terça-feira, 31 de outubro de 2017

A Estante está mais cheia [Outubro 2017]


Ahhh!
Portei-me bem! Pois foi! Comprei dois livrinhos apenas! Num alfarrabista encontrei A Menina dos Meus Olhos, um livro esgotadíssimo e recomendado pelas lides do thriller psicológico. Lá veio também, a um excelente preço, A Sombra da Noite.
O marido ofertou o da Lisa Gardner, Não me Apanhas. Era o único que faltava da autora. A minha querida Maria João doou-me o seu exemplar de Paisagem de Outono de Leonardo Padura. Era um dos que me faltavam da colecção. Ficaram a faltar apenas dois! Extremamente difíceis de encontrar, é certo...
Das editoras parceiras vieram os restantes. Endereço-lhes uma palavra de carinho e agradecimento. 

E vocês? Contiveram-se mais neste mês? Que livros compraram?

Outubro em Livros


Um mês, de facto, produtivo.
Li bastante, 7 livros, e escrevi sobre os mesmos. Portanto, até ver, não tenho opiniões em atraso (tirando livros mais antigos...). Vou tentar seguir esta metodologia, doravante.
Contudo, agora para o final do mês, andei uns dias sem ler. Estou completamente absorvida pelo trabalho, o que se traduziu numa menor disponibilidade para ler. Há fases assim... 
Não consigo eleger o melhor do mês pois gostei muito de Menina Boa, Menina Má assim como Vidas Finais. 

E vocês? Leram muito em Outubro?

S.S. Van Dine - O Crime do Escaravelho [Divulgação Colecção Vampiro]


Data de publicação: 9 Novembro 2017

               Titulo Original: The Scarab Murder Case
               Tradução: Roberto Ferreira
               Preço com IVA: 7,70€
               Páginas: 256
               ISBN:

Mitologia egípcia e alta sociedade nova-iorquina no centro do novo mistério de S. S. Van Dine na Livros do Brasil
O Crime do Escaravelho, de S. S. Van Dine, é o próximo número da coleção Vampiro a chegar às livrarias, a 9 de novembro. Esta que foi a quinta aventura policial de Philo Vance, publicada originalmente em 1929, é apontada como um dos melhores exemplos dos talentos narrativos de S. S. Van Dine.

Sinopse: No centro desta trama encontra-se o brutal assassinato do velho milionário filantropo Benjamin H. Kyle, que se tornou quase imediatamente conhecido como o crime do escaravelho. Bastou que fosse descoberto junto ao corpo ensanguentado da vítima, num museu privado de egiptologia, um valioso alfinete de gravata adornado com a imagem de um escaravelho azul. Com efeito, artefactos e referências ocultas da mitologia egípcia parecem ser os fumos escolhidos pelo culpado para encobrir a sua identidade. Mas conseguirá ele ludibriar Philo Vance? Recorrendo aos seus vastos conhecimentos sobre a história do Egito, o genial detetive amador terá de contornar as pistas falsas deixadas pelo caminho e, apenas após descortinar o seu perfil psicológico, conseguirá apontar o dedo ao verdadeiro assassino.

Sobre o autor:  S. S. Van Dine (pseudónimo de Willard Huntington Wright) nasceu a 15 de outubro de 1888, em Charlottesville, EUA. Aluno brilhante, estudou em Harvard antes de partir para Paris e Munique, onde prosseguiu a sua formação em artes e letras e iniciou carreira como editor e crítico de arte. Em 1923, na convalescença de uma tuberculose, lê uma série de romances policiais e fica fascinado pelo género. Três anos mais tarde, lança o seu primeiro romance com assinatura S. S. Van Dine, O Caso Benson, que se revela um best-seller imediato. Este será o primeiro de uma série de romances protagonizados por Philo Vance, um detetive amador algo arrogante que privilegia os indícios psicológicos dos casos a que se dedica.
Com várias adaptações de obras suas ao cinema, Van Dine torna-se um nome fundamental da literatura policial norte-americana dos anos 20 e 30. Morre a 11 de abril de 1939 em Nova Iorque.

Já na coleção Vampiro:
No. 1: Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine
No. 2: Vivenda Calamidade, de Ellery Queen
No. 3: O Falcão de Malta, de Dashiell Hammett
No. 4: O Imenso Adeus, de Raymond Chandler
No. 5: Picada Mortal, de Rex Stout 
No. 6: O Mistério dos Fósforos Queimados, de Ellery Queen
No. 7: A Liga dos Homens Assustados, de Rex Stout
No. 8: A Morte da Canária, de S. S. Van Dine 
No. 9: O Grande Mistério de Bow, de Israel Zangwill
No. 10. A Dama do Lago, de Raymond Chandler
No. 11. A Pista do Alfinete Novo, de Edgar Wallace
No. 12. Colheita Sangrenta, de Dashiell Hammett
No. 13. O Caso da Quinta Avenida, de Anna Katharine Green  
No. 14. O Caso Benson, de S.S. Van Dine 
No. 15. O Impostor, de E. Phillips Oppenheim
No. 16. A Chave de Cristal, de Dashiell Hammett

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Haylen Beck - Desapareceram... [Resultado Passatempo]


Com a preciosa colaboração da editora Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar do livro Desapareceram... de Haylen Beck para oferecer.
Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 195 participações válidas, as respostas correctas eram:

1. Para onde se dirigia Audra? Califórnia
2. O que foi encontrado no carro de Audra pelo xerife? Um saco com marijuana
3. Haylen Beck é o pseudónimo de que autor? Stuart Neville
4. Quem afirmou o seguinte sobre Desapareceram... «Uma das melhores estreias literárias do ano. Recomendo vivamente.» Harlan Coben

Note-se que este passatempo tinha uma particularidade facultativa: quem partilhasse o passatempo no Facebook, no seu mural e de forma pública, a participação era duplicada. Assim, quem participaria na posição 1 e cumprisse este requisito, participa com os números 1 e 2. O objectivo era divulgar o blogue aos amigos :)

E após um sorteio no random.org, a vencedora é:

176 - Andreia Silva (Vila Nova de Famalicão)

Parabéns à vencedora!!! A todos os que tentaram mas não conseguiram, não desistam pois terei o maior prazer em fazer estes passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Para mais informações sobre Desapareceram... clique aqui
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Haylen Beck - Desapareceram... [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: A minha primeira crítica a esta obra está logo à vista: a capa não corresponde, de todo, à história. Se a ideia era apresentar um brinquedo abandonado, poder-se-ia ter ilustrado a capa com um peluche cor-de-rosa (o Gogo da Louise) num deserto. Não vejo qualquer correlação entre esta capa e a história, apesar de reconhecer, de certa forma, um elemento aterrador nesta imagem. 

Além disso, aponto uma crítica à tradução que não é das melhores. Não me recordo de ter lido um livro da Editorial Presença com uma tradução tão pobre.
Para fundamentar esta minha percepção, gostaria de enumerar alguns exemplos. Não me convenceu que duas crianças americanas cantem músicas infantis como 'Fui ao Jardim da Celeste' e 'Atirei o Pau ao Gato', já para não mencionar o uso de termos da gíria portuguesa em situações que careciam de uma linguagem mais formal. Não fiz um levantamento minucioso mas outra expressão que cortou a tensão da trama foi "escangalho-te à porrada". Comecei a rir. Não sou licenciada em língua portuguesa mas fez-me alguma confusão o facto de aparecerem os pronomes interrogativos no final da frase ("Estás onde?") ou usar um verbo auxiliar (totalmente dispensável) em frases como "O que foi que aconteceu?". O uso do grau diminutivo dos nomes foi uma constante e não entendo a razão.
Outro exemplo, este deixou-me furiosa, na página 283 "... não devia ter deixado ela ir-se embora" e mais tarde, na 290 "Não deixe ele sair de lá...". Curiosamente é neste ponto que mais insisto com os meus alunos pois valorizo uma pronominalização correcta.
Em suma, a obra carecia, de facto, de uma tradução e revisão mais cuidadas. 

Mesmo com estas distracções decorrentes da tradução, esta é uma história muito séria, abordando dois temas aos quais sou sensível. Um deles é mencionado na sinopse, podendo, por isso, falar sobre o mesmo: a violência doméstica. Audra é apanhada nesta situação pois fugia de um marido abusivo. Não é explorado em demasia, mas os seus flashbacks relatam a evolução da relação do casal, nada saudável. Recordo-me logo de um outro título da editora, No Canto Mais Escuro, em que o desenvolvimento da história era muito mais dilacerante. Aqui não senti tanto esse efeito, até porque estamos a braços com uma outra situação complicada.

Omito o outro tema para que sejam apanhados de surpresa: o motivo pelo qual as crianças desaparecem. E a partir da identificação deste, a trama tornou-se linear e parca em reviravoltas. Portanto, o desfecho não me surpreendeu porque está em consonância com tudo o que lera até então.

É um livro com acção frenética, tornando-se, por isso, uma obra viciante. Atrevo-me a dizer que daria uma excelente adaptação cinematográfica.
Não demorei muito mais que 24 horas para a terminar, sempre com expectativa numa viragem na acção. Algo que nunca aconteceu e que nesse aspecto me decepcionou. 

O que mais gostei nesta trama foi o facto de se debruçar sobre o desaparecimento das duas crianças e haver uma parte da narrativa que transcorre sob o ponto de vista das mesmas.
Sendo vítimas de duas situações: repercussões da violência doméstica sobre a mãe e agora a nova situação, não deixamos de nutrir compaixão pelos pequenos Sean e Louise. Creio que é palpável o medo que o leitor chega a sentir por aqueles meninos. Igualmente convincente foi a atitude da mãe perante todo aquele horror.

Bem conseguida foi também a análise à complexidade moral das diversas personagens, denotando-se uma grande amplificação. Creio que a que se tornará mais memorável é, sem dúvida, a corrupção policial. Também considerei o trato da influência dos media como interessante e verosímil. 

Desapareceram... parecia, à primeira vista, um livro promissor. Estava perante a incerteza sobre o destino daqueles miúdos e devastada com a história de vida de Audra. Contudo, com o decorrer da trama, linear e previsível, senti que não apreciei tanto a obra como gostaria. E confesso que o desmazelo na tradução, já aqui explanado, intensificou esta minha percepção. 

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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Fiona Barton - O Silêncio [Divulgação Editorial Planeta]


Data de publicação: 2 Novembro 2017

               Título Original: The Child
               Preço com IVA: 17,99€ 
               Páginas: 360
               ISBN: 9789896579425

Fiona Barton, jornalista de investigação - vencedora do prémio Jornalista do Ano pela British Press Awards -, que teve em mãos assuntos polémicos, como o Caso Maddie, serve-se magistralmente dos seus conhecimentos jornalísticos e de investigação
criminal.
Uma trama complexa, um narrador potente, uma escrita que prende o leitor até à última página e um desfecho inesperado e brilhante.
Concentrando-se no lado humano do jornalismo de investigação, a autora conta uma história sobre a vida de três mulheres e como destino as une e entretece um enredo de vida arrepiante.
Um enredo bem imaginado, narradores fortes e consistentes e personagens já conhecidas e de referência em A Viúva.
A jornalista Kate e o detective Sparkes regressam para desvendar mais um grande mistério a par de uma envolvente e misteriosa mulher.

Sinopse: Pode-se enterrar a história, mas não se pode esconder a verdade.
Quando um parágrafo num jornal revela uma tragédia com décadas, a maioria dos leitores quase nem se apercebe. Mas, para três estranhos, é impossível ignorar...
Numa demolição em curso de uma velha casa de classe média em Londres, um trabalhador descobre um esqueleto minúsculo, que parece estar enterrado há anos. Para a jornalista Kate Waters, é uma história que lhe chama a atenção. 

Escreve uma notícia para o jornal onde trabalha, mas sente que faltam muitas respostas, e a pergunta que lhe surge é: quem é o bebé sepultado?
À medida que Kate investiga, descobre ligações com um crime que abalou a cidade há anos: um bebé recém-nascido foi raptado da maternidade de um hospital local e nunca foi encontrado. Os pais ficaram devastados pela perda e ausência de respostas. Mas há muito mais nesta história e Kate investiga a casa e o passado das pessoas que moraram no bairro e que se recusam a falar do grande mistério do rapto da criança.
E Kate depressa se encontra na posse de segredos inesperados que surgem das vidas de três mulheres — e divididos entre o que ela pode e não pode contar...

Sobre a autora: Fiona Barton tem aprendido e trabalhado com jornalistas de todo o mundo. Foi jornalista principal do Daily Mail, editora de noticiário no Daily Telegraph e jornalista principal no Mail on Sunday, onde foi considerada a Jornalista do Ano pela British Press Awards.
A Viúva foi o seu primeiro romance e obteve excelentes críticas.
Natural de Cambridge, vive no Sudoeste de França.


Imprensa
«Fiona Barton escreveu de novo um livro magistral com O Silêncio,[...] conta a história de uma criança de uma forma única, como só ela consegue, brilhantemente.»
The Star Telegram 


«Tenso, tentador e, muito, muito gratificante ...definitivamente, uma das leituras obrigatórias do ano.» 
Lee Child


Hjorth & Rosenfeldt - A Menina Silenciosa [Divulgação Suma de Letras]


Data de publicação: 2 Novembro 2017

               Título Original: Den stumma flickan
               Colecção: Sebastian Bergman #4
               Preço com IVA: 21,90€ 
               Páginas: 564
               ISBN: 9789896653125

Sinopse: Suécia. Uma bonita casa branca, de dois andares. Dentro, uma família brutalmente assassinada - mãe, pai e duas crianças pequenas, mortos a tiro, em plena luz do dia. E o assassino escapou. Sebastian Bergman, com o Departamento de Investigação Criminal, tenta deslindar o crime, mas, com o principal suspeito morto, está num beco sem saída. Até que descobre que há uma testemunha do crime.
Uma menina, Nicole, viu tudo e fugiu, assustada. Quando a encontram, descobrem que o trauma do que viu a deixou totalmente muda, comunicando apenas através de caneta e papel. Os seus desenhos revelam um facto convincente e inescapável: ela viu o assassino. Bergman fica obcecado com o desafio de romper a parede de silêncio de Nicole. Enquanto isso, o assassino está apostado em garantir que ela fique calada.

Sobre os autores: MICHAEL HJORTH nasceu em 1963 em Visby. Sempre amou filmes e livros e hoje é um dos guionistas e produtores mais talentosos da Escandinávia. É um dos fundadores da produtora de sucesso Tre Vänner, responsável pela primeira comédia de grande sucesso da Suécia assim como por alguns dos guiões dos filmes da série Wallander de Henning Mankell.

HANS ROSENFELDT nasceu em 1964 em Borås. Trabalhou como tratador de leões-marinhos, motorista, professor e actor até 1992, quando começou a escrever para a televisão. Escreveu guiões para mais de vinte séries e já foi apresentador de programas de rádio e televisão. É o criador da série sueca de maior sucesso - a premiada série policial Bron (“The Bridge”), reproduzida em mais de 170 países e com remakes nos EUA, com o mesmo nome, e em França (“The Tunnel”).


Jo Nesbø - A Sede [Divulgação Editorial Dom Quixote]


Data de Publicação: 14 Novembro 2017

               Título Original: Tørst
               Páginas: 608
               Preço com IVA: 20,90€
               ISBN: 9789722063654

Sinopse:  Ela marcou um encontro pela Internet. Depois foi encontrada morta, assassinada. Pelas marcas no corpo, a Polícia percebe estar a lidar com um assassino particularmente cruel. Pressionada pela Comunicação Social para encontrar o culpado, a Polícia reconhece que só há um homem indicado para a tarefa. Mas Harry Hole sente relutância em assumir o lugar que lhe roubou quase tudo… até começar a suspeitar que este crime pode estar relacionado com o único caso que nunca conseguiu resolver. Quando uma nova vítima é encontrada, Harry percebe que terá de pôr tudo em causa se quer finalmente encontrar o único assassino que um dia lhe escapou.

Sobre o autor: Jo Nesbø nasceu na Noruega em 1960. É músico, compositor, e um dos escritores de policiais mais elogiados e bem-sucedidos da Europa. Com os livros da série protagonizada pelo inspetor Harry Hole conseguiu um sucesso invejável quer no seu país de origem quer a nível internacional, recebendo elogios da crítica e do público. É traduzido em mais de 40 línguas, recebeu vários prémios literários e muitos dos seus livros atingiram os tops de vendas. Em Fevereiro de 2013 o Parlamento norueguês atribuiu-lhe o Peer Gynt Prize, que premeia uma personalidade ou instituição que se tenha distinguido na sociedade e tenha contribuído para valorizar a reputação da Noruega a nível internacional.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Riley Sager: Vidas Finais - As Sobreviventes [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Altamente recomendado por Stephen King, parti para a leitura de Vidas Finais com bastante expectativa. Infelizmente, a altura da leitura não foi a melhor: estava com algum trabalho em mãos, traduzindo-se em menor disponibilidade para ler e num cansaço maior. 
No fim de semana de ócio, li avidamente metade do livro, tendo-o terminado. E valeu bem a pena!

Reparo que a editora tem feito grandes escolha na publicação dos seus thrillers. Já tinha este livro no ereader, em inglês, para ler. O título original é The Final Girls e a ideia recai, de facto, sobre um grupo (restrito) de jovens que terá sobrevivido de algum massacre.

Portanto, dada esta ideia e numa primeira análise, a obra está escrita num tom sombrio, sensação que se intensificou nas passagens relativas ao Chalet dos Pinheiros, local onde ocorreu um massacre que vitimou todos os amigos de Quincy. 
Este acaba por ser o denominador comum entre a protagonista e outras duas raparigas, Sam e Lisa: todas sobreviveram a diferentes chacinas que ocorreram nos Estados Unidos.

Apesar de estar uma ideia de violência extrema subjacente a estes acontecimentos (e era inevitável pensar nos vários filmes slasher dos anos 80 e 90 que vi), não considero a obra muito gráfica. 
Consigo entender que Stephen King tenha apreciado esta história por estes elementos de terror que estão presentes numa história que, curiosamente, acaba por assentar mais sobre a componente psicológica. Até porque a situação traumática provocou em Quincy aquilo que é chamado em Psicologia como recalcamento de memórias, pelo que ela não se recorda do que se passou na cabana, há 10 anos atrás. E a vida corre-lhe normalmente, sendo ela uma blogger de bolos e vivendo com o seu namorado.

Ainda que tenha conhecimento de que o recalcamento de memórias é recorrente como um mecanismo de defesa para que as pessoas possam prosseguir com as suas vidas, penso que é consensual a dúvida de como é que tal seja possível. 
Também não ajuda que Quincy recorra ao álcool e a medicações. Se acham que esta personagem é não confiável, esperem só para conhecer Sam... Esta final girl é, de facto, bastante peculiar...

Portanto, muito graças às personagens, esta é uma narrativa em crescendo. A partir de um trigger, o suicídio de uma das sobreviventes, a Lisa, gradualmente Quincy vai montando as peças do puzzle que ocorreu há 10 anos, naquela cabana. 
E dado o recalcamento de memórias de Quincy, o leitor vai conhecendo, ainda que parcialmente, algumas parcas memórias da protagonista. Estas tornam-se mais consistentes no final que, devo dizer, me apanhou desprevenida.

É uma história que é envolvente, embora tenha para mim que o ritmo é algo moroso. Como referi anteriormente, o livro não me cativou logo, atribuindo essa percepção à minha parca disponibilidade para ler. Não obstante prendeu-me a partir de um certo ponto. Comecei a ficar verdadeiramente curiosa com o que se passara naquele Chalet naquela noite fatídica. Aí, Vidas Finais - As Sobreviventes tornou-se um verdadeiro page turner.

Embora não me tenha entusiasmado muito com as personagens (devo confessar que nem a protagonista me caiu nas boas graças), Sager engendra uma trama surpreendente com algumas reviravoltas bem conseguidas. Desta história, retenho maioritariamente as referências aos massacres que aludiram, de certa forma, ao meu género cinematográfico de eleição. Talvez por isso tenha apreciado tanto a obra. 

Desconheço a bibliografia do autor, até porque Riley Sager é um pseudónimo mas, ainda que não saiba quem sejas, Riley Sager, ganhaste aqui uma fã!


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Passatempo Editorial Presença: Haylen Beck - Desapareceram...


Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro Desapareceram... de Haylen Beck. Para participar no passatempo tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes.
São mantidos os moldes do passatempo anterior: a partilha do passatempo numa rede social, pública, garante ao participante mais uma entrada válida!

Regras do Passatempo:

- O passatempo começa hoje, 23 de Outubro de 2017 e termina às 23h59 do dia 29 de Outubro de 2017.
- Os participantes deverão ser seguidores do blogue (fazer login na caixa dos seguidores na barra direita do blogue)
- O participante vencedor será escolhido aleatoriamente.
- O vencedor será contactado via e-mail.
- O blogue não se responsabiliza por extravios dos CTT.
- Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.
- Se precisarem de ajuda podem consultar aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!! :)






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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Hayley Beck - Desapareceram... [Divulgação Editorial Presença]


Data de publicação:  18 Outubro 2017

               Titulo Original: Here and Gone
               Colecção: Grandes Narrativas #675
               Tradução: Miguel Romeira
               Preço com IVA: 17,90€
               Páginas: 328
               ISBN: 9789722361095

Sinopse: UM THRILLER DE SUSPENSE SOBRE A LUTA DESESPERADA DE UMA MÃE
PARA ENCONTRAR OS SEUS FILHOS...
Audra anseia chegar à Califórnia. Finalmente arranjou coragem para fugir do marido que a maltrata, podendo assim proporcionar a si e aos seus dois filhos um novo começo. Juntamente com Sean e Louise, atravessa o país, por estradas secundárias, discretamente e com toda a cautela para não chamar a atenção.
Quando um inquietante xerife a manda parar em pleno deserto do Arizona, Audra faz tudo para se manter calma e esconder o nervosismo. Tem mesmo de o fazer. Mas, ao revistar a carrinha de Audra, o xerife tira da bagageira um saco com marijuana que ela nunca tinha visto e o seu estado de nervos transforma-se em pânico. Ela julga que aconteceu o pior. Mas está enganada. O pior ainda está para vir.
Com um ritmo de tirar o fôlego e de um suspense implacável, Desapareceram... é um thriller perfeito sobre a luta de uma mulher contra o mal inimaginável para salvar o que há de mais importante na sua vida. Chocante até à última página.

Sobre o autor: Haylen Beck é o pseudónimo de Stuart Neville, um conhecido autor de romances policiais internacionalmente aclamado e premiado. Foi distinguido com o Los Angeles Times Book Prize pela série policial protagonizada por Serena Flanagan, cuja ação decorre em Belfast, e foi nomeado para o Edgard Award. As suas obras têm figurado nas listas dos melhores livros do ano de diversos jornais, como o New York Times, o Los Angeles Times e o Boston Globe. Os romances que assina como Haylen Beck decorrem nos EUA e são inspirados pela sua admiração pela ficção policial americana. Desapareceram... tem direitos de tradução vendidos para publicação em diversas línguas, tendo os direitos cinematográficos sido adquiridos pela Random House Studio em conjunto com a Meridian Entertainment.

Imprensa
«Uma das melhores estreias literárias do ano. Recomendo vivamente.»
Harlan Coben, autor bestseller do New York Times
«Uma história perturbadora e carregada de tensão que nos prende desde a primeira página. Desapareceram...é assustadoramente realista do início ao fim.»
Associated Press
«Este livro é uma autêntica montanha-russa, com uma tensão angustiante e uma heroína por quem só podemos torcer. Merece tornar-se um bestseller.» 
Daily Mail

«As reviravoltas entusiasmantes mantêm-nos agarrados às páginas.»
Library Journal 

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Tomas Alfredson - The Snowman [Opinião cinematográfica]


O Boneco de Neve é o mais recente trabalho de Tomas Alfredson, o realizador sueco responsável pela adaptação cinematográfica dos livros "Deixa-me Entrar" de John Ajvide Lindqvist e "A Toupeira" de John Le Carré. Confesso que, uma vez que não aprecio o subgénero de Espionagem, nem espreitei este último filme.

The Snowman era, provavelmente, o filme mais aguardado deste ano. À medida que ia sendo construindo um marketing em torno deste livro, multiplicando-se a partilha de teasers e posteriormente trailers, mais impaciente eu ficava em ver esta obra. Consegui um lugar na antestreia e cá estou eu para vos contar tudo.

Antes de mais, achei a adaptação cinematográfica muito mediana e vou fundamentá-la para que percebam porquê. Vou, claro, evitar fazer spoilers. Porém, vou ter que comentar uma cena ou outra. 

Para quem é fã desta estrondosa série protagonizada por Harry Hole, como eu, é fácil apercebermo-nos da complexidade do detective e da sua história pessoal que é o único aspecto que acaba por ter um desenvolvimento em todos os livros. E O Boneco de Neve é o 7º. Já aconteceu tanto ao Harry até então... 
Acontece que o meu acompanhante na antestreia pouco sabia do universo de Harry Hole, pelo que foi difícil interiorizar o contexto pessoal do detective. A título de exemplo: não se sabe, até ao final do filme, que a personagem feminina se chama Rakel. Menciono outro aspecto, este ainda mais flagrante, no livro há uma cena fortíssima protagonizada por esta e Hole que foi descurada no filme. E toda a acção referente a este par, reforça a ideia de que estas personagens são quase como dependentes uma da outra. E o último livro da série, Polícia, intensifica mais esta minha percepção. Tenho para mim que faltou alguma química ao casal no filme.

Falando deste aspecto que foi um pouco alterado, posso mencionar uns quantos outros e algumas cenas que não fazem qualquer sentido, de todo. Como a inicial em que Harry surpreende um homem que fazia a desinfestação do seu apartamento com um tiro. O diálogo que se seguiu foi, no mínimo, surreal. Já nem falo da (geral) amputação de dedos. Pelo que me lembro, exceptuando as vítimas de homicídio, outras personagens saíram fisicamente incólumes das situações. Ou o filho do casal Britte. Sim, era o Jonas no livro. Aqui, por alguma razão que não consigo explicar, é uma menina.
E aligeiraram em muito o drama daquele casal, em particular o do pai.

De facto, consigo aperceber-me da dificuldade em adaptar rigorosamente a história de O Boneco de Neve, tão rica em pormenores. Ainda assim, o filme revestiu-se de um ritmo algo moroso até culminar num desfecho que, para mim, foi francamente anti-climático e diferente, uma vez mais, do livro.
Também a caracterização de O Boneco de Neve está, a meu ver, subdesenvolvida. Mal cheguei a casa ontem, reli as últimas páginas do livro e, de facto, o vilão é dotado de uma maior frieza. Posso afiançar que a cena final é bem mais intensa do que no filme. 

Por último a minha maior crítica. Já que o filme foi totalmente filmado na Noruega, não consigo entender porque é que o elenco era, quase na íntegra, americano. A ideia seria tornar o filme mais comercial?
Não desgosto do trabalho de Michael Fassbender mas, para mim, não me convenceu como Harry Hole. Para quem 10 livros protagonizados por este detective, imaginou uma personagem fisicamente diferente. Contudo, a maior desilusão foi Val Kilmer. Aqui entre nós, eu tive um crush por ele há uns 20 anos. Mas isto fica só entre nós, ok? ;) Está irreconhecível!

O melhor do filme foi, para mim, as maravilhosas paisagens norueguesas. Os planos são, de facto, apaixonantes. Lembraram-me a razão deste meu fascínio pela Escandinávia.

Em suma, pelas razões que mencionei anteriormente, o livro que é espectacular (e ao qual atribuí 5 estrelas no Goodreads) originou uma adaptação cinematográfica medíocre. Esperava muito mais! 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Cilla & Rolf Börjlind - A Terceira Voz [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 30 Outubro 2017

               Titulo Original: Den tredje rösten
               Preço com IVA: 19,99€
               Páginas: 448
               ISBN: 9789898869463

Sinopse: Um homem enforcado, uma mulher brutalmente assassinada, um denominador comum.
Após ter descoberto uma verdade perturbadora e violenta sobre o seu passado, Olivia Rönning decide adiar o que poderia ser uma promissora carreira na Polícia. É então que o pai da sua amiga Sandra Sahlmann, um funcionário da alfândega em Estocolmo, aparece enforcado em casa. À primeira vista, tudo aponta para suicídio. Olivia, porém, sente que algo não bate certo. Ela sabe que não se deve envolver, mas o caso torna-se demasiado pessoal.
Em simultâneo, uma mulher é brutalmente assassinada em Marselha, França. Trata-se de Samira Villon, uma ex-artista de circo cega que fazia filmes pornográficos para sobreviver. Sem saber o que o espera, Tom Stilton, um ex-inspetor da Polícia com quem Olivia colaborou no passado, é arrastado para este caso.
Duas mortes aparentemente desligadas entre si juntam novamente Olivia Rönning e Tom Stilton numa investigação de contornos surpreendentes. Conseguirão eles resolver ambos os casos e impedir que mais pessoas tenham destinos trágicos?

Sobre os autores: Cilla e Rolf Börjlind são um casal de autores bestsellers suecos, cujas obras retratam uma sociedade repleta de conflitos sociais.
Figuram entre os argumentistas mais aclamados da Suécia, sendo autores de 26 guiões de policiais e thrillers para cinema e televisão.
Maré Viva recebeu arrebatados elogios por parte da crítica, tendo os seus direitos sido vendidos para trinta países. Só na Suécia vendeu mais de 300 mil exemplares. A obra foi também convertida numa série de televisão, cujos direitos já foram vendidos para vários países.
A Topseller orgulha-se de dar a conhecer aos leitores portugueses esta dupla maior da literatura escandinava com este Maré Viva e com Terceira Voz, o título que se lhe segue, que será publicado em novembro de 2017.

Anteriormente publicado



M. J. Arlidge - Mal Me Quer [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 30 Outubro 2017

               Titulo Original: Love Me Not
               Preço com IVA: 17,69€
               Páginas: 320
               ISBN: 9789898869456

Sinopse: MAL ME QUER
O corpo sem vida de uma mulher é encontrado no meio da estrada. À primeira vista parece tratar-se de um acidente trágico, mas quando a inspetora Helen Grace chega ao local do crime, torna-se claro para ela que a mulher foi vítima de um assassínio a sangue-frio sem razão aparente.
BEM ME QUER
Duas horas depois, do outro lado da cidade, um empregado de loja é morto, enquanto os seus clientes escapam ilesos.
MAL ME QUER
Ao longo do dia, a cidade de Southampton viverá um clima de terror às mãos de dois jovens assassinos, que parecem matar ao calhas.
BEM ME QUER
Para a inspetora Helen Grace, este dia vai tornar-se uma corrida contra o tempo. Quem vive? Quem morre? Quem será o próximo? O relógio não para…
Se Helen não conseguir resolver este quebra-cabeças mortal, mais sangue será derramado. E, se cometer algum erro, poderá muito bem ser o dela…

Sobre o autor: M. J. Arlidge trabalha em televisão há mais de 15 anos, tendo-se especializado em produções dramáticas de alta qualidade.
Nos últimos anos, produziu um grande número de séries criminais passadas em horário nobre na ITV, rede de televisão do Reino Unido. Escreveu ainda uma série policial para a BBC, além de estar a criar novas séries para canais de televisão britânicos e americanos.
Os seus livros, traduzidos para várias línguas, são autênticos êxitos de vendas e têm recebido críticas excelentes de todos os meios de comunicação social internacionais.


Peter Brooklyn - Entre Mortos e Feridos Não Escapa Ninguém [Opinião]

Sinopse: AQUI 

Opinião: Há uns tempos, fui contactada pelo autor, Denis, que escreve sob o pseudónimo de Peter Brooklyn com uma finalidade: a de ler a sua obra de estreia, Entre Mortos e Feridos Não Escapa Ninguém. Devo agradecer, desde já, ao autor pela sua disponibilidade, pedir desculpa pelo atraso na leitura e, por conseguinte, na escrita da recensão crítica desta obra.

Sob uma capa apelativa, a história recai sobre dois homicídios, nas regiões de Lisboa e Porto. O autor disserta sobre os variados aspectos do nosso país, como a gastronomia ou elementos arquitectónicos o que, para uma apaixonada pelo nosso país como eu, é um verdadeiro deleite. Não obstante ter em mente que este é um livro policial e estes elementos intrínsecos à cultura portuguesa acabam por, de certa forma, se sobrepor à investigação criminal.
Teria apreciado caso o autor tivesse investido mais na investigação, sem dúvida. 
Um outro ponto que apreciei foi a forma estranhamente familiar que estão subjacentes nos homicídios. 

Falando sobre estes, os crimes, denotei uma certa elegância no trato das descrições dos mesmos, o que, de certa maneira, me remeteu para a escola clássica do policial. Não há uma componente forense envolvida (o que teria sido, certamente, muito interessante) e o inspector Pereira acaba por deslindar os casos, por alguns interrogatórios que careciam, a meu ver, maior aprofundamento.

Esta é uma trama célere. O livro é pequeno, nem ascende às 200 páginas (e a fonte da letra é grande), por isso é um caso de investigação bastante leve que, provavelmente, teria um maior impacto caso tivesse sido mais esmiuçada.

Gostei do detective Pereira, fã fervoroso de Fernando Pessoa (e como foi, para mim, tão agradável ler sobre o nosso poeta e seus heterónimos). Agradou-me muito o nível de cultura por parte do protagonista.

Portanto, e posto isto, nota-se que o autor eleva os aspectos tão típicos do nosso país e friso, uma vez mais, que valorizei os mesmos na história. No entanto, creio que a componente policial está francamente subdesenvolvida. E era isso que eu ansiava, até porque a capa assim mo prometeu.

É o primeiro trabalho do autor e gostaria que esta opinião funcionasse como uma crítica construtiva e desse mais alento a continuar a escrever e a partilhar mais casos do Pereira. Confesso que aguardava uma trama que abordasse um grotesco crime à portuguesa. Ao invés, deparei-me com um roteiro do melhor que existe em Portugal.

Stephen King - Despertar [Divulgação Bertrand]


Data de publicação: 10 Novembro 2017

               Titulo Original: Revival
               Preço com IVA: 18,80€
               Páginas: 368
               ISBN: 9789722530484

Sinopse: Numa pequena cidade da Nova Inglaterra, há mais de meio século, uma sombra desce sobre um rapazinho que brinca com os seus soldadinhos de chumbo. Jamie Morton ergue os olhos e vê um homem espantoso, o novo pastor. Charles Jacobs, juntamente com a sua bela mulher, vão transformar a igreja da comunidade. Todos os homens e rapazes estão um bocadinho apaixonados pela senhora Jacobs; as mulheres e as raparigas sentem o mesmo em relação ao reverendo Jacobs, incluindo a mãe e a irmã de Jamie.
O reverendo partilha um laço mais profundo com Jamie, que tem como base uma obsessão secreta. Quando a família Jacobs é assolada pela tragédia, o carismático pastor amaldiçoa Deus, apouca toda a crença religiosa e é banido de uma cidade em choque. Jamie tem os seus próprios demónios. Apaixonado pela guitarra desde os treze anos, toca em bandas pelos Estados Unidos, vivendo uma vida nómada de rocker em fuga da família e da sua terrível perda.
Aos trinta anos, viciado em heroína e desesperado, volta a encontrar Charles Jacobs, e as consequências deste encontro serão profundas para os dois homens. A sua ligação torna-se um pacto para lá do diabólico e Jamie descobre os vários sentidos de «despertar». Um romance rico e perturbador que se estende por cinco décadas até o desfecho mais aterrador, que um dos melhores de King alguma vez escreveu.

Sobre o autor: Romancista norte-americano, Stephen King nasceu em 1947, em Portland, Maine. Filho de um marinheiro mercante, que abandonou a família em 1950, foi criado pela mãe, em Durham, juntamente com o seu irmão David. A mãe viu-se forçada a trabalhar precariamente para poder sustentar os seus filhos.
Aos seis anos de idade, o jovem Stephen teve que proceder à punctura do tímpano por diversas vezes, experiência dolorosa que nunca conseguiria esquecer. Deu início aos seus estudos secundários na Lisbon Falls High School, onde começou a escrever contos, ao mesmo tempo que fazia parte de um grupo amador de rock. No ano de 1960, Stephen King submeteu o seu primeiro manuscrito para publicação, o qual seria rejeitado. Entretanto, editava o jornal do liceu, The Drum, e escrevia para o jornal local, o Lisbon Weekly Enterprise. Publicou o seu primeiro conto, In A Half-World Of Terror, numa fanzine de terror.
Em 1970 licenciou-se pela Universidade do Maine e, no ano seguinte, casou com Tabitha Spruce, que também viria a alcançar reputação como escritora. De 1971 a 1974, Stephen King foi instrutor na Hampden Academy, até ter publicado o seu primeiro romance, Carrie (1974), a história de uma rapariga com poderes telecinéticos. Atirou as primeiras páginas do trabalho ao lixo, mas foram resgatadas pela esposa, que o encorajou a prossegui-las. A obra não teve, a princípio, senão um sucesso modesto, mas com a adaptação para cinema e com a publicação do romance Salem's Lot (1976), conseguiu estabelecer-se como importante escritor de literatura de terror.
Nos finais do Verão de 1974, Stephen King decidiu passar umas férias prolongadas no Colorado na companhia da sua família. De visita ao Stanley Hotel, em Estes Park, chegou-lhe a inspiração para o seu romance seguinte, The Shining (1975), que chegaria a obter versão cinematográfica pela mão de Stanley Kubrick, em 1977. Nessa época, segundo confissão do próprio autor, tinha a braços problemas de abuso de álcool e drogas. Na segunda metade dos anos 70, Stephen King começou a publicar uma série de romances sob o pseudónimo Richard Bachman, de que Rage (1977) e The Long Walk (1979) são exemplos.
Em Junho de 1999, o escritor ficou gravemente ferido em consequência de um atropelamento por uma carrinha. Não obstante, no mês seguinte começou a publicar uma série de folhetins virtuais no seu website 'stephenking.com', sendo o primeiro escritor de gabarito a recorrer ao suporte virtual. Na primeira história, uma vinha sobrenatural começa a crescer numa editora de livros de bolso, trazendo sucesso e riquezas em troca de sangue e carne fresca.
Em convalescença do acidente, Stephen King decidiu fazer um balanço do seu início de carreira, com On Writing (2000), obra principalmente destinada a aconselhar potenciais escritores. Stephen King passou a maior parte da sua carreira como romancista em Bangor, no estado do Maine.


domingo, 15 de outubro de 2017

L.S. Hilton - Domina [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Confesso que demorei a iniciar a leitura de Domina por ter lido Maestra há algum tempo e não me recordar dos mais ínfimos pormenores protagonizados pela audaz Judith. Domina intensifica o que acho sobre esta trilogia, é, sem sombra de dúvida, uma série diferente por aliar o thriller ao erotismo e à sofisticação do mundo da arte.

Os meus receios eram infundados. Logo nas primeiras páginas, somos recordados sobre os eventos passados. E claro, gostei de rever a intrépida Judith, agora conhecida por Elisabeth. Creio que, e como referi na opinião do livro antecessor, esta se assemelha a um Tom Ripley no feminino.

Com a mudança de identidade, sendo algo necessário para despistar os eventos ocorridos em Maestra, a minha percepção mais imediata prendeu-se com o pressuposto de vai começar tudo de novo. Confesso que senti alguma repetição a nível da história. O sexo explícito e os variados homicídios, fórmula original de Maestra, reproduzem-se pelas mesmas razões que, basicamente, são em prole da manipulação e calculismo de Judith. De certa forma, desta vez, achei que a protagonista agia de forma previsível em respostas às variadas situações.

É certo que Domina é uma continuação da trama, não obstante sentir ao longo da leitura que o primeiro livro me alentou mais.

Contudo houve um aspecto que merece ser frisado: a menção do passado de Judith. Não desresponsabilizando os seus actos, creio que esta componente foi importante para tentarmos perceber um pouco mais sobre esta complexa personagem. A minha teoria sobre a mesma intensificou-se: Judith é claramente sociopata. Mas daquelas que, tal como Tom Ripley, torcemos para que safe das situações. 

O final é um autêntico cliffhanger e deixou-me curiosa para ler o desfecho da história. Valorizo que a Editorial Presença tenha publicado a obra muito pouco depois da edição da mesma lá fora. Aguardo que aconteça o mesmo com o terceiro volume da série que, pelo que sei, está em curso pela autora. 

Em suma, estamos perante uma série inovadora no que concerne ao género de thriller que agradará a um público mais vasto, como as fãs de literatura erótica. 

Confesso que, por uma razão que não consigo explicar, a leitura de Domina não me despertou a mesma emoção que sentira ao ler Maestra. 
Por um lado sinto que o intervalo entre as leituras não devia ter sido tão espaçado, provavelmente lembrar-me-ia muito melhor dos detalhes de Maestra. Ou talvez por achar que a obra antecessora foi original pois, de facto, nunca lera até então uma história que imiscuísse tão bem sexo, homicídios e glamour, em doses generosas. 

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