domingo, 31 de agosto de 2014

A Estante está mais cheia [Agosto]


Como tinha antecipado, Agosto foi calmo em termos de aquisições literárias. Ora vejamos: na Cash Converters não resisti e comprei a um excelente preço, Lugares na Escuridão (já tinha na estante um outro livro do autor Thomas H. Cook). Por troca veio Um Grito na Noite e num alfarrabista na Amadora, Finjam que não a Vêem (estou decidida a coleccionar tudo da autora Mary Higgins Clark).
Por falar em colecções, estou a dois livros de terminar a saga Sangue Fresco! Este veio para casa a um excelente preço!
A Porto Editora surpreendeu-me na sexta e enviou-me A Incrível Viagem do Faquir que ficou fechado num armário Ikea. Algo me diz que me irei divertir ao ler esta obra :)
E vocês? Muitas compras agora neste convencionado mês de férias ou aproveitaram para colocar em dia as leituras?

sábado, 30 de agosto de 2014

V.C. Andrews - Os Herdeiros do Ódio [Divulgação Editorial Quinta Essência]


Data de publicação: 23 Setembro 2014

               Titulo Original: Flowers in the Attic
               Preço com IVA: 15,50€
               Páginas: 400
               ISBN: 9789897261442

Sinopse: Os quatro filhos da família Dollanganger levavam vidas perfeitas - uma bela mãe, um pai amoroso e dedicado, uma linda casa. De repente, o pai morre num acidente de viação e a mãe fica endividada e não possui qualificações para ganhar a vida e sustentar a família. Assim, decide escrever aos pais - os seus pais milionários, dos quais as crianças nunca tinham ouvido falar.
A mãe fala-lhes dos avós ricos, de como Chris, Cathy e os gémeos irão levar vidas de príncipes e princesas na luxuosa mansão dos avós. As crianças deleitam-se com as perspetivas da nova vida, até descobrirem que existem algumas coisas que a mãe nunca lhes contou. Nunca lhes contou que eram consideradas pelos avós «filhos do demónio» e que nunca deviam ter nascido. Não lhes conta que é obrigada a ocultá-las do avô porque deseja herdar a fortuna dele. Não lhes conta que devem permanecer trancadas numa ala isolada da casa, tendo apenas o sótão escuro e abafado onde brincar. Prometeu-lhes, porém, que seriam apenas alguns dias... Contudo, os dias transformaram-se em meses, os meses em anos. Desesperadamente isolados, aterrorizados pela avó, Chris e Cathy tornam-se tudo um para o outro e para os gémeos. Agarram-se ao amor mútuo como última esperança, única força sólida - uma força quase mais poderosa que a morte. Herdeiros do Ódio é um romance de terror, traição e salvação através do amor.

Sobre a autora: V.C. Andrews, Cleo Virginia Andrews, (6/6/1923- 19/12/1986) era pintora profissional até se dedicar à escrita a tempo inteiro. Os seus romances combinam horror gótico e saga familiar, girando em torno de segredos de família e amor proibido (envolvendo frequentemente temas de incesto consensual, na maioria das vezes entre irmãos. 
O mais conhecido é Herdeiros do Ódio (1979), que celebra agora o seu 35º aniversário. Os livros de V. C. Andrews venderam mais de 105 milhões de exemplares em 22 línguas.


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mary Kubica - Não Digas Nada [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de publicação: 28 Agosto 2014

               Titulo Original: The Good Girl
               Preço com IVA: 18,99€
               Páginas: 336
               ISBN: 9789898626547

Sinopse: «Tenho andado a segui-la nos últimos dias. Sei onde faz as compras de supermercado, a que lavandaria vai, onde trabalha. Nunca falei com ela. Não lhe reconheceria o tom de voz. Não sei a cor dos olhos dela ou como eles ficam quando está assustada. Mas vou saber.»
Filha de um juiz de sucesso e de uma figura do jet set reprimida, Mia Dennett sempre lutou contra a vida privilegiada dos pais, e tem um trabalho simples como professora de artes visuais numa escola secundária. Certa noite, Mia decide, inadvertidamente, sair com um estranho que acabou de conhecer num bar. À primeira vista, Colin Thatcher parece ser um homem modesto e inofensivo. Mas acompanhá-lo acabará por se tornar o pior erro da vida de Mia.

Sobre a autora: Mary Kubica tem um Bacharelato em História e Literatura Americana pela Universidade de Miami (Ohio). Não Digas Nada é a estreia enérgica e vigorosa desta autora incrivelmente promissora, que a Topseller se orgulha de dar a conhecer aos seus leitores.

Imprensa
«A poderosa estreia de Mary Kubica encorajará comparações com Em Parte Incerta, de Gillian Flynn.» 
Publishers Weekly

«O thriller de estreia de Mary Kubica constrói o suspense de forma consistente e obriga o leitor a tentar adivinhar o final até à última página.» 
Booklist


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Carina Bergfeldt - Quando o Ódio Matar [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Escrito por uma jornalista galardoada com um prémio na área, não é de estranhar a fórmula usada por Carina Bergfeldt para contar esta história, recorrendo a alguns "recortes de jornal", como se de pequenas notícias se tratassem, intercalados em flashbacks e a acção na actualidade. Na minha opinião, estes "recortes de jornal" dão um aspecto convincente à trama e senti-me como se estivesse a acompanhar as investigações na actualidade.

Na realidade este livro é diferente dos que tenho lido ultimamente. Não existem muitos suspeitos, apenas três mulheres e uma delas tem como desígnio matar o seu pai. Grande parte do enredo centra-se na formulação deste plano, omitindo sempre a identidade da presumível homicida. Esta mulher, apesar de ter programado um crime, não é de todo uma vilã. À medida que o leitor folheia o livro, depara-se com inúmeras analepses que remotam a muitos anos atrás, ainda ela era uma criança, e participa numa série de rituais que o pai tinha para com os filhos, pejados de violência psicológica. Tornam-se passagens duras e altamente justificáveis para a motivação desta mulher, uma vez que a convivência com o pai moldou-lhe a autoestima e a forma como se relaciona socialmente. Desta forma, é enfatizada uma forte crítica sobre a passividade da sociedade perante a violência doméstica.

Em simultâneo, decorre a investigação da morte de Elizabeth, uma dona de casa que desaparecera dois meses antes. São destacadas para a investigação três personagens femininas: Ing-Marie Andersson, Julia Almliden e Anna Eiler. Evidentemente que estas serão as suspeitas, pelo que a informação sobre estas mulheres é limitada. Ainda assim, pela vivência sofrida de uma delas, as personagens acabam por criar empatia com o leitor.
Senti-me atraída pelas duas tramas. Na minha opinião, a consolidação do plano de matar o pai foi tão interessante quanto acompanhar as três mulheres na investigação da morte de Elizabeth. 

Um outro aspecto que apreciei no livro foi a alusão a uma das minhas séries preferidas, Dexter. Muitas outras séries policiais foram referidas, mas a protagonista quis sentir-se na pele do conhecido psicopata: assassinar alguém que não tem grande importância na sociedade e sair-se impune.
Se por um lado fiquei agradada com as referências a uma série que aprecio de sobremaneira, por outro lado acabei por me sentir algo defraudada quando me apercebi que a autora se baseou demasiado no enredo das histórias de Jeff Lindsey.

Em parte thriller psicológico de grande fardo, em parte policial com uma interessante investigação criminal, Quando o Ódio Matar é um livro inteligente, arrepiante e arrebatador organizado numa abordagem diferente. Prendeu-me até à última página! Gostei muito!


Sophie Hannah - Os Crimes do Monograma [Divulgação Editorial ASA]


Data de publicação: 2 Setembro 2014

               Titulo Original: The Monogram Murders
               Preço com IVA: 13,90€
               Páginas: 320
               ISBN: 9789892328225

Sinopse: Sentado no seu café preferido, Hercule Poirot prepara-se para mais um jantar de quinta-feira quando é surpreendido por uma jovem mulher. Ela chama-se Jennie e diz estar prestes a ser assassinada. Mais insólita do que esta afirmação é a sua súplica para que Poirot não investigue o crime. A sua morte é merecida, afirma Jennie, antes de desaparecer noite dentro, deixando o detective perplexo e ansioso por mais informação.
Perto dali, o elegante Hotel Bloxham é palco de três assassinatos. Os crimes têm várias semelhanças entre si: os três corpos estão dispostos em linha reta com os braços junto ao corpo e as palmas das mãos viradas para baixo. E dentro das bocas das vítimas, encontra-se o mais macabro dos pormenores: um botão de punho com o monograma PIJ. 
Poirot junta-se ao seu amigo Catchpool, detetive da Scotland Yard, na investigação deste estranho caso. Serão os crimes do monograma obra do mesmo assassino? E poderão de alguma forma estar relacionados com a fugidia Jennie que, por uma razão indecifrável, não abandona os pensamentos do detetive belga?
Hercule Poirot está de regresso num mistério diabólico que vai testar ao limite as suas célebre celulazinhas cinzentas.

Sobre a autora: Sophie Hannah foi a escritora escolhida para dar nova vida ao incomparável Hercule Poirot. Os seus romances policiais estão publicados em vinte e sete países. É autora de cinco livros de poesia e foi já finalista do prémio TS Eliot. Vive em Cambridge, onde é professora honorária.


Jeff Abbott - Infiltrado [Divulgação Editorial ASA]


Data de publicação: 9 Setembro 2014

               Titulo Original: Inside Man
               Preço com IVA: 17,10€
               Páginas: 472
               ISBN: 9789892328331

Sinopse: Quando o melhor cliente de Sam – e amigo – é assassinado à porta do seu bar de Miami, Sam decide procurar justiça. Determinado a descobrir a ligação entre a morte do amigo e uma bela e misteriosa desconhecida, Sam infiltra-se no seio dos Varela, uma das famílias mais importantes e perigosas de Miami.
Agora no seio da família, a desempenhar um papel onde um movimento errado significa a morte, Sam enfrenta um poderoso e instável magnata que tenciona dividir o seu império empresarial entre os três filhos, todos eles muito diferentes e com os seus próprios segredos assassinos.
Sam é implacavelmente arrastado para o drama intenso da família, recordando-se de forma dolorosa das suas próprias relações destroçadas como filho, irmão, pai e marido. E justamente quando acha que compreende por que motivo a família está a autodestruir-se e se prepara para desmascarar o assassino, descobre um segredo mortal tão chocante que os Varela não podem deixá-lo partir com vida...

Sobre o autor: Jeff Abbott é autor de catorze livros policiais publicado em vinte línguas. Em 2012 venceu o International Thriller Writers Award com o livro O Último Minuto e foi três vezes nomeado para o Edgar Award. Vive em Austin, no Texas, com a família.



domingo, 24 de agosto de 2014

Wilbur Smith - Vingança de Sangue [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Ultimamente tem sido veiculada pela imprensa a execução do jornalista James Foley por fundamentalistas islâmicos e sempre que oiço a notícia não consigo deixar de associar esse facto a muitos dos acontecimentos que li no livro antecessor, A Lei do Deserto, por ser uma história alicerçada no ortodoxismo muçulmano. 

Antes de ler Vingança de Sangue verifiquei que este não se encontra tão bem cotado no Goodreads como alguns dos títulos que tenho lido. Sem querer adiantar uma explicação para tal, talvez arrisque nas doses generosas de violência evidenciadas na trama.
Eu pessoalmente sou apreciadora do subgénero gore no cinema, bem como das extensas descrições de crimes na literatura, pelo que já me deparei várias vezes com essa realidade, reagindo já com alguma indiferença a descrições que, regra geral, são chocantes para a maioria dos leitores. 
Até ler Vingança de Sangue, tão poucos livros me deixaram tão impressionada como a presente obra. Contudo, já no livro A Lei do Deserto fiquei incrédula com o conteúdo violento de determinadas passagens, em Vingança de Sangue o role de violações e torturas deixou-me absolutamente aterrada.
Penso que os leitores, no decorrer desta leitura, ficarão tão abismados como eu, mesmo aqueles que lidam relativamente bem com relatos deste cariz, mesmo sabendo de antemão que os mesmos são fictícios.

O início do livro é muito idílico e aparentemente contraditório com a sinopse, a qual relata uma morte macabra, a de Hazel (que na obra anterior, A Lei do Deserto, vivera uma bela história de amor, embora com contornos trágicos). Por momentos quis acreditar que a sinopse estava a induzir-me em erro e que Hazel daria à luz a sua menina e viveria feliz com Hector, mas o pior confirma-se.

Embora todo o livro esteja repleto de acção existem passagens mais morosas que se prendem com o relato do passado de Henry Bannock, o marido de Hazel. Curiosamente foi essa analepse que mais me prendeu na leitura desta obra. O autor mergulha no passado desse personagem, narrando-o munido de pormenores chocantes (em conformidade com o que tínhamos lido anteriormente), dando a sensação de ser uma história dentro da história principal.

Ainda que o autor dê algumas nuances sobre a história de A Lei do Deserto, creio que seja imperativa a leitura prévia desta obra antes de avançar para Vingança de Sangue.

No seguimento de A Lei do Deserto será consensual afirmar que o autor foi mais arrojado no presente livro, pois pela natureza dos seus relatos é impensável ficar-se indiferente à história e aos rituais macabros que se tornam mais tétricos a cada pagina folheada.

Consta que esta série protagonizada por Hector Cross não é o seu melhor trabalho, mas que me impressionou, lá isso impressionou. Admiro a audácia do autor que vai mais além nas descrições das cenas mais violentas e gráficas, bem como o tom pungente com que estas são dotadas. Gostei pois da forma como esses momentos tão tenebrosos são entrelaçados com os mais ternos, protagonizados por Cross.

Por conseguinte, fiquei rendida ao autor e a esta série em particular. Finda a leitura de Vingança de Sangue, suponho que há material suficiente para continuar as aventuras de Cross e eu torço para que assim seja! 

Para mais informações sobre o livro Vingança de Sangue, clique aqui
Para mais informações sobre a editora Editorial Presença, clique aqui

Anteriormente publicado
Opinião AQUI











segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Anders de la Motte - Vibração [Divulgação Editorial Bertrand]


Data de publicação: 19 Setembro 2014

               Titulo Original: Buzz
               Tradução: Ana Mendes Lopes
               Preço com IVA: 16,60€
               Páginas: 400
               ISBN: 9789722528061

Sinopse: Henrik «HP» está em fuga. Passaram-se catorze meses desde que ele se tornou prisioneiro de um Jogo de Realidade Alternativa que quase lhe acabou com a vida. Agora tem tudo aquilo que deseja: dinheiro, liberdade e um mínimo de responsabilidades. Mas, apesar de tudo isto, não está satisfeito. Sente falta da adrenalina e o seu novo estilo de vida aborrece-o. Quando conhece a bonita e rica Anna Argos num hotel luxuoso do Dubai, a vida torna-se logo mais interessante. Mas há alguma coisa inquietante debaixo da superfície calma de Anna. E passa-se alguma coisa estranha com o telemóvel dela… Para Rebecca, a vida devia ser mais fácil agora que o seu passado já não a persegue. Acaba de ser promovida novamente e está prestes a ir viver com o namorado. Mas, apesar disso, está com dificuldade em assentar. Tudo muda quando toma conhecimento de um fórum na Internet onde um detetive anónimo escreve histórias ameaçadora que são claramente acerca dela. À medida que o cerco se vai fechando sobre HP e Rebecca, as questões vão surgindo. O que é real? Em quem se pode confiar? E como é que uma pessoa se protege de uma ameaça cuja existência não se pode provar?

Sobre o autor: Anders de la Motte (nascido em 1971) fez a sua estreia em 2010 com Geim, tendo ganho o prémio  'First Book Award' pela Swedish Academy of Crime Writers.
Ele é ex-agente da polícia e recentemente foi director de segurança de uma das maiores empresas tecnológicas do mundo. Actualmente é Consultor de Segurança Internacional. Anders de la Motte representa uma nova voz distinta na ficção crime escandinavo: selvagem, brincalhão e cheio de referências à cultura popular, incluindo seu primo literário Philip K. Dick.

Anteriormente publicado
Opinião AQUI











domingo, 17 de agosto de 2014

James Patterson & David Ellis - Invisível [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Optei pela leitura de Invisível logo após terminar A Amante, escrito pelos mesmos autores: James Patterson e David Ellis. Ainda assim, se os compararmos, chegamos à conclusão que são livros completamente diferentes e por conseguinte, a minha preferência recaiu sobre esta obra, Invisível.

Numa fantástica campanha de promoção de Invisível levada a cabo pela editora TopSeller, grande parte dos portugueses teve acesso aos primeiros capítulos. Há de louvar a iniciativa, apelando para que não seja única. Posso relatar de o caso de uma amiga, que não aprecia ler, recebeu o mini livrinho e confidenciou-me que ficara impressionada com o início desta (promissora) história. A avaliar por este exemplo, iniciativas como estas são fulcrais para fomentar o gosto pela leitura.

A história contempla algo que já constatara no livro O Canto das Sereias de Val McDermid: gravações feitas pelo próprio homicida, permitindo-nos auferir o funcionamento da mente deste homem. Existe, portanto, uma percepção de proximidade entre o leitor e o vilão, ainda que este apresente constantemente uma conduta repreensível. Apesar da história remeter para um pirómano, os contornos dos crimes praticados por este vão muito além das mortes ocasionadas por fogos postos. Devo dizer que Patterson e Ellis esmeraram-se nos requintes de malvadez por trás destes homicídios. A pormenorização da componente forense, um ingrediente que considero extremamente interessante na literatura, está convincente e apelativo.

Assim, Invisível tem à partida algo que sentira falta em A Amante: a descrição pormenorizada destes actos, repletos de violência explícita. Simplesmente adoro quando um livro me consegue chocar desta forma! Além disso, penso que ao ler os registos do vilão, consegui interiorizar mais esta personagem, ainda que esta siga um pérfido plano.

Por outro lado a heroína da história, Emma Dockery, acaba por se envolver emocionalmente na investigação dado que a sua irmã gémea Marta morrera em contornos bastante semelhantes dos sucessivos homicídios perpetuados. Uma personagem perseverante que intensifica a ligação com o leitor na narrativa.

Em suma, um antagonista sádico com um ardiloso modus operandi, uma trama repleta de reviravoltas organizada em curtos capítulos contribuíram para uma rápida e envolvente leitura, ao nível dos meus romances preferidos de Patterson, a série de Alex Cross. Sob a alcunha de o livro do verão, de facto é a minha recomendação independentemente da estação do ano. Um livro tão cru como viciante que me deixou expectante no decorrer da leitura.
Indubitavelmente, James Patterson no seu melhor!

Para mais informações sobre o livro Invisível, clique aqui
Para mais informações sobre a editora Topseller, clique aqui


E- Lockhart - Quando Éramos Mentirosos [Opinião]


Sinopse: A família Sinclair parece perfeita. Ninguém falha, levanta a voz ou cai no ridículo. Os Sinclair são atléticos, atraentes e felizes. A sua fortuna é antiga. Os seus verões são passados numa ilha privada, onde se reúnem todos os anos sem exceção. É sob o encantamento da ilha que Cadence, a mais jovem herdeira da fortuna familiar, comete um erro: apaixona-se desesperadamente.
Cadence é brilhante, mas secretamente frágil e atormentada. Gat é determinado, mas abertamente impetuoso e inconveniente. A relação de ambos põe em causa as rígidas normas do clã. E isso simplesmente não pode acontecer. Os Sinclair parecem ter tudo. E têm, de facto. Têm segredos. Escondem tragédias. Vivem mentiras. E a maior de todas as mentiras é tão intolerável que não pode ser revelada. Nem mesmo a si.

Opinião: Confesso que este livro me passou ao lado e só me despertou curiosidade quando recentemente ouvi falar muito bem da história.
Não é um policial nem tão pouco um thriller mas contém uma pontinha de mistério, ingrediente que aprecio muito na literatura, como sabem. É certo que durante a leitura das primeiras páginas de Quando Éramos Mentirosos, fiquei intrigada com o que iria suceder-se nas páginas seguintes. E por ser um livro pequeno de 300 páginas, com uma letra 'grandita', capítulos curtos e repleto de diálogos, é um livro de leitura rápida. Eu, por exemplo, li-o apenas num dia.
Nunca constatara até à presente obra, e refiro que também sou pouco experiente no que conta a este género, uma série de contos infantis que se intercalam na trama, protagonizado por um rei e as três filhas funcionando como metáforas para alguns episódios na história.

A narrativa não é mais do que um emaranhado de intrigas familiares, explorando uma paleta de sentimentos. Penso que é consensual afirmar-se que a obra sobre esta vertente. Ainda que as personagens principais sejam adolescentes, é dada muita relevância aos típicos sentimentos de curiosidade sobre sexo, o primeiro amor e inseguranças, percepções altamente palpáveis ainda que eu tenha já ultrapassado essa fase. Além disso, é explanada uma relação entre uma família algo disfuncional: um pai manipulador, um avô preocupado com heranças e um seio familiar de aparências, em concordância com a riqueza da família. A família Sinclair é bem abonada e os primos usufruem de uma ilha privada.
No entanto e na minha opinião, o dinheiro não compra a felicidade...

As personagens são de difícil interpretação uma vez que os primos são apelidados de mentirosos. Portanto o leitor desconhece se os factos narrados sobre as mesmas serão de facto verdadeiros. Um efeito intensificado para Cadence, a narradora, uma vez que esta sofreu um acidente que terá deixado mazelas: uma amnésia e uma incansável busca pelas suas recordações. Portanto, as informações por ela narradas podem nem ser fidedignas e estão no limbo entre o real e o que ela poderá ter imaginado. Não há como discernir os factos, no entanto, estes acabam por formar um crescendo de emoções que culminam num final inesperado. Confesso que estive atenta a um pormenor em particular (e nem sequer vou abordar o mesmo, chegariam à conclusão num piscar de olhos) e suspeitei de algo que se confirmou. Não esperava é que aquilo fosse apenas uma parte do que ali viria e que me deixou assoberbada.

Quando Éramos Mentirosos é indubitavelmente um livro diferente do que li até hoje. Não só pela história e a forma como esta é narrada mas como o inicial tom juvenil que nos é apresentado rapidamente assume proporções mais sombrias à medida que nos aproximamos de um final deveras intenso. Não conhecia a autora, contudo, considero que a escrita de E. Lockhart é simples, fluída e convidativa a ler mais um capítulo.

Em suma, um livro leve embora com um trágico, emocionante e até algo insano desfecho que se lê avidamente. Não leio muitos livros deste género denominado Young-Adult (será?) mas dei o meu tempo por bem empregue na leitura de Quando Éramos Mentirosos. Gostei.


domingo, 3 de agosto de 2014

James Patterson & David Ellis - A Amante [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Escrito a duas mãos com David Ellis (autor da obra Sob O Olhar do Assassino), A Amante é mais uma obra de ávida leitura de James Patterson.
Sob curtos capítulos, repletos de acção e de algumas observações algo espirituosas, garanto-vos que é um livro que se lê num ápice. O início é muito célere com a morte de Diana, tendo caído da janela da sua casa.
De facto, se formos a considerar o género do presente livro, o que sobressai é mesmo a acção e algum suspense à custa de muitas perseguições e um desvendar de segredos sucessivos sobre as personagens. Daí que não tenha apreciado este livro tanto quanto os da série Alex Cross, em que o autor não se coíbe em pormenores gráficos. Os homicídios do presente livro estão desprovidos daqueles pormenores chocantes mais comuns na série que mencionei anteriormente. Senti falta disso, confesso.

Como referi, A Amante é escrito por dois autores, James Patterson e David Ellis. Todavia, a escrita é homogénea, não se detectando a escrita de cada um deles. No entanto, toda a história se organiza nos típicos capítulos curtos, como Patterson já nos habituou.
Denotou-se que ambos têm uma elevada cultura geral cinematográfica. São inúmeras as alusões a filmes, actores e séries de Hollywood em observações do protagonista. Tal como Alex Cross (desculpem estar sempre a remeter a minha série preferida de Patterson), a história é narrada pela primeira pessoa mas este protagonista é completamente diferente do detective negro. 
Apesar de assumidamente compulsivo em relação a Diana, a percepção que tive foi a leveza de espírito do protagonista mesmo aquando a morte da sua adorada. Isto porque o protagonista partilha com o leitor os seus inúmeros estados de espírito, tendo chegado à conclusão que o mesmo é algo instável. Quiseram os autores que este vivesse um episódio que o marcou profundamente na infância, acontecimento que não esperava de todo tendo em conta a sua atitude perante a morte de Diana. Penso que devido a esta caracterização, seja algo consensual que o protagonista não seja dos mais empáticos com que me deparei na literatura.

A Amante apresenta uma variedade de temas que aprecio nos thrillers, suscitando grande interesse até à última página. Embora deva confessar que não me sinto muito fascinada pelo aprofundamento de lobbies políticos, uma das temáticas fulcrais da trama. Além disso, por não estar familiarizada com a história dos Estados Unidos, os diversos apontamentos sobre os presidentes do país foram-me algo indiferentes. Entendo que seja para dar mais consistência à personagem, influenciada pelo pai que fora professor universitário de História especialista nessa área. Uma mais valia para os leitores mais curiosos com este tema, que não é o meu caso.
Gosto, no entanto, da intriga e das surpresas que os autores me proporcionaram página após página. Para não falar do ritmo vertiginoso das perseguições e sucessivas suspeitas em Ben nos homicídios que vão decorrendo.

Em suma, A Amante não destronou os livros da série Alex Cross, que são de facto, os meus preferidos. Ainda assim, e pelos motivos anteriormente explanados, A Amante constitui uma rápida leitura e um bom momento de entretenimento. Gostei.

Para mais informações sobre o livro A Amante, clique aqui
Para mais informações sobre a editora TopSeller, clique aqui