Opinião: A Quinta Estação foi um livro muito aguardado pelos fãs do autor sueco. Pessoalmente, já esperava pela publicação deste título há 4 anos! Afinal de contas, a tetralogia de Mons Kallentoft abordava o delicado caso de Maria Murval, sem, no entanto, o ter concluído. A Quinta Estação debruça-se sobre os contornos mórbidos da jovem que fora violada e brutalmente agredida, concluindo a saga. Todavia e felizmente, parece-me que a série terá continuação.
Malin Fors deixou saudades e ei-la tão convicta em fechar o caso que a obcecou logo desde o primeiro livro da saga, Sangue Vermelho Em Campo de Neve. Depois, ao longo que a série prosseguia com Anjos Perdidos em Terra Queimada, Segredo Oculto em Águas Turvas e Flores Caídas no Jardim do Mal, o autor foi criando um suspense maior em torno da situação de Maria Murvall. Assim sendo, não faz sentido enveredar pela leitura de A Quinta Estação sem previamente ter lido a tetralogia das estações do ano.
Lamento o compasso de espera entre a publicação da tetralogia e do presente livro, que desencadeou um natural esquecimento de factos mais concisos referentes às histórias anteriores. Não me recordava de todo de Peter, o companheiro de Malin. Não tinha presente as vidas dos colegas de Malin e suas interacções. Lembrava-me apenas, em linhas gerais, da relação entre Malin e a filha que me parece mais consolidada nesta trama e de vagos pormenores referentes à Maria Murval.
Mons Kallentoft é um autor bastante peculiar, dando voz às vítimas das tramas. Há uma enorme carga melancólica que se revela na escrita e em A Quinta Estação, o autor não esqueceu de enfatizar as vítimas da violação bem como os inúmeros apelos de Maria a Malin para que apanhasse quem tanto a fez sofrer. Nem todos os leitores apreciam, no entanto, penso que estes trechos tornam a trama ainda mais convincente e torna a dor muito mais realista.
A definição dos sentimentos não interfere com a acção e rapidamente nos apercebemos da dimensão do episódio sofrido por Murvall. E torna-se bastante chocante na medida que aborda uma série de crimes infames contra as mulheres. Pessoalmente sou bastante sensível ao tema e este é tratado de uma forma bastante directa, sem floreados e o ambiente torna-se soturno. A intensificar esta percepção, a constante luta interior de Malin Fors.
Em suma, A Quinta Estação foi um livro que muito me agradou. Apesar deste quinto volume ter fechado já a situação arrastada de Maria Murval, a série tem potencialidade para continuar. Lá fora já saiu até ao 9º. E eu aqui com imensa vontade para acompanhar a série! Faço votos que continue a ser publicada.
Gostei muito deste, mas li-o em francês, pois não quis aguardar. As traduções para português dos autores nórdicos demoram de mais. Gostei muito deste. Li também o seguinte "Anges Aquatiques", continua a apresentar as personagens já nossas conhecidas com os seus problemas, dores, pequenas vitórias. Introduz um novo tema que abarca já a vida familiar da médica legista...
ResponderEliminarAinda haverá outro com Malin Fors, infelizmente também não traduzido em português.
Entretanto, Mons Kalentoft já criou um novo anti herói, mas numa escrita a duas mãos com outro autor.
Lá irei à tradução francesa...
Estou na dúvida se me apetece ou não continuar no Kalentoft... Por um lado sinto saudades da Molin, por outro aborrece-me... a introspecção, o ritmo... : ( fico triste se não souber a resolução do caso da Maria Murval...
ResponderEliminarOlá
EliminarCom a quinta estação fica a saber-se o que se passou com Maria.
Com o seguinte, "Angra aquatiques", não publicado em português, continuamos a acompanhar Malin e a sua filha, que irá ganhar algum protagonismo no seguinte, "souls of air".
Digo "Anges"
EliminarDigo,"Anges"
EliminarJá saiu mais algum livro em Portugal da saga Malin Fors depois de "A Quinta Estação"?
ResponderEliminarInfelizmente não :(
EliminarOlá
EliminarSe lê em francês ou inglês já foram publicados "anges aquatiques" e "souls of air". Li o francês.
Obrigada pela informação, Sílvia! :D
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