quinta-feira, 28 de março de 2019

C.J. Tudor - Levaram Annie Thorne [Opinião]


Dia 2 de Abril será publicada a segunda obra da autora britânica C.J. Tudor, que se estreou nas lides literárias com O Homem de Giz, para mim, um dos melhores thrillers de 2018.
Antes de tecer as minhas considerações sobre o livro, gostaria de ressalvar o magnífico trabalho de marketing da editora Planeta, que me fez chegar um exemplar de avanço acompanhado de uma boneca, um elemento assaz importante no livro.


Devo dizer que detectei um denominador comum entre as duas obras da autora: a construção de um ambiente sinistro, alicerçado num ambiente que decorre numa cidade pejada de moradores com esqueletos no armário. O protagonista, Joe Thorne, é pois um homem atormentado pelos fantasmas do passado e que se vê agora de regresso à sua terra natal a fim de descobrir o que aconteceu à sua irmã, Annie, há 25 anos atrás. Nessa época a menina desaparecera por dois dias e, uma vez regressada a casa, o seu comportamento mostrara-se completamente diferente como se de outra pessoa se tratasse.

Confesso que a partir da premissa fiquei bastante expectante com o desenrolar da trama, a qual, a meu ver, se desenvolve morosamente. Diria que este é um livro escrito em estilo slow burn uma vez que o início da trama tem um ritmo arrastado, debruçando-se essencialmente na caracterização das personagens já adultas. Confesso que, devido a este facto, senti-me impaciente algumas vezes até ao ponto em que a autora nos transporta para os eventos ocorridos nos anos 90, altura em que nos apercebemos da profundidade da relação fraternal e o quão a mesma fica abalada após o desaparecimento da criança.

Voltei a sentir um certo paralelismo com a escrita de Stephen King. No livro antecessor, O Homem de Giz, atribuí essa percepção aos contornos da história, mais concretamente às interacções do grupo de crianças. Nesta história em particular, apesar da autora se debruçar novamente sobre as dinâmicas estabelecidas em grupos de crianças, senti que toda a trama foi escrita num tom mais sombrio. Creio que atribuo esta minha percepção ao estilo da própria autora. Considerei certas passagens ainda mais gráficas do que as do livro precedente e, pessoalmente, agrada-me que a autora não se tenha coibido de descrever os pormenores macabros para detalhar algumas cenas. Esta mesma percepção intensificou-se nas últimas páginas, altura em que me senti assoberbada, pois devo dizer que não esperava que a resolução do puzzle fosse a que a autora nos apresentou, resolução essa que, dentro das tramas do género, que se alicerçam sobre desaparecimentos de crianças, sem dúvida que acaba por se destacar entre as demais.

Assim, se não fiquei imediatamente rendida logo nas primeiras páginas, a minha impaciência inicial acabou por se reverter, numa fase posterior do livro, num misto de sentimentos que foram desde a ansiedade até ao entusiasmo, passando pela estupefacção com especial ênfase no final. Psicologicamente devastador, Levaram Annie Thorne afigura-se como um thriller que poderá ser confundido com um livro de terror. Este segundo livro de C.J. Tudor traz uma constatação óbvia: esta é uma autora a seguir e irei aguardar, com grande ansiedade, por mais trabalhos seus. 


terça-feira, 26 de março de 2019

Elizabeth Klehfoth - Magníficos Estranhos [Divulgação Casa das Letras]


Data de publicação: 26 Março 2019

               Título Original: All These Beautiful Strangers
               Tradução: Eugénia Antunes
               Preço com IVA: 19,90€
               Páginas: 464
               ISBN: 9789897800726

Sinopse: Num magnífico dia de verão, Grace Fairchild, a belíssima mulher do magnata do Mercado imobiliário, Alistair Calloway, desaparece da casa de campo da família sem deixar rasto, deixando para trás a filha de sete anos, Charlie, e uma série de perguntas sem resposta. Anos mais tarde, Charlie continua a lutar com a obscura herança do nome da sua família e o mistério em torno do desaparecimento da mãe. Decidida a, finalmente, pôr o passado por trás das costas, Charlie mergulha na vida escolar de Knollwood, a prestigiada escola de Nova Inglaterra que frequenta, e rapidamente se integra entre a elite da escola. Charlie foi igualmente «escolhida» pelo A, a sociedade secreta de elite da escola, conhecida por aterrorizar a faculdade, a administração e os seus inimigos. Pars se tornar membro da mesma, Charlie terá de participar no Jogo, uma caça ao tesouro de alto risco, durante um semestre inteiro, que comprometerá as suas amizades, a sua reputação e até o seu lugar em Knollwood. À medida que os acontecimentos do passado e do presente convergem, Charlie começa a temer que poderá não sobreviver à terrível verdade sobre a sua família e colocar a sua vida em risco. 

Sobre a autora: Elizabeth Klehfoth cresceu em Elkhart, no Indiana. Fez um bacharelato em Artes, especializando-se em escrita criativa, pela Chapman University, e uma licenciatura em escrita criativa pela Indiana University, onde leciona escrita para ficção e composição. Atualmente vive em Los Angeles. Magníficos Estranhos é o seu primeiro romance.

Jo Nesbø - O Sol da Meia - Noite [Divulgação Dom Quixote]


Data de publicação: 26 Março 2019

               Título Original: Mere blod
               Tradução: Ricardo Gonçalves
               Preço com IVA: 15,50€
               Páginas: 208
               ISBN: 9789722066433

Sinopse: Amor e crime na lapónia, onde o sol nunca se põe.
Jon sai do autocarro a meio da noite, num canto inóspito da Noruega, algures no planalto de Finnmark, tão a norte que o Sol nunca se põe. É ali que espera poder refugiar-se, junto do povo da Lapónia, até traçar uma estratégia para escapar ao Pescador. Até àquele momento, limitara-se a improvisar, pois temia que qualquer plano fosse descortinado pelo seu perseguidor.
Mas não duvida de que, mais cedo ou mais tarde, o encontrarão.
Escondido numa cabana no meio da floresta, tudo o que separa Jon do seu destino é Lea e o filho, Knut. Lea ofereceu-lhe uma arma para se defender, uma cabana onde dormir e, mais importante do que isso, uma razão pela qual lutar contra o seu fatal destino. Mas à medida que o tempo passa, Jon percebe que os homens do Pescador se aproximam e é urgente encontrar uma saída. Como diz um dos capangas do chefe da máfia:
«O Pescador nunca desiste de procurar quem lhe deve dinheiro enquanto não vir o cadáver. Nunca. E o Pescador encontra sempre o que procura. Tu e eu podemos não saber como, mas ele sabe. Sempre. É por isso que lhe chamam Pescador.»

Uma narrativa ímpar, com a mesma genialidade, mas muito diferente daquelas a que Jo Nesbø nos habituou, não só pela história em si como pelo cenário em que se desenrola, o planalto de Finnmark, que como refere o autor: «é um território desconhecido até para os noruegueses.»

Sobre o autor: Jo Nesbø nasceu na Noruega em 1960. É músico, compositor, e um dos escritores de policiais mais elogiados e bem-sucedidos da Europa. Com os livros da série protagonizada pelo inspetor Harry Hole conseguiu um sucesso invejável quer no seu país de origem quer a nível internacional, recebendo elogios da crítica e do público. É traduzido em mais de 40 línguas, recebeu vários prémios literários e muitos dos seus livros atingiram os tops de vendas. Em Fevereiro de 2013 o Parlamento norueguês atribuiu-lhe o Peer Gynt Prize, que premeia uma personalidade ou instituição que se tenha distinguido na sociedade e tenha contribuído para valorizar a reputação da Noruega a nível internacional.


sexta-feira, 22 de março de 2019

Stephen King - Samitério de Animais [Divulgação Bertrand]


Data de publicação: 5 Abril 2019

               Título Original: Pet Sematary
               Tradução: Rosa Amorim
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 472
               ISBN: 978972253772

Dia  5  de  abril, chega  às  livrarias Samitério  de Animais,  aquela  que  é  considerada  por  muitos  fãs  de Stephen  King  como  sendo  a  sua  obra  mais  assustadora. 
Com  uma primeira adaptação ao cinema em 1989, Samitério de Animaisregressa aos  ecrãs numa  produção  da  Paramount  Pictures  e distribuição  NOSAudiovisuais,  e pela  mão  dos  realizadores  especializados  em  filmes  de terror Kevin Kölsch e Dennis Widmyer.
Estreia em Portugal a 4 de abril.
Através  deste  livro,  Stephen  King  toca  num  tema  delicado:  até  onde estamos  dispostos  a  ir  ou o  que  estamos dispostos a  fazer  para alcançarmos algo apesar das consequências. A morte  pode  ser extremamente aterradora para uma criança, mas às vezes precisam de saber que a morte é o melhor. 
«A  maior  parte  deles parecem apenas... um pouco estúpidos... um pouco lentos... um pouco...–Um pouco mortos?–Sim –concordou Jud. –Um pouco mortos. Como se tivessem estado algures... e regressado... mas não inteiramente. Agora, a sua filha não vai saber isso, Louis. Que o gato dela foi atropelado por um automóvel, que morreu e voltou. Poderia dizer-me que uma criança só pode ser ensinada se souber que há uma lição a aprender. Só que...»–Pág. 190 –

Sinopse: Louis Creed, jovem médico de Chicago, acredita que encontrou o seu lugar naquela pequena cidade do Maine. Uma boa casa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos. Num  dos  primeiros  passeios  para  explorar  a  região,  descobre  um  cemitério  de  animais  de  estimação  no  bosque próximo  da  sua  casa,  ao  qual  se  vê  obrigado  a  recorrer  depois  de  o  seu  gato  ter  sido  morto  por  um  camião  num trágico  acidente.  Ali,  gerações  e  gerações  de  crianças  enterraram  os  seus  animais  de  estimação.  Para  além  dos pequenos  túmulos,  onde  uma  caligrafia  infantil  regista  o  primeiro  contacto  com  a  morte,  há  um  outro  cemitério. Uma  terra  maligna  que  atrai  as  pessoas  com  promessas  sedutoras.  Um  universo  dominado  por  forças  estranhas capazes  de  tornar  realidade  o  que  sempre  pareceu  impossível.  A  princípio,  Louis  diverte-se  com  as  histórias fantasmagóricas de Crandall, o vizinho de 80 anos. No entanto, aos poucos, começa a perceber que o poder da sua ciência tem limites.

Sobre o autor: Romancista  norte-americano,  Stephen  King  nasceu  em 1947  em  Portland,  no  Maine.  Deu início aos seus estudos secundários na Lisbon Falls High School, onde começou a escrever contos,  ao  mesmo  tempo  que  fazia  parte  de  um  grupo  amador  de rock. No  ano  de  1960, Stephen King submeteu o seu primeiro manuscrito para publicação, o qual seria rejeitado. Entretanto,  editava  o  jornal  do  liceu, The  Drum,  e  escrevia  para  o  jornal  local,  o Lisbon Weekly  Enterprise.  Publicou  o  seu  primeiro  conto, In  a  Half-World  of  Terror,  num  fanzine de  terror.Em  1970,  licenciou-se  pela  Universidade  do  Maine  e,  de  1971  a  1974,  Stephen King  deu  aulas  numa  escola  secundária,  até  ter  publicado  o  seu  primeiro  romance, Carrie(1974),  a  história  de  uma rapariga  com  poderes  telecinéticos.  Atirou  as  primeiras  páginas  do  trabalho  ao  lixo,  mas  foram  resgatadas  pela  esposa, que o encorajou a continuar. A obra não teve senão um sucesso modesto, mas, depois da sua adaptação ao cinema e com a publicação do romance A Hora do Vampiro (1976), Stephen King conseguiu afirmar-se como um importante escritor.


quinta-feira, 21 de março de 2019

Stephen King - Sr. Mercedes [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Stephen King, que já me deslumbrou com as suas assombrosas histórias, na sua maioria de terror, enveredou pelo género thriller com este Sr. Mercedes, mostrando, desta forma, que é um autor extremamente versátil, como já todos sabemos. Bastará, para tal, atentar em obras tão díspares como The Shining, Os Condenados de Shawshank ou a saga A Torre Negra

Sr. Mercedes é o cartão de visita de uma trilogia protagonizada pelo polícia reformado Bill Hodges e é, a meu ver, um romance policial muito bem conseguido. Confesso pois que fiquei com enormes expectativas para os dois livros seguintes.

A história começa com uma ocorrência aterradora que, inevitavelmente, me fez recordar o atentado terrorista que ocorreu em Berlim em 2016 numa feira de Natal. O mais chocante é que o livro data de 2013, antecedendo, portanto, o atropelamento mortal de doze pessoas na Alemanha atribuído, como decerto se lembrarão, a um simpatizante do auto-proclamado Estado Islâmico. 

A fórmula deste thriller é peculiar na medida em que, contrariamente à maioria dos livros do género, que desvenda a identidade do homicida numa fase final da trama, sabemos, logo numa fase precoce, quem é este homem que, de pronto, é alcunhado de Sr. Mercedes. Ainda assim, a revelação não atenua o interesse na leitura, antes pelo contrário, pois considero que um dos pontos fortes da trama reside precisamente na caracterização do vilão. À medida que esta personagem é esmiuçada, instala-se no leitor um forte sentimento de desconforto em resposta à forma doentia como pensa e age. 

Gera-se um jogo do gato e do rato entre este e o herói, Bill Hodges, a partir do momento em que o antagonista se vangloria do massacre perpetrado com um veículo da marca Mercedes, entrando em contacto electronicamente com o ex-polícia.

Considerei que a história é plena em tensão psicológica; pois parece ponto assente que um homem que se orgulha de ter cometido um atentado é capaz de muito mais. O autor formulou esta personagem de forma exímia; apesar de ter tido uma nítida percepção de como era entrar na mente de um psicopata, não consegui prever os seus passos seguintes, deixando-me um pouco na dúvida as verdadeiras dimensões dos seus actos, parecendo não haver quaisquer limites para a sua perversidade. 
A trama é pautada por alguns episódios desconcertantes que me deixaram sem chão, fazendo com que a obra fosse, para mim, um livro de leitura voraz, viciante e impressionante. O desfecho achei que estava em concordância com o desenvolvimento da trama não perdendo qualquer fulgor. 

Anseio, por isso, que Abril chegue rapidamente para iniciar o segundo livro da trilogia, Perdido e Achado, e reencontrar Bill Hodges com mais um caso que, a avaliar por Sr. Mercedes, será imperdível.
De facto, ainda que se associe o nome Stephen King ao género de terror, o autor propõe-nos um thriller intenso e empolgante que não hesito em recomendar.


quarta-feira, 20 de março de 2019

Shari Lapena - Um Estranho Dentro de Casa [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Foi com grande satisfação que tive conhecimento da publicação do livro Um Estranho Dentro de Casa, o segundo título da autora de O Casal do Lado. Afinal de contas, este foi um thriller psicológico que me proporcionou uma leitura bastante aprazível, uma vez que, após a leitura da primeira obra, dei por mim genuinamente expectante com a evolução da escrita de Shari Lapena.

Ainda que as histórias sejam independentes, reconheço um denominador comum entre os dois títulos: a forma como Lapena é capaz de manipular uma situação familiar confortável ao ponto de a tornar um pesadelo, não olvidando, ainda, a forma frenética com que as acções se desenrolaram, envolvendo o leitor na trama desde a primeira até à última página.
Os livros partem de premissas completamente distintas: enquanto O Casal do Lado se debruça sobre o desaparecimento de um bebé, Um Estranho Dentro de Casa, por seu turno, centra-se num inusitado acidente de uma mulher.

Karen, casada com Tom, sai subitamente de casa e tem um acidente de viação numa zona perigosa da cidade. Já no hospital, a protagonista revela não se recordar dos contornos do acidente, começando então a cair um véu de interrogações sobre os motivos que a levaram a despistar-se com o automóvel, bem como a relação desse acidente com o assassinato de um homem cujo corpo é encontrado na mesma zona da cidade onde decorreu o despiste. 

Conforme já referi, considerei o prólogo bastante ágil, pelo que, rapidamente, nos vemos envolvidos na trama. Confesso que, à medida que avançava na leitura, também comecei a tirar as minhas próprias conclusões, tendo dado por mim a considerar suspeito que a mulher saísse de casa daquela forma, deixando todos os seus pertences para trás, sem haver uma clara intenção da fuga.
Apesar deste ser, claramente, o principal mistério da história, esta vai tendo algumas ramificações igualmente intrigantes: estaria Karen verdadeiramente amnésica? Será que a personagem conhecia, efectivamente, a vítima de homicídio? E qual será o papel que a vizinha e amiga Brigid tem nesta história, tendo em conta que esta transpunha regularmente a barreira da privacidade do casal?
Devo dizer que, por esta razão, esta mulher me deixou irada diversas vezes.

Ainda que tenha reconhecido alguns clichés na história, nunca perdi o interesse pela mesma. Gradualmente são desvendados alguns segredos sobre a protagonista à medida que vemos a relação, aparentemente, idílica do casal metamorfosear-se em algo totalmente diferente. 
Além das várias situações em catadupa, a leitura é voraz, a meu ver, devido aos capítulos curtos e instigantes. Contudo, não posso afirmar o mesmo relativamente ao final pois achei-o bastante previsível e no que concerne ao pequeno twist nas últimas páginas, confesso que já o havia equacionado. Por essa razão, infelizmente, posso afirmar que o desfecho não me ludibriou como teria gostado. 

Se tiver que eleger um livro preferido da autora Shari Lapena, a minha preferência recai sobre a obra de estreia, O Casal do Lado (ainda me estão na retina os contornos do rapto daquele bebé). Contudo, Um Estranho Dentro de Casa oferece-nos uma leitura frenética e de puro entretetimento. 


segunda-feira, 18 de março de 2019

Paul Tremblay - Fantasmas da Mente [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 18 Março 2019

               Título Original: A Head Full of Ghosts
               Tradução:
               Preço com IVA: 17,69€
               Páginas: 320
               ISBN: 9789898917775 

Sinopse: Um clássico do terror para fãs de O Exorcista e A Semente do Diabo
A vida da família Barrett fica virada do avesso quando Marjorie, de 14 anos, começa a demonstrar sinais de esquizofrenia aguda. E quando nem os médicos conseguem impedir os bizarros episódios e o declínio mental da jovem, a família, desesperada, recorre à orientação de um padre católico. Este, acreditando que Marjorie está possuída por um demónio, apresenta-lhes a solução: executar um exorcismo.
Interessado em documentar a presença demoníaca, o padre entra em contacto com uma produtora de televisão e convence o pai de Marjorie a permitir que o exorcismo seja transformado num reality show. Em pouco tempo, a casa torna-se um circo de horrores mediático, dissecado pelo público que, em choque, assiste a tudo.
Quinze anos depois do sucesso do programa e da tragédia que assolou os Barretts, uma autora decide desenterrar a história com o testemunho de Merry, a irmã mais nova de Marjorie. Ao recordar-se do que viveu quando tinha apenas 8 anos, Merry traz a lume uma narrativa repleta de terror psicológico. E ninguém vai ficar indiferente às questões que levanta: memória e realidade, ciência e religião… e a verdadeira natureza do mal.

Afinal, que fantasmas se escondem na antiga casa da família Barrett? 

Sobre o autor: Paul Tremblay é um escritor norte-americano que se tem destacado na literatura fantástica e de terror. Venceu os prémios Bram Stoker, British Fantasy e Massachusetts Book, além de ter sido nomeado para os prémios de Melhor Romance do World Fantasy e do This is Horror, assim como para o Prémio Goodreads para Melhor Livro de Terror.
Atualmente, faz parte da direção do júri do prémio Shirley Jackson. Os seus ensaios e contos surgem com frequência em diversos órgãos de comunicação social, como o Los Angeles Times e o Entertainment Weekly online, sendo frequentemente selecionados para antologias literárias.
Vive com a família nos subúrbios de Boston.



domingo, 17 de março de 2019

Nikola Scott - A Sombra do Passado [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Começo por confessar que A Sombra do Passado não é o meu estilo de livro (como provavelmente terão depreendido), contudo, ao saber que a trama se baseava em segredos do passado, um ingrediente que me desperta sempre a atenção e que alio frequentemente a tramas de mistério e suspense, facto que me levou a não hesitar um segundo que fosse quando fui convidada a ler a obra em apreço, tendo posteriormente, participado num debate sobre a mesma num clube de leitura organizado pela editora Circulo de Leitores.

A acção debruça-se então sobre Addie, uma mulher que vê a sua vida dar uma volta de 180 graus quando uma estranha aparece à sua porta, dizendo-lhe que é sua irmã. Esta revelação faz com que a protagonista se envolva nos meandros do passado da sua mãe e se depare com uma realidade que não conhecia sobre a progenitora.

A narrativa é feita em dois momentos temporais distintos tornando, a meu ver, a história ainda mais cativante: uma subtrama, desenvolvida sob a forma de entradas de um diário que remotam a 1958, permitem-nos conhecer, com bastante clareza, quem era Elizabeth, a mãe de Addie. Essas passagens intercalam com uma segunda subtrama, que se desenrola na actualidade, que se foca na protagonista Addie, bem como na forma como ela e a restante família reagem ao aparecimento de Phoebe a suposta irmã.

A minha percepção leva-me a considerar que esta obra foi escrita com uma enorme sensibilidade, destacando-se as maravilhosas descrições das paisagens dos locais onde a acção decorre, fazendo-nos viajar até aos vários cenários ingleses. Além disso, denotei que a autora escreve, de forma exímia, sobre a intensidade dos sentimentos. É inevitável que nos comovamos com esta história que nos convida a uma reflexão sobre o papel da mulher nos anos 50 e actualmente. Não querendo desvendar em demasia as temáticas abordadas, gostaria de referir que considerei chocante a forma como uma década, não muito distante, tratava a gravidez na adolescência. 

A mulher é, desta forma, o tema central da trama sendo as personagens femininas quem se destaca nesta história. É pois impossível não sentir uma empatia com as mulheres presentes na narrativa.

Apesar de, como já salientei, a presente obra não se enquadrar nos meus géneros literários de eleição, confesso que a mesma consubstanciou uma experiência positiva por me ter desafiado a sair da minha zona de conforto. Para além do mais devo dizer que raramente me deparo com livros escritos de forma tão graciosa, conforme também já referi, algo que considero extremamente positivo quando uma obra me surpreende desta forma. Ainda assim prefiro o género thriller mesmo que contenha uma escrita mais crua.

Em suma, A Sombra do Passado é um livro imprescindível para os fãs de dramas familiares. Para mim, valeu pela experiência de ler uma obra completamente fora da minha zona de conforto, proporcionando-me uma percepção muito diferente daquela que sinto aquando a leitura dos thrillers, um género que tanto adoro.


sexta-feira, 8 de março de 2019

Gaston Leroux - O Mistério do Quarto Amarelo [Divulgação Colecção Vampiro]


Data de publicação: 7 Março 2019

               Titulo Original: Le Mystère de la Chambre Jaune
               Tradução: Franco de Sousa
               Preço com IVA: 7,70€
               Páginas: 312
               ISBN: 9789723830903

A Livros do Brasil lança a 7 de março na sua coleção Vampiro O Mistério do Quarto Amarelo. Publicado originalmente em 1907 por Gaston Leroux, o autor do notável romance O Fantasma da Ópera, este é um dos mais famosos clássicos policiais de língua francesa, que, desafiando os mecanismos da lógica e tecendo uma trama cada vez mais arrepiante, há mais de um século mantém os leitores agarrados da primeira à última página.

Sinopse: O quarto amarelo é o local do crime e a vítima a menina Stangerson, que acabara de se retirar para o quarto quando um ruído de luta, um disparo, um grito de «Assassino!» ecoam pela casa.
Assim que a porta do quarto é derrubada, revela-se um cenário assustador: a jovem encontra-se caída numa poça de sangue, mas, apesar de a porta estar trancada e a janela ser gradeada, não há mais ninguém naquela divisão. Como é que o atacante escapou?
O misterioso crime intriga um jovem repórter, Joseph-Joséphin – mais conhecido como detetive Rouletabille –, que não descansará enquanto não descobrir o culpado.

Sobre o autor: Gaston Leroux nasceu em Paris, a 6 de maio de 1868, e morreu em Nice, a 15 de abril de 1927. Formado em Direito, rapidamente ingressou no jornalismo e viria a tornar-se um dos mais conhecidos repórteres do seu tempo. Em 1907, abandonando a escrita jornalística, publica o seu primeiro êxito literário, O Mistério do Quarto Amarelo, hoje unanimemente apontado como um dos grandes clássicos na história da literatura policial. Este será o primeiro de uma série que tem como protagonista o repórter-detetive Rouletabille, cujas aventuras foram várias vezes adaptadas ao cinema. Com mais de uma trintena de romances e peças teatrais, Gaston Leroux publicou em 1910 aquela que é por muitos considerada a sua obra-prima, O Fantasma da Ópera. 

Já na coleção Vampiro:
No. 1: Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine
No. 2: Vivenda Calamidade, de Ellery Queen
No. 3: O Falcão de Malta, de Dashiell Hammett
No. 4: O Imenso Adeus, de Raymond Chandler
No. 5: Picada Mortal, de Rex Stout 
No. 6: O Mistério dos Fósforos Queimados, de Ellery Queen
No. 7: A Liga dos Homens Assustados, de Rex Stout
No. 8: A Morte da Canária, de S. S. Van Dine 
No. 9: O Grande Mistério de Bow, de Israel Zangwill
No. 10. A Dama do Lago, de Raymond Chandler
No. 11. A Pista do Alfinete Novo, de Edgar Wallace
No. 12. Colheita Sangrenta, de Dashiell Hammett
No. 13. O Caso da Quinta Avenida, de Anna Katharine Green  
No. 14. O Caso Benson, de S.S. Van Dine 
No. 15. O Impostor, de E. Phillips Oppenheim
No. 16. A Chave de Cristal, de Dashiell Hammett
No. 17. O Crime do Escaravelho, de S.S. Van Dine
No. 18. O Gato de Diamantes, de Dorothy L. Sayers 
No. 19. A Quadrilha de Rubber, de Rex Stout 
No. 20. O Enigma do Sapato Holandês, de Ellery Queen
No. 21. Um Crime em Glenlitten, de E. Phillips Oppenheim
No. 22. Estrada Para A Morte, de Margery Allingham
No. 23. O Crime Exige Propaganda, de Dorothy L. Sayers 
No. 24. A Porta das Sete Chaves, de Edgar Wallace 
No. 25. O Mistério do Ataúde Grego, de Ellery Queen
No. 26. O Enigma do Casino, de S.S. Van Dine 
No. 27. Mistério em Branco, de J. Jefferson Farjeon 
No. 28. Crime na Alta-Roda, de Margery Allingham

quinta-feira, 7 de março de 2019

Shari Lapena - Um Estranho Dentro de Casa [Resultado Passatempo Editorial Presença]


Com a preciosa colaboração da editora Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar do livro Um Estranho Dentro de Casa de Shari Lapena para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 103 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Onde acorda a protagonista desta história? No Hospital
2. O que lhe é dito quando ela acorda? Dizem-lhe que foi vítima de um acidente: perdeu o controlo do carro quando conduzia numa zona perigosa da cidade.
3. Como se chama o primeiro livro de Shari Lapena já publicado pela Editorial Presença? O Casal do Lado

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

79 - Ana Lopes (Vila Nova da Barquinha)

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

quarta-feira, 6 de março de 2019

Miguel Szymanski - Ouro, Prata e Silva [Divulgação Suma de Letras]


Data de publicação: 6 Março 2019

               Preço com IVA: 16,50€
               Páginas: 211
               ISBN: 9789896657055

Sinopse: Marcelo Silva é um jornalista nomeado, por uma série de acasos ou razões obscuras, para dirigir uma nova brigada anticrime em Lisboa.
Durante os primeiros dez dias no seu novo cargo, percorre as ruas duma cidade entregue aos turistas e imerge no submundo das tramas políticas na tentativa de encontrar um milionário desaparecido e de desmascarar os crimes de uma elite financeira e política que deixaram o país à beira da ruína.
Fiel a si próprio, entre meninas de boas famílias e políticos corruptos, milionários poderosos e redes de prostituição, entre Lisboa e Berlim, Marcelo Silva leva-nos num trajecto para além das aparências, para trás da fachada da capital portuguesa, onde tudo acontece e os «brandos costumes» só se mantêm como mito urbano das classes médias.

Sobre o autor: Miguel Szymanski nasceu em Faro em 1966. Estudou Economia, Direito e Literaturas Modernas. Escritor e jornalista, trabalha na Alemanha e em Portugal, é comentador da RTP e participa no programa Mundo sem Muros da RTP Internacional.
Começou a trabalhar no Goethe-Institut no início dos anos 90. Iniciou-se no jornalismo na imprensa económica. Em Portugal, trabalhou para a Grande Reportagem, O Independente e o Expresso. Foi editor da revista GQ e cronista do Diário de Notícias. Durante a crise, regressou à Alemanha, publicou as suas crónicas no diário Die Tageszeitung de Berlim e foi redactor da revista Öko-Test em Frankfurt.
É hoje correspondente do semanário Der Freitag e do jornal Portugal Post e comenta também o que se passa em Portugal para várias televisões e rádios na Alemanha e na Áustria. Em Portugal, publicou o seu primeiro livro, O Economista Acidental, em 2010. Na Alemanha, escreveu Ende der Fiesta [Fim da Festa] em 2014.


Michelle Adams - Entre As Mentiras [Divulgação Planeta]


Data de publicação: 6 Março 2019

               Título Original: Between The Lies
               Tradução: Raquel Dutra Lopes
               Preço com IVA: 17,95€
               Páginas: 280
               ISBN: 9789897771422


Sinopse: Chloe Daniels tem um grave acidente e desperta do coma no hospital.
Um dos problemas com que se depara é não se lembra de quem é e porque está no hospital, além disso não sabe quem são os estranhos que insistem que são a família.
Sendo o pai psiquiatra, propõe-se a ajudar Chloe a recuperar as memórias, mas ela sente instintivamente que os pormenores que os pais e a irmã lhe contam não são a verdade.
Chloe sente que ocultam segredos obscuros e, determinada em descobrir tudo, vai fazendo a sua investigação, só não sabe que quando a verdade for revelada terá consequências devastadoras.

A verdade está escondida entre as mentiras.
O que faria se acordasse e não soubesse quem era?
E se o seu passado permanecesse um mistério?

«Olhos abertos, arregalados. Não é um despertar contínuo, não há qualquer pausa suave entre o sonho e a realidade. É rápido, como o arrancar de um penso, o golpe afiado de uma faca. Estou sem fôlego e suada. Memórias do sonho dissipam-se à medida que olho em redor, fazendo um esforço consciente por me lembrar de onde estou. Que estou segura. Que estou viva.
Viro-me, arranco a cara à almofada e sento-me na cama; o único som é o de uma chuva delicada a embater na janela. Esfrego os olhos e oiço uma porta a abrir-se e fechar-se. Passos nas escadas, o zunzum de vozes na cozinha.
Uma família.
Dizem-me que me chamo Chloe.»

Sobre a autora: Michelle Adams cresceu em Inglaterra e agora vive no Chipre, onde trabalha em part-time como cientista. Leu um dos romances de Stephen King quando era muito nova e ficou viciada em suspense desde então. Depois de publicar Se Conhecessem a Minha Irmã, publicou um novo livro, Entre as Mentiras.


Harlan Coben - Não Desistas [Divulgação Editorial Presença]

 

Data de publicação: 6 Março 2019

               Título Original: Don´t Let Go
               Colecção: Minutos Contados #42
               Tradução: Marta Mendonça
               Preço com IVA: 17,50€
               Páginas: 288
               ISBN: 9789722363419  

Sinopse: Neste impressionante novo thriller Não desistas, Harlan Coben, no seu estilo inconfundível, explora os grandes segredos e as pequenas mentiras que podem destruir uma relação, uma família e até mesmo uma cidade.
Napoleon «Nap» Dumas, detetive na área de Nova Jérsia, é agora uma pessoa muito diferente do que era no final da adolescência quando Leo, seu irmão gémeo, e Diana, a namorada deste, foram encontrados mortos sobre uma linha férrea.
Além disso, Maura, o amor da sua vida, rompera com ele, desaparecendo sem qualquer explicação. Durante 15 anos, Nap não desistiu de procurar Maura, nem de descobrir os motivos da morte do irmão. Agora, parece que irá finalmente saber a verdade.
Quando as impressões digitais de Maura aparecem no carro alugado de um suspeito de homicídio, Nap inicia uma investigação em busca de respostas que apenas o levarão a mais perguntas - sobre a jovem que ele amava, sobre os amigos de infância que julgava conhecer, sobre a base militar desativada nas redondezas do local onde cresceu e, em especial, sobre Leo e Diana - cujas mortes são mais obscuras e sinistras do que Nap alguma vez imaginou.

Sobre o autor: Harlan Coben nasceu em 1962 na Nova Jérsia, onde vive com a mulher e os filhos. Foi o primeiro autor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial nos Estados Unidos da América, o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award.
A sua obra encontra-se traduzida em cerca de 43 línguas e conta com mais de 60 milhões de exemplares vendidos. A crítica tem-lhe dispensado as mais elogiosas referências.
A Presença publicou muitos dos seus bestsellers nesta coleção, entre os quais Falta de Provas, A Verdade nos Olhos, Seis Anos Depois e Apenas Um Olhar.

Imprensa 
«Harlan Coben é um mestre na arte de prender o leitor desde a primeira página... e deixá-lo estupefacto na última.»
Dan Brown, escritor 

«Harlan Coben é um fenómeno - o autor norte-americano mais genuíno de thrillers; nunca desilude o leitor. É notável a sua extraordinária capacidade para continuar a escrever histórias tão impressionantes.»
The Times 

«Ernest Hemingway teria, por certo, aprendido algumas dicas com o estilo de escrita direto e profundo de Harlen Coben.»
Revista Forbes

«Um dos melhores autores contemporâneos de livros de suspense.»
The Huffington Post  

«Simplesmente um dos grandes escritores de sempre.» 
Gillian Flynn, escritora 

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