quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mari Jungstedt - Ninguém viu


Terminado mais um livro oriundo da Escandinávia, o que posso dizer é que me sinto mais cativada por estes livros.

Adorei este livro. A forma como a história está escrita, objectiva e concisa, não se perde com pormenores secundários. Este facto é talvez explicativo do número de páginas, cerca de 200, que se devoram num ápice!

Os crimes são hediondos, muito bem descritos, dotados de uma frieza fundamental neste tipo de literatura.
A investigação é muito misteriosa, sendo que o leitor nunca desconfiará do assassino e das suas propensões para o fazer. No entanto com o decorrer do livro, encontramos feedbacks desta personagem, onde retratam situações infantis e que a motivam para o homicídio. Desperta sentimentos de pena até... Estas motivações explicam o porquê e a ordem dos homicídios, facto esse que achei bastante interessante e inesperado.

Depreendo que este livro foi além do policial, retrata com tacto as relações humanas e as suas vulnerabilidades. Fez-me esboçar um sorriso em certas partes com duas personagens ao identificar-me com sentimentos passados. Gostei imenso desse pormenor!

Aponto como pontos fracos alguns aspectos. Um deles é o facto de toda a história estar escrita em Junho, e no entanto é dito que se passaram dois meses entre os homicídios... é um pouco impossível!
Abstraindo-me desse ponto, depois daquele final tão intenso e rápido quis mesmo saber do final de uma personagem que ficou em aberto... talvez venha descrito no segundo volume da saga de Gotland, mas quando chegará a Portugal? Sendo que este livro data de 2003 e é editado apenas em 2010... Agora espero ansiosamente por mais livros desta autora.
Outro aspecto menos positivo é a sinopse do livro, que na minha opinião tem um spoiler. Diz que Frida é antiga colega de escola de Helena. OK e se não estivesse lá este aspecto, eu acredito que o impacto surpresa teria sido maior, até porque esta ligação é descoberta já quase no desenlace final do livro.

A minha maior critica é talvez esta: porque demoram a editar estes livros, vindos do Norte, no nosso País?

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