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domingo, 8 de dezembro de 2013

Passatempo Natal com Publicações Europa América: Stephen Booth - O Lugar Morto


Desta vez, e em parceria com as Publicações Europa América, a menina dos policiais tem para sortear, um exemplar do livro O Lugar Morto de Stephen Booth. Para participar no passatempo, tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.


Regras do Passatempo:
- O passatempo começa hoje dia 8 de Dezembro de 2013 e termina às 23h59 do dia 25 de Dezembro de 2013.
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- O blogue e as editoras não se responsabilizam por extravios dos CTT.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui e aqui.

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)






segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Stephen Booth - Medo de Viver [Opinião]



Sinopse: «Rose Shepherd sempre soube que a iriam matar… era apenas uma questão de quando e como.»
Um homicídio na calada da noite - uma janela aberta e três balas vindas da escuridão. A vítima é uma inocente senhora de meia-idade. Mas será que ela é tão inocente quanto parece? A morte de Rose Shepherd está repleta de questões - ao contrário da morte de uma mulher e duas crianças num incêndio doméstico. Não deixa de ser uma tragédia, mas é algo mais comum.
É nesta altura que a detective Fry vai encontrar uma ligação entre os dois casos, um elo que atravessa a fronteira entre nações, entre o bem e o mal, entre a loucura e a sanidade. Diane Fry e o detective Ben Cooper vão descobrir a razão pela qual algumas pessoas têm medo de viver - e outras estão destinadas a morrer…

Opinião: Sou grande fã das tramas de Stephen Booth e estou a ler a série ordenadamente. Depois de ter lido Ossos, Um Último Suspiro e O Lugar Morto, segue-se este Medo de Viver.
Gostei muito de como a trama se inicia mas devo confessar que perdi um pouco o interesse lá para meados da história (já vou explicar porquê). Mas rapidamente, este constrangimento desapareceu, e terminei mais um bom policial do autor britânico.
Obviamente que a premissa me deixou muito intrigada, até porque não me parecia muito lógico que o homicídio de uma idosa pudesse estar de alguma forma relacionada com a morte de Lindsay Mullen e seus filhos, quando estas são em circunstâncias completamente diferentes.

Quando se está prestes a descobrir esta ligação, eis que o autor inclui na trama elementos alusivos à Máfia da Europa de Leste. E como vós sabeis, nem sou grande fã de histórias baseadas no crime organizado. Foi nesta altura que fiquei um pouco desmotivada com a leitura. No entanto, devo admitir que foi até interessante conhecer mais sobre a história da Bulgária, o que aconteceu com o país com o colapso da União Soviética, e acima de tudo, os métodos mais desesperados que as pessoas adoptavam para sobreviver.
Este contexto, um pouco mais histórico, e embora saindo das minhas preferências literárias, reconheço que foi fulcral para a resolução dos crimes, mostrando que Medo de Viver é uma trama bastante intrincada e muito surpreendente. O autor desenvolve os dois casos, investigado cada um pelos dois protagonistas, como se independentes se tratassem até certa altura, onde se verifica que as investigações se cruzam: uma revelação inesperada que explica porque algumas pessoas podem ter "medo de viver."

O segundo ponto que me desiludiu foi obviamente a relação de Diane Fry e Ben Cooper. Já me tinha expressado anteriormente em como desejava que ambos ficassem juntos até porque o autor sempre enfatizou uma química entre as personagens mas em Medo de Viver, existe um claro distanciamento entre as mesmas.
Resta o magnífico da Inglaterra rural, ponto de vista realçado por Ben (que me fascina como curiosa que sou com as ilhas britânicas) aliado à preocupação do seu irmão Matt com a hereditariedade da doença que a mãe padece.
Já a história de Diane, que se debruçava sobre a complicada relação com a irmã, está francamente subdesenvolvida, não trazendo nada de novo.
Aguardo então por novos desenvolvimentos nos futuros livros, Morto por Pecar e O Toque da Morte.

Sem grandes registos de violência, uma vez mais, caracterizando os policiais de Stephen Booth como quase equiparáveis aos da conterrânea Agatha Christie. Com excepção talvez de O Lugar Morto, que me impressionou pelo mórbido que caracterizava toda a trama. A série de Fry e Cooper, diria que se adapta a todos aqueles que gostam de uma boa resolução de um crime. Bem... devo dizer que até são dois crimes, fórmula esta também característica de Booth, que revela a capacidade de surpreender qualquer leitor ao ligar, de forma lógica mas aparentemente imperceptível, dois casos de naturezas diferentes.
E claro, a mestria do autor no final, extremamente irónico... de facto faz-me ansiar por mais obras do autor, que lerei em breve, sem qualquer medo!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Stephen Booth - O Lugar Morto [Opinião]


Stephen Booth é um autor já anteriormente falado nestes meus posts de críticas literárias. Após ter lido Ossos, o autor consagrou-se como um dos meus favoritos com o livro Um Último Suspiro.

Em O Lugar Morto, o autor coloca os protagonistas Ben Cooper e Diane Fry, britânicos oriundos de Peak District, numa trama em que a morte é um tema fulcral. Todo o enredo centra-se em demasia na morte (quase obsessivamente), na forma como são enfatizados aspectos como o processo físico da decomposição de cadáveres quando estes são enterrados ou cremados, crenças religiosas e até a forma como a morte pode enaltecer o negócio de cangalheiros.

A fórmula para tão bons policiais de Booth relaciona-se com a metodologia de criação de duas ou mais subtramas e as mesmas vão convergindo para um final surpreendente.
Pois se por um lado, há uma história referente a um negócio de cangalheiros em que se descobre ali uma intrujice que se relaciona com um estranho roubo de cadáveres, por outro há um estranho serial killer que alerta telefonicamente a polícia que irá matar... de novo!
O autor dá uma injecção de adrenalina logo às primeiras páginas, e através de algumas reviravoltas no enredo, o ritmo mantém-se constante e empolgante. Li este livro, de quatrocentas e algumas páginas em apenas três dias.

Por isso se há adjectivo que melhor caracteriza este livro é: mórbido! É um livro pesado, na verdadeira ascensão da palavra, na forma como aborda a morte. A tanatologia (estudo dos processos associados à morte) é fortemente supracitada e de uma forma até bastante detalhada, de modo a que poderá deixar desconfortável o mais corajoso dos leitores.
Até eu, estou quase versada no que poderá ser susceptível na literatura policial, me senti impressionada com o teor de algumas passagens, e inevitavelmente fechei o livro por várias vezes, para meditar no que tinha acabado de ler.

No entanto, e o fascinante do livro reside neste aspecto: é que Booth nem tem de recorrer a elementos gráficos de violência. O que eventualmente pode chocar os leitores reside apenas no conteúdo descritivo sobre o final da vida.
Mas Booth esmera-se em pormenores que vão além do mórbido. Ele é um verdadeiro artista na forma como descreve Peak District e a forma como os moradores se fecham em copas perante tal sucessão de acontecimentos trágicos. Perante este cenário gótico, cada uma das personagens parece esconder algo, ingrediente fulcral para o fantástico desfecho desta história. Afinal de contas, nunca soubemos verdadeiramente as intenções de cada personagem.

Bem... tirando claro, Diane e Ben. Eu sempre desejei que estes tivessem um envolvimento amoroso, confesso. Há uma química tão natural entre eles que fiquei desiludida pois a relação deles arrefeceu bastante desde Um Último Suspiro, sem que o motivo seja realmente grave a ponto de justificar este afastamento.
Ambas as personagens estão dotadas de problemas familiares, e a forma como harmoniosamente estes são conjugados na narrativa é enriquecedora no contexto da história. Sim, com isto quero dizer que será importante a meu ver, ler as obras por ordem, a ponto de perceber o que terá acontecido ao pai de Ben ou à irmã de Diane.

Acho que é neste livro que Booth mostra verdadeiramente a sua versatilidade na escrita. Os relatos duros e quiçá chocantes naquilo que ele criou como "O Meu Diário dos Mortos", cujos conteúdos são verdadeiramente arrepiantes são conjugados com uma fluidez descritiva nas situações, cenários e personagens. Ainda assim, nos relatos descriminados como "O Meu Diário dos Mortos", Booth tenta quase como de forma poética mas igualmente macabra e real, enaltecer os aspectos alusivos à decomposição dos cadáveres.
Em geral, aspecto que já realcei anteriormente, gosto do estilo de Booth, na forma como no gótico cenário de Peak District, o crime é resolvido pelo deslindar das subtramas paralelas (e originais) que o autor concebe.

O Lugar Morto é um livro muito bom, conseguindo-me surpreender, no entanto confesso que Um Último Suspiro é até agora, o meu favorito da saga. Fica a curiosidade e enorme vontade de ler os livros seguintes e acompanhar a saga de Cooper e Fry.

Um livro fascinante, a quem recomendo aos fãs de policiais mais pesados e aos curiosos sobre o tema da mortalidade (pois desmistifica, ainda que de uma forma crua, os mais variados aspectos sobre a morte). Gostei bastante!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Stephen Booth - Um Último Suspiro [Opinião]

Depois de ter lido um livro deste autor, Ossos, rapidamente me interessei por ler os restantes livros protagonizados por Ben Cooper e Diane Fry. Gostei da escrita do autor, do enredo e claro, das personagens principais comuns, que parece que evoluem a cada livro que desfolho deste autor.

A história deste livro gira em torno de Mansell Quinn, um homem que foi libertado da prisão depois de passar quase 14 anos. Enclausurado por ter morto a amante, Quinn inicialmente acarreta a culpa, no entanto surge qualquer coisa na vida deste homem e ele acaba por alegar a sua inocência. Mais eis que a ex-mulher de Mansell morre, deixando a dúvida no ar: terá sido ele a matar as duas mulheres? E porque razão os dois amigos, Raymond Proctor e Will Thorpe se distanciaram no momento em que Quinn foi acusado?
Esta é a história fulcral do livro sendo complementada com duas tramas secundárias, mas igualmente interessantes: a desconfiança de Diane face à sua irmã após 15 anos sem se verem e um alegado mito de um homem encarcerado numa gruta na região de Derbyshire.

Adoro a personagem Ben Cooper. Ele é um jovem polícia em Peak District e tenta seguir a todo o custo as pegadas de Joe Cooper, também polícia e morto no cumprimento do dever. Mas este infeliz incidente não amargou o carácter de Ben, que é uma personagem honesta, com bom senso, assertiva, astuta e cordial.
Por outro lado Diane é mais áspera. Teve uma vida dura (e os livros vão revelando ainda que não totalmente, os traumas causados por certas situações na sua infância). Por isso até é quase compreensível a forma como ela, desprezadamente, trata as pessoas em seu redor. E Ben é uma delas. Mas aqueles despiques a meu ver, vão além do mero feitio de Diane, perguntando-me constantemente a mim própria se estará por aqueles lados uma dissimulada química.

Um aspecto que adoro na escrita do britânico Stephen Booth é a forma delicada e elegante com que ele descreve os crimes mais hediondos, assemelhando-se por vezes à sua conterrânea Agatha Christie. O autor tem um especial cuidado na descrição dos cenários, descrevendo-os com bastante realismo. Ao trabalho dos espeleólogos na gruta, o autor facilmente recorre a uma pormenorização deveras consistente, a ponto de transmitir o sentimento de claustrofobia ao leitor. Por isso a árdua tarefa de Stephen Booth em combinar um local turístico num antro de crueldade é muitíssimo bem conseguida!

Apesar do elevado número de páginas, penso que o enredo tem muito poucas partes mortas. A expectativa em desvendar a verdade aumenta em em largos passos até às últimas páginas do livro. A curiosidade é aguçada com alguns twists inesperados no decorrer da acção. Embora a acção decorra a um ritmo relativamente lento, Stephen Booth quer assegurar-se que, por um lado aborda consistentemente as três tramas, por outro contextualiza as personagens de forma a que, sejam perceptíveis e empáticas com o leitor. Com isto quero dizer que os livros podem ser lidos independentemente dada a singularidade de cada caso de Ben Cooper e Diane Fry.

Um livro que, na minha opinião, supera o anterior Ossos, devido essencialmente à abordagem interessante e reflexiva da temática dos crimes passionais e o aspecto curioso dos primeiros testes de ADN na conciliação da criminologia. Um livro que recomendo, sem sombra de dúvidas, essencialmente aos amantes do policial "polite"!


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Stephen Booth - Ossos [Opinião]

A minha estreia no autor britânico Stephen Booth, a qual desde já tiro o chapéu. Embora os livros das Publicações Europa América não sejam propriamente baratos, devo dizer que este vale cada cêntimo gasto.

Numa aldeia chamada Withens, a estudante Emma Renshaw desapareceu sem deixar rasto e o seu corpo nunca foi encontrado. A polícia conduz uma investigação aos seus companheiros de casa, Alex Dearden, Debbie Stark, e Neil Granger, cujo resultado é inconclusivo. São precisos praticamente dois anos para se reabrir o caso aquando surge uma nova e sinistra pista. Nesta altura, morre Neil Granger, de uma forma grotesca. Que relação terá esta morte com o desaparecimento de Emma?

O enredo engloba duas histórias, enquanto a dupla Diane Fry e Gavin Murfin investigam esta nova pista sobre Emma, a parceria Ben Cooper e Tracy Udell (esta é agente da Brigada do Crime Rural) ajudam a investigar o assassinato de um homem e, em simultâneo, uma série de roubos que ocorrem na região. As duas investigações acabam no mesmo lugar e sobrepõem-se. Os detectives lidam com famílias disfuncionais como os Renshaws, que se recusam a aceitar que o mais provável é a filha estar morta e os Oxleys que se opõem em falar com as autoridades, preferindo esconder os seus segredos dentro do clã.

Os cenários são bastante sombrios e reais, transportando-nos talvez aquele ruralismo num local longe de tudo e de todos. As pessoas são assim mesquinhas, desconfiadas e por vezes resguardam-se, sendo muito difíceis de se lidar. Todo o ambiente hostil faz com que, por um lado tenhamos desconfianças para com as personagens e o isolamento da aldeia intensifica a sensação de mau agoiro.
Já os protagonistas da história, os detectives transmitem mais empatia com o leitor. Se Gavin Murfin tem um pensamento bastante focado em comida, um aspecto crucial para momentos hilariantes em certas passagens do livro, a detective Diane tem uns fantasmas do passado que precisa de resolver para avançar com a sua vida. O autor injecta uma carga de emoções fortes adicional, através deste episódio chave na vida de Diane, cujas consequências moldaram a sua maneira de ser. Também ela lida com um súbito desaparecimento de um familiar, numa tenra idade, o que deixou marcas profundas.
Gostei de Ben Cooper, um detective muito cordial, por vezes um pouco naif. Achei que havia muita química entre ele e Diane, se bem que não trabalham na investigação de casos diferentes.
Esta dualidade de humor/dramatismo num contexto de investigação policial intensifica um leque de emoções sentidas pelo leitor.

Até as conjunturas do desaparecimento são estranhas. Ora se ela estudava, tinha uma vida confortável...isto dá que pensar nos desaparecimentos de adolescentes com que actualmente nos deparamos através da comunicação social. E é basicamente esta reflexão que acompanha o leitor no decorrer do enredo. Este também tenta associar o desaparecimento da rapariga com a morte do roomate, quando as pistas nada indicam que os acontecimentos estejam associados.

Em relação à escrita do autor, é bastante fluída, com inúmeros diálogos e descrições abundantes dos cenários e das personagens, facto explicativo do número de páginas do livro (cerca de 500), mas que se lêem muitíssimo bem. Para um enredo tão complexo e com tanta informação a ser conectada, achei que a estrutura do livro adequa-se extremamente bem, entrelaçando os dois enredos na forma certa. A partir daqui, a acção desenrola-se a um ritmo mais lento, mas muito interessante na medida em que cada pormenor é bastante claro. O autor dá todas as ferramentas, para que mentalmente construamos a história, parecendo mesmo que estamos a assistir a um filme!

Embora este seja o primeiro mistério escrito por Stephen Booth que li, vou decididamente querer ler os restantes! O autor promete doses intensas de mistério, as quais recomendo sem qualquer reserva!