quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Canto das Sereias - Val McDermid


Terminei de ler este livro fantástico ontem. Tinha tanto tanto sono mas a curiosidade foi mais forte!
Eu já tinha lido 2 livros desta autora (Um Eco Distante e Assassino de Sombras), mas sem sombra de dúvidas este é o melhor, tanto que ganhou, em 2002, um prémio para melhor policial do ano.

Visto não ter encontrado opiniões na internet aqui registo o meu ponto de vista sobre o livro, para os demais curiosos na escrita de ValMcDermid.

No início da acção, o plot é de incerteza e medo uma vez que foram encontrados 4 cadáveres mutilados, e pela natureza da violência, as vítimas seriam homossexuais. Entram então em cena Carol Jordan e o psicólogo clínico Tony Hill. Ambas as personagens têm fantasmas do passado e o leitor rapidamente cria uma empatia com as mesmas. Em particular Tony Hill tem uma série de problemas sexuais, o que, encarar crimes com cariz sexual, deixa o leitor com a seguinte dúvida: estará ele à altura para investigar estes crimes?

Os primeiros capítulos são na minha opinião, um pouco parados, tanto que pousei o livro e só peguei nele mais tarde (facto que pode ser explicado também com o interesse de ler o Assassino do Laser).

Mas assim que peguei no livro, a acção começou a desenrolar-se de uma forma intrigante, não só para saber quem seriam o assassino ou outras vítimas seguintes mas também para ler os conteúdos das disquetes com os registos escritos do psicopata.

Aqui devo apontar duas coisas: primeiro a maneira como a autora se põe na pele de um assassino e que está brilhante! Conseguimos perceber os motivos que levam um serial killer a comportar-se desta forma. Também devo alertar aqui para o elevado teor de violência descritos no processo de tortura das vítimas, estes requintes de malvadez vão além do pior que possam ter lido.

O culminar da acção para mim foi uma surpresa...Li duas vezes aquele twist! Nem podia acreditar no que estava a ler. é brilhante a maneira como o livro termina e o deslindar do assassino!

Aconselho vivamente e estou curiosíssima em ler a sequela : Compulsão.


domingo, 19 de setembro de 2010

Peter James: novo livro


Segundo a GOTICA/DIFEL, o novo livro de Peter James intitula-se "Pegadas do Morto" e estará disponível a partir de 28 de Setembro!

Devo dizer que este autor é excelente, já li os 3 livros anteriores a este e são muito bons!

Em relação a esta nova aventura de Roy Grace:
«Durante o trágico desenrolar da manhã do ataque terrorista às Torres Gémeas de Nova Iorque em 11 de Setembro de 2001, os pensamentos de Ronnie Wilson não estão com os milhares de vítimas nem com a cidade cenário do atentado. Este fracassado negociante da cidade inglesa de Brighton, descobre, assim, uma oportunidade ímpar para se ver livre dos seus credores, desaparecer e reinventar–se noutro país.
Uns anos mais tarde, a descoberta dos restos mortais de um corpo de mulher, num esgoto de águas pluviais em Brighton, conduz o detective Roy Grace numa investigação à escala mundial e numa corrida desesperada contra o tempo para salvar uma mulher que está a ser perseguida como um animal pelas ruas e vielas daquela cidade.
Peter James regressa com um dos mais arrepiantes mitos urbanos da actualidade: a possibilidade de alguém fingir a sua própria morte nos atentados de 11 de Setembro…»

Mal posso esperar...:D

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Douglas Preston e Lincoln Child - O Livro dos Mortos



Hoje aqui deixo a minha opinião sobre o último da trilogia Diogenes, uma das melhores trilogias de policiais/thriller que existe publicada!

Aqui temos o culminar de toda a acção! Mas vamos por partes, grande parte da acção passa-se no museu de história natural e incide sobre a colecção egípcia. Ora quem me conhece sabe que o tema Egipto me é muito especial, e este livro foi de toda a trilogia o que mais ansiei ler :)

Adoro a capa! Eu tenho a edição da Ulisseia com a capa do Akenathon (adoro este faraó, pai e sogro de Tutankhamon :))

E a par da preparação do túmulo egípcio para a exposição, eis que nos deparamos com o cenário de uma prisão de alta segurança e o debater de Aloysius Pendergast, o irmão bom, completamente inocente lá encarcerado. Enquanto isso, Diogenes, o irmão terrífico tem espaço de manobra para planear a derrota do seu irmão. Uma rivalidade sem fim que terá um final no terceiro volume daquela que é conhecida como trilogia Diogenes.
Estas acções que decorrem em paralelo despertam o interesse do leitor, tornando o livro apetecível e viciante pois é crescente a curiosidade em saber o desfecho dos dois plots.

Assim sublinho como pontos fortes a acção em primeiro lugar. Contrariamente ao que li noutros blogs que puseram o Enxofre num pedestral e o restante da trilogia de opinião mais fraca, eu considerei toda a trilogia fantástica! Claro que todos os livros têm os seus pontos mais mortos no enredo, mas de modo geral, estes autores cativaram-me. Os livros têm bastante acção, muito mistério e algum enredo amoroso.

Penso que um factor abonatório a estes autores é o facto de estando a descrever as personagens em todos os livros da trilogia e o estado do plot, não se torne estritamente necessário ler previamente os dois livros anteriores.

Está bastante bem o confronto entre irmãos Aloysius/Diogenes e adoro a caracterização de ambos ao longo da trilogia. Também o mistério entre estes irmãos é aqui desvendado e fiquei bastante surpreendida assim como a personagem da pupila de Pendergast, Constance Greene que se mostrou discreta em toda a saga, mostra aqui o seu esplendor.

Um outro factor bastante positivo foi a pesquisa bem conseguida sobre factos históricos referentes ao antigo Egipto, desde o processo de mumificação até à lenda de Ammut, facto que me surpreendeu bastante, tendo aqui a apontar que o faraó em questão não se chama Tutmósis Quatro mas sim Tutmés IV! O único ponto ficcional aqui a apontar é talvez o nome do suposto vizir do faraó, Senef (nunca ouvi falar...).

Com isto faço a ponte para os aspectos negativos do livro que se referem essencialmente à revisão. Existem inúmeros erros ortográficos e uma gaffe que me deixou boquiaberta na pag. 100 da ed. Ulisseia "Laura Croft, põe-te a pau"...pois é estranho...

São livros que recomendo a quem aprecie o género de acção/suspense pois estes livros, na minha opinião, não se enquadram no género de policial convencional.

Ed. Ulisseia ou Arcádia, a não perder!


domingo, 5 de setembro de 2010

Whishlist

Uns policiais bastante desejados...até ver :)

Ruth Newman - Os Rostos do Mal
Jeff Lindsay - Dexter na sombra
Ann Cleeves - A Maldição do Corvo Negro
Ann Cleeves - Noites Brancas

sábado, 4 de setembro de 2010

O Assassino do Laser - Gellert Tamas


Este livro foi ganho através de um concurso promovido pelo blog Esmiucaolivro. E mal chegou a casa, surgiu uma curiosidade excessiva em ler este livro! Tanto que pus em stand-by a actual leitura, para me dedicar a este :)

O Assassino do Laser é uma história verídica sobre um potencial serial killer e aplico aqui a palavra potencial uma vez que tendo alvejado 11 pessoas, apenas uma é que morreu. A história passa-se na capital da Suécia no início dos anos 90.

Tenho algumas considerações pessoais a fazer em relação a este livro: antes de mais nada Gellert Tamas é um jornalista e como tal relata os factos tais como eles são, sem qualquer eufemismo no que se refere às vítimas do Assassino do Laser. Deste modo este livro destaca-se de todos os outros que tenho lido, mais "romanceados", ainda que a literatura policial tenho o seu quê de violência e por vezes, cenas explícitas de homicídios.

Uma coisa que achei interessante no livro foi o trabalho de pesquisa do autor, entrelaçando factos relacionados com a infância de John Ausonius e a evolução deste enquanto adolescente e depois adulto, com o desenrolar da história, uma vez que uma pessoa simplesmente não nasce serial killer, há condicionantes no desenvolvimento pessoal que justificam as acções éticas de alguém. (OK, eu devia estar a dar a opinião do livro e não a dispersar-me aqui....:))
Pelo meio da acção, o autor expõe os testemunhos de John Ausonius logo após cada crime, podendo o leitor colocar-se na pele dele e percepcionar o que ele sente e os factores que motivam os atentados, se bem que estas foram declarações em 2000 quando se confessou culpado.

Dou os meus parabéns à Editora Caderno pela excelente revisão, não encontrei nem um único erro/gaffe.

O ponto menos positivo na minha opinião, são as descrições exaustivas do background político sueco. A segunda vítima do Lasermannen, por razões que desconheço, tem direito a uma maior descrição sobre a sua vida sobre o que passou no Irão. Penso que o 3º emigrante a ser alvejado teve uma história de vida igualmente triste mas foi retratado apenas como o mendigo de origem grega. Peço desculpa o spoiler mas quem for investigar sobre este caso fica a saber a história.

Sendo um caso verídico, encontramos imensa informação sobre este caso na Internet, como este documentário, bastante interessante

http://www.factualtv.com/documentary/Crime-Stories-The-Laser-Man