quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Divulgação de autor: Vasco Ricardo - O Diplomata


Depois do sucesso de "A Trama da Estrela", Vasco Ricardo apresenta-nos mais um thriller, com todos os ingredientes que um bom thriller deve ter! O tão esperado: "O Diplomata"

Sinopse: Gabriel é um político norte-americano de topo que possui uma família perfeita e uma reputação imaculada. Contudo, por detrás da sua figura exemplar, um outro homem emerge. Violento, frio e calculista, Gabriel parte em busca de algo e não parará enquanto não for bem-sucedido.

"...E quando já ninguém chorava, dei por mim a verter lágrimas que cheiravam e sabiam a sangue..."


O autor irá apresentar o seu novo thriller já no próximo dia 6.


Podem ver o booktrailer aqui.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Passatempo Editorial Presença: Henning Mankell - Um Homem Inquieto [Resultado]


Com a preciosa colaboração da Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar deste livro, Um Homem Inquieto, para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 218 participações, das quais 213 válidas, as respostas correctas eram:

1. A que colecção pertence Um Homem Inquieto? O Fio da Navalha.
2. Que cargo tinha Håkan von Enke? Ele era um antigo oficial da Marinha.
3.Quantos anos tem o episódio da carreira de Håkan von Enke que parece estar envolto em mistério? Quase 30 anos.
4. Qual é a nacionalidade do autor Henning Mankell? Sueca

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

199 - Bruna Cunha (Rio Maior)

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos! 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Janet Evanovich - Perseguição Escaldante [Opinião]

Apesar de Janet Evanovich contar com dois livros já publicados em Portugal, foi com Perseguição Escaldante que me estreei com a autora. Este livro, tratando-se do 17º de uma série, deixo um apelo para que a TopSeller, considere a publicação desta saga protagonizada por Stephanie Plum, a partir do primeiro livro. Pois Janet Evanovich acaba de ganhar mais uma seguidora, eu própria, e com o decorrer desta opinião irão perceber porquê. 

Stephanie Plum depara-se com uma enchente de cadáveres, alguns deles com mensagens alusivas à sua pessoa. Sendo ela uma caça recompensas, é motivo mais que suficiente para ser alvo de ameaças. Nisto, a família quer juntá-la com Dave. Mas Steph já tem a sua vida amorosa mais que satisfatória com as presenças constantes de Ranger e Morelli...

Como anteriormente referi, este livro está muito adiantado se tivermos em conta o início da série. Ainda assim, penso que não haja dificuldade no que conta ao conhecimento do historial da protagonista, Stephanie Plum. Esta tem uma profissão muito peculiar, ela é uma cobradora de cauções. A sua vida amorosa é extremamente preenchida com dois namorados e é tão querida como destrambelhada. E ninguém melhor que Lula para emparelhar com Stephanie. Adorei-a tanto quanto a protagonista, pois envolve-se em situações tão caricatas quanto a própria da Stephanie.
Além disso, a cobradora de cauções tem uma família, no mínimo insólita, os pais estão desertos que ela se volte a casar (ela já foi casada mas sabe-se pouquíssimos pormenores sobre o seu casamento e a razão pela qual terminou) e a avó Mazel é extremamente engraçada, tecendo comentários que fazem jus à sua pessoa.

Para o volume número 17 de uma série, penso que a autora geriu bem a informação, embora tenha resumido muito certos factos sobre a protagonista. Mas vendo bem até concordo: se você fosse assíduo/a desta série, certamente seria a 17ª vez que iria ler sobre Stephanie e então iria achar que Evanovich seria um pouco repetitiva.

A autora relata as aventuras de Stephanie, na primeira pessoa, sob a perspectiva da nossa protagonista, o que afunila a empatia com a personagem. Gostei da forma como a autora relativiza momentos de maior tensão, munindo-os de algum humor. Algumas das passagens são tão hilariantes que eu ri-me literalmente a bandeiras despregadas. Nunca esquecerei os episódios relacionados com Merlin Brown e outras passagens de conteúdo altamente cómico. Alguns destes fogem um pouco à realidade, debruçando-se sobre elementos tão figurativos como um urso dançarino ou um vampiro de meia idade.
A componente policial está lá, mas os episódios são tão engraçados, que acabamos por ter uma despreocupação face à investigação, se formos a comparar com as demais obras da literatura policial. E eu senti-me genuinamente surpreendida com a revelação da identidade do assassino, apesar de, agora que penso nisso, ser relativamente óbvia. O desfecho então indica que haverá mais aventuras de Plum pela frente.

Estou francamente deliciada com a editora TopSeller, que se estreou no mercado com dois grandes livros, que tive a oportunidade de ler. Embora de cariz muito diferente, Alex Cross esteve à altura de um grande policial mais ortodoxo e agora este, mais leve e descontraído, constituindo igualmente um excelente momento de leitura.

Se os vossos receios em ler este livro se prendem com o facto de ser o 17º de uma série, os mesmos são infundados: a história é perfeitamente perceptível e deliciosa! Não tenho qualquer dúvida de que o meu caro seguidor irá rir e deliciar-se com Stephanie Plum.
Reconheço que fiquei com uma excessiva vontade de comprar os velhinhos Fio da Navalha da Editorial Presença da autora (Por um Fio e Dinheiro Sujo). Sabendo de antemão que nenhum destes iniciou a saga de Stephanie Plum, tive necessidade de ver a adaptação cinematográfica do primeiro: One For The Money. Desconheço se será fiel ao livro, mas reconheço que gostei muito do filme e desmistificou os inícios das relações entre Stephanie com Morelli, Ranger e até mesmo Lula.
Para os mais cépticos, esta combinação de humor com policial é deveras explosiva. Para as conjunturas actuais nada melhor que um livro descontraído e ao mesmo tempo obediente aos crimes e às investigações policiais. Por isso, recomendo vivamente Perseguição Escaldante. Adorei e estou ansiosa por ler mais desta autora!



Divulgação Editorial ASA: Lee Child - Jack Reacher, 61 Horas


Sinopse: Uma violenta tempestade de neve e um acidente com um autocarro turístico fazem com que Reacher vá parar ao meio do Dakota do Sul - desprevenido. 
Para a tempestade, claro está. Mas está pronto, como só ele consegue estar, a arriscar a vida para proteger uma corajosa testemunha. Se ela quiser viver o suficiente para testemunhar, vai precisar da ajuda dele. Um assassino dirige-se diretamente a ela e está prestes a chegar à cidade... Ou até talvez já lá esteja...

Nas livrarias a 26 de Novembro. 


domingo, 25 de novembro de 2012

E L James - As Cinquenta Sombras Livre [Opinião]


Finda a trilogia que mais deu que falar este ano (oh, tantas amigas que tenho doidas pelo sr. Grey...!), não poderia deixar de registar a minha opinião sobre o terceiro livro, embora consciente que esta não se insere de todo no cariz policial e de thriller a que o blog se destina.
Mas esta trilogia abriu-me novos horizontes: um gosto até agora desconhecido, pela leitura do tão na voga romance erótico. Irei certamente ler mais livros pertencentes a este género.
 
Antes de mais felicito a editora, Lua de Papel pela célere publicação deste livro. Lembro-me de, em Julho quando li o primeiro livro, ter acesso a um flyer onde especificava o mês de lançamento da restante trilogia: este estava previsto para Fevereiro de 2013. Ainda bem que assim não foi... Depois do segundo livro, confesso que a ansiedade se começava a instalar para ler o derradeiro final da trilogia.
Já que falo sobre a editora, aproveitaria para encorajar a mesma a publicar mais deste género. Sei que na Lua de Papel brasileira, foi publicado Luxúria de Eve Berlin. Penso que tal título seria, à semelhança da trilogia de Grey, um estrondoso sucesso cá em Portugal. 

Voltemos então à opinião de As Cinquenta Sombras Livre.
Christian e Ana estão numa etapa mais séria na relação. A vivência conjunta pode assegurar muitos momentos felizes mas igualmente alguns contratempos decorrentes da personalidade dominadora de Grey. Por muito que ame Anastasia, este terá sempre que assegurar o controlo. Estará Anastasia à altura de um compromisso com esta dimensão sabendo que terá que haver obrigatoriamente uma cedência de partes?

Confesso que durante as primeiras páginas do livro eu estava na dúvida se a história se iria desenvolver. Como estava enganada, é claro! Há uma reviravolta e a partir daí a trama direcciona-se para uma vertente de maior acção, com o poder da vingança à flor da pele. O romance e a sensualidade nunca são descurados no entanto, apesar de, nesta parte, tomarem menores proporções.
Sim, à semelhança dos dois livros precursores, o erotismo é patente e há uma clara evolução entre o casal. Este livro é quase como um exemplo de como uma relação entre um casal com a envergadura de um casamento, pode ser apimentada e apaixonada. 
Ao contrário do que possam pensar, e apesar da seriedade da relação, a autora não se coíbe com as tendências BDSM, que continuam a pautar grande parte da sexualidade de Ana e Christian. O uso da linguagem com termos associados ao calão, continuam a estar presentes, bem como as aparições da deusa interior, embora com uma participação cada vez menos activa.

Achei interessante como a autora criou a personagem Grey. No fim do primeiro livro não o suportava, no segundo já o tolerava e neste já gostei! Isto porque Christian Grey vai mostrando um pouco de si. No segundo livro eram notórias as diferenças (embora com a questão do controlo bem saliente), com este livro um pouco mais do seu passado é revelado e o próprio Christian é levado a contar de livre vontade tais factos do passado. Por um lado, este secretismo por parte do protagonista masculino afastou-me de sentir empatia por ele mas por outro lado, numa combinação absolutamente simbiótica, adensou o mistério que pairava sobre ele.
Por outro lado, Anastasia ainda mostra a sua ingenuidade e o seu lado impulsivo faz com que haja desentendidos entre o casal. Mas lá está: diz o povo que a melhor forma de fazer as pazes é com sexo. Portanto o confronto de personalidades até faz algum sentido, de certa forma, atiça a paixão e a luxúria entre ambos.

A estrutura da narrativa é mantida, abordando os já conhecidos e-mails trocados entre o casal, que na minha perspectiva, dinamizam a acção, contribuindo para a fácil e rápida leitura do livro. E depois a própria abordagem de romance, faz com que o livro seja lido num ápice.

O desfecho deixou-me com uma sensação idêntica a "Ohhh mas já acabou?" Apenas uma pequena falha a apontar nesta fase do livro: a autora podia ter incidido mais num final para Mia e Ethan. Parece que depois do susto da sua vida, Mia desaparece de cena. Não foi por falta de páginas que isso terá ocorrido, afinal de contas este volume é o mais grandito da trilogia.
Para atenuar esta sensação acima descrita, a autora prepara dois aperitivos nas páginas finais. Um teaser é um capítulo triste, muito triste, do primeiro Natal de Christian enquanto menino adoptado por Carrick e Grace. O outro são dois capítulos que fazem-nos recuar ao primeiro livro mas com uma nuance: o narrador é agora Christian. Irá E.L. James reescrever a trilogia sob o ponto de vista dele?

Seja como for, a trilogia de Grey é indiscutivelmente um fenómeno actual. Penso que é impossível ser-se indiferente a estes livros: ou se gosta ou se odeia. Quanto a mim, confesso que gostei de ler esta trilogia, por transmitir sensações tão diferentes da leitura decorrente de um policial e foi pioneira para um género a qual estarei muito atenta doravante.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dan Wells - Senhor Monstro [Opinião]

Estamos em vésperas da iniciativa Fórum Fantástico (que terá lugar dia 24 e 26 de Novembro na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro em Telheiras). Dan Wells estará presente, para o lançamento deste Senhor Monstro, sequela de Não Sou um Serial Killer, publicações da Contraponto. 
A ressaltar imediatamente tenho a dizer que adorei a capa de Senhor Monstro! Simples e mais madura que a anterior.

Depois do episódio com o sr. Crowley em Não Sou um Serial Killer, John Wayne Cleaver tenta voltar à normalidade. Mas eis que vários cadáveres começam a surgir, em locais familiares do jovem. E nisto, começa a ser pressionado pelo agente do FBI responsável pelo caso. 

De facto Senhor Monstro acompanha o quotidiano de John Wayne Cleaver, após os acontecimentos descritos em Clayon, traduzindo-se numa sequela directa, sendo importante a leitura prévia de Não Sou um Serial Killer, para melhor contextualização da presente história. Esta trama é relativamente linear até à única reviravolta: a identidade de quem comete os homicídios e motivações, tudo dentro de parâmetros que fogem aos contornos reais. Já no livro antecessor, tinha assinalado esta particularidade que volta a manifestar-se com o presente livro, embora tardiamente: a existência de elementos sobrenaturais. 
E é nesta mistura de fantástico com thriller que reside a originalidade do autor. Wells tece considerações mórbidas, em observações cheias de humor negro, o que faz com que Senhor Monstro seja um livro, apesar do título, ligeiro e rápido de se ler. 

Há, no meu entender, uma evolução no autor. Gostei de Não Sou um Serial Killer, deste gostei ainda mais!
Achei esta história mais sombria e sofri literalmente na parte final. Consequência: li o livro avidamente em dois dias! Um outro aspecto importante de assinalar é o facto do autor escrever livros com poucas páginas, o que condensa mais a acção, não tendo eu identificado passagens mais paradas.

A narração sob perspectiva de John Wayne Cleaver, o já nosso conhecido jovem com perfil sociopata, faz com que o leitor mergulhe de novo numa adolescência, bem diferente, e com instintos predatórios tão naturais como comer ou dormir. 
Neste livro, John não se coíbe de mostrar esta faceta a que ele denomina de Senhor Monstro, o que afunila as semelhanças assombrosas com Dexter. O Senhor Monstro é o correspondente do Dark Passenger do analista de sangue de Miami Metro Homicide, o responsável pelos instintos predatórios que caracterizam estas personagens.
Ainda que John revele sistematicamente instintos de matar, nomeadamente as pessoas mais próximas de si, é inquestionável o carinho que nutre por Brooke, conferindo-lhe um ar doce e mais humano. E claro, John é verdadeiramente mordaz, aspecto verificado em grande parte das suas observações.

A conjunção de particularidades acima mencionadas faz com que Senhor Monstro seja adaptável para qualquer público, embora esteja direccionado para um público jovem adulto.
As cenas eventualmente mais chocantes, poderão dizer respeito aos procedimentos típicos de uma funerária, abarcando igualmente as fases de um cadáver. Exceptuando excertos desta natureza, o livro é assaz espirituoso e leve. 
Estou fã da série John Wayne Cleaver e anseio pela publicação do terceiro livro!




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Passatempo Editorial Presença: Henning Mankell - Um Homem Inquieto


Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear, um exemplar do livro Um Homem Inquieto de Henning Mankell. Para participar no passatempo, tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.

Regras do Passatempo:
- O passatempo começa hoje dia 20 de Novembro de 2012 e termina às 23h59 do dia 26 de Novembro de 2012.
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui:
Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)






segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Henning Mankell - Um Homem Inquieto [Divulgação Editorial Presença]


Data de Publicação: 20 Novembro 2012


Título Original: Den Orolige Mannen
Tradução: Ulla Baginha
Páginas: 480
Colecção: O Fio da Navalha, Nº114 - Editorial Presença
Preço sem IVA: 20,94€/ Preço com IVA: 22,20€
ISBN: 9789722349192

Sinopse: Kurt Wallander nunca foi o género de homem que se sente muito à vontade em eventos sociais, mas algo na festa do 75.º aniversário de Håkan von Enke, um antigo oficial da Marinha, o deixa mais desconfortável. O aniversariante  parece inquieto e desejoso de lhe falar de um episódio da sua carreira que, passados quase trinta anos, permanece envolto em mistério. Quando três meses mais tarde Håkan desaparece sem deixar rasto, Wallander não pode deixar de se interrogar se naquela noite ele não estaria a tentar dizer-lhe algo...

Sobre o autor: Henning Mankell, escritor e argumentista, nasceu em 1948 na Suécia. Casado com uma das filhas de Ingmar Bergman, Mankell foi durante muito tempo dramaturgo e encenador. O seu primeiro romance foi publicado em 1973, mas tornou-se conhecido em todo o mundo com a obra Assassino sem Rosto e outros romances policiais que a Presença tem vindo a publicar nesta coleção, em que o protagonista é o oficial da Polícia de Ystad, Kurt Wallander. Publicou ainda muitos romances para crianças e jovens, tendo sido frequentemente premiado. As suas obras já venderam mais de 30 milhões de exemplares em mais de 40 países.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Divulgação Editorial TopSeller: Janet Evanovich - Perseguição Escaldante

Sinopse: Em New Jersey, os cadáveres surgem em catadupa. Ninguém sabe quem é o assassino em série nem o motivo por que anda a matar, mas o nome de Stephanie Plum, a caçadora de recompensas, está na lista do homicida.
Stephanie corre contra o tempo para descobrir o que se passa, mas tem ainda de enfrentar outras complicações na sua vida. A sua família e amigos insistem que chegou o momento de escolher entre o seu eterno namorado, o detetive Joe Morelli, e o rebelde mas sedutor Ranger, dono de uma empresa de segurança. E a sua mãe está apostada em juntá-la com Dave, uma ex-estrela do futebol americano. Com um assassino implacável no seu encalço, um punhado de homens sedutores e fogosos atrás de si, e assombrada por uma lista de faltosos a tribunal que incluem um urso bailarino e um vampiro de idade já avançada, a vida de Stephanie parece prestes a entrar em brasa.
Perseguição Escaldante é um policial divertido e autêntico, que vai arrancar muitas e muitas gargalhadas.

Nas livrarias a 15 de Novembro.

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

James Patterson - Alex Cross [Opinião]

Já conhecia o autor James Patterson. A sua versatilidade na escrita é indiscutível, tenho publicado uma panóplia de livros desde romances (sobre os quais não posso opinar por não ter lido nenhum) a tramas policiais. Dentro destas há também diferenças notórias: entre a série do Clube das Investigadores (destinada mais a um público feminino) categoriza-se num género de policial mais leve e a série protagonizada por Alex Cross, de calibre mais violento.

Antes de mais, devo felicitar a editora TopSeller. Há muito que gostaria de ver continuada a série de Alex Cross, subitamente interrompida (por motivos que francamente desconheço) pela Editorial Presença. 
A capa é apelativa, referenciando talvez aquele que seja o cartaz do filme prestes a estrear nas salas de cinema portuguesas. Depois da leitura do livro, certamente que será um filme a não perder, ainda que tenha presente que as adaptações em cinema são usualmente inferiores às obras de literatura.

Alex Cross é o décimo segundo volume da saga mas não constitui dificuldade ler-se independentemente. Aliás todas as obras protagonizadas por Alex Cross tem apenas como denominador comum o protagonista, distinguindo-se das demais pelo cariz do crime que é investigado. Aliás, neste Alex Cross, é desvendado muito da sua vida em particular, pormenores que eu desconhecia, como leitora apenas de um livro deste protagonista (A Conspiração da Aranha). Como tal, a personagem Alex Cross é bastante desenvolvida, tornando-se muito empática com o leitor, aspecto este que é essencialmente devido à tragédia que se abateu na sua vida com a morte da sua esposa, Maria. Apesar de tudo, é um homem extremamente dedicado à família, vacilando um pouco entre a importância da vida pessoal e a profissional.

Mas Patterson vai mais longe e esmera-se na personagem vilã, dotando-a de um lado contido dentro da sociedade, com uma família. Outrora este teve uma infância menos feliz, de acordo com alguns flashbacks dispersos na narrativa alusivos a esta fase.
Patterson privilegia o leitor com a descoberta da sua identidade a meio do livro, pelo que não constitui surpresa já cliché de muitos policiais, a identificação do Carniceiro. O suspense medeia-se entre os actos temíveis deste homem e a forma como ele foge às investidas policiais, focando-se essencialmente nos crimes decorrentes das violações ou dos necessários para silenciar potenciais delatores. 
Em geral, o autor promove alguma profundidade às vítimas, o que engrandece o transtorno por parte do leitor perante as situações de violação.

Para reforçar a complexidade da trama, é parte integrante a máfia italiana. Normalmente não sou grande fã das conspirações da máfia, mas confesso que nesta história, esta teve um papel interessante pois contextualiza a corrupção e o favorecimento de favores que mergulha certos estados americanos, ainda que de uma forma muito discreta.
A trama é muito forte: desde violações perpetuadas e silenciadas sob pena de morte com o amedrontamento a partir de fotografias alusivas de outras vítimas, revelando vários graus de tortura. Como tal, é um livro muito gráfico, fortemente desaconselhado aos leitores mais impressionáveis. Ainda assim, muito devido à escrita do autor, organizado em capítulos pequenos, é um livro de ávida e rápida leitura.

Em suma, Alex Cross é um livro frenético e duro, ideal para os fãs de policiais. Aguardo com alguma ansiedade a continuação da publicação da série por parte da TopSeller. Adorei!


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Divulgação Editorial Contraponto: Dan Wells - Senhor Monstro


Senhor Monstro é a sequela do livro Não Sou um Serial Killer (Contraponto, março 2012).

«Matei um demónio. Não sei se era mesmo, no verdadeiro sentido do termo, um demónio – não sou uma pessoa propriamente religiosa – mas o que sei é que (…) era uma espécie de monstro, com presas e garras e tudo. Era capaz de se transformar, matou uma data de gente e, se tivesse descoberto que eu sabia quem ele era, também me teria matado. Assim, à falta de melhor palavra, chamava-lhe demónio e, como mais ninguém podia fazê-lo, matei-o. Acho que foi a coisa certa a fazer. Pelo menos os assassínios pararam. Bem, pararam durante algum tempo.»
John Cleaver

Sinopse: Em Não Sou Um Serial Killer, ficámos a conhecer John Wayne Cleaver, um rapaz bem-comportado, tímido, reservado (e obcecado com a morte, mais especificamente com homicídios), que salvou a sua cidade de um assassino ainda mais aterrador que os serial killers que estuda obsessivamente.
No entanto, como rapidamente descobre, até os demónios têm amigos, e o desaparecimento daquele que John matou atraiu outro monstro ao condado de Clayton. As suas vítimas vão aparecendo na casa mortuária onde John trabalha, e ele tenta resolver o mistério, uma vez mais. Desta vez, contudo, há uma diferença: John já provou o sabor da morte, e a parte mais escura da sua personalidade pode descontrolar-se, com consequências imprevisíveis mas muito perigosas.
Ninguém em Clayton estará seguro se John não conseguir derrotar estes dois adversários tremendos: o demónio desconhecido que tem de caçar, e o seu próprio demónio interior – a criatura sedenta de sangue a que ele chama «Senhor Monstro».

Nas livrarias a 16 de Novembro.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

John Verdon - Não Abras os Olhos [Opinião]


Do estreante autor de Pensa Num Número, um dos grandes livros lidos em 2011, chega este Não Abras os Olhos. Desde já, felicito a Porto Editora pela brevidade da publicação deste tão aguardado livro. A capa, devo dizer, está simplesmente fantástica, extremamente apelativa.

O já conhecido detective Dave Gurney, protagonista de Pensa Num Número, depara-se com um estranho caso de um homicídio de uma noiva em plena festa de casamento. A jovem, Jillian Perry, provém de uma família endinheirada e está prestes a contrair matrimónio com um psicólogo bem sucedido, Scott Ashton.
As atenções voltam-se para o jardineiro Hector Flores, que subitamente desaparece e se torna o suspeito número 1 deste macabro homicídio. A mãe de Jillian, a jovem decapitada, pede a Gurney que traga mais respostas que a própria polícia.

Esta é uma sequela em tudo independente do livro de estreia, embora haja umas referências (mínimas) sobre o caso anterior. O denominador comum é apenas Dave Gurney e a sua esposa Madeleine. E Jack Hardwick, e a sua insistência no retorno à investigação por parte de Gurney.
Não é desta que este se afasta definitivamente das investigações policiais, para mal de Madeleine. Um dos aspectos que denotei melhor caracterizado é sem dúvida a relação do casal, embora ela tenha um papel menos activo, com umas agravantes do passado e a forma como este caso poderá denegrir mais ainda o casamento deles.

Em relação às restantes personagens, há uma inovação relativamente ao livro antecessor: o autor tece as personagens com problemáticas como a sociopatia ou o abuso sexual, conferindo-lhes uma personalidade por si só, muito complexa, que complementa o enigma que surge através da morte de Jillian.
Não são só os vilões que estão dotados de problemáticas oriundas de uma sexualidade mal vivida, esta está patente sobretudo nas vítimas.

Embora tenha que admitir que a sequela esteja ao mesmo nível de qualidade, devo confessar que, por razões pessoais que se prendem essencialmente com o meu gosto pelos números (afinal de contas, sou da área da matemática e se há coisa que me fascine são teorias numéricas, como as que o autor se baseou em Pensa num Número), o anterior foi o meu favorito. Tenho que reconhecer, no entanto, que os crimes praticados nesta trama foram mais desafiantes. O autor ousou pela metodologia de crime utilizada: as decapitações e a descrição envolvida, revelando algum grafismo contrariamente aos homicídios praticados na trama anterior.

No entanto, o autor investe sistematicamente na tipologia de história intrincada. Bem estruturado, este livro categoriza-se no tipo de tramas onde as pistas dão origem a outras pistas sem que o leitor desconfie de nada. E no fim, a resposta estava lá, aparentemente tão dissimulada que o leitor não reparou na mesma.
Às páginas tantas eu estava tão expectante que não conseguia tecer nenhuma teoria lógica, o que foi bastante satisfatório pois o desfecho surpreendeu-me genuinamente.
E mais do que a surpresa que caracteriza as reviravoltas da trama, esta tem um mote sobretudo invulgar. O homicídio inicial é simplesmente grotesco, afinal de contas, quem se lembraria de matar uma noiva em plena festa de casamento?

Por isso, Não Abras os Olhos foi para mim, um livro que alia o mistério de um assassinato macabro e um outro referente a mulheres desaparecidas num plano psicológico bastante intenso, simplesmente tão criativo quanto Pensa Num Número. Mais do que um livro que adorei, John Verdon torna-se assim um autor de referência que irei seguir sem qualquer dúvida. Fico ansiosa desde já, pela publicação do terceiro livro do autor, almejando que esta seja o mais breve possível.




 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Clara Sánchez - Os Monstros Também Amam [Opinião]

Movida sobretudo pela capa deste romance (género a que categorizo o livro após a sua leitura, ainda que dentro do dramático) e pela misteriosa sinopse, li este livro o qual dedico algumas considerações neste post.

Sandra tem 30 anos e está grávida. Com dúvidas sobre os sentimentos que nutre relativamente ao pai da criança, Santi, ela resolve afastar-se e refugia-se numa pequena vila na zona balnear em Espanha. Aí conhece um casal de noruegueses octogenários, Karin e Fredrik Christensen. Rapidamente Sandra desenvolve com eles uma relação muito próxima, como se de avós se tratassem. É neste cenário que conhece Julián, um homem da mesma faixa etária que os novos amigos, mas que adverte Sandra que eles não são o que pensam...

Em primeiro lugar, tenho que referir que a capa é claramente enganadora uma vez que nos remete para um thriller, potentíssimo, o que não é verdade. Assim que vi esta capa, lembrei-me imediatamente do livro Alex, um dos preferidos deste ano. Mas não... o livro é um puro drama, com algum suspense pelo meio, mas não mais do que isso.
Não que desgoste de dramas, particularmente não costumo ler tal género, mas este aborda uma temática que tem sido do meu interesse ultimamente, o nazismo. Outro aspecto ainda referente à capa, penso que intrínseco à edição portuguesa, é a rapariga por trás do arame farpado. Ora a protagonista feminina Sandra, tem uma descrição diferente, dentro do estilo grunge, com piercings, contrariando o aspecto mais clean da rapariga da capa. Claramente que estamos perante um caso em que o invólucro não corresponde de todo ao conteúdo.

A história é narrada na primeira pessoa, alternadamente entre Sandra e Julián auferindo um antagonismo de sentimentos: Sandra nada sabe sobre Karin e Fredrik, ao contrário de Julián que conhece bem a história de vida do casal norueguês. E é neste cenário que vão ocorrendo vários flashbacks, até ao tempo de mocidade, em que Julián e o seu colega Salva, tentavam escapar com vida às mãos cruéis dos nazis, os quais faziam parte Karin e Fredrik.
Aqui merece uma chamada de atenção: embora o livro esteja repleto de descrições, esperava que estas fossem com um teor mais cru. Mas a autora coíbe-se de registar sob forma violenta as atrocidades dos nazis nos campos de concentração, cingindo-se aos pormenores de uma forma quase poética.

Por isso, e consoante esta estrutura, é dado a conhecer muito sobre o casal, na perspectiva de Sandra e de Julián, que inicialmente são contraditórias, mas que ao longo da história, acabam por convergir. É muito fácil sentir empatia por qualquer dos protagonistas, ao contrário de, evidentemente, do casal. Embora já com alguma idade, e aparentemente de bem com a vida, o casal não desvenda o tumultuoso passado onde estiveram envolvidos mas o leitor é privilegiado com tal informação logo no início do livro, e pela mão de Julián.
É portanto um livro que lida muito com revelações, ainda que estas possam magoar e por a descoberto um segredo atroz como a tortura nos campos nazis.

Como explica e bem a autora, no final do livro, muitos nazis se refugiaram em pontos da Europa, usufruindo um resto de vida descansada, nunca tendo sido julgados pelas atrocidades que outrora cometeram. E nisto, faz-se luz: o quão real poderia ser esta história. E é justamente devido a este facto que o livro acaba por ser cativante e comovente, embora seja um enredo relativamente linear (e até pouco surpreendente) num ritmo algo moroso.

Em suma, Os Monstros Também Amam é um conto poderoso sobre a redenção e auto-descoberta como parte integrante de complexos dilemas morais. Com um teor mínimo de suspense, altamente compensado pela dramatização do enredo, este livro está longe de ser um thriller. Ainda assim, foi uma leitura que apreciei e achei interessante pelo facto de reflectir um dos períodos negros da nossa História. Gostei!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Passatempo Planeta Manuscrito: Simon Tolkien - O Rei dos Diamantes [Resultado]

Com a preciosa colaboração da Planeta Manuscrito, a menina dos policiais tinha um exemplar deste livro, O Rei dos Diamantes, para oferecer. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 239 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Este livro é baseado em factos verídicos. Verdadeiro
2. Qual é o centro de comércio de diamantes? Antuérpia
3.Quem escolheu este livro como um dos melhores policiais de 2011? Kirkus Reviews
4. De quem é neto Simon Tolkien? J.R.R. Tolkien

E após um sorteio no random.org, o vencedor é:

204 - António Rodrigues (Aveiro)

Parabéns ao vencedor!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!