domingo, 31 de maio de 2015

A Estante está mais cheia [Maio 2015]

 Abusei este mês (para variar!) Ora vejamos...

A magnífica colecção que me faltava da V.C. Andrews, super rara, foi encontrada por mim no OLX mas ofertada pelo maridão. Uffff

Eis que um dia vou passear à livraria Bizantina e vejo alguns títulos que não tinha da colecção da RBA da Agatha Christie. Por 2€ cada, trouxe estes cinco.


E sem grandes discriminações,  a foto usual das aquisições:


Rejeitada de Jodi Ellen Malpas foi ofertado pela Planeta, à qual endereço os meus agradecimentos. A Rapariga do Comboio também foi facultado pela TopSeller, numa edição de Exemplar Avançado (já o li e gostei bastante! Estejam atentos ao dia do lançamento que foi antecipado para dia 5). 
Os Crimes da Rua Morgue de Edgar Allan Poe foi oferecido por uma amiga (trata-se do primeiro policial de sempre e estou bastante curiosa com a sua leitura!). Já A Espia do Oriente foi oferecido pelo autor, Nuno Nepomuceno. Tive o prazer de apresentar o seu livro na Fnac e mais uma vez constatei o quão fantástico é este autor!
Jogo Duplo e Pequenas Grandes Mentiras foram compras de um sábado de ócio pelo centro de Lisboa.

Conforme terão conhecimento, já começou a feira do livro de Lisboa e eu já me estreei. No primeiro dia comprei Dez Anos Depois de Liane Moriarty, livro que está em saldos no stand da Editorial Presença, tendo-me custado 8 anos (bem, na realidade, este até foi o marido que o pagou).
Ontem voltei à feira e lá fiz mais umas compras. Ouvi um burburinho sobre O Indesejado de Sarah Waters e quando o vi no stand da Bizâncio a 5€, não resisti. Já Corrida Para a Morte e Segredos Submersos custar-me-iam 13.50€, contudo, ao comprar juntamente com uma livrólica e usando um voucher de desconto, gastei apenas 10€ em ambos os livros. Boa compra, não?

E vocês também fizeram muitas compras? Ainda têm espaço nas estantes?

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Åsa Larsson - Sacifício a Moloc [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Sacrifício a Moloc é o quinto livro protagonizado por Rebecka Martinsson e Anna Maria Mella, uma saga que tem-se consolidado a cada livro publicado. A autora tem-me conquistado cada vez mais, tendo-se tornado numa das minhas favoritas, embora não tenha apreciado tanto o título Sangue Derramado, como os demais.

Tendo como premissa algo tão chocante como a descoberta de restos humanos no interior de um urso, a trama desenrola-se em duas frentes, tal como acontecera no livro anterior, Quando a Tua Ira Passar. Assim, existe uma subtrama actual e uma outra que remota ao ano de 1914.  Diria que a componente policial está maioritariamente presente na trama actual por intermédio da investigação da morte de Sol-Britt que vivia com o seu neto Marcus. Quanto à trama do passado, esta aparenta ser uma história de amor entre uma jovem professora e o proprietário de uma mina local.
Aparentemente independentes e a meu ver, extremamente apelativas, a tramas irão convergir embora o leitor desconheça o elo de ligação, sendo este um dos principais mistérios da narrativa.
Confesso que gosto bastante dos livros com esta estrutura que nos permita acompanhar um evento passado e, simultaneamente, uma situação actual.

Além de ter ficado particularmente agradada com a história, pois fiquei intrigada com as subtramas e qual seria o ponto de ligação entre as mesmas, tenho a apontar um outro factor à margem da narrativa que é a descrição dos locais. Kiruna, perto da Lapónia, é a avaliar pelas obras da autora, um local lindíssimo (apesar do frio avassalador).

Na presente obra, a investigação passa, maioritariamente, pelas mãos da advogada Rebecka. A personagem Anna Maria Mella tem um papel mais reduzido no caso.
As suas vidas pessoais acabam por ter bastante importância nas tramas, ficando eu, uma vez mais, curiosa com o desfecho amoroso de Rebecka, que terá, certamente, mais desenvolvimentos num futuro livro. Também me agrada que a advogada tenha uma preocupação com os animais, em particular com os cães, criando mais pontos de contacto entre esta personagem e o leitor.

Um caso independente das tramas anteriores, podendo por isso, ser lido sem haver contacto prévio com as demais obras da autora, no entanto e simultaneamente, a série prima pelo desenrolar do fio condutor da vida das personagens femininas.

Em suma, Sacrifício a Moloc é um livro inteligente, cativante e instigante. Recomendo vivamente a série de policiais de Asa Larsson e ficarei, sem sombra de dúvidas, expectante a aguardar pelo próximo.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Gilly MacMillan - Não Me Deixes [Divulgação Editorial Jacarandá]


Data de publicação: 3 Junho 2015 
  
               Título Original: Burnt Paper Sky
               Preço com IVA: 18,90€
               Páginas: 456
               ISBN: 9789898752727

Sinopse:  Viras-te por um segundo…E o teu filho desapareceu.
Rachel Jenner distraiu-se por breves momentos. E agora Ben, o seu filho de oito anos, desapareceu.
Mas o que aconteceu realmente naquela fatídica tarde?
Dividida entre a sua tragédia pessoal e uma opinião pública que se virou contra ela, Rachel não sabe em quem confiar. Será que as outras pessoas, por seu turno, podem confiar nela?
O tempo urge para que Ben seja encontrado com vida.
E TU, DE QUE LADO ESTÁS?

Sobre a autora: Gilly Macmillan cresceu em Swindon, Wiltshire e também viveu no norte da Califórnia no final da adolescência. Ela estudou História da Arte na Universidade de Bristol e, em seguida, no Courtauld Institute of Art, em Londres.
Gilly vive em Bristol com o seu marido e os três filhos. Não me Deixes é o seu primeiro romance. 

James Patterson & Michael Ledwidge - Zoo [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de publicação: Maio 2015 
  
               Título Original: Zoo
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 352
               ISBN: 9789898800282 

Sinopse: Quando o Homem se torna o grande inimigo de todas as outras espécies animais, o perigo espreita e o pânico instala-se, não só pelas ruas das cidades, mas até dentro das nossas próprias casas.
O comportamento animal está a mudar. E não para melhor. Por todo o mundo sucedem-se ataques de animais espalhando uma verdadeira epidemia de terror.
Em todos os continentes, espécies selvagens, e até animais domésticos, ostentam subitamente uma atitude hiperagressiva em relação a um animal em particular: o Homem.
Jackson Oz, um jovem biólogo, assiste a esta escalada de episódios violentos com uma clara sensação de pânico. Quando vê, com os seus próprios olhos, um ataque organizado de leões em África, a enormidade da violência torna-se terrificamente clara.
Com a ajuda da ecologista Chloe Tousignant, Oz tenta avisar os líderes mundiais antes que seja demasiado tarde. Os ataques aumentam em ferocidade, astúcia e planeamento e, em breve, não restará um único lugar seguro para o Homem se esconder.
Usando toda a criatividade fulgurosa que já lhe conhecemos, James Patterson nasceu para escrever este livro. Zoo já foi adaptado para televisão pela CBS e a primeira temporada de treze episódios irá estrear brevemente nas televisões portuguesas.


Sobre os autores: Michael Ledwidge é um escritor norteamericano com ascendência irlandesa. É coautor de mais de uma dezena de livros com James Patterson.

James Patterson é indiscutivelmente um dos grandes nomes do thriller, sendo mesmo o mais popular neste género em todo o mundo, com mais de 150 milhões de exemplares vendidos, traduzidos em 49 línguas.
Patterson publicou a sua primeira obra em 1976 e é autor de um impressionante número de bestsellers. Entre outros prémios, foi distinguido com o Edgar Award, a distinção mais importante do mundo atribuída a este género de romance.
 

Imprensa
«Um dos melhores entre os melhores.»
Time


«Se é um apaixonado por animais, este livro vai partir-lhe o coração em vários pedaços, mas também o vai deixar arrepiado até chegar ao final.»
The Book Report 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Yrsa Sigurdardóttir - Alguém Para Tomar Conta de Mim [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Alguém Para Tomar Conta de Mim é o quinto livro protagonizado pela advogada Thóra Gudmundsdóttir. Recordo que em 2011 a Quetzal publicou o terceiro livro, pelo que aponto como principal crítica a omissão do quarto volume publicado em português. Daí e por conseguinte, como entusiasta da vida pessoal da advogada que sou, perdi a aparição de mais uma personagem, a de Orri, que creio ser doravante uma figura do elenco da série.

Alguém Para Tomar Conta de Mim não deixa, no entanto, de ser um brilhante policial. A trama é cativante pois aborda um tema polémico como a inserção de deficientes na sociedade islandesa, que acaba por ser transversal às sociedades actuais independentemente do país. O cerne, no entanto, é a interacção das famílias dos deficientes com os mesmos. E fala de todo o tipo de deficiência, com especial incidência no autismo e na sua capacidade especial de expressão. A meu ver, existe uma reflexão sobre os desafios com que as pessoas com deficiências lidam diariamente, sendo desta forma, uma história com contornos pesados

Apresenta, portanto, uma subtil crítica social não só pela menção deste tema como a alusão da situação financeira da Islândia em 2010 que ocasionou algum desemprego e influenciou a população autóctone em geral.

Como é referido na sinopse, Jakob é deficiente e acusado de ter ateado um incêndio à instituição onde vivia, juntamente com outros indivíduos. Cabe a Thóra averiguar a inocência do jovem mas a sua investigação vai levantar o véu sobre alguns aspectos que se deveriam manter secretos. Estas revelações ao longo da trama afiguraram-se, para mim, bastante densas e revoltantes.

Contudo, a autora não deixa de entrosar esta trama bastante verosímil com laivos do ocultismo, relembrando-me um pouco do último livro que li de Yrsa Sigurdardóttir, Lembro-me de Ti. Uma das personagens crê viver uma casa abandonada, sendo esta subtrama aparentemente sobrenatural. Creio que, embora o caso tenha uma explicação lógica, a introdução desta subtrama espicaça o leitor pois uma coisa é certa, como já constatara no livro anterior, a autora é exímia na descrição de fenómenos paranormais.

Como outro ponto forte, este já verificado em outras tramas de Sigurdardóttir, ressalvo a interacção da secretária Bella, uma mulher algo destrambelhada com Thóra, constituindo momentos verdadeiramente engraçados. Diria que um dos ingredientes que contribui para o sucesso desta saga é a caracterização das personagens. Matthew tem uma nova aparição, no entanto a participação da personagem na resolução do caso é, novamente, diminuta.
Os filhos de Thóra, Sóley e Gylfi estão mais crescidos e Gylfi está numa situação completamente diferente do que me recordava sobre esta personagem. Volto a lamentar o facto de não ter lido o quarto livro da saga...

Em jeito de conclusão, não deixo de congratular a editora Quetzal pela edição de mais uma trama de Thóra. Estas são definitivamente as minhas preferidas, ainda que apenas tenha lido um stand alone, Lembro-me de Ti, que na minha opinião não é o melhor da autora, após um interregno de quatro anos. Espero não ter que esperar tanto tempo pelo sexto livro da série.

Em suma, Alguém Para Tomar Conta de Ti é um excelente policial em forma de um inteligente quebra cabeças resolvido por Thóra, não deixando de apelar à sensibilidade do leitor devido essencialmente à temática da deficiência. Gostei muito!

Louise Penny - Mística Fatal [Divulgação Editorial Dom Quixote]


Data de publicação: 16 Junho 2015 
  
               Título Original: A Fatal Grace
               Preço com IVA: 18,90€
               Páginas: 440
               ISBN: 9789722057554

Sinopse: CC de Poitiers tinha um ego do tamanho do mundo e não descansou enquanto não viu o seu livro  de auto-ajuda publicado com o seu rosto na capa.
Era autoritária, detestada por todos, mas decerto nunca pensou vir a morrer eletrocutada numa pista de Curling numa aldeia nos confins do Canadá. Armand Gamache, o inspetor-chefe da Sûreté do Quebeque, também jamais imaginou regressar tão cedo a Three Pines, muito menos na quadra natalícia, tempo de paz e fraternidade a contrastar com o estranho crime. 
Chamado a liderar a investigação, cedo descobre que CC de Poitiers não era sequer amada pelos familiares mais próximos e colecionava inimigos. Mas Gamache também tem os seus próprios inimigos e não tarda a perceber que não pode confiar em ninguém. Enquanto um vento agreste sopra em  Three Pines, trazendo consigo um manto de neve, há uma verdade mais arrepiante que se insinua...

Sobre a autora: Louise Penny, nascida em Toronto em 1958, é autora de romances policiais. Vive no Quebeque, concentrada nas investigações do inspetor-chefe Armand Gamache, de que já publicou dez títulos. Inicialmente trabalhou como jornalista, mas foi como escritora que ganhou numerosos prémios, dos quais se destacam o Agatha Award para o melhor romance policial do ano, em quatro anos consecutivos (2007-2010), e o Anthony Award para dois títulos da série. Os seus livros estão traduzidos em 25 idiomas.

Imprensa
«Um dos melhores policiais de 2007»
Deadly Pleasures Magazine, EUA


Anteriormente publicado 
 Opinião AQUI










segunda-feira, 25 de maio de 2015

Herman Koch - O Jantar [Divulgação Editorial Alfaguara]


Data de publicação: 3 Junho 2015 
  
               Título Original: Het diner
               Preço com IVA: 16,90€
               Páginas: 304
               ISBN: 9789898775511

Sinopse:  Noite de Verão em Amsterdão: dois casais encontram-se para jantar num restaurante sofisticado. A trivialidade da conversa, sobre férias e trabalho, entre garfadas satisfeitas e sorrisos educados, deixa adivinhar um jantar aparentemente normal. Aparentemente.
É quando chega o prato principal que descobrimos que os casais não se juntaram para jantar pelo prazer da refeição e da companhia, mas para discutir um acto de violência ignóbil cometido pelos filhos de ambos. Aliás, não para discutir o acto em si, mas para decidir como deverão as famílias agir face ao crime.
Entre status e família, vamos descobrindo até onde estão as pessoas dispostas a ir para defender o que é seu e impedir o seu pequeno mundo de cair por terra.
À medida que a refeição avança e se precipita a revelação de segredos e traições, a tensão crescente entre os casais encaminha-se para um final dramático.
Todos têm algo a perder e ninguém pode clamar inocência.
A natureza do mal exposta à mesa de jantar e a subtileza (i)moral da narrativa fazem desta uma história provocadora, controversa, tensa e brilhante. Um romance que conquistou a crítica e arrasou as tabelas de livros mais vendidos, com perto de um milhão de exemplares em todo o mundo.

Sobre o autor: Herman Koch nasceu em 1953 em Arnhem, na Holanda. Estudou Russo e viveu na Finlândia durante alguns anos, até se mudar para Amsterdão, onde é produtor de televisão e escritor. O Jantar, bestseller mundial publicado em 40 países e com mais de 700.000 exemplares vendidos na Holanda, recebeu o Prémio Publieksprijs de 2009 e é parcialmente baseado na história verídica de uma mulher sem-abrigo, María del Rosario Endrinal Petit, queimada viva no interior de um ATM em Barcelona, em 2005.

Imprensa
 «Deliciosamente negro. Uma leitura imprescindível para o Verão.» 
Independent 

«Apaixonante. Vai ser o assunto do verão.» 
Sunday Times
 

«Uma Gone Girl europeia. O Jantar é um thriller psicológico astuto em torno de um crime horrendo e das suas consequências para duas famílias. (…) Um dos romances mais aguardados do Verão.» 
The Wall Street Journal 

«Quanto mais lia e me embrenhava neste negro e perturbante enredo familiar, mais me arrepiava… À medida que o jantar se transforma num autêntico pesadelo, percebemos até onde a classe média está disposta a ir para proteger a sua prole de monstrinhos.» 
Daily Mail 

«Uma refeição da classe média alta transforma-se numa janela improvável para o privilégio, a violência e a loucura. Koch (…) levanta uma questão pertinente: que dívida é a dos pais em relação aos seus filhos e quanto do carácter destes é herdado dos pais… Uma visão arrepiante do abjecto manter de aparências.» 
Kirkus Reviews 

«Um livro que interessará muitíssimo a todos aqueles que gostam de ver o que acontece quando determinadas convicções confortáveis das famílias da classe média se estilhaçam, quando o finíssimo verniz da decência e das boas maneiras estala de vez e deixa a descoberto as violentas criaturas que espreitam à superfície.» 
The Guardian 

«O Jantar demonstra o quão poderosa pode ser a ficção no desmascarar do mundo moderno (…) Farto de As Cinquenta Sombras de Grey? Então leia O Jantar – e veja o que é ficar chocado.»
The Economist 

sábado, 23 de maio de 2015

Maratona Literária [Crónicas do Gelo e Fogo] - Desafio II

A Cláudia pergunta qual é a personagem com características mais parecidas com a minha personalidade. Confesso que pensei nisto algumas vezes durante a tarde, sem sucesso. E o que fiz? Um teste na Zimbio, Which Game of Thrones character are you? Eis o resultado...


PS: Sou contra o incesto, para que conste.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Anne Perry - O Crime de Paragon Walk [Divulgação Editorial ASA]


Data de publicação: 9 Junho 2015 
  
               Título Original: Paragon Walk
               Colecção: Crime à Hora do Chá
               Preço com IVA: 13,90€
               Páginas: 288
               ISBN: 9789892331270

Sinopse: Quando a jovem Fanny Nash sucumbe nos braços da cunhada, vítima de um brutal ataque na sofisticada rua de Paragon Walk, cabe ao inspetor Pitt investigar o caso. Recorrendo ao seu incomparável talento e à ajuda de Charlotte, sua mulher e parceira na luta contra o crime, Pitt tudo fará para impedir que o assassino escape impune. Charlotte, cujo cunhado também se encontra sob suspeita, fica incumbida de interrogar todos os residentes da rua, desenterrando sórdidas intrigas e amargas rivalidades. O formidável casal descobre que por detrás das mais elegantes fachadas da sociedade vitoriana espreita algo de muito sombrio. À medida que as máscaras começam a cair, a ameaça de uma nova morte torna-se cada vez mais real...
 
Sobre a autora: Anne Perry (pseudónimo de Juliet Hulme) nasceu em Londres em 1938. Autora de romances policiais com uma forte componente histórica e social, conta já com uma longa e aclamada carreira. O Estrangulador de Cater Street (1979) foi o seu primeiro romance. Vive na Escócia.

Anteriormente publicado
 Opinião AQUI
 

domingo, 17 de maio de 2015

Raphael Montes - Dias Perfeitos [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Como referi anteriormente, não sou nada dada ao ebook. O meu marido e eu comprámos o Kobo já há mais de um ano, certamente, numa promoção da Fnac. Não me recordo ao certo o preço mas lembro-me que o Kobo Mini foi uma pechincha. E tem estado na caixa desde então. Tenho sido muito reticente no que diz respeito à leitura neste formato.

Contudo, Dias Perfeitos foi publicado cá em Portugal e o burburinho que antecedeu a sua publicação foi decisivo para que conseguisse o ebook. Curiosa com a obra antecessora do autor, Suicidas também veio directamente para o Kobo.
Assim que constatei que a edição portuguesa em nada diferia da original, optei pela leitura do ebook ao invés de comprar o livro. 

Aproveitei uma tarde de ócio para ler as primeiras páginas e adivinhem, caros leitores, pelo final do dia tinha lido o livro todo.  
Em primeira análise, senti uma ligeira dificuldade em alguns termos brasileiros que não são usados em Portugal. Curiosamente, o dicionário do Kobo foi extremamente útil para que pudesse averiguar o significado de tais expressões.
Uma outra dificuldade que tive, inerente à leitura neste formato, foi a leitura de umas páginas específicas, em que era uma imagem do guião da Clarice. Mesmo com o aumento da letra, pura e simplesmente não consegui ler esse excerto pois era minúsculo.

Como o autor refere, Dias Perfeitos conta uma história de amor. Mórbida. A relação entre Téo e Clarice resulta de uma psicose da personagem masculina. Ele fica obcecado pela personagem feminina, a guionista Clarice e rapta-a, numa tentativa que ela se apaixone também por ele.
Com ritmo perturbador, a acção começa a tomar proporções que não esperava de todo.

O impacto desconcertante do livro é também conseguido à custa das personagens, com principal incidência no Téo. Estudante de medicina, Téo é sociopata. E o seu comportamento é deveras aterrador, especialmente a partir do momento em que conhece Clarice, uma rapariga que é o seu oposto.

Gostei da trama, penso que o autor foi bastante audaz ao transgredir os limites de uma relação saudável, fazendo-o de forma contínua e chocante. Não obstante, ao longo do livro fui estabelecendo algumas comparações com o livro Misery de Stephen King.
Embora tenha ficado estarrecida em diversas ocasiões no decorrer da leitura (afinal de contas, esta transborda em violência psicológica), não posso deixar de admitir que fiquei decepcionada com o final, tendo-o achado bastante inverossímil. Este facto acabou por influenciar a minha apreciação global do livro: gostei da trama até certo ponto embora o aspecto que mais apreciei foi, sem dúvida, a caracterização tão profunda e macabra do Téo.

Não deixo, no entanto, de congratular o autor pela escrita envolvente e sobretudo por me ter horrorizado com o Téo.

Para outras núpcias (espero não muito distantes) ficará o ebook de Suicidas.

Outras Literaturas: Policial

Ontem teve lugar uma sessão com o tema Literatura Policial na Fundação Calouste Gulbenkian. 
Claro que, perante tema tão apelativo, estive presente na dita sessão, moderada por Gonçalo Vilas-Boas e com a participação de Claudia Piñeiro, Florent Couad-Zotti e Raphael Montes. Confesso que apenas conhecia a autora Claudia Piñeiro (tenho lido uma obra de sua autoria intitulada Tua) e o autor Raphael Montes (que vê agora publicada a sua obra Dias Perfeitos em Portugal pela Companhia das Letras).

Basicamente a sessão visou por um enquadramento do género policial, desde as suas origens com Edgar Allan Poe até fazer um apanhado da literatura do género em países de origem dos convidados. Deste modo, pude perceber como é encarada a literatura policial na Argentina, em África e no Brasil.

Foram desenvolvidos aspectos muito interessantes e que acabaram por condicionar a literatura em geral como, sucintamente, a ditadura na Argentina, o analfabetismo em África e o hábito de leitura pouco enraizado no Brasil. Senti muita afinidade com a última intervenção, que foi justamente a de Raphael Montes, que partilhou algo tão pessoal (relacionado com o gosto pela leitura) como alguns episódios de violência não explícita com que se deparou na pesquisa para a escrita do seu livro, Suicidas.

No final, troquei algumas impressões com o autor e fiquei com a sensação que irei gostar muito das suas obras. Infelizmente, não comprei o livro Dias Perfeitos atempadamente para que o Raphael mo pudesse autografar, contudo, de tão curiosa que fiquei, não resisti a iniciar a leitura da obra no Kobo.
Embora não seja grande fã do formato electrónico, estou a gostar imenso da trama! 


A sessão prosseguiu na parte da tarde, no tema de Ficção Científica, com a participação de Lauren Beukes, autora de As Raparigas Cintilantes. Infelizmente não consegui ir, mas fica registado aqui o meu agradecimento à Fundação pela iniciativa tão interessante! E um apelo para que venham mais, nestes moldes. 

Paula Hawkins - A Rapariga no Comboio [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: A Topseller levou a cabo uma campanha de marketing bastante original em torno deste livro, que lá fora se chama de ARC (Advance Reading Copy). Recebi um exemplar de avanço, igual ao da foto, e deste modo li A Rapariga no Comboio cerca de um mês antes do livro ser publicado. Já há muito que a página de facebook da editora referenciava esta obra e eu ansiava desesperadamente pela sua leitura.

Existe, de facto, um hype em torno desta obra. Esta esteve durante treze semanas consecutivas no Top de vendas da Inglaterra e Estados Unidos e figuras públicas como Reese Witherspoon e Stephen King afirmaram que este foi o livro que as manteve acordadas a noite toda.
Também ouvi uns (dispensáveis) burburinhos de como este livro se assemelhava ao Gone Girl (e vós, leitores, sabeis que rótulos nos livros são escusados, para mim)

O que muitos de vós não sabe é que eu me desloco regularmente de transportes públicos para ir trabalhar, nomeadamente o comboio pois trabalho no concelho de Cascais. No entanto, nunca me deu para imaginar as vidas dos passageiros ou dos transeuntes que vou mirando pela janela. Não é o caso de Rachel, uma das narradoras de A Rapariga no Comboio, a que assume maior destaque.
Esta, juntamente com Megan e Anna são as três narradoras da história, embora Rachel se evidencie.

Efectivamente a estrutura da narrativa relembrou-me, de certa forma, a obra Gone Girl, contudo recordo-me de uma outra nestes moldes, Não Digas Nada de Mary Kubica. A narrativa alterna entre os POV (point of view) de três personagens, todas elas femininas e algo disfuncionais. Agradou-me muito, logo de imediato esta característica comum às três mulheres e fiquei interessada em saber o que acontecera para as moldar desta forma.
Depois os próprios testemunhos alternam temporalmente de forma a que o leitor tenha conhecimento dos actos passados e os que têm lugar na actualidade.

Também a sinopse está inteligentemente construída pois a trama tece-se a partir de um facto que é (felizmente) omitido e que irá desencadear uma série de comportamentos suspeitos por parte de todas as personagens do livro. Claro que, de certa forma, acaba por ser inevitável pensar no Gone Girl, embora A Rapariga no Comboio enverede por uma direcção diferente, dentro dos meandros do thriller psicológico. 

A trama aborda temáticas mais recorrentes como relações disfuncionais, relembrando de certa forma também a obra de A.S.A. Harrison, A Mulher Silenciosa. Contudo, fá-lo de forma mais profunda, colocando em relevo o tema do alcoolismo como um dos fulcrais, senão o mais importante da presente obra.

Durante dois dias (quinta e sexta feira passadas), senti-me sugada pelo livro e aproveitei todos os momentos para adiantar a leitura. Sentia-me deveras intrigada com o que estava a ler e com o rumo que a acção prosseguia. Numa fase inicial, a trama é um pouco morosa e algo repetitiva, no entanto, globalmente, vale pelas inacreditáveis revelações que vão surgindo em catadupa bem como os contornos psicológicos do universo feminino do livro. Fascinam-me muito os livros que jogam com a Psicologia e dentro desta, abordam o tema das relações (evidenciando o pior que pode existir nas mesmas).
Gostei muito!


Mitch Cullin - Sr. Sherlock Holmes [Divulgação Editorial TopSeller]


Data de publicação: Maio 2015 

               Preço com IVA: 16,59€
               Páginas: 272
               ISBN: 9789898491756

Sherlock Holmes, personagem criada pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle, é uma das mais interessantes personagens de romances policiais de sempre. Criado em 1887, o excêntrico e boémio detetive foi protagonista de dezenas de obras, e as suas habilidades em literatura, filosofia, astronomia, química, anatomia, entre muitas outras, tornaram-no, sem dúvida, numa intrigante e incomparável figura.

Com o passar do tempo, e fruto do sucesso, a personagem de Sherlock Holmes saltou, através de ad​a​
ptações, para páginas de livros de novos autores e para o universo audiovisual. E é com prazer que a Topseller edita em Portugal um livro que mereceu rasgados elogios pela crítica.​ ​
​​
Sr. Sherlock Holmes (Topseller l 272 pp l 16,59€) é o romance mais conhecido de Mitch Cullin, cuja adaptação ao cinema, realizada por Bill Condon, tem estreia marcada em Portugal para dia 23 de julho. O conhecido Sir Ian McKellen é Sherlock Holmes no grande ecrã.

Sinopse: Corre o ano de 1947, e o nonagenário Sherlock Holmes vive em Inglaterra, numa casa de campo perto da costa. Holmes vive com a sua caseira e o filho desta, o jovem Roger, a quem o desconhecimento da diferença entre abelhas e vespas se revelará fatal.
A rotina decorre entre a solidão pacífica do seu escritório e as abelhas — as «criaturas metódicas» que habitam o seu colmeal —, enquanto tenta lutar diariamente contra os efeitos da idade sobre a sua prodigiosa mente e o receio da perda irreversível das memórias de casos passados.
Eis que surge então um manuscrito inacabado, sobre um caso de há 50 anos que o detetive nunca solucionou e que agora se sente determinado a concluir: Londres, uma mulher bonita com um comportamento instável, um marido irado, um misterioso jardim e uma morte súbita. Holmes embrenha-se na difícil tarefa de reavivar a memória e assim terminar o manuscrito.
Em Sr. Sherlock Holmes, Mitch Cullin revela-nos a experiência de uma mente brilhante ao longo de décadas, que desvendará o mais importante dos mistérios: o da natureza humana. 


Sobre o autor: Mitch Cullin é autor de oito livros de ficção, e o seu romance mais conhecido. O seu romance Tideland foi também adaptado ao cinema, sob direção de Terry Gilliam. Até ao momento, os seus romances foram traduzidos para 14 idiomas. Mitch Cullin vive na zona de Los Angeles, Califórnia.


Imprensa
«Uma belíssima história sobre Sherlock Holmes... com todos os ingredientes que um bom romance deve ter.»
The Washington Post 


«Mitch Cullin atribui a Sherlock Holmes uma existência de carne e osso, tornando-o real.»
The New York Times 


«Mitch Cullin escreveu um conto sensível, um Holmes que não está inteiramente certo das suas competências, mas que encontrou a sua própria humanidade. Quando eu era criança, acreditava que Sherlock Holmes era uma pessoa real; depois de ler Sr. Sherlock Holmes, sei que o é.»
Audrey Niffenegger, autora #1 do New York Times 


«Uma história rara, bonita e cuidada.»
Steven Hall, autor bestseller



 

Nuno Nepomuceno - A Espia do Oriente [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Li O Espião Português em 2013 e desde então que fiquei curiosa com a continuação da história pessoal do André Marques-Smith, o espião protagonista da trilogia Freelancer. Dois anos volvidos e eis finalmente a publicação do (bastante) aguardado segundo livro da trilogia, de seu nome A Espia do Oriente.

Diria que o leitor fica irremediavelmente preso ao livro logo a partir do prólogo. Bastou-me ler as primeiras páginas para ficar expectante com o que aí viria.
A leitura prosseguiu numa semana (embora garanto que teria lido o livro num ápice caso tivesse oportunidade) caracterizando-se por um ritmo alucinante, repleto de acção (querendo-me parecer que semelhante a um guião de um filme de Hollywood), entrelaçando novamente com os aspectos do foro pessoal de uma personagem que tanta empatia transmite com o leitor, o André.
Embora espião, este não é um 007 em ascensão, pelo contrário, é até bastante contido no campo da sedução. André parece um de nós, com tensões familiares e complicações no trabalho. Dedicado ao animal de estimação, acaba por protagonizar umas situações engraçadas com o pequeno Kimi.

No entanto, o protagonismo em A Espia do Oriente é disputado pelo agente e pela enigmática China Girl cuja aparição foi bastante fugaz no livro antecessor. O autor desmistifica esta personagem, e caracteriza-a quase tão profundamente quanto o André, embora ressalve sempre uma faceta mais misteriosa e transmitindo ao leitor alguma incerteza no que concerne aos seus objectivos.

A par da história e das personagens, realço como ponto positivo as inúmeras viagens que fiz, embora sem sair do sofá. A acção reparte-se por locais como o Dubai, Londres, Budapeste e a nossa cidade de Lisboa, cujas descrições são tão apaixonantes quanto a própria narrativa.
Não obstante e na minha opinião, o maior impacto relaciona-se com o final, tendo ficado completamente estarrecida! Acreditem que começaria a ler imediatamente o terceiro volume caso o tivesse à mão e acredito veementemente que esta sensação será consensual por parte de todos os leitores que enveredem por esta obra.

Embora não seja fã de tramas de Espionagem, gostei de O Espião Português mas garanto-vos que A Espia do Oriente teve um impacto ainda maior. Denotei uma evolução por parte do autor na forma como encadeou a acção e na construção da trama num crescendo de revelações e emoções fortes, percepção ainda mais palpável comparativamente ao livro antecessor.

Notei ainda que o autor deu o número mínimo de elementos necessários sobre a personagem de André Marques Smith, no entanto, creio que a leitura será mais proveitosa caso se leia o primeiro livro anteriormente. (este foi reeditado pela Topbooks, em Fevereiro)

Em suma, um segundo volume que, pelas razões que acabei de enumerar, creio superar a obra antecessora. Aguardo com muita expectativa a conclusão desta trilogia!

George R. R. Martin - A Fúria dos Reis [Opinião]


Sinopse: Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate.
No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.
O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...
O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!

Opinião: Provavelmente os meus leitores sabem que embarquei numa aventura sob a forma de uma maratona literária dedicada à leitura da série de George R. R. Martin. Dispensei a releitura dos dois primeiros volumes pois relembrava-me bem da história, tendo começado a maratona com o primeira parte de A Clash of Kings.

Apesar de ser uma grande fã da série televisiva baseada na obras, A Fúria dos Reis foi um livro que complementou alguns dos meus conhecimentos alusivos à (rica e intrincada) história. E no final, não me deixou de surpreender pois não me recordava daquela passagem. Fiquei absolutamente incrédula! Já falarei sobre isso.

O livro proporcionou uma ávida e bastante deleitosa leitura. A estrutura da narrativa está na linha dos dois livros anteriores, em que se intervalam os POV (point of view) das várias personagens inclusivé aquelas que são mais secundarizadas como o Theon Greyjoy.
Uma narrativa riquíssima na medida em que nos permite acompanhar a evolução das várias personagens bem como a acção simultaneamente em vários pontos de Westeros.

Neste volume, a minha relação de empatia com o anão Tyrion consolidou-se. Desde A Guerra dos Tronos que esta personagem é a minha preferida, tecendo, uma vez mais, brilhantes e espirituosas considerações que amenizaram o ambiente tenso que caracteriza esta narrativa. E adjectivo esta como tenso pois muito do que é lido em A Fúria dos Reis tem a ver com uma organização e estratégia militar que antecede uma batalha. Stannis está focado em conquistar o trono!

Em comparação com os volumes anteriores, achei o ritmo da trama mais moroso, justificado talvez pelo planeamento militar a que a trama se propõe. Não deixa, no entanto, de proporcionar um estrondoso final. Confesso que não me recordava do mesmo na série e tive que rever a cena no Youtube que está extremamente fiel e está deveras emocionante. Muito, muito bom!

Numa só palavra: A Fúria dos Reis é um livro viciante. Um adjectivo extensível a toda a saga. Embora conheça a história pois acompanho a série, é com grande entusiasmo que leio estes livros e respiro o ambiente de intriga e acção em Westeros.
O terceiro volume da série proporcionou-me uma excelente leitura e com uma vontade imensa em devorar a continuação, O Despertar da Magia.. Esta é, indubitavelmente, uma saga fantástica! Sem que imaginasse, dou por mim a ler com a mesma satisfação que um policial, estes livros do género Fantástico!


terça-feira, 12 de maio de 2015

Raphael Montes - Dias Perfeitos [Divulgação Editorial Companhia das Letras]


Data de publicação: Maio 2015 

               Preço com IVA: 15,90€
               Páginas: 336
               ISBN: 9789898775382

Sinopse: Téo tem 23 anos, estuda medicina e é vegetariano. De natureza solitária e introvertida, é contrariado que aceita ir a um churrasco, instigado pela mãe, paraplégica, de quem se ocupa quando não está a dissecar cadáveres nas aulas. Aí, conhece Clarice, uma jovem estudante de História de Arte que sonha tornar-se guionista de cinema. E apaixona-se. Vicia-se naquela rapariga rebelde, tão diferente das outras, tão livre.
Mas Teo não é apenas um tímido estudante de Medicina. A sua loucura vai-se insinuando na narrativa através de um perfeito e profundo desdém e egoísmo plenamente justificados pelos fins que pretende alcançar. E a insistência de Téo em rever Clarice e conhecê-la melhor, transforma-se numa perturbante perseguição, primeiro, numa verdadeira descida aos infernos, depois – baseada em Dias Perfeitos, o nome do guião que a jovem está a escrever.
Sedada e imobilizada, Clarice transforma-se numa prisioneira da obsessão calculista e fria de Teo, uma mente obsessiva e doentia que arrasta o leitor, a um ritmo electrizante, para o core de uma narrativa angustiante e paranóica. Onde a normalidade se suspende, é aí que Raphael Montes impressiona e surpreende num dos melhores thrillers escritos em português dos últimos anos.

Sobre o autor: Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Advogado e escritor, é também «uma estrela em ascensão» no panorama literário brasileiro. Estreou-se aos 20 anos com SUICIDAS, publicado pela editora brasileira Saraiva em 2012, um policial tão intrigante e surpreendente que o levou às listas de finalistas dos prémios Benvirá de Literatura 2010, Machado de Assis 2012 da Biblioteca Nacional, e São Paulo de Literatura 2013.
Grande apaixonado pela literatura policial e noir, Raphael Montes tem uma coluna semanal sobre o tema no Jornal do Brasil e foi recentemente convidado a participar numa antologia de policiais ao lado de nomes como Rubem Fonseca e Lygia Fagundes Telles.
DIAS PERFEITOS será brevemente adaptado ao cinema.


Tertúlias sobre Literatura na Fundação Calouste Gulbenkian

É já no sábado dia 16 que a Fundação Calouste Gulbenkian será palco de duas tertúlias muitíssimo interessantes.

Às 10h falar-se-á sobre Crime na Literatura, a tertúlia que mais me agradou! Com a participação de Raphael Montes (autor de Dias Perfeitos, recentemente publicado pela Companhia das Letras) e Claudia Piñero (autora de Tua, também lido por cá).

À tarde, mais concretamente às 15h, o debate será focado na literatura de ficção científica, onde estará Lauren Beukes (autora de As Raparigas Cintilantes) no painel de autores convidados.

Visitem a página da Gulbenkian para mais informações sobre este evento, aqui.

Apresentação Nuno Nepomuceno - A Espia do Oriente


É já amanhã! Estão todos convidados a assistir à apresentação do segundo livro da trilogia Freelancer de Nuno Nepomuceno! Estou quase a terminar o meu e não fica nada atrás d´O Espião Português, antes pelo contrário ;)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Paula Hawkins - A Rapariga No Comboio [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 8 Junho 2015 

               Preço com IVA: 16,99€
               Tradução: José João Leiria
               Páginas: 320
               ISBN: 9789898800541

O êxito de vendas mais rápido de sempre.  

De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante.
 

Sinopse: O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros.Todos os dias, Rachel apanha o comboio...
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia... Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

Sobre a autora: Paula Hawkins foi jornalista na área financeira durante quinze anos, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. Nascida e criada no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. A Rapariga no Comboio é a sua primeira obra, que imediatamente se tornou um verdadeiro fenómeno mundial, com mais de 2 milhões de livros vendidos em apenas 3 meses e já em processo de adaptação ao cinema pelos estúdios Dreamworks. A Topseller irá publicar a sua próxima obra, que já está a ser escrita, em 2016.

Leia aqui as primeiras páginas