entanto, criar empatia com o leitor. Não deixa de apelar à reflexão sobre o poder persuasivo e das consequências de uma grande mentira, ainda que habilmente arquitectada.
A história é intrigante e tensa embora com episódios de humor negro, resultando daí uma leitura bastante satisfatória.

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domingo, 26 de abril de 2015

Jessie Burton - O Miniaturista [Opinião]


Sinopse: Num dia de outono de 1686, a jovem Nella Oortman, recém-casada com um próspero mercador de Amesterdão, Johannes Brandt, chega à cidade na expetativa da vida esplendorosa que este casamento auspicioso lhe promete. Mas, entre a amabilidade distante do marido e a presença repressiva da cunhada, Nella sente-se sufocar na sua nova existência.
Até que um dia, Johannes lhe oferece uma réplica perfeita, em miniatura, da casa onde vivem. Nella encomenda então a um miniaturista algumas peças para ornamentar a casa. Mas algo de surpreendente acontece: novas encomendas de miniaturas continuam a chegar sem terem sido solicitadas, como presságios silenciosos de futuras tragédias.
Um romance de estreia magnífico, sobre amor e traição, que evoca com grande sensualidade a atmosfera da Amesterdão do século XVII.

Opinião: Terminei há instantes, a leitura de O Miniaturista e continuo abismada. Saí completamente da minha zona de conforto pois este livro não é um thriller, nem policial, contudo despertou-me a curiosidade ao ler inúmeras opiniões favoráveis sobre a obra.

Num cenário singular de Amesterdão do século XVII, a narrativa desenrola-se através de um miniaturista que começa a enviar peças bastante semelhantes às que existem na casa da família Brandt, como um prenúncio de acontecimentos futuros.

Devo confessar que, inicialmente, o livro não me estava a cativar. O ritmo é moroso, e sendo O Miniaturista um livro de cariz histórico, existem algumas descrições sobre a cidade e sociedade da época, altamente opressiva em termos religiosos que me fizeram cabecear algumas vezes.
A história explora também a época de apogeu da Holanda, dado que no século XVII, Amesterdão era o centro da economia mundial devido à importância das companhias das Índias.
A autora inclui um pequeno glossário no final do livro que auxilia os leitores menos versados na história moderna.

Além disso, em primeira análise, não gostei das personagens, talvez com excepção de Nella embora, por vezes, esta personagem me tenha despertado alguma irritação por ser demasiado ingénua. Não obstante, compreendo que na época em questão, a mulher ainda tinha um papel bastante submisso, justificando assim as atitudes da protagonista.

Marin, a cunhada de Nella, era demasiado severa e Johannes exageradamente ausente pois é um importante mercador e por conseguinte, algo negligente com o casamento. 

Se as personagens da casa estão excepcionalmente desenvolvidas, o mesmo não se pode dizer sobre o miniaturista que, após a sua identidade desvendada, carece de uma caracterização mais profunda.

Dividida em quatro partes, a história tem uma revelação no final de cada uma, revelações estas que, à medida que foram surgindo, deixaram-me genuinamente surpreendida. No decorrer da leitura, não tive como ficar indiferente a esta história de contornos altamente intrigantes.
O livro é extremamente sensorial apelando ao sentido do olfacto. Os aromas das especiarias e o cheiro do limão e da cera são tão bem descritos que cheguei a ter a sensação que o meu próprio lar estava impregnado com estas essências.

O aspecto mais fascinante reside no facto de ter existido mesmo uma senhora de seu nome Petronella Oortman (1656-1716) que terá tido uma casa de miniaturas (actualmente exposta no museu Rijksmuseum em Amesterdão) servindo como inspiração para o romance de estreia de Jessie Burton.

Embora inicialmente céptica com esta obra, como balanço geral, O Miniaturista proporcionou-me uma excelente leitura. Valeu sobretudo pelas revelações das personagens e seu destino, situações que nunca teria equacionado.
Em suma, O Miniaturista é um livro desconcertante e altamente cativante.

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Anders de la Motte - Bolha [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 24 Abril 2015 

               Tradução: Fernanda Oliveira 
               Preço com IVA: 17,70€
               Páginas: 424
               ISBN: 9789722529174

Sinopse: O Jogo foi uma experiência perigosa para Henrik «HP». Encontra-se agora no meio de uma crise profunda, numa vida de grande isolamento, convencido de que está sob constante vigilância da polícia e do Mestre do Jogo. Vê sistematicamente pessoas das suas missões passadas e não tarda a que a sua paranoia se transforme em loucura. Já não sabe em quem ou em que acreditar e a fronteira entre o Jogo e a vida real é cada vez mais ténue. Ainda assim, está determinado a concluir uma derradeira missão que irá tornar o Jogo mais claro e desvendar a verdade que se esconde por detrás dele, sejam quais forem as consequências.
A vida de Rebecca mudou radicalmente desde que o irmão se envolveu no Jogo. Deixou a Polícia e começou a trabalhar numa empresa privada de IT. A sua relação está por um fio e ela tenta salvá-la. Quando se depara com um cofre que em tempos pertenceu ao seu pai e que contém uma arma e vários passaportes, começa a sua própria investigação em busca da verdade. Pode haver uma relação entre o passado do seu pai, o Jogo e aquilo que está a acontecer ao seu irmão, HP…

Sobre o autor: Anders de la Motte nasceu em 1971 e iniciou a sua carreira literária em 2010 com O Jogo, vencedor do romance de estreia da Academia Sueca de Escritores. Foi investigador da polícia e, até recentemente, responsável pela Segurança de uma das maiores empresas de IT do mundo. Atualmente, é consultor de Segurança Internacional. Com a fusão de suspense, ação, humor e conhecimentos de IT, Anders de la Motte é uma das vozes mais interessantes da literatura.

Imprensa
«Uma trilogia a não perder... Não é fácil concluir uma trilogia cujos primeiros dois volumes são tão fortes, mas Anders de la Motte faz uma escalada até um nível de cortara respiração.»
Dagens Nyheter 

«Há ainda mais ação neste volume, os acontecimentos dramáticos sucedem-se sem parar… Não se pode confiar em ninguém e nada é aquilo que parece ser.»
DAST Magazine 

«Com um grande enfoque na sociedade digital, Anders de la Motte oferece uma vez mais aos seus leitores thriller alucinante, como a MTV em fast-forward. Eis que vos espera uma verdadeira experiência de leitura.»
Metro 

«Esta trilogia destaca-se completamente na mediocridade que abunda nas secções de thrillers das livrarias… Um ritmo acelerado e fascinante, a ponto de não se conseguir parar de ler. Pode muito simplesmente dizer-se que Anders de la Motte escreveu um thriller perfeito.»
Magasinet Paragraf

Anteriormente publicado













quinta-feira, 23 de abril de 2015

Hans Olav Lahlum - Crime Num Quarto Fechado [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: O número 7 da colecção Crime à Hora do Chá traz-nos um autor... diferente. É sabido que esta colecção se tem dedicado a autores que já não se encontram entre nós, mas Hans Olav Lahlum, é contemporâneo, sendo também considerado, pelos seus conterrâneos, a personalidade mais interessante na Noruega, estando actualmente no Guinness World Record como detentor do título A Entrevista mais longa da história. Para quem não sabe, este autor foi entrevistado durante 30 horas seguidas e o seu vasto conhecimento sobre História  e Política teria permitido ainda mais horas de entrevista.

Daí que fiquei bastante curiosa quando tive conhecimento que uma obra deste autor seria publicado pela colecção Crime à Hora do Chá que, como sabeis, se dedica a policiais da escola clássica. De facto, Crime Num Quarto Fechado, apesar de contemporâneo, poderá ser categorizado neste subgénero. 

A acção passa-se em 1968 em Oslo e o método de investigação do crime é pura e simplesmente o interrogatório aos inquilinos do prédio onde foi morto Harald Olesen.
Crime Num Quarto Fechado relembrou-me, por vezes, algumas obras de Agatha Christie ou de Sir Arthur Conan Doyle. O caso é inteiramente descortinado através da lógica assemelhando-se aos métodos descritos nos romances protagonizados por Poirot ou Sherlock Holmes. Destaco ainda a forma como Lahlum coloca uma personagem a emparelhar com o detective Kolbjørn Kristiansen, resultando tão bem como as duplas Poirot/Hastings e Sherlock/Watson. 
O elemento original reside no facto de Patricia, a jovem que ajuda o detective na investigação, ter maior destaque que o próprio protagonista.

Nesta óptica, e sabendo de antemão que estes policiais clássicos desenvolvem-se, normalmente, a um ritmo moroso, não creio, contudo, que tal tenha acontecido com a presente obra. O autor soube envolver o leitor numa espiral de segredos dos moradores em conjugação com uma perspectiva histórica sobre o envolvimento da Noruega na 2ª Guerra Mundial. O autor, embora versado no tema, disserta sobre esta guerra de modo leve e apelativo mesmo para um público fora da Noruega, que, naturalmente não sente curiosidade natural em conhecer os detalhes do envolvimento deste país na 2ª Guerra Mundial.

A história é narrada na primeira pessoa sob a perspectiva do detective Kolbjørn Kristiansen pelo que à medida que este vai desvendando os vários enigmas os leitores vão, progressivamente tomando conhecimento de novos elementos da trama, destacando-se o facto deste caso de homicídio ser o primeiro na carreira de Kristiansen.

Hans Olav Lahlum usa frequentemente o termo "mosca humana" para as personagens do livro (com excepção do protagonista e de Patricia), não deixando de crer que é uma sátira ao comportamento humano numa situação de pressão como uma investigação criminal certamente terá.
Todos os inquilinos são suspeitos e cada um deles é intrigante devido ao leque de segredos que respectivamente possuem. Para além desse facto a trama pareceu-me altamente rica em aspectos históricos que entrosam inteligentemente com a acção de 1968, podendo afirmar que se trata de um policial de época.

Não deixa de ser interessante também o posfácio onde o autor tece algumas considerações sobre si e sobre a sua tia, decerto que uma personalidade tão interessante quanto o próprio autor.

Muito diferente dos demais policiais escandinavos que já li, Crime Num Quarto Fechado assemelha-se a um policial clássico apelando à dedução do leitor para chegar ao culpado antes do próprio Kolbjørn Kristiansen. Um policial leve, desprovido de passagens gráficas mas pejado de reviravoltas.
Indubitavelmente, destronou o meu livro preferido desta colecção que foi Morte Na Aldeia. 
A título final, deixo um apelo: Edições ASA, incluam novamente Hans Olav Lahlum nesta colecção!


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nuno Nepomuceno - A Espia do Oriente [Divulgação Editorial Topbooks]


Data de publicação: 6 Maio 2015 
  
               Preço com IVA: 16,99€
               Páginas: 376
               ISBN: 9789897061479

Sinopse: Dubai, Emirados Árabes Unidos.
De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.
Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.
Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?

Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, Nuno Nepomuceno regressa com A Espia do Oriente, o segundo livro da série Freelancer. Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem.

Sobre o autor: Nuno Nepomuceno nasceu em 1978, nas Caldas da Rainha. É licenciado em Matemática pela Universidade do Algarve e reside na região Oeste.
Em 2012, venceu o Prémio Literário Note! com O Espião Português, o seu primeiro romance.
Para mais informações, por favor consultar www.nunonepomuceno.com. 


Anteriormente publicado
 Opinião AQUI


Megan Maxwell - Adivinha Quem Sou [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Megan Maxwell é a minha autora preferida no que concerne aos eróticos ditos contemporâneos. Já referi por aqui algumas vezes, no entanto volto a reforçá-lo: a autora espanhola soube cativar-me com a trilogia Pede-me O Que Quiseres e o spin off Surpreende-me.
Surpreendida fiquei eu quando vi que a Planeta editou mais uma obra da autora, desta feita uma duologia. O segundo volume não tardou a ser publicado, sensivelmente um mês depois.

Adivinha Quem Sou é uma história de amor com contornos tórridos, muito ao estilo do que a autora nos habituou. A protagonista é Yanira, uma jovem espanhola que inicia a aventura da sua vida ao mudar a sua actividade profissional como cantora num cruzeiro. 

Tendo eu lido a trilogia anterior da autora, não consigo deixar de tecer algumas comparações entre as obras. No que concerne à história, penso que Adivinha Quem Sou não traz nada de novo ao género. A trama gira sobre a atracção de Yanira por Dylan, passando por passagens caricatas e outras de cariz bem erótico. A autora explora as fantasias mais secretas das mulheres e torna-as banais e apaixonantes.
Outra semelhança abismal que notei foi o importante pano de fundo familiar, numa fase já adiantada do romance. A nossa protagonista não se entende com o pai de Dylan e surgem alguns ligeiros dramas familiares.
Mais uma vez, a autora opta por um registo altamente sensorial ao introduzir excertos de várias músicas.

A protagonista Yanira também acaba por ser uma versão mais jovem de Judith, a protagonista da trilogia Pede-me O Que Quiseres. 
Yanira protagoniza várias cenas espirituosas relacionadas não só com a sua atípica família como também no decorrer da sua relação com Dylan. É uma mulher directa, audaz e aventureira. Já Dylan se destacou das demais personagens masculinas em livros do género por ter um emprego normal (sinceramente já estou cansada de ver protagonistas masculinos com empregos de luxo!). Dylan inicialmente suscita algumas dúvidas, dando azo a alguns episódios algo caricatos mas creio ser uma personagem equilibrada (mais uma vez foge ao estereótipo do homem controlador, típico deste tipo de romance).

Ao longo do livro, achei que algumas situações poderiam estar mais bem explicadas embora penso que estas serão devidamente esclarecidas no volume seguinte da história.
O último capítulo é bastante preenchido, pois observa-se uma imensidão de cenas decorrer e a história acaba inesperadamente, ficando por isso, em aberto. Fiquei com uma certa curiosidade em ler o segundo volume, Adivinha Quem Sou Esta Noite.  

Em suma, Adivinha Quem Sou não me conquistou como a obra antecessora da autora, no entanto, proporcionou-me uma leitura leve, descontraída e apaixonada.


domingo, 19 de abril de 2015

John Connolly - Os Três Demónios [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Os Três Demónios é o nono livro da saga de Charlie Parker. Sucede Os Amantes, obra que li em 2012 e lembro-me da originalidade da obra em aliar, harmoniosamente, a componente de thriller com o sobrenatural. Em Os Três Demónios, esta fórmula é mantida e tecida, essencialmente, sobre duas temáticas: a dos veteranos de guerra e o contrabando.

Para ser sincera, penso que o autor esteve bem no que diz respeito ao tópico dos veteranos de guerra, tendo dissertado com grande mestria sobre os traumas de guerra que ensombram os soldados para o resto das suas vidas. Muitos deles, por se tornarem pessoal e socialmente inadaptados, seguem o rumo de Damien e suicidam-se.
Tendo como premissa algo tão verossímil como o suicídio de um soldado, é notória a forma complexa com que Connolly desenvolve a trama. 
Contudo, inicialmente não me senti cativada pela história devido ao ritmo moroso com que a mesma se desenrolava em torno das situações iniciais protagonizadas por Charlie Parker. Não obstante, ao embrenhar-me na narrativa, esta, gradualmente, começou a apresentar os contornos prometidos na sinopse, o que me manteve agarrada a esta leitura. 
Novamente, fui remetida para uma história que tanto tem de fantástico como policial. Daí que esta trama aborde também aspectos menos credíveis.

Ainda que não estivesse a gostar do livro numa fase inicial, sem dúvida que a minha maior crítica recai sobre o facto de o mesmo ser o 9º da série e por conseguinte, não ter sido possível acompanhar a evolução da personagem de Charlie. Pessoalmente teria gostado de ler a série ordenadamente. 
No que concerne à investigação, esta é completamente independente da situação retratada em Os Amantes.

Sendo esta a minha segunda experiência com este autor, pude constatar novamente que John Connolly tem uma escrita envolvente e um modo muito peculiar de narrar, alternando entre capítulos contados na primeira e terceira pessoas, tornando os testemunhos de Charlie Parker bem mais interessantes.

Em suma, Os Três Demónios é uma trama algo ardilosa que entrelaça a componente policial com o sobrenatural. Não deixa, ainda assim, de tecer uma crítica social respeitante aos veteranos de guerra e simultaneamente um alerta sobre os riscos do contrabando, um crime aparentemente menos gravoso.
Embora não me tenha entusiasmado na íntegra, não deixa de ser uma leitura interessante. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Yrsa Sigurdardóttir - Alguém Para Tomar Conta de Mim [Divulgação Editorial Quetzal]


Data de publicação: 8 Maio 2015 
  
               Título Original: Horfðu á mig
               Tradução: Miguel de Castro Henriques
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 400
               ISBN: 9789897222092

Sinopse: Uma nova história da aclamada série de thrillers, protagonizada por Thóra Gusmundsdóttir. Uma brilhante prestação na escrita policial. A multipremiada islandesa Yrsa Sigurdardóttir, autora de bestsellers regressa com novo livro, considerado pelo britânico Sunday Times como o policial do ano.
Um jovem adulto com síndroma de Down foi condenado por ter ateado fogo às instalações do lar de cuidados continuados em que vivia, provocando um incêndio que causou cinco mortos. Porém, um dos ocupantes da ala psiquiátrica de segurança em que agora se encontra vai contratar Thóra para provar que Jakob está inocente.
Mas se não foi Jakob o autor do crime, quem será? E de que forma é que o múltiplo homicídio estará ligado à morte de uma jovem mulher por atropelamento e fuga?

Sobre a autora: Yrsa Sigurdardóttir vive com a família em Reiquejavique. É diretora de uma das maiores empresas de engenharia da Islândia. Os seus livros elevam-se aos topos das listas de best-sellers em todo o mundo. Muitos deles estão a ser adaptados ao cinema e à televisão. Alguém Para Tomar Conta de Mim é o sexto livro de ficção da autora e o terceiro após Cinza e Poeira e Lembro-me de Ti.

Imprensa
«Yrsa Sigurdardóttir está no topo da ficção policial nórdica.»
The Times

«Alguém para Tomar Conta de Mim acaba de sair e já valeu a Yrsa Sigurdardóttir o rótulo inevitável de “a resposta islandesa a Stieg Larsson”.»
The Independent

«Um romance negro e brilhante. Duro, mas comovente, com uma intriga e personagens invulgares.»
Sunday Times

Para mais informações sobre a Quetzal, clique aqui

Anteriormente publicados
Opinião AQUI











Opinião AQUI












terça-feira, 14 de abril de 2015

Åsa Larsson - Sacifício a Moloc [Resultado do Passatempo]


Com a preciosa colaboração da Planeta, a menina dos policiais tinha um exemplar de Sacrifício a Moloc para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 237 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Em que animal foram encontrados restos humanos entre as vísceras? Urso
2. Como se chama a personagem feminina que emparelha com Rebecka Martinsson nas tramas de Åsa Larsson? Anna Maria Mella
3. Qual é o primeiro título da série de Rebecka Martinsson? Aurora Boreal
4. Com que objecto foi agredida a mulher encontrada assassinada em casa? Forquilha

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

57 - Marta Rocha (Coimbra)

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sascha Arango - A Verdade E Outras Mentiras [Resultado do Passatempo]


Com a preciosa colaboração da Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar de A Verdade E Outras Mentiras de Sascha Arango para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 227 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Qual a nacionalidade do autor Sascha Arango? Alemã
2. A Verdade E Outras Mentiras é um thriller psicológico na linha de que obra? O Talentoso Mr Ripley
3. Quem é Henry Hayden? Um escritor de sucesso com um passado secreto
4. A Verdade e Outras Mentiras é o romance de estreia de Sascha Arango. Verdadeiro

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

50 - Susana Franco (Pontinha) 

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui
Para mais informações sobre o livro A Verdade E Outras Mentiras, clique aqui

  


Colleen McCullough - O Filho Pródigo [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: O Filho Pródigo é o quarto volume da série policial da autora australiana que faleceu no início deste ano.
Uma saga, protagonizada pelo tenente Carmine Delmonico tendo como cenário, a América da década de 60, e como tal, baseia-se numa investigação à moda antiga, com incidência nos interrogatórios e métodos de dedução lógica.
Ainda que, temporalmente, haja um salto cronológico de cinquenta anos até aos dias de hoje, a narrativa debruça-se sobre algo bastante actual, ainda que com um trato algo imberbe: a manipulação de toxinas em laboratório, cuja absorção pode ocasionar um envenenamento.
É a partir do roubo de uma substância deste tipo, originando a morte do filho pródigo de Max, uma personalidade da alta sociedade, que a história se vai tecendo.

À semelhança dos outros livros que li da autora, Um Passo À Frente e Crueldade a Nu, a autora põe em retrospectiva a sociedade e a cultura dos anos 60, incidindo num aspecto particular e que captou a minha atenção, os casamentos biraciais. Actualmente, os mesmos são aceites, contudo, nesta altura era bastante controverso que uma mulher caucasiana se casasse com um negro, desse modo, a autora explora magistralmente os preconceitos que daí derivam bem como a percepção da sociedade perante as posições de poder que os negros almejavam alcançar. 
Desta forma, a caracterização da personagem do dr. Jim Hunter, um dos raros cientistas negros da época, acaba por ser bastante profunda, se tivermos em conta o panorama desse tempo.

Ainda dentro da crítica sobre esta sociedade, a autora levanta outras questões como a emigração ou os casamentos por conveniência, crítica essa que se intensifica dado que a acção se passa no vilarejo de Holloman, onde a população se conhece demasiado bem.

Tanto as questões socio-culturais como a investigação do crime são temas abordados com igual importância na narrativa, senti, contudo, que esta última se processava a um ritmo moroso, talvez devido ao facto de ser uma investigação mais old fashion
À medida que avançamos na leitura, apercebemo-nos que as personagens têm densas camadas de segredos que vão sendo progressivamente desvendados, residindo nesse facto o maior atractivo deste enredo. Senti-me surpreendida diversas vezes.
Além disso, o caso não deixa de ser intrigante não só pelo roubo da toxina como pelos factos subsequentes, na forma de uns quantos homicídios, alguns de natureza mais gráfica.

É difícil conter um sorriso ao ler sobre Carmine Delmonico e a sua adorável família. Adoro a sua esposa Desdemona, cujos "bitaites" sobre os casos costumam ser pertinentes e os filhos de ambos que se afiguram como extremamente encantadores. De certo modo, a formulação da personagem de Carmine recorda-me o Guido Brunetti das tramas de Donna Leon.

Ainda que este seja o 4º livro de uma série, penso que não seja imperativo a leitura dos anteriores. Eu própria ainda não li o segundo, O Dia de Todos os Pecados.

Em suma, os livros policiais de McCullough assemelham-se a alguns clássicos da literatura policial, conferindo uma leitura interessante e mentalmente desafiante pelo recurso à lógica.
Devido ao falecimento da autora, esta série em questão termina (abruptamente, creio eu) no 5º livro, pelo que espero que a Bertrand equacione a sua publicação em breve.  


terça-feira, 7 de abril de 2015

Elizabeth Adler - Mistério na Califórnia [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Foi com Mistério na Califórnia que me estreei nas obras de Elizabeth Adler, autora de um vasto catálogo em Portugal. Como depreendo que os livros sejam de séries e vós sabeis que prefiro lê-las ordenadamente, nunca me ocorreu experimentar um livro da autoria de Elizabeth Adler. No entanto, ao ler a sinopse de Mistério na Califórnia e verificar no Goodreads que o título é um standalone (e a capa original era algo sombria), decidi então enveredar por uma obra da autora.

Como podem julgar pela capa portuguesa, este livro não é policial. Para ser concisa, categorizo este livro como um suspense romântico e o prólogo esse, bem é extremamente forte e despoletou uma enorme curiosidade em devorar esta obra. O que acabou por não acontecer... O que era um prólogo animador e intenso, deixando-me antever umas mortes bem gráficas, acabou por se diluir numa história de romance.

Com o avançar da história, fui-me apercebendo que a trama se foca nos casais que vão formando. Desenvolvem-se as interacções entre o homem misterioso cheio de sangue e a viúva Fen Dexter e as suas sobrinhas com as personagens masculinas subjacentes. O crime perpetuado no prólogo é pontualmente mencionado.
Não que desgoste de tramas que envolvam intrigas românticas (vós sabeis que, volta e meia, gosto de ler um livro erótico) mas o prólogo deixou-me um travo. E as minhas expectativas foram sendo tecidas a partir daí, tendo sido algo goradas.

Dado que o livro é do género da Sandra Brown, é de esperar uma leitura descontraída, leve e rápida. E assim foi. A narrativa é relativamente linear e, francamente, senti falta das reviravoltas que me surpreendem. O desvendar da identidade do vilão não constituiu aquele impacto a que estou habituada.
Além disso, durante a leitura, estava na expectativa de encontrar mais passagens do cariz violento como lera no prólogo, facto que me deixou desiludida. No entanto, as poucas descrições ditas mais violentas são de facto duras. De repente, recordo-me de uma passagem sobre Hector, que me chocou imenso.

Posto isto e como terão percebido, ainda que Mistério na Califórnia me tenha proporcionado uma boa leitura, devo confessar que não me encheu as medidas.


domingo, 5 de abril de 2015

Colleen Hoover - Uma Nova Esperança [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Depois de ter lido Um Caso Perdido, sabia de antemão que Uma Nova Esperança seria o recontar da história sob o ponto de vista de Holder. Como tal, eu já tinha conhecimento dos factos (até porque me chocaram profundamente) do livro antecessor e esperava que esta obra causasse menos impacto. Como estava errada...
Nas páginas finais, um último acontecimento relacionado com Lesslie, desarmou-me.
Na realidade, agora que reflicto sobre as obras de Collen Hoover, este foi mais ou menos o meu estado de espírito na leitura de ambas: desarmada perante a atrocidade de muitos factos descritos.

À semelhança do livro anterior, a autora entrelaça com mestria a magia do primeiro amor com o dramatismo de uma história com contornos polémicos.
Na obra antecessora, fiquei com a ideia que o drama intenso se centrava na personagem Sky. A autora deu uns lamirés sobre o passado de Holder, também ele algo conturbado, não se tendo debruçado sobre o mesmo. Em Uma Nova Esperança são respondidas as questões que foram ficando em aberto. Neste livro, entendi melhor a personagem masculina, nomeadamente, a dor que ele sentiu num acontecimento trágico que envolvia a sua irmã gémea e que se arrastará, inevitavelmente, para o resto da sua vida. A autora consegue passar para o leitor, de uma forma tão convincente, a dimensão da dor da perda e sobretudo, da culpa da incapacidade de se proteger um ente tão querido. 

Esta miscelândia de sentimentos contraditórios fez com que Uma Nova Esperança catapultasse a autora, uma vez mais, para os lugares cimeiros de livros que, inevitavelmente, mexem com as nossas emoções de uma forma bastante incomum.
Sim, não costumo ler nada deste género mas a verdade é que gostei de como esta duologia me fez sentir. Apesar dos protagonistas serem bastante jovens, toda a história revela bastante maturidade e um trato de temas bastante controversos. Sei que parece repetitivo mas estou a salientar este facto para que possam perceber que eu, sendo leitora de maioritariamente thrillers e policiais, não consegui ficar indiferente a estes livros.

Fortemente ligado a Um Caso Perdido, Uma Nova Esperança deverá ser lido após a leitura do antecessor para melhor percepção da história global. Neste livro, o drama de Sky dilui-se um pouco face à fatalidade de Holder. No conjunto, ambas as histórias destacam-se pela intensidade dos eventos descritos. Obras grandiosas devido ao amplo espectro de sentimentos que despertam no leitor.

Posto isto, Uma Nova Esperança, em conjunto com Um Caso Perdido, são livros a não perder. Diferentes do que costumo ler mas igualmente pesados, proporcionaram-me excelentes momentos de leitura.
Terno, belo, mágico e simultaneamente sôfrego e assustador, Uma Nova Esperança irá mexer no âmago das nossas emoções. Bem como Um Caso Perdido. 
Recomendadíssimo!


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Sascha Arango - A Verdade E Outras Mentiras [Passatempo Editorial Presença]

Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro A Verdade e Outras Mentiras de Sascha Arango. Para participar no passatempo tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.
São mantidos os moldes do passatempo anterior: a partilha do passatempo numa rede social, pública, garante ao participante mais uma entrada válida!

Regras do Passatempo:

- O passatempo começa hoje, 2 de Abril de 2015 e termina às 23h59 do dia 12 de Abril de 2015.
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- O blogue e as editoras não se responsabilizam por extravios dos CTT.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)

Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui
Para mais informações sobre o livro A Verdade E Outras Mentiras, clique aqui

  



Peter May - Um Homem Sem Passado [Divulgação Editorial Marcador]


Data de publicação: 2 Abril 2015 
  
               Título Original: The Lewis Man
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 360
               ISBN: 9789897541391

Sinopse: Fin Macleod está de regresso à ilha que o viu nascer. Deixou a mulher, a vida e a carreira na Polícia de Edimburgo e está determinado a recuperar as suas relações antigas e a restaurar a quinta abandonada dos pais.
Entretanto, um cadáver não identificado é recuperado de um campo na ilha de Lewis. O corpo, perfeitamente preservado, está marcado por hediondos golpes de esfaqueamento. É inicialmente classificado pelos investigadores como o cadáver de um homem que viveu há dois mil anos. Até encontrarem uma tatuagem de Elvis no seu braço direito.
Quando os testes de ADN indicam um parentesco entre o cadáver recuperado da turfa e o pai de Marsaili, a paixão de infância de Fin, este vê o seu regresso assumir contornos mais turbulentos do que aquilo que inicialmente esperava.
Como Fin acabará por descobrir, é uma mentira que Tormod manteve por uma boa razão

Sobre o autor: Peter May é um autor amplamente premiado e um sucesso de vendas internacional, contando com um grande número de seguidores em todo o mundo. Nascido e criado na Escócia, vive atualmente em França. Depois de uma carreira bem-sucedida enquanto criador e produtor, decidiu abandonar a televisão para se dedicar ao seu primeiro amor, a literatura. 

A obra A Casa Negra foi publicada pela primeira vez em França com o título L'Ile des Chasseurs d’Oiseaux e prontamente classificada de obra-prima pelo jornal francês L´Humanité. Em França, ganhou diversos prémios, entre eles os prestigiados Cezam Prix Littéraire, atribuído pelos leitores. 
Em Inglaterra, A Casa Negra foi publicada pela galardoada Quercus. O livro tornou-se imediatamente num sucesso de vendas e foi nomeado para o Barry Award e para o Macavity Award aquando da sua publicação nos Estados Unidos. Em 2013, venceu o Barry Award para Melhor Romance Policial.

Imprensa
«Poderoso e autêntico!» 
Sunday Herald

«Uma das melhores séries criminais dos últimos anos.»
The Independent

«A descrição do ambiente é tão impressionante quanto a própria ação.» 
The Sunday Telegraph

«Tão bom quanto o seu soberbo antecessor, A Casa Negra.»
The Guardian 

Anteriormente publicado
Opinião AQUI












Para mais informações sobre o livro Um Homem Sem Passado, clique aqui 


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ian Rankin - Uma Morte Impossível [Divulgação Editorial Porto Editora]


Data de publicação: 10 Abril 2015 
  
               Título Original: The Impossible Dead
               Tradução: Ângelo dos Santos Pereira
               Preço com IVA: 16,60€
               Páginas: 448
               ISBN: 9789720044280

Porto Editora publica Uma Morte Impossível, um thriller de um dos mais premiados autores escoceses
No dia 10 de abril, chega às livrarias Uma Morte Impossível, um novo livro de Ian Rankin, o escritor que já recebeu por quatro vezes o Dagger Award e ainda o Grand Prix du Roman Noir, o Edgar Award para melhor romance e o British Book Awards Crime Thriller of the Year em 2005.

Uma Morte Impossível dá continuidade a Uma Questão de Consciência (2009), o primeiro livro do autor protagonizado pelo inspetor Malcom Fox, e ao estilo a que Ian Rankin já nos habituou:um policial complexo, com diálogos cortantes e um enredo credível e atual.

Sinopse: Malcom Fox, inspetor do Departamento de Assuntos Internos, e a sua equipa estão de volta. 
Desta vez, acabam de ser enviados a Fife para investigar possíveis ligações de polícias locais a uma investigação em curso, que tem como alvo um agente corrupto do Departamento de Investigação Criminal, o detetive Paul Carter. Carter é acusado de conduta imprópria, sendo que a denúncia foi feita pelo próprio tio, também agente da polícia. No entanto, o que à partida parece um caso simples depressa se complica, e a teia de conspirações e encobrimentos adensa-se quando um brutal assassinato vem a lume, comprometendo toda a investigação.
Uma Morte Impossível é um livro envolvente, que vem provar, uma vez mais, a razão por que Ian Rankin é considerado um dos escritores de policiais mais brilhantes de língua inglesa.

Sobre o autor: Nascido na Escócia em 1960, Ian Rankin licenciou-se na Universidade de Edimburgo. 

Considerado o maior escritor escocês de policiais da atualidade, as suas obras encontram-se disponíveis em trinta e cinco idiomas. Entre os inúmeros prémios que recebeu destacam-se 4 Daggers (um Diamond e um Gold), o Grand Prix du Roman Noir 2003, o Edgar Award para melhor romance em 2004 e o British Book Awards Crime Thriller of the Year em 2005.Recebeu ainda a Order of the British Empire pelos serviços prestados à Literatura. 
Atualmente vive em Edimburgo com a mulher e os dois filhos.

Imprensa
«Para mim, Fox [é uma personagem que] funciona. [...] É mais silencioso do que Rebus e mais prudente, mas não menos complexo [...] Por isso, que se danem os céticos: este romance é tenso, compulsivo e extremamente gratificante.»
The Guardian 

«Um livro viciante e brilhantemente escrito, que se lê de um só fôlego.»
Peterborough Evening Telegraph 

«Um extraordinário policial tendo como protagonista Malcolm Fox, o novo herói de Ian Rankin.»
Daily Record