Sinopse: No ano de 1968, Israel esteve por detrás do desaparecimento de 200
toneladas de urânio, material destinado a dotar o Egito da bomba atómica
com a ajuda da União Soviética. Contudo nunca se conseguiu determinar
como é que um carregamento daquele minério, suficiente para produzir 30
armas nucleares, desapareceu no mar alto sem deixar provas que
comprometessem Israel. Follett pegou nesta enigmática ocorrência e criou
a partir dela um thriller único, onde um suspense de alta voltagem se
combina com factos históricos.
Opinião: Que Ken Follett é um nato contador de histórias já eu sabia. Follett tem uma capacidade impressionante de transformar factos históricos em adaptações fictícias verdadeiramente emocionantes. Triplo não foge a esta fórmula uma vez que é baseado no facto histórico do desaparecimento de urânio destinado ao Egipto, notícia esta citada do Dauly Telegraph no Pós Escrito.
Não sou entendida em história, muito menos na sua componente mundial, mas acredito ter sido um episódio interessante. Foi uma leitura que acima da componente de entretenimento, se mostrou didáctica por este factor.
Nada melhor que formular uma personagem que seja um espião, cujo objectivo é precisamente o de concretizar o desvio de urânio. Mas existem pretensões para o fazer e são destacados outros dois espiões para deter Nathaniel Dickstein.
Pessoalmente, gostei muito desta personagem que acaba por contar a sua aterrorizante experiência em campos de concentração, e deixou-me extremamente impressionada. Penso que por mais que leia sobre esta temática em particular, serei sempre sensível à mesma.
Tratando-se de uma história que abrange três espiões de diferentes nacionalidades, plenamente caracterizados. Por exemplo, há um background familiar algo extenso sobre o espião russo, o qual sugere uma evidente dualidade: espião e pai de família, embora não se estenda no sentido do aprofundamento dos diferentes hábitos culturais. Pessoalmente, teria achado este facto fascinante, tendo em conta que o cenário temporal são os anos 60, e por conseguinte, alguns hábitos outrora comuns, possivelmente estariam extintos nos dias de hoje.
Ao invés deste pormenor, o autor consegue retratar de forma bastante realista o contexto histórico das relações entre Israel e Egipto. Mas Follett fá-lo sem entrar em pormenores sobre a razão do tumultuoso relacionamento entre estes, crendo eu ser um aspecto menos positivo para leigos em História como eu.
Mas Triplo é muito mais do que uma obra de espionagem. É também uma emocionante história de amor em circunstâncias improváveis. E aqui volta a acentuar-se a principal característica dos livros de Follett: a sua capacidade de enriquecer as personagens e envolver o leitor na história. Cenas de sexo também as há (e não é a primeira vez que o autor as descreve), embora denotei alguma inibição, factor que associo à eventual inexperiência de Follett aquando a escrita de Triplo. Não nos esqueçamos que este livro foi a segunda obra que ele terá escrito.
Em suma, Triplo é mais um bom livro de Ken Follett, com uma caracterização profunda das personagens, bastante intriga e conspiração num contexto histórico muito interessante. Se este é um livro obrigatório para os fãs de espionagem, mais se justifica para os amantes do thriller histórico.
Mais informações consulte o site da Presença aqui
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Olá Vera.
ResponderEliminarTambém terminei hoje o Estilete Assassino. Gostei mas não amei. Fiquei um tanto ao quanto dividido em relação à escrita do autor. Tanto assim é que elaborei não uma mas duas opiniões sobre o livro. Uma mais polida, outra menos aconselhável a mentes mais sensíveis.
Necessito lê-lo noutro contexto para formar completamente a opinião.
Boas leituras!