Sinopse: Quando um mercenário ucraniano conhecido por Gengis Khan assalta a casa do banqueiro Ramiro de Sá, além de um segurança morto e das jóias roubadas, deixa atrás de si um problema inesperado: do cofre do banqueiro foi também levado o passaporte de Valentim Zadenko, um emissário do Partido Comunista da União Soviética que entrou em Lisboa no dia 24 de Novembro de 1975 e aí desapareceu misteriosamente.
Enquanto o inspector Joel Franco, da Polícia Judiciária, investiga o
homicídio do vigilante, o passaporte torna-se uma relíquia que muitos
querem deitar a mão: não só o próprio Ramiro de Sá, mas também o chefe
da máfia russa, um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, um
veterano do PCUS que foi camarada de Zadenko e ainda Svetlana, a filha
do operacional desaparecido, que vem para Lisboa à sua procura, alertada
por um angolano que estudou em Moscovo e participou no assalto. Na
busca do documento, todos os caminhos acabarão, mais tarde ou mais cedo,
por ir dar a Ulianov, um ex-KGB especialmente treinado que em Portugal
se tornou dirigente de um grupo criminoso. Joel terá de contar com a sua
ajuda para desenterrar uma conspiração criminosa que nasceu no PREC e
envolveu militares revolucionários, banqueiros, assassinos … e várias
garrafas de Barca Velha.
Opinião: Depois de ter lido A Cidade do Medo, no ano passado (caramba, como o tempo passa!) e ter sido um livro que adorei, Vermelho da Cor do Sangue protagonizado por Joel Franco, inquestionavelmente era uma obra a ler embora deva confessar que estava com algumas reservas em iniciar a leitura da mesma.
Passo a explicar: embora com um título apelativo, o símbolo do comunismo, aliado à sinopse, eram factores suficientes para que adiasse esta leitura. Não sou fã de enredos que tenham como fundo ideologias políticas. O que me apraz dizer agora é que os meus receios eram infundados.
Apesar deste ser o segundo livro protagonizado por Joel Franco, a trama é completamente independente de A Cidade do Medo, não sendo mencionado qualquer elemento relativo ao livro antecessor. Apenas em comum são as personagens principais. O autor contextualiza os leitores não familiarizados com as personagens, incluindo no inicio do livro, uma pequena lista onde figuram os intervenientes da história, sintetizando o seu papel na trama.
Ainda sobre as personagens, um aspecto que denotei deveras curioso foi a participação de personagens concebidas pelo autor ainda antes do aparecimento desta colecção Não Matarás. Falo mais concretamente de Ulianov, cabeça de cartaz do livro Ulianov e o Diabo, obra esta que infelizmente ainda não tive oportunidade de ler. Fiquei, de facto, muito curiosa com a leitura dos primeiros livros do autor!
Joel Franco, volta com um caso altamente misterioso. Se há algo que gostaria de ver tratado é a investigação da morte de Augusto, amigo de infância de Joel e que deixou marcas profundas. Pois ainda vou ter que aguardar, uma vez que Vermelho da Cor do Sangue não revela pitada desse enigma que se começou a desenhar no livro antecessor.
Denotei que nesta trama, a componente pessoal de Joel Franco está reduzida ao máximo, concentrando-se nos acontecimentos de índole do thriller.
Apesar deste ser o segundo livro protagonizado por Joel Franco, a trama é completamente independente de A Cidade do Medo, não sendo mencionado qualquer elemento relativo ao livro antecessor. Apenas em comum são as personagens principais. O autor contextualiza os leitores não familiarizados com as personagens, incluindo no inicio do livro, uma pequena lista onde figuram os intervenientes da história, sintetizando o seu papel na trama.
Ainda sobre as personagens, um aspecto que denotei deveras curioso foi a participação de personagens concebidas pelo autor ainda antes do aparecimento desta colecção Não Matarás. Falo mais concretamente de Ulianov, cabeça de cartaz do livro Ulianov e o Diabo, obra esta que infelizmente ainda não tive oportunidade de ler. Fiquei, de facto, muito curiosa com a leitura dos primeiros livros do autor!
Joel Franco, volta com um caso altamente misterioso. Se há algo que gostaria de ver tratado é a investigação da morte de Augusto, amigo de infância de Joel e que deixou marcas profundas. Pois ainda vou ter que aguardar, uma vez que Vermelho da Cor do Sangue não revela pitada desse enigma que se começou a desenhar no livro antecessor.
Denotei que nesta trama, a componente pessoal de Joel Franco está reduzida ao máximo, concentrando-se nos acontecimentos de índole do thriller.
Constatei que a estrutura está bastante semelhante à de A Cidade do Medo, capítulos curtos, formatados sob a sequência de acontecimentos em cada dia da semana, fomentando uma rápida e empolgante leitura.
Não só a curiosidade natural aliada ao mistério relevante deste caso, como a sobriedade da expressão de temas como o PREC e a sociedade portuguesa nos anos 70, que se constataram ser extremamente didácticas no decorrer desta leitura.
O autor disserta sobre a livre circulação de pessoas estrangeiras e bens, sem imposição de fronteiras, fomentando a facilidade de difusão de núcleos mafiosos. Tema este, que confesso, não aprecio quando tratado em literatura mas a abordagem de Pedro Garcia Rosado tornou-o muito interessante e nada maçudo.
Além disso, o autor volta a recorrer à carismática personagem Eunice Neves, que como me expressei no livro A Cidade do Medo, volta a ser notório o paralelismo ficção/realidade no que concerne ao tornar as notícias de foro criminal em quase notícias sensacionalistas, por parte da imprensa portuguesa.
O autor disserta sobre a livre circulação de pessoas estrangeiras e bens, sem imposição de fronteiras, fomentando a facilidade de difusão de núcleos mafiosos. Tema este, que confesso, não aprecio quando tratado em literatura mas a abordagem de Pedro Garcia Rosado tornou-o muito interessante e nada maçudo.
Além disso, o autor volta a recorrer à carismática personagem Eunice Neves, que como me expressei no livro A Cidade do Medo, volta a ser notório o paralelismo ficção/realidade no que concerne ao tornar as notícias de foro criminal em quase notícias sensacionalistas, por parte da imprensa portuguesa.
Em suma, embora tenha gostado deste Vermelho da Cor do Sangue, devo confessar que apreciei mais A Cidade do Medo, apenas por uma questão de subjectividade de gostos literários, que vós sabeis, está mais em conformidade com as investidas de um serial killer, do que propriamente métodos de actuação de máfias russas.
Ainda assim, a avaliar pelo segundo volume da colecção Não Matarás, esta promete abordar temas variados, constituindo thrillers diferentes e independentes entre si, que farão as delícias dos amantes do género. Recomendo!
Ainda assim, a avaliar pelo segundo volume da colecção Não Matarás, esta promete abordar temas variados, constituindo thrillers diferentes e independentes entre si, que farão as delícias dos amantes do género. Recomendo!
Vera,
ResponderEliminarnão conhecia este autor e fiquei interessado. Já adicionei A Cidade do Medo à lista de compras. Se gostar mais se poderão seguir.
Obrigado!
Boas leituras!
Olá André Nuno!
ResponderEliminarDe facto só conheci o Pedro Garcia Rosado com a leitura da Cidade do Medo, mas posteriormente soube que ele tem publicado mais thrillers que ainda nem vi à venda... de qualquer das formas, esta colecção Não Matarás é bastante boa, penso que vais gostar!
No final do mês sai um novo livro do autor, numa nova série!
Beijinhos, boas leituras!