Sinopse: Tudo começou com uma brincadeira de crianças...
Quem é que nunca jogou às escondidas? Quem nunca sentiu o entusiasmo de encontrar alguém no seu esconderijo perfeito?
Poppy está a brincar com a mãe, Mel. Poppy tem sete anos e a sua vida acabou de mudar radicalmente: tem um novo padrasto, um novo irmão, uma nova casa...
A menina esconde-se e a mãe procura-a. Mas o tempo passa e ela não aparece. A polícia é chamada. À hora do desaparecimento, testemunhas viram um carro a afastar-se do local. Um carro familiar. Ao volante ia Si, o homem com quem Mel está casada há apenas um ano.
Para a polícia é uma luta contra o tempo. Para Mel, cujo mundo foi virado do avesso, é uma questão de vida ou morte.
Opinião: Actualmente falam-se dos livros Em Parte Incerta e A Mulher Silenciosa como os melhores thrillers baseados em relações amorosas.
Este livro não é recente, remonta a 2009 e vai muito além de um desaparecimento de uma criança. À medida que o enredo se desenvolvia, comecei a perceber que muito do suspense tem origem no ponto que descrevi anteriormente, explorando a questão: Conhece bem o seu parceiro?.
Por isso, penso que a escolha da capa de facto não foi das melhores: estamos perante um thriller fabuloso. Este livro evidencia melhor do que nunca a importância das capas. Provavelmente Desaparecida ter-me-ia passado ao lado se a Catarina do blogue Páginas Encadernadas não me falasse do mesmo. E em boa hora o fez! Estava mesmo a precisar de uma leitura ávida como esta! Afinal de contas li Desaparecida em menos de 24 horas e se não tivesse que trabalhar, acreditem que o teria lido em menos tempo.
Tudo começa quando Poppy brincava com a mãe às escondidas e desaparece. A polícia é obrigada a intervir e a personagem principal, Mel, acaba por relatar não só o contexto actual como também regride até aos primórdios do seu envolvimento com Si, o homem por quem ela se apaixona e que vai adoptando comportamentos duvidosos à medida que a relação evolui.
Estas analepses servem para dar profundidade às personagens principais e a própria história da relação do casal, acabando por secundarizar, ainda que por momentos, o desaparecimento de Poppy. Acabam por se formar assim dois mistérios com uma linha condutora. A estes dois acontecimentos junta-se um terceiro caso: o de um estranho e macabro homicídio que adensa a trama e a torna ainda mais estimulante.
São muitos os temas que subtilmente são abordados e para quem lida diariamente com crianças, se tornam familiares. Com isto, devo dizer que vários pontos me chocaram, além da conduta de Si, como é evidente. A autora conseguiu explorar de um forma realista os problemas de adaptação das crianças a novos ambientes. Contudo, pareceu-me um pouco exagerado que em pleno século XXI, ainda existam preconceitos contra famílias fragmentadas.
São muitos os temas que subtilmente são abordados e para quem lida diariamente com crianças, se tornam familiares. Com isto, devo dizer que vários pontos me chocaram, além da conduta de Si, como é evidente. A autora conseguiu explorar de um forma realista os problemas de adaptação das crianças a novos ambientes. Contudo, pareceu-me um pouco exagerado que em pleno século XXI, ainda existam preconceitos contra famílias fragmentadas.
Como thriller psicológico, Desaparecida prendeu-me desde o início. Não lhe detectei informação supérflua nem momentos parados, o que justifica a leitura ávida que o livro me proporcionou. A escrita essa, é envolvente e fluída. A tensão do enredo é palpável.
Além da história envolvente, os cenários construídos foram propícios para o ambiente pesado que se gerou. O armazém onde vive a família, frequentemente envolto em névoa onde constantemente se ouvem barulhos é arrepiante, sensação essa facilmente transponível para o leitor.
Como referi, penso que as personagens estão extremamente bem caracterizadas. Muito à custa dos extensos relatos de Mel. O leitor deduz que esta é uma personagem carente. Mãe solteira, não terá tido sorte com o parceiro aquando o nascimento de Poppy e após conhecer Si, entrega-se em demasia, uma reacção comum em resposta à carência de afecto. Embora o leitor esteja constantemente alerta sobre o personagem masculino.
A cereja em cima do bolo foi o final. Completamente inesperado, um twist que me deixou boquiaberta. De facto, tenho os livros Viagem Sem Regresso e Presságio da Sereia que tenciono ler em breve, tal foi o meu entusiasmo com este Desaparecida.
A cereja em cima do bolo foi o final. Completamente inesperado, um twist que me deixou boquiaberta. De facto, tenho os livros Viagem Sem Regresso e Presságio da Sereia que tenciono ler em breve, tal foi o meu entusiasmo com este Desaparecida.
Em época de feira do livro, agora que li este livro, não poderia deixar de sugerir aos fãs de thriller psicológico. Está a um preço convidativo e acredito que no evento, o mesmo será ainda mais apelativo. Recomendo!
Para mais informações sobre este livro, clique aqui.
Gosto muito desta autora e a Vera vai gostar imenso dos outros dois. O primeiro que li foi o "viagem sem regresso" e já faz tempo que não sai nada novo da Katy Gardner, uma pena. Amanhã vou de férias e levo comigo "A hipótese do mal", do Donato Carrisi. Devorei "O sopro do mal"depois de ter lido a sua opinião sobre o mesmo, e não me desiludiu. Adoro o seu blogue.Um beijinho.
ResponderEliminarOlá Boa constritor! Obrigado pelo seu feedback, fico muito contente que goste não do meu mas do nosso blogue pois o que eu mais gosto nestas lides é de conhecer pessoas com gostos tão semelhantes aos meus. Fiquei muito muito curiosa com os outros dois livros! O Sopro do Mal é um dos meus livros preferidos ;) Espero que goste tanto d´A Hipótese do Mal quanto eu! Boas férias, um beijinho e obrigada novamente pelo comentário ;)
EliminarOi, Vera!! Tenho curtido muito seu blog. Suas dicas são excelentes. Obrigada, menininha!!
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