
Aconselho vivamente este livro!
Sinopse: Do autor de A Anatomia do Medo, título já publicado nesta coleção, O Caderno da Morte é o segundo thriller protagonizado pelo detetive e retratista forense, Nate Rodriguez, que trabalha para a Polícia de Nova Iorque. Desta vez, Rodriguez é chamado a participar na equipa que está a investigar uma série de estranhos crimes e suicídios, aparentemente sem relação entre si. Espera-se que os seus extraordinários dotes de visualização intuitiva permitam levar à descoberta do autor do assassínio de um estudante universitário, mas Rodriguez apercebe-se entretanto de que se encontram perante um mistério de muito maior alcance. A escrita cativante e os esboços que Jonathan Santlofer contribuem em igual medida para o adensar do suspense e o desenrolar da intriga.
Sobre o autor: Jonathan Santofler é autor de cinco romances e um reconhecido artista plástico. As suas obras estão presentes no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, no Art Institute of Chicago e no Institute of Contemporary Art, em Tóquio, além de várias coleções privadas. A sua carreira ficcional começou em 1989, depois de ter perdido o equivalente a cinco anos de trabalho artístico no incêndio de uma galeria.
CITAÇÕES IMPRENSA ESTRANGEIRA:
«O mistério criado por Santlofer, com o recurso a desenhos de forte impacto, é perspicaz, eloquente e atinge profundamente o leitor.» em Booklist
«Com O Caderno da Morte, Santlofer amplifica os limites do thriller com esta poderosa mistura de arte e suspense que fazem dele “um dos mais intrigantes e inovadores escritores de ficção policial que surgiram nos últimos anos”.» em Chicago Tribune
«Inteligente, chocante e sedutor, com a sua prosa densa e rica de pormenores, este thriller vai seguramente agradar aos fãs de Michael Connelly.» em Library Journal
«O subtil componente gráfico intensifica o fascínio deste sólido romance de Santlofer sobre a investigação de um serial-killer.» em Publishers Weekly
«Não há dúvida que Santlofer sabe contar uma história excelente... A sua escrita é fluida e vívida, mas as ilustrações acrescentam uma outra dimensão ao suspense.» em San Francisco Chronicle
Nas livrarias a partir de 18 de Outubro.
Regras do Passatempo:
-O passatempo começa hoje dia 12 de Outubro de 2011 e termina às 23.59h do dia 19 de Outubro de 2011;
-O participante vencedor será escolhido aleatoriamente;
-O vencedor será contactado via e-mail;
-Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
São estas as principais questões que nos acompanharão ao longo de todo o livro. Uma obra do jornalista e escritor norte-americano John Darnton, um autor galardoado já com o prémio Pulitzer, mas, aparentemente, pouco conhecido no nosso país.
No início da narrativa começamos por ser introduzidos a um enigma (fictício), denominado enigma de Khodzant, que tem intrigado investigadores e académicos desde os finais do séc. XIX e cuja referência é uma constante ao longo de toda a história, sendo esclarecido apenas no final. O que, a meu ver, acaba por ser o aspecto mais interessante da narrativa, uma vez que a meio do livro temos a sensação de ter desvendado já todos os mistérios do enredo, à excepção do referido enigma.
Efectivamente, a trama deste livro atalha por questões que não são necessariamente novas. Desde logo, o avistamento de figuras humanas, mas de aspecto grotesco e símio, nas montanhas Pamir (uma cordilheira que abarca território do Paquistão, Afeganistão, Tajiquistão e China) remete-nos quase imediatamente para os sobejamente conhecidos relatos de avistamentos de yetis nos Himalaias ou de bigfoots na região fronteiriça entre os Estados Unidos e o Canadá. O desaparecimento de um eminente investigador que procurava vestígios de Neandertais nessa zona montanhosa e o recrutamento de dois investigadores rivais no campo académico, mas com um passado em comum, também não traz grande novidade à narrativa, tanto mais que os investigadores recrutados, Matt Mattison e Susan Arnot, rapidamente se tornam os protagonistas da obra.
A subida às montanhas e o encontro com o investigador desaparecido parecem ser narrados a uma velocidade alucinante, em vez de uma narrativa mais fluída e demorada que certamente acrescentaria uma maior dose de realismo à mesma, sem que tal se traduzisse, necessariamente, num grande acréscimo de páginas. Bastará, para tal, ler O Codex Maia, da autoria de Douglas Preston, para se perceber que, embora perante a narrativa de algo fictício, importa dar algum realismo às descrições e que a subida a uma das montanhas mais altas do mundo não se deverá fazer em 20 ou 30 págs.
Porém, após este aspecto, do meu ponto de vista, menos positivo, percebemos porque é que o autor quis que os seus protagonistas chegassem tão depressa ao cume da montanha, uma vez que será aí que verdadeiramente começa a trama e onde ocorrerão os eventos determinantes para o desfecho do enredo. Desse modo, quase que damos por nós a desculpar John Darnton por ter posto os protagonistas a subir cerca de 7000 metros à velocidade de um foguete.
Se gostam de narrativas sobre enigmas históricos, com uma dose de romance e um leve cheirinho a thriller e estão-se nas tintas para a originalidade da narrativa, então poderão achar este livro interessante. Se, pelo contrário, procuram narrativas inovadoras ou emoções muito fortes, então desaconselho fortemente esta obra.