quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Lars Kepler - O Homem - Espelho [Divulgação Porto Editora]


 Data de publicação: 5 Novembro 2020

               Título Original:
               Tradução: Ivan Figueiras 
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 488
               ISBN: 9789720033840

O Homem-Espelho marca o regresso de Lars Kepler. No seu país de origem, o novo thriller da dupla sueca vendeu mais de 100 mil exemplares em apenas uma semana     
      No mundo, mais de mil milhões de mulheres estão sujeitas a violência sexual, mais de 50 milhões vivem como escravas e, anualmente, cerca de 85 mil são assassinadas. Porque «a literatura policial pode funcionar simultaneamente como uma plataforma de discussão sobre o ser humano e o nosso tempo», no seu novo thriller, a dupla sueca Lars Kepler decidiu abordar um problema global e inseri-lo numa situação com limites definidos e possível de solucionar: o desaparecimento e homicídio de jovens em Estocolmo. 

Ao comando da equipa que tenta desvendar o tenebroso caso apresentado em O Homem-Espelho está o comissário Joona Linna, naquela que é já a sua oitava aventura.

Sinopse: Jenny Lind é raptada quando regressa a casa depois de um dia de aulas. Cinco anos mais tarde, é assassinada e o seu corpo aparece num parque infantil de Estocolmo. Através das imagens captadas pelas câmaras de videovigilância, o comissário Joona Linna consegue identificar uma testemunha ocular que pode ser decisiva para a investigação. Porém, trata-se de um homem com distúrbios mentais, incapaz de recordar o violento crime a que assistiu. Para conseguir resolver o caso sem que novas mortes ocorram, Joona entra em contacto com Erik Maria Bark, o hipnotista que conhecemos no início da saga, a única pessoa capaz de ajudar Martin a recordar o que viu.

Sobre o autor: Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores de sucesso na Suécia: Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. O Hipnotista, primeiro volume da saga, alcançou um enorme sucesso internacional e foi adaptado ao cinema pela mão do realizador Lasse Hallström. Depois de seis volumes, chega agora Lazarus.
Mais informações em www.larskepler.com


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Cara Hunter - Sem Saída [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Terceiro livro protagonizado por Adam Fawley e devo dizer que está à altura dos antecessores que, a meu ver, denotam uma originalidade ímpar. Isto porque a fórmula da autora prende-se com a narrativa, nas mais diversas perspectivas temporais imiscuída em excertos de relatórios ou páginas de internet em que até podemos ler os comentários dos internautas. Indubitavelmente que esta estrutura incomum e dinâmica torna a obra mais célere, voraz e, de certa forma, algo convincente. 

O caso em apreço é chocante: estamos perante a investigação de um incêndio que vitimou uma família e cujos contornos são, no mínimo, impactantes. Afinal de contas, este incidente provocou a morte de uma criança de 3 anos e a possibilidade de uma outra, de 10, poder não sobreviver. O caso adensa-se quando o paradeiro dos pais é desconhecido e o leitor leva a equacionar uma situação de negligência. Casos relacionados com crianças são, a meu ver, de dificil compreensão e, por este motivo, creio que a presente trama poderá trazer um impacto maior comparativamente com alguns livros policiais publicados por cá nos últimos tempos. 

A trama propriamente dita é repleta de reviravoltas. Apesar de confessar que esta leitura foi um pouco arrastada, percepção que terá sido pessoal uma vez que se deve apenas ao cansaço de trabalho, foi um livro que me entreteve, acima de tudo, e me manteve interessada na resolução do caso.

Como referi anteriormente, a narrativa acompanha a investigação deste caso ao mesmo que retrocede na acção e permite-nos conhecer a vida daquela família antes da tragédia. As tramas que dissecam os segredos de um núcleo familiar interessam-me muito. Atrai-me a ideia de uma família aparentemente perfeita que encerra alguns esqueletos no armário.

Apesar de não ser estritamente necessária a leitura das duas obras antecessoras, até porque a presente trama contextualiza, de forma bastante sintetizada, os acontecimentos mais flagrantes da vida do protagonista, creio que será interessante o conhecimento das histórias anteriores para averiguar a evolução da autora. A meu ver, ela manteve o mesmo registo. Contrariamente à grande maioria dos leitores, não creio que este título tenha ficado aquém dos demais. Afinal de contas, o desfecho acabou por me surpreender como já acontecera nas ocasiões anteriores e, mais uma vez, fica o sentimento de "leria concerteza o livro seguinte da autora caso o tivesse imediatamente disponível".

Em suma, estamos perante um livro, ou se quiser ser abrangente, uma série que se prima pela capacidade única de colocar o leitor literalmente na história através da estrutura única da obra. Cara Hunter é, desta forma, uma autora a manter debaixo de mira. 


 

domingo, 11 de outubro de 2020

Samuel Bjørk - Viajo Sozinha [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Tenho para mim que este livro terá uma opinião consensual à grande maioria dos leitores. Posto isto, como entusiasta de um bom policial nórdico que sou, ia já preparada para me deparar com uma história que, a avaliar pela premissa, prometia ser bastante pesada. Os crimes contra as crianças são, indubitavelmente, aqueles que mais me chocam. Na obra em epígrafe, deparamo-nos com um espectro de atentados a crianças, passando pela negligência, culminando no de maior gravidade, o homicídio. As vítimas são crianças em idade pré escolar, o que pode acentuar os contornos impressionantes dos assassinatos e, pessoalmente, considero que os pormenores relativos ao modus operandi torna-os ainda mais difíceis de digerir. 

Contudo, Viajo Sozinha não se cinge apenas a esta premissa. A história é enriquecida com uma subtrama, alusiva à comunidade religiosa do local e, desde cedo, o leitor é incitado a estabelecer uma relação entre as duas histórias aparentemente desvinculadas, tendo apenas como denominador comum o papel da criança como vítima.

Uma narrativa com esta complexidade carecia de dois protagonistas que lhe fizessem jus: Holger Munch e Mia Kruger. O protagonista masculino, um polícia bastante experiente, já com uma neta com idade pré escolar é, talvez, o aspecto mais previsível da história. Afinal de contas, a pequena Marion tendo a idade das vítimas do serial killer, poderá, eventualmente, constituir mais uma vítima do antagonista. Por outro lado, Mia, tem sérios problemas familiares que a afectaram drasticamente. É uma mulher que inspira grande compaixão, por isso. É notório que estas histórias de vida tão sobredesenvolvidas, uma característica por vezes incomum no livro de estreia de uma série, conduzem a uma familiaridade entre o leitor e a obra, pelo que, inevitavelmente, finda a leitura, fica o desejo de ler, quanto antes, a continuação desta história. 

Uma vez que a acção é repartida em duas subtramas, além das histórias pessoais dos protagonistas, creio que a obra é bastante envolvente, estimulante e complexa, razão pela qual devo mencionar o único aspecto menos positivo e que considero pertinente ser referido: Viajo Sozinha é uma obra extensa, ascendendo a mais de 500 páginas, pelo que poderão contar com uma história cativante sensação que se deve sobretudo aos pormenores que enriquecem a trama. Porém, o mesmo não se verificou com o desfecho. Tive uma sensação que este foi demasiado apressado e, para a história que Bjørk arquitectou, pessoalmente teria gostado que o final fosse mais explorado e, acima de tudo, que o epílogo fosse um pouco mais animador. Ainda assim, desperta um imediato interesse pelas obras que sucederão a esta. 

O balanço final de Viajo Sozinha superou largamente as minhas expectactivas. Estamos perante uma trama complexa e verdadeiramente emocionante com um extra: Samuel Bjørk ficará na lista de autores a manter debaixo de mira. 


terça-feira, 22 de setembro de 2020

Jo Nesbø - A Faca [Divulgação Dom Quixote]

 

Data de publicação: 22 Setembro 2020

               Título Original: Kniv
               Tradução: C.S.C. Marques
               Preço com IVA: 22,20€
               Páginas: 584
               ISBN: 9789722070768

Sinopse: Harry Hole está em maus lençóis. Rakel, a única mulher que algum dia amou, deixou-o de vez. A Polícia de Oslo ofereceu-lhe uma nova oportunidade, mas para resolver casos menores, quando na realidade o que ele pretendia era investigar Svein Finne, o violador e assassino em série que, em tempos, pusera atrás das grades. E agora, Finne está livre depois de mais de uma década na prisão, e Harry determinado a investigar todas as suspeitas que continuam a recair sobre ele.
Mas nada lhe corre como gostaria e a cada dia que passa só vê piorar a sua situação. Quando, depois de uma noite de embriaguez total, Harry acorda de manhã completamente desmemoriado e com sangue nas mãos, percebe que algo de estranho se passou. Porém, o que nessa altura Harry ainda não sabe, é que acordou apenas para viver o pior pesadelo de toda a sua vida.
Em A FACA, Jo Nesbø faz-nos entrar numa montanha-russa de emoções em que o medo, o suspense, a morte, a vingança, mas também a força redentora do amor, se entrelaçam para nos deixar arrepiados da primeira à última página.

Sobre o autor: Jo Nesbø nasceu na Noruega em 1960. É músico, compositor, e um dos escritores de policiais mais elogiados e bem-sucedidos da Europa. Com os livros da série protagonizada pelo inspetor Harry Hole conseguiu um sucesso invejável quer no seu país de origem quer a nível internacional, recebendo elogios da crítica e do público. É traduzido em mais de 40 línguas, recebeu vários prémios literários e muitos dos seus livros atingiram os tops de vendas. Em Fevereiro de 2013 o Parlamento norueguês atribuiu-lhe o Peer Gynt Prize, que premeia uma personalidade ou instituição que se tenha distinguido na sociedade e tenha contribuído para valorizar a reputação da Noruega a nível internacional.

Anders Roslund - A Aniversariante [Divulgação Porto Editora]

 Data de publicação: 24 Setembro 2020

               Título Original:
               Tradução: Artur Lopes
               Preço com IVA: 18,80€ 
               Páginas: 456
               ISBN: 9789720033833

Bastam seis páginas para não conseguirmos largar o novo livro do sueco Anders Roslund, autor com mais de 5 milhões de exemplares vendidos mundialmente e que no verão passado voltou a obter sucesso no seu país natal com o thriller A Aniversariante. Trata-se do primeiro título do díptico «As Raparigas Sem Nome», uma história já com direitos cinematográficos vendidos à Thunder Road, a mesma produtora do filme oscarizado Assim Nasce uma Estrela.

O livro estará disponível nas livrarias a 24 de setembro.

Nesta intriga internacional que assenta numa teia de várias investigações policiais e muitos outros dramas pessoais, a intuição e a coragem são tão importantes quanto a alta tecnologia à C.S.I. no desvendar dos factos. A sede de vingança, o dever da responsabilidade e a necessidade de mudar de vida alimentam as más e as boas ações dos personagens que, entre si, têm algo em comum, não obstante o lado da lei em que se encontram: carregam o fardo de um passado que tentam reescrever. Tudo isto nos diz a escrita veloz, repleta de suspense e de reviravoltas, de Anders Roslund, num dos melhores thrillers que a literatura escandinava alguma vez nos deu a saborear. Um desassossego verdadeiramente viciante em todas as suas 456 páginas.

Sinopse: Atrás de uma porta fechada, há um bolo de aniversário com cinco velas. E uma criança num vestido vermelho que canta sem parar: Parabéns a você, antecipando uma celebração… que nunca chegará a acontecer.
Passaram-se entretanto dezassete anos. O superintendente Ewert Grens, agora à beira da reforma, é chamado novamente ao local de um crime atroz que ainda lhe assombra os sonhos. No decurso desta nova investigação, Grens percebe que deixou escapar algo da primeira vez e suspeita de que alguém regressou com o objetivo de silenciar a única testemunha sobrevivente.
Enquanto isso, há quem tente por todos os meios recrutar os serviços pouco convencionais de Piet Hoffmann, ex-informador da polícia. No entanto, a recusa de Hoffmann em vestir de novo a pele de vilão coloca toda a sua família em grande perigo. Tentando perceber quem está por detrás de um plano maquiavélico para literalmente fazer implodir o submundo do crime na Suécia, Hoffmann alia-se a Grens. Ao longo de três vertiginosos dias, os dois terão de salvar mais do que um inocente, numa corrida trepidante contra o tempo.

Sobre o autor: É um jornalista premiado e um dos mais bem-sucedidos escritores escandinavos de thrillers. Com Börge Hellström, escreveu vários bestsellers do The New York Times, com vendas superiores a cinco milhões de exemplares, incluindo Três Segundos, que serviu de inspiração ao filme O Informador (2019). Foi galardoado com o CWA International Dagger, The Glass Key e o Prémio da Academia Sueca de Escritores de Policiais, entre outros

Imprensa
«Uma obra-prima do género. Brutal, emocionante, inteligente.»
Liza Marklund, autora de Lobo Vermelho

«Roslund sabe escrever uma história fantástica, de tirar o fôlego, entre o noir nórdico e o thriller político. Ele consegue também apresentar personagens fascinantes […] A Aniversariante é um dos melhores romances policiais que já li.»
Jyllands-Posten

«Há [romances] que chamam a nossa atenção na primeira página, ao ponto de desejarmos lê-los de uma assentada. O policial de Anders Roslund, A Aniversariante, é o exemplo perfeito disso.»
Kristeligt Dagblad



 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Helene Flood - O Olhar Que Me Persegue [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Confesso que fiquei fascinada assim que vi esta capa pela primeira vez. Não me informei devidamente sobre a autora, desconhecendo, portanto, que a mesma é norueguesa. Da vasta literatura nórdica que tenho consumido, tenho verificado um denominador comum: uma fórmula que se resume a um romance policial alicerçando-se sobre um ou mais homicídios e sua investigação.

Tendo então este aspecto em consideração, O Olhar que Me Persegue afigura-se como uma obra bastante inovadora na medida em que se desenrola sob um cenário de cariz mais psicológico.

O acontecimento que precipita esta história é o desaparecimento do marido de Sara. Poder-se-ia pensar, inicialmente, que esta trama pudesse ser uma versão masculina do livro Em Parte Incerta de Gillian Flynn, Contudo, esta hipótese é rapidamente descartada pois temos conhecimento, numa fase relativamente precoce da trama, da verdadeira dimensão da premissa da história. A trama assume um carácter mais psicológico: à medida que vamos descobrindo alguns pormenores sobre a relação do casal, começam a acontecer alguns episódios estranhos na casa do casal, fomentando uma certa dúvida no leitor sobre a própria sanidade mental da personagem principal.

Gostei que a protagonista, Sara cuja profissão é terapeuta, tenha partilhado com o leitor alguns dos seus casos com que trabalhava. Três jovens com diferentes problemas que nunca me saíram da retina. Sou fascinada pela área da psicologia pelo que a trama me deslumbrou em vários outros momentos como a referência de alguns episódios de infância para descortinar certos comportamentos na actualidade. Não deixa de ser curioso que esta minha atenção nestes pormenores conduziu à minha teoria que se revelou como a certa. Considerei previsível, portanto, o mistério relacionado com Sigurd, o marido de Sara, não obstante crer que terá sido uma percepção muito pessoal pelas razões que mencionei. Já a revelação final, foi, para mim, mais surpreendente. 

É importante salientar que toda a base de Psicologia presente na obra é verossímil, facto que dever-se-á à experiência da autora no ramo. Achei que esta componente estava bem doseada no mistério envolto na personagem do Sigurd. 

Se gostam de tramas alicerçadas em relações pejadas em segredos e intrigas, não deixem escapar este título. A meu ver, uma relação matrimonial é tão pessoal e íntima que pode ser explorada de várias formas, incluíndo perspectivas com maior grau de perversão e disfuncionalidade. Ainda que no caso em apreço, o casamento de Sara e Sigurd não assuma contornos tão chocantes como de outras narrativas que li, creio que há sempre alguma curiosidade em ler sobre relações mais conturbadas.

Em suma, estamos perante um thriller psicológico interessante e, apesar de ter considerado um aspecto algo previsível, o balanço final é muito positivo.


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Cara Hunter - Sem Saída [Divulgação Porto Editora]

 Data de publicação: 17 Setembro 2020

               Título Original: No Way Out
               Tradução: Cláudia Ramos
               Preço com IVA: 17,70€ 
               Páginas: 336
               ISBN: 9789720033413

Um incêndio, duas vítimas menores de idade e uma investigação que parece Sem saída     
      Cara Hunter revela um dos casos mais perturbadores em que o Inspetor Fawley já trabalhou     
      Depois de resolver o desaparecimento da pequena Daisy, em Perto de Casa, e o sequestro de uma mulher e uma criança, em No escuro, o Inspetor Adam Fawley tem um novo caso em mãos. Sem saída é o mais recente título de Cara Hunter e chega às livrarias de todo o país no dia 17 de setembro.

Duas crianças pequenas são resgatadas de uma casa em chamas, uma morre e a outra fica em perigo de vida, a mãe está em paradeiro incerto e o pai incontactável. Quando a equipa do Inspetor Fawley entra em ação, descobrem que o incêndio tem mão criminosa e que há um assassino a monte.

Em Sem Saída, que já ganhou um lugar na lista do Sunday Times dedicada aos 100 melhores policiais publicados depois de 1945, Cara Hunter mantém o registo intenso e inquietante e, num único fôlego, expõe fragilidades humanas e lacunas sociais e governamentais, com recurso a um humor sombrio e acutilante.

Sinopse: Este é um dos casos mais perturbadores em que o Inspetor Fawley já trabalhou.
São férias de Natal e duas crianças acabam de ser retiradas dos destroços de uma casa em chamas no norte de Oxford. O bebé está morto e irmão foi transportado para o hospital onde luta pela vida. Como é que duas crianças tão pequenas são deixadas sozinhas em casa? Onde está a mãe? E porque é que o pai não atende o telefone?
Quando novas provas são descobertas, o pior pesadelo de DI Fawley torna-se realidade. Porque este incêndio não foi um acidente.
E o assassino ainda anda lá fora.

Sobre a autora: Cara Hunter é uma escritora que vive em Oxford, numa rua não muito diferente das que são descritas nos seus thrillers. Perto de Casa é a estreia de uma série protagonizada pelo detetive Adam Fawley.

Imprensa
«Sem Saída, de Cara Hunter, confirma o lugar da autora na primeira fila dos escritores britânicos de thrillers»
Sunday Times

«Rápido e com um elenco fantástico de personagens. Fez-me adivinhar até ao fim – e adorei a revelação final.»
Fiona Barton, autora bestseller do New York Times



 

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Helene Flood - O Olhar Que Me Persegue [Divulgação Dom Quixote]

Data de publicação: 8 setembro 2020

               Titulo Original:
               Tradução:
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 368
               ISBN: 9789722070584

Sinopse: O OLHAR QUE ME PERSEGUE combina um ambiente francamente contemporâneo e realista com um suspense assustador e uma visão perturbadora sobre as nossas mais recônditas facetas, tanto na vida familiar como nos relacionamentos.
Um thriller arrepiante que disseca a relação de um jovem casal, em que as emoções têm o papel principal.
O OLHAR QUE ME PERSEGUE é o primeiro de três thrillers psicológicos de Helene Flood, todos com protagonistas femininas, e tendo por cenário a cidade de Oslo. Numa abordagem totalmente diferente da dos seus congéneres nórdicos, mas igualmente brilhante, a jovem autora demonstra grande talento para gerir tanto o enredo como a qualidade da escrita.
 
Sobre a autora: Helene Flood tem trinta e oito anos, é psicóloga e académica. Em 2016 doutorou-se em violência, revitimização, e traumas relacionados com a vergonha e a culpa. Vive em Oslo com o marido e dois filhos. O Olhar Que Me Persegue é o seu livro de estreia. Os direitos já foram vendidos para vinte e seis países, incluindo a Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos da América.
 
Imprensa
«Maravilhosa terapia policial.»
Bok 365

«Um dos melhores thrillers do ano.»
Stavanger Aftenblad

«Uma estreia realmente impressionante.»
Adresseavisen

 

Samuel Bjørk - Viajo Sozinha [Divulgação Dom Quixote]


Data de publicação: 8 setembro 2020

               Titulo Original: Det henger en engel alene i skogen
               Tradução:
               Preço com IVA: 22,90€
               Páginas: 536
               ISBN: 9789722070850

Sinopse: Um homem que passeia no bosque encontra o corpo de uma criança pendurado de uma árvore. Um cenário dantesco no meio do bosque. Pendurada do pescoço da menina, uma nota onde se lia: VIAJO SOZINHA.
Holger Munch, um homem solitário, experiente investigador da polícia norueguesa fica encarregue do caso e de formar uma unidade de investigação, na qual vai ter de integrar e procurar a sua anterior parceira na polícia Mia Krüger, entretanto afastada da civilização e a lidar com os seus próprios fantasmas.
Uma perturbada mas brilhante detective que será uma das peças chaves para desvendar o mistério que se vai adensado à medida que ambos descobrem que esta vítima é apenas a primeira, quando Mia descobre que também nas unhas da menina estava mais uma pista.
 
Sobre o autor: Samuel Bjørk é um pseudónimo do romancista norueguês, autor de peças de teatro e cantor e compositor Frode Sander Øien. Já lançou seis álbuns, exibiu várias obras de arte em diversas galerias e traduziu Shakespeare. Viajo Sozinha é a sua primeira obra como autor de thrillers noirs, está publicado em mais de trinta e um países e é um bestseller internacional com milhões de livros vendidos em todo o mundo. Samuel Bjørk é muitas vezes referenciado como semelhante a autores como Stieg Larsson ou Jo Nesbø. Samuel Bjørk nasceu em 1969 e atualmente reside e trabalha em Trondheim, na Noruega.
 
Imprensa
«Samuel Bjørk já faz parte da divisão de elite dos autores de thrillers nórdicos. Tem cuidado, Jo Nesbø!»
Bergens Tidende 
 

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Sarah Vaughan - Pequenos Acidentes [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 7 Setembro 2020

               Título Original: Little Disasters
               Tradução: Dina Antunes
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 352
               ISBN: 9789895641550

Sinopse:  Qual é o pior pesadelo de uma mãe?
Jess Curtis é uma mãe dedicada e com uma família perfeita. Tem três filhos, de quem cuida com reservas ilimitadas de paciência, energia e amor. Liz Trenchard é amiga dela há mais de dez anos, e é assim que a vê. Mas tudo muda quando Jess aparece com a filha bebé nas urgências do hospital em que Liz trabalha, colocando-a perante um dilema. Como pediatra, Liz tem o dever de proteger todas as crianças que dão entrada no seu serviço, e a bebé da amiga, com uma fratura craniana, levanta de imediato suspeitas. Jess não se apercebeu de que a filha tinha batido com a cabeça, e a história que conta não é compatível com a lesão da bebé.
E até que ponto conhecemos realmente um amigo?
À medida que pensamentos sombrios atormentam Jess e segredos cuidadosamente guardados começam a vir ao de cima, Liz começa a pôr em causa tudo o que achava saber sobre a amiga, e também sobre si própria. A verdade acabará por ser revelada, e trará consigo factos que muitos prefeririam nunca ter conhecido.

Sobre a autora: Sarah Vaughan é uma autora bestseller do Sunday Times. Estudou Inglês na Universidade de Oxford. Estagiou na Press Association, agência noticiosa do Reino Unido e da Irlanda, e trabalhou durante 11 anos no jornal The Guardian como jornalista e correspondente de saúde e política. 
O seu terceiro romance, Anatomia de um Escândalo (ed. Topseller, 2018), foi bestseller internacional, chegou ao top 5 do Sunday Times, foi traduzido para 22 línguas e adaptado a série pela Netflix. 
Além de escrever, Sarah adora ler, nadar e cozinhar. Atualmente, vive perto de Cambridge com o marido e os dois filhos.
 
Imprensa
«Sombrio, desesperante e envolvente.» 
Cosmopolitan


 



Dean Koontz - Os Olhos da Escuridão [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 7 Setembro 2020

               Título Original: The Eyes of Darkness
               Tradução: José Remelhe
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 320
               ISBN: 9789895641765

Sinopse: Uma busca por um filho desaparecido.
Um mistério tóxico que ameaça o mundo.
Um thriller incrível escrito por um autor visionário.
Há um ano, Christina Evans perdeu o filho, Danny, num trágico acidente nas montanhas geladas do Estado do Nevada. Desde então ela tenta, com dificuldade, reconstruir a sua vida. A sua carreira como encenadora musical começa a vingar e ela acaba de conhecer Elliot Stryker, um advogado com quem rapidamente estabelece uma relação próxima. Mas eis que um dia uma frase surge no quadro de giz do quarto do filho: NÃO MORRI 
Será uma piada de mau gosto? Ou a prova de que o seu inconsciente vive atormentado? Quando surgem novas mensagens, Christina começa a acreditar que o filho está, afinal, vivo. Enquanto procura por respostas, a vida de Christina começa a ser alvo de ameaças. Ao tentar escapar, ela descobre que o acontecimento brutal que alegadamente teria vitimado o filho está relacionado com um projeto altamente secreto chamado «Pandora».
Mesmo correndo perigo, Christina irá até ao fim para voltar a encontrar Danny, ainda que isso implique revelar uma verdade tão grave e poderosa que irá pôr em causa o mundo como o conhecemos.

Sobre o autor: Dean Koontz é um autor bestseller internacional que viu 14 dos seus livros alcançarem o 1.° lugar na tabela de vendas do New York Times.
Traduzido em 38 línguas, vendeu mais de 500 milhões de livros em todo o mundo. Vive no sul da Califórnia com a mulher, Gerda, a sua golden retriever, Elsa, e os espíritos duradouros dos seus outros golden, Trixie e Anna.
 
Imprensa
«Dean Koontz é um malabarista literário e um mestre dos nossos sonhos mais sombrios.» 
The Times 
 
«Neste livro, o autor Dean Koontz relata como um vírus ficcional, o Wuhan-400, se propaga pelo mundo inteiro com uma taxa de mortalidade de 100%.»  
Observador 
 

 



sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Tess Gerritsen - Segredo de Sangue [Divulgação Circulo de Leitores]

Data de publicação: Setembro 2020

               Titulo Original: I Know A Secret
               Tradução: Ana Pinto Mendes
               Preço com IVA: 18,70€
               Páginas: 304
               ISBN: 9789724252742
 
Segredo de Sangue, da autora best-seller do New York Times, é um livro cheio de suspense e com um enredo sombrio e bastante perturbador.
A história arranca com uma rapariga encontrada morta no seu apartamento, apresentando ferimentos aterradores. Mas a causa da morte é desconhecida. Pouco depois, é encontrado outro corpo, também em circunstâncias suspeitas. Contudo, ao que parece, alguém conhece os motivos por detrás destes homicídios. O passado volta à tona e um antigo crime vem assombrar a investigação no novo caso da dupla Jane Rizzoli & Maura Isles.
 A série de livros Rizzoli & Isles, de Tess Gerritsen, é um enorme sucesso,
tendo resultado, inclusivamente, numa aclamada série de televisão. Segredo de Sangue
é um título exclusivo Círculo de Leitores.
 
Sinopse: Dois homicídios, em dois locais diferentes, com vítimas sem qualquer relação entre si, têm mais em comum do que o facto de serem investigados pela inspetora Jane Rizzoli, da Polícia de Boston, e pela médica forense Maura Isles. Em ambos os casos, os corpos apresentam ferimentos aterradores, mas não se sabe a verdadeira causa da morte.
É um caso duplamente difícil numa altura problemática para Rizzoli e Isles. Enquanto Jane tenta salvar a mãe de um casamento em ruínas que ameaça enterrá-la viva, Maura lida com a morte iminente da sua mãe, a infame assassina em série Amalthea Lank.
Apesar de sucumbir ao cancro, Amalthea não perdeu a sua apetência para manipular a filha, acenando-lhe com uma pista críptica sobre os dois bizarros assassínios que Maura e Jane tentam resolver. Mas o que a mulher condenada sabe é apenas uma peça do puzzle.
A investigação não tarda a conduzir a uma jovem misteriosa que foi vítima de um escândalo de abusos sexuais, a um filme de terror de produção independente que parece inspirar-se na realidade e a uma série de santos martirizados que conheceram uma morte cruel e invulgar. E quando Rizzoli e Isles pensavam ter encurralado o diabólico predador, o passado há muito enterrado ergue-se e ameaça levar consigo mais vidas inocentes, incluindo as delas

Sobre a autora: Tess Gerritsen, médica e escritora norte-americana, autora de best-sellers do New York Times, apresentou-nos a detetive Jane Rizzoli e a Dr.ª Maura Isles em O Aprendiz, e continuou a escrever vários títulos da famosa série Rizzoli & Isles, sendo os mais recentes Morrer Duas Vezes, A Última Vítima, Rapariga Silenciosa e Lembranças Macabras. A autora vive no Maine, nos EUA.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Camilla Läckberg - Asas de Prata [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Creio que esta é a primeira vez que atribuo uma cotação menos favorável a uma das minhas autoras preferidas.

Embora esteja consciente de que nem todos os leitores fiéis de Camilla Läckberg apreciaram o título antecessor - que me parece marcar o início de uma nova série, de contornos bastante diferentes da saga policial com cenário em Fjällbacka - pessoalmente, adaptei-me à sua mudança de registo e acabei por atribuir a classificação máxima ao livro anterior. Contudo, infelizmente, a sequela Asas de Prata já não me agradou como gostaria e passarei a explicar, desde já, as minhas razões.

Os leitores de A Gaiola de Ouro saberão que esta nova série se caracteriza pelo empowerment feminino, explorando a temática da vingança. Na minha opinião, este ingrediente perdeu o fulgor na presente narrativa pois esta desenvolve-se muito em torno do romance de Faye com um novo personagem, David. Se já achara que o livro antecessor era pleno em cenas de sexo - pessoalmente não tenho nada contra - achei que as mesmas são bem mais atrevidas e picantes, o que, a meu ver, não valoriza mais uma história que, pelo que pude apurar, deveria enquadrar-se mais no género de thriller

Até achei que estas cenas se sobrepuseram àquela que é a premissa da nova obra que se prende com uma ameaça ligada ao lançamento da marca Revenge nos Estados Unidos agora que o ex-marido de Faye está na prisão. Sobre a personagem de Jack, devo confessar que esperava um desenvolvimento diferente, no meu íntimo ansiava que este aparecesse com mais frequência, apresentando-se como uma ameaça mais tenebrosa do que foi na realidade. Pessoalmente teria explorado a trama de forma diferente, um jogo de perseguição ao jeito de um stalker teria sido, a meu ver, um percurso mais impactante. 

Devo confessar que não gostei dos episódios que promoveram uma imagem mais decadente de Faye nem os considerei, tão pouco, relevantes para a narrativa.

A trama actual é intercalada por uma outra que remete para o passado de Faye, mencionando alguns episódios da sua adolescência que, esses sim, conferiram um toque mais intenso à narrativa. Foi nestes flashbacks que encontrei, de forma mais assumida, o tema da vingança e reconheço que a minha avidez na leitura se deveu, sobretudo, à curiosidade em conhecer o desenvolvimento desta subtrama.

A narrativa, no seu todo, foi, a meu ver, bastante previsível culminando num desfecho desprovido de surpresas ou emoções fortes. Ficou, no entanto, em aberto para que a história de Faye possa ser continuada e, quiçá, tornar-se numa série tão numerosa quanto a série policial, protagonizada por Erica e Patrik.

No entanto, é um livro que se encontra estruturado em capítulos curtos, impelindo-me a lê-lo em cerca de 24 horas, contudo, finda a sua leitura, fica o sentimento de ter lido uma história que poderia e deveria ter sido uma experiência mais enriquecedora. 

Em suma, Asas de Prata é um livro viciante que se lê num trago, todavia, a ilação que tiro da obra não é, realmente, das mais positivas. 



quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Peter May - Lockdown Inimigo Invisível [Divulgação Marcador]

Data de publicação: 2 Setembro 2020

               Titulo Original: Lockdown
               Tradução: Luis Silva dos Santos
               Preço com IVA: 15,90€
               Páginas: 288
               ISBN: 9789897544545
 
Sinopse: Escrito há mais de quinze anos, este thriller presciente e cheio de suspense decorre numa cidade em quarentena e explora a experiência humana sob o domínio de um vírus assassino.
Londres é o epicentro de uma pandemia global e a cidade está completamente confinada. A violência e a agitação espreitam por toda a parte e ninguém se encontra a salvo do vírus mortal que já ceifou milhares de vidas. 
Os hospitais estão sobrelotados e os serviços de emergência são impotentes. O inspetor Jack MacNeil demitiu-se da polícia, está divorciado e preocupado com o filho, que parece ter contraído o vírus. No seu último dia de trabalho, é ainda enviado para resolver o homicídio de uma criança, aparentemente relacionado com um saco de ossos encontrado na obra de um hospital de emergência. O culpado cruel faz tudo o que pode para frustrar MacNeil e a corrida contra o tempo começa numa Londres em confinamento. Quem deterá MacNeil primeiro: o vírus ou o assassino?

Sobre o autor: Peter May nasceu e cresceu na Escócia. Aos 21 anos, era já um jornalista premiado e, aos 26, publicou o seu primeiro romance, que viria a ser adaptado com grande sucesso para uma série dramática da BBC. Nessa altura, decidiu abandonar o jornalismo e, durante os dinâmicos quinze anos que se seguiram, foi um dos dramaturgos televisivos mais bem-sucedidos da Escócia. Criou três séries dramáticas para o horário nobre , encabeçou, como argumentista e produtor, duas das séries com melhores audiências na história do seu país e colaborou em mais de mil episódios de séries dramáticas de excelência, antes de decidir abandonar a televisão para regressar ao seu primeiro amor: os romances. Recebeu vários prémios literários em França e o Barry Award para Melhor Romance Policial, nos Estados Unidos, pelo livro A Casa Negra, o primeiro dos seus bestsellers internacionais. Em 2014, recebeu o galardão de Melhor Livro do Ano do ITV Specsavers Crime Thriller Book Club, pelo livro A Ilha de Entrada.
 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Jørn Lier Horst & Thomas Enger - Ponto Zero [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Ponto Zero é o primeiro livro escrito a quatro mãos pelos autores noruegueses já conhecidos no nosso país. Devo referir que Jørn Lier Horst é o autor da série protagonizada por William Wisting - publicada em Portugal pela Dom Quixote - ao passo que a saga de Thomas Enger é estrelada por Henning Juul, livros editados pela TopSeller.

Ponto Zero é um excelente livro de apresentação se tivermos em conta que inaugura uma série protagonizada por um inspector de polícia, Alexander Blix, e uma blogger de celebridades, Emma Ramm, uma dupla que me deixou um pouco céptica, devo confessar, por esta não possuir uma patente policial. Tenho um preconceito de considerar que personagens que não sejam directamente ligadas à investigação policial, possam desempenhar um papel mais amador na análise do crime, uma sensação que, claro, revela-se frequentemente infundada. Pelo que pude apurar, a formação de Enger em jornalismo, consegue sustentar, com grande credibilidade, o papel de Emma Ramm na trama.

Devo confessar, no entanto, que até gostei da personagem feminina, dada a minha percepção inicial sobre a incompatibilidade entre a sua actividade profissional e a participação activa na resolução do caso, mas tal empatia dever-se-á ao seu eventual problema de saúde. Porém, apesar da bagagem emocional do protagonista masculino, e sem uma razão em concreto, já não me consegui identificar tanto com o mesmo. Contudo, acredito que esta ligação consolidar-se-á no decorrer da leitura da série. 

O que mais apreciei na presente obra foi, indubitavelmente, o ritmo da acção. O título não deixa dúvidas: estamos perante uma corrida contra o tempo a uma caça ao homem que recorre a uma simbologia entre números e celebridades para fazer uma contagem decrescente nos seus crimes, começando por um rapto a uma atleta que, posteriormente, escala ao homicídio de outros famosos. Os autores vão elevando a fasquia por descrever assassinatos que vão tendo, cada vez mais, cariz mais macabro, conferindo um ambiente cada vez mais angustiante.

Dei por mim, frequentemente, a fechar o livro e a pensar na ligação, para além da relação com os números, entre as vítimas. Tentei, igualmente, antecipar a identidade do vilão e os motivos que o teriam conduzido a esta violência.

Particularmente considerei que foi muito inteligente, da parte dos autores, a inclusão de uma subnarrativa que se desenvolve num ambiente de reality show, o que interpretei como uma mensagem sobre a ascensão a um status quo de celebridade que pode ser galopante mas efémera.

O que me deixou em suspense, até ao desenlace, altura em que os acontecimentos são devidamente relacionados, foi descortinar qual seria o derradeiro episódio que marca o ponto zero desta sórdida contagem decrescente. Creio que o clímax foi intenso e satisfatório, não obstante considerar que o epílogo nos deixa a ansiar por mais. É nesta altura que percebo o potencial das próximas obras dos autores.

Em suma, Ponto Zero é um título promissor de uma série que poder-se-á tornar tão carismática quanto, quiçá, a de outros autores nórdicos como Jo Nesbø ou Mons Kallentoft. Tendo sido leitura ávida e repleto de acontecimentos intensos, esta obra relembrou-me a razão pela qual sou apaixonada pela literatura policial escandinava. 



terça-feira, 25 de agosto de 2020

Juan Gómez-Jurado - Rainha Vermelha [Divulgação Planeta]

 
 
Data de publicação: 25 Agosto 2020

               Título Original: Reina Roja
               Tradução: António Carlos Carvalho
               Preço com IVA: 19,90€
               Páginas: 464
               ISBN: 9789897773693

Sinopse: Antonia Scott não é polícia, nem criminologista. É uma mulher com uma inteligência fora do comum que trabalha na sombra e que já resolveu crimes difíceis. Mas, após um acidente com o marido do qual se sente responsável, decide que não o tornará a fazer.
Jon Gutiérrez é um polícia que cometeu um erro que ameaça acabar com a sua carreira. Tem como missão, convencer Antonia a sair da reclusão para resolver um crime misterioso.
Um fenómeno literário, com mais de 450 mil exemplares vendidos em Espanha, traduzido em 40 países.

Sobre o autor: Juan Gómez-Jurado (Madrid, 1977) é jornalista e autor de vários romances traduzidos em mais de 40 línguas. O seu thriller Cicatriz esteve nas listas de best-sellers e foi o e-book mais vendido em Espanha em 2016. A Rainha Vermelha transformou-se num grande fenómeno de vendas, com mais de 450 000 exemplares vendidos em Espanha e consagrou-o como um dos expoentes máximos do género a nível internacional. Atualmente escreve para o ABC e é cofundador dos podcast Todo-poderosos e Aquí hay dragones, que se transformaram em fenómenos de massas. Tem mais de 375 000 seguidores nas suas redes sociais.

Imprensa
«Os leitores vão ficar rendidos perante Antonia Scott. Esta personagem é, sem dúvida, o melhor que apareceu no thriller internacional nos últimos dez anos.»
ABC

«Os livros de Juan Gómez-Jurado estão traduzidos em 40 países e já vendeu milhões de livros. Divirtam-se e leiam um livro diferente.»
El País

«Juan Gómez-Jurado agarra irremediavelmente o leitor.»
Booklist
 
 

Camilla Läckberg - Asas de Prata [Divulgação Suma de Letras]

 
 
Data de publicação: 25 Agosto 2020

               Título Original: Vingar av silver
               Tradução:
               Preço com IVA: 20,90€
               Páginas: 376
               ISBN: 9789897840548

Sinopse: Graças a um plano refinado e cruel, Faye deixou para atrás a traição e as humilhações sofridas pelo agora ex-marido Jack e parece ter assumido as rédeas da sua existência: é uma mulher independente, reconstruiu a sua vida num outro país e longe do seu passado, Jack está na prisão e a empresa que Faye fundou, Revenge (Vingança), está crescendo com sucesso.
Mas novos desafios correm o risco de quebrar a serenidade conquistada com muito esforço. De facto, o lançamento da marca Revenge nos Estados Unidos de América desperta uma séria ameaça e Faye é forçada a retornar a Estocolmo.
Com a ajuda de um selecto grupo de mulheres, Faye lutará mais uma vez para defender o que é dela e para proteger-se a si mesma e aqueles que ama.

Sobre a autora: Camilla Läckberg é um dos autores mais lidos do mundo. A série Fjällbacka vendeu mais de 23 milhões de cópias em 60 países. É também uma empresária de sucesso e uma das fundadoras da Invest In Her, uma empresa de investimentos que trabalha com empreendedorismo feminino e que luta contra as disparidades salariais entre homens e mulheres. Com Uma Gaiola de Ouro, Camilla Läckberg dá um novo passo na sua carreira, conseguindo um romance cuja protagonista é inesquecível e nos traz uma clara mensagem feminista. E neste Asas de Prata, Faye, a mesma memorável protagonista, revela mais sobre a sua história.
Uma Gaiola de Ouro alcançou as listas de best-sellers de todos os países onde foi publicado, foi um grande sucesso de ventas que cativo os seguidores de Camilla Läckberg, abrindo também a sua obra para novos leitores.
 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Passatempo Circulo de Leitores [Resultado]

 
 
Com o fantástico apoio da Círculo de Leitores tinha 3 kits constituídos pelos livros Sem Medo de Lisa Gardner e A 9a Vítima de Tami Hoag bem como dois produtos solares para oferecer. As vencedoras sorteadas, entre as 132 participações, foram:
 
29 - Ana Fernandes
54 - Sandra Gonçalves
117 - Magda Araújo
 
Parabéns às felizes contempladas. Irei, desde já, entrar em contacto com as mesmas via e-mail, afim de solicitar a morada para enviar à editora.
 
Obrigada pelos simpáticos votos dos 10 anos e por estarem aí desse lado! Espero contemplar os restantes seguidores com um livrinho num próximo passatempo.

sábado, 15 de agosto de 2020

Thomas Enger - Em Chamas [Opinião]

 
 
Sinopse: AQUI
 
Opinião: A partir do momento que tive conhecimento do lançamento do livro Ponto Zero, questionei-me como seria a obra escrita por Thomas Enger e Jorn Lier Horst. Eis um senão: ainda não tinha lido nada do primeiro autor (relativamente ao segundo, já estou algo familiarizada com o protagonista Wisting) pelo que tornou-se imperativo ler esta obra, há muito esquecida na estante.
 
Em Chamas é o primeiro volume protagonizado pelo jornalista em matéria criminal, Henning Juul, o que, à partida, poderia tornar a trama um pouco menos exigente. Um detective, o protagonista mais comum na literatura policial, apresenta uma maior destreza na resolução dos casos criminais ao passo que um jornalista possui um conhecimento mais genérico. Também os propósitos acabam por ser bastante díspares: a acção policial visa levar o antagonista à justiça enquanto que o jornalista apenas pretende noticiar o ocorrido. 
Consciente destes factos, estava, portanto, algo céptica quando iniciei esta leitura.

O facto é que Henning Juul é-nos apresentado como um homem traumatizado por um fogo que vitimou o seu filho e deixou mazelas físicas na sua cara. Tal ocorrência acaba por nos aproximar dele e, rapidamente, o meu receio por estar perante uma investigação de cariz mais amador, acabou por se desvanecer. Senti uma empatia e compaixão pelo protagonista, percepção que é explicada pelas longas passagens que aludem ao personagem. Tendo em mente que este é o primeiro livro de uma série, tenho também consciência que, para leitores mais impacientes como eu, tal introdução mais alongada poderá ser encarada como menos entusiasmante.

O ponto de partida desta investigação dá-se quando aparece uma jovem universitária, brutalmente mutilada, num parque. Os contornos do crime bem como a identidade do namorado da vítima, de origem paquistanesa, relaciona-os com um castigo imposto pela lei islâmica pelo que este título acaba por apontar, acima de tudo, as disparidades entre as duas culturas. Pelo que pude apurar, existe uma crescente comunidade muçulmana na Noruega e, tendo esse aspecto em mente, creio que a trama, embora seja ficção, pretende conduzir a uma reflexão sobre as leis da Sharia nestes países. 

É, portanto, uma obra que poderá não ser do agrado da grande maioria dos leitores devido, essencialmente, a estes dois pontos: uma análise sociológica pertinente e uma sobrecaracterização da personagem principal. 
Assumo-me fascinada pelos países nórdicos, pelo que não me senti incomodada com a abordagem social da trama. Os castigos e as penas muçulmanas impressionam-me muito e acabo sempre por revelar interesse neste tipo de narrativas alicerçadas nos detalhes sociológicos não obstante preferir histórias com maior enfoque no antagonista e análise da mente humana.

Daí considerar que, apesar desta leitura ter proporcionado um momento interessante, há outros autores nórdicos que se tornaram mais memoráveis. Ainda assim, tenciono ler Dor Fantasma para avaliar o progresso do autor e da série que, acredito ter ainda bastantes desenvolvimentos sobre o incêndio que envolveu Henning Juul e sua família.


Mons Kallentoft & Markus Lutteman - Bambi [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Bambi é o terceiro livro da série protagonizada por Zack Herry, uma personagem atípica na medida em que a sua actividade profissional de polícia não se coaduna com o seu problema de toxicodependência. Porém na presente trama, Zack parece estar mais orientado devido ao relacionamento com Mera, que se torna mais sólido na noite do Midsommar, altura em que, numa ilha do arquipélago sueco, alguns adolescentes se automutilam ou ferem os seus amigos, acabando por morrer em circunstâncias bastante suspeitas.

Numa fase inicial fiquei muito confusa com o comportamento destes jovens que, aparentemente do nada, se tornam muito violentos. As lesões infligidas são de uma brutalidade que não consegui ficar indiferente aos actos dos adolescentes ao mesmo tempo que me sentia intrigada sobre o que teria despoletado tamanha agressividade numa época tão alegre e importante para a comunidade sueca como o Midsommar.

Se a trama do livro antecessor, Leão, é pautada pela perda de uma personagem carismática, este elemento de cariz mais dramático volta a acontecer no presente título e confesso que me senti desolada nesta passagem, um sentimento mais intenso pelo que atrever-me-ei a dizer que esta narrativa mexeu mais comigo. Não obstante considerar que o caso em Leão, por envolver crianças, chocou-me mais do que este, cujas vítimas são adolescentes.
Começo a ter mais empatia pelo protagonista, Zack, e na presente história surgem algumas revelações sobre o passado deste, pelo que anseio ler os próximos volumes da série não só pela curiosidade no novo caso criminal inspirado nos mitos gregos como também pelo interesse sobre o desenvolvimento da personagem.
 
Como referi anteriormente em recensões críticas dos livros desta dupla de autores, as tramas assentam sobre o universo dos 12 trabalhos de Hércules. No que concerne ao presente título, confesso que não estava familiarizada com a Corça de Cerineia e, a meu ver, após uma pesquisa sobre o mito grego, creio que a trama se torna particularmente interessante se pensarmos na metáfora que estabelece uma analogia entre o ritmo frenético dos actos dos jovens e a velocidade da corça tal como é descrita na afamada lenda.
Frenético também é o ritmo de leitura, cada capítulo é instigante e Bambi proporcionou uma rápida e entusiasmante leitura, como tanto valorizo. Gostei, sobretudo, da forma como fui surpreendida quando me apercebi sobre o que simbolizava o Bambi. Devo ressalvar, claro, depois da provação a que Zack é submetido nesta obra, não há como evitar que ele se instale na minha retina.

Em suma, esta série está a mostrar superar-se a cada livro publicado e, acreditem, leria o próximo título já de seguida se estivesse editado. Assim sendo, resta-me aguardar pacientemente por mais uma obra escrita por esta dupla sueca. A avaliar pelos três primeiros livros, a saga inspirada nos mitos gregos poderá, muito bem, tornar-se tão carismática quanto a série protagonizada por Harry Hole.


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Rachel Abbott - O Jogo do Crime [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: O Jogo do Crime é o segundo livro protagonizado por Stephanie King. Creio que ainda hoje tenho a opinião de A Rapariga na Falésia rascunhada por aqui - não me recordo de a ter publicado mas tenciono ir à minha pasta dos rascunhos para limar aquela crítica e, finalmente, postá-la. Não considerei o primeiro livro excepcional mas foi um thriller que me entreteve pelo que tencionava acompanhar os próximos trabalhos da autora.

Estava extremamente expectante com a presente obra, percepção que se prendia à magnífica sinopse bem como a cotação alta no Goodreads. Infelizmente, não me encheu as medidas e atrever-me-ei a dizer que gostei ainda menos do que a obra antecessora. Passarei, desde já, a explicar porquê.
 
Ora a premissa é deveras interessante: um casamento que não se concretizou dado que a irmã de Lucas, o noivo, apareceu morta na praia. Fiquei, desde logo, bastante curiosa para saber o motivo pelo qual, passado exactamente um ano sobre o ocorrido, o referido Lucas convida os amigos para uma celebração precisamente no mesmo local. 
Tudo apontava que estava perante uma obra ao estilo da Agatha Christie ou da série Harper's Island, passando-me imediatamente pela cabeça um jogo de vingança pois o nucleo de suspeitos reduzia-se ao grupo de convidados do casamento.
 
As páginas iniciais caracterizaram-se por um ritmo moroso, debruçando-se sobre as variadas considerações da narradora - Jemma - também ela uma das convidadas do casamento, a meu ver, demasiado exaustivas tendo em conta o tema da obra em apreço.
Tenho perfeita noção que sou impaciente - aliás como já vos confidenciei numa outra opinião recente - pelo que será, certamente, uma percepção muito pessoal.
 
Após uma sobrecaracterização das personagens apercebi-me que havia uma outra variável na equação: o desaparecimento de uma mulher estrangeira que vem tornar a trama um pouco mais complexa. Ainda assim, não demasiado intrincado quanto eu gostaria. 
 
Honestamente, creio que o dito mistério não assume a devida importância. A trama perde-se muito na descrição das personagens e suas relações conjugais. Note-se que aprecio histórias que se debruçam sobre segredos no seio matrimonial, contudo os esqueletos no armário destes casais não me entusiasmaram e fizeram, de certa forma, esmorecer o meu entusiasmo inicial aquando da leitura da sinopse.
Não consigo apontar uma razão específica mas a verdade é que não senti grande disponibilidade para criar empatia com nenhuma das personagens da história.

Por conseguinte, o ritmo é algo moroso e a figura que deveria ter o maior protagonismo, a investigadora Stephanie King, acaba por ter somente uma ínfima intervenção na obra. Diria que o seu papel na trama quase não influencia a investigação e achei, de facto, que o seu relacionamento amoroso é supérfluo. Para quem tem um papel tão reduzido na trama, pessoalmente teria apreciado ver uma intervenção mais eficaz e consistente na resolução do mistério pelo que, a não ser que haja contornos importantes a desenvolver nos próximos livros da série, a sua relação não traz nada de relevante à narrativa. 

Infelizmente nem o desfecho veio salvar a obra. Pessoalmente considerei-o bastante previsível e abrupto e, por conseguinte, senti falta de um final arrebatador e que me deixasse sem palavras. Esta minha percepção prende-se com o facto de acreditar que o twist final poderia ter sido mais intenso e surpreendente.

Em suma, apesar da cotação da obra na plataforma Goodreads ser 4.24 e, aparentemente, ser um indicador de um bom livro, na minha modesta opinião, a avaliação estará, quiçá, algo sobrevalorizada pois, infelizmente, não correspondeu às minhas expectativas.
Recordo-me, assim de repente, num thriller que tenha como cenário um casamento, e recomendo uma obra que considero superior, Despedida de Solteiro de Peter James.