Sinopse: Ao longo da sua carreira como médica-legista, a doutora Maura Isles já fez muitas autópsias, mas nunca imaginou que um dia o cadáver que veria na marquesa seria exatamente igual a si, a sua dupla perfeita. Um exame de ADN confirma o facto espantoso a Maura, que é filha única: a sósia misteriosa é, com efeito, sua irmã gémea. Ao investigar o homicídio, a detetive Jane Rizzoli irá levar Maura numa perturbadora excursão a um passado recheado de segredos tenebrosos e macabros. Maura quer saber mais sobre a família que nunca conheceu, sobre a mãe que a abandonou, a si e à sua irmã, para descobrir quem realmente é… mas estará preparada para a verdade?
Opinião: Duplo Crime é o quarto livro da série protagonizada por Maura Isles e Jane Rizolli. Estou a ler esta série ordenadamente (O Cirurgião, O Aprendiz e A Pecadora) e ando fascinada com a escrita e as histórias (macabras) desta autora. Apesar de me ser muito dificil optar por um livro preferido de Gerritsen, na minha opinião, este não foi tão bom quanto o anterior, A Pecadora. No entanto, há um aspecto comum ao livro antecessor se não, com a série até então: o livro é de ávida leitura.
Basicamente em Duplo Crime, conhecemos um pouco mais sobre a vida de Maura Isles. A autora já tinha levantado as pontas sobre o passado bastante duvidoso da patologista e em Duplo Crime temos efectivamente a confirmação deste facto. Existe um entrosamento entre esta história que é claramente a dominante e uma outra, paralela, sobre o encarceramento de uma mulher, sendo esta mais uma vítima de um homicida. Ainda assim, ambas as tramas têm contornos cativantes, quer pelo aprofundamento da personagem Isles, quer pelo modus operandi do antagonista.
Quem conhece as tramas de Gerritsen sabe que a sua escrita é extremamente gráfica. Esta autora estende-se em detalhes referentes à terminologia médica, explicando-os convincentemente para leigos como eu. Os procedimentos das autópsias estão minuciosamente explanados, sendo por isso, factores que podem ferir as susceptibilidades do leitor. A mim agrada-me mesmo muito!
Esta é uma história que apela a uma reflexão sobre o quão o nosso DNA nos pode condicionar como ser humano. Sabe-se, pelos princípios de psicologia básica, que o nosso carácter é moldado pelo ambiente e pelos factores intrínsecos à sociedade mas será que a genética também terá influência? Fica a questão para vós. E para mim, que após o término da leitura, fiquei a remoer neste assunto.
Esta é, provavelmente, uma das minhas séries preferidas. Penso que já referi este facto em opiniões anteriores, volto a reforçá-lo, esta série é de facto muito boa dentro do género policial, não só a nível das tramas que espelham várias temáticas diferentes como também pelos pormenores forenses extremamente credíveis e por conseguinte, interessante. Para nao falar de uma dupla bombástica como Rizzolli e Isles. Comparativamente com os livros, a série homónima fica bastante aquém. Fica a curiosidade em ler o próximo livro da saga, o quinto, Desaparecidas.
Fiquei também com vontade de ler! Tantos livros para ler e pouco tempo e dinheiro para o fazer!
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