Sinopse: A primeira vítima foi encontrada pendurada numa corda.
A segunda, espancada até à morte, jazendo numa poça
de sangue. A terceira, decapitada. Os seus antecedentes
são tão diferentes como os métodos do seu assassinato.
Mas um pormenor arrepiante liga os três crimes: as suas
línguas foram cortadas e substituídas por uma colher de
prata. A polícia tem provas suficientes para acreditar que
está perante um raro e perturbador fenómeno: o
aparecimento de um serial killer, perverso e inteligente... E
tudo indica que ele vai matar outra vez.
Opinião: Terminei ontem à noite, a leitura ávida deste thriller, que posso desde já adiantar, um dos melhores que li até hoje! O número excessivo de páginas, ultrapassando as 500, em nada impede a rápida e emocionante leitura.
É um livro cuja edição standard infelizmente está esgotada, embora haja no mercado a versão da chancela editorial 11x17. Felizmente tive a sorte de encontrar este e o próximo livro do autor, Tempestade, numa loja em segunda mão. Ainda bem. Não sou fã de livros de bolso, confesso.
É um livro cuja edição standard infelizmente está esgotada, embora haja no mercado a versão da chancela editorial 11x17. Felizmente tive a sorte de encontrar este e o próximo livro do autor, Tempestade, numa loja em segunda mão. Ainda bem. Não sou fã de livros de bolso, confesso.
Não é difícil perceber o contexto dos assassinatos, basta atentar no título que claramente remete para a temática da Bíblia. Desconheço se o autor é entendido na matéria, eu admito que não o sou, de forma a que o livro foi também extremamente didáctico, tendo aprendido um pouco mais sobre os apóstolos de Jesus Cristo e a relação entre o Messias e Judas Iscariotas. Mesmo o menos entusiasta da matéria bíblica, irá certamente render-se a este magnífico thriller, uma vez que joga muito com o simbolismo e as metáforas retratadas no livro sagrado, aplicando-as ao mundo real sob o ponto de vista de um serial killer inteligente e estratega, mas igualmente maléfico. É portanto uma trama que aprofunda a temática da traição e da vingança, contextualizando uma série de valores morais que infelizmente são cada vez mais descurados em detrimento do capitalismo.
Embora a temática da religião associada ao homicida em série seja já recorrente, o autor explora-a de forma diferente, excluindo o cliché do assassino ter uma educação excessivamente religiosa.
A trama é repleta de suspense e revelações. Os assassinatos são macabros, descritos com grande rigor, bem como pormenores alusivos às autópsias. Poderão, por este motivo, ferir as susceptibilidades dos leitores mais sensíveis. O nível de violência bem como os métodos de tortura infligidos, são sobredoseados mas acabam por ser únicos, acabando por se destacar de tantos outros policiais que tenho lido.
O que me fascinou, desde o ínicio, foi a forma como o autor interpôs duas narrativas, de cariz independente centrando-se na personagem Redfern Metcalfe. Em 1982, Red depara-se com um dilema. Actualmente, o ano é 1998 e Red, agora na polícia, investiga os sucessivos e estranhos homicídios, perpetuados pelo Língua de Prata. As duas narrativas combinadas formulam um perfil bastante completo do protagonista, Red, um homem que admirei durante toda a história, apesar dos contratempos, pela sua humanidade.
O polícia é o perfeito exemplo de como a vida profissional se pode interpor na pessoal, situação recorrente talvez nas autoridades de investigação, uma vez que Red não tem horários e a sua motivação foca-se na descoberta do homicida que julga ser o Messias. O distanciamento para com a família, encontra-se bem explanado na narrativa de há 30 anos.
O polícia é o perfeito exemplo de como a vida profissional se pode interpor na pessoal, situação recorrente talvez nas autoridades de investigação, uma vez que Red não tem horários e a sua motivação foca-se na descoberta do homicida que julga ser o Messias. O distanciamento para com a família, encontra-se bem explanado na narrativa de há 30 anos.
À medida que a investigação avança, foi para mim, relativamente fácil de perceber o verdadeiro autor, depois de ter alguns suspeitos em vista. O móbil do crime, esse passa despercebido, até ao desfecho, verdadeiramente emocionante. Estou ansiosa em ler Tempestade, desta feita protagonizado por Kate, uma das investigadoras do caso, pensando eu que terá um papel de maior importância no segundo livro do autor.
Messias, volto a realçar, é um brilhante thriller. Irá certamente ficar na minha memória. Recomendo, sem qualquer tipo de reserva!
Tinha a certeza que irias adorar... Embora considerem tempestade em termos de qualidade,um pouco inferior... talvez... mas eu fiz o percurso inverso... li primeiro o 2º como sabes, e não achei inferior, é um livro muito dentro do mesmo género.... e com um final inacreditável, se este te surpreendeu... então prepara-te!
ResponderEliminarSe não encontrares o livro... posso emprestar-te.
Beijinhos.
Já cá tenho o Tempestade! Foi uma sorte descomunal, encontrei-o na mesma loja uns dias depois. A senhora da caixa disse que tinha lido este e o Messias e tinham sido livros memoráveis. Acho que sim... Vou ler em breve!
ResponderEliminarObrigada pela sugestão :D
Beijinhos, boas leituras!
Eu por acaso voltei aos livros qdo apareceram os livros da 11x70. O tamanho/peso dá-me jeito para trazer no comboio :) e também o preço é mais interessante. Mas entretanto conheci o teu blog e começei a aproveitar as promoçoes dos livros em tamanho normal e, efectivamente, se o preço for +- o mm prefiro os grandes :)
ResponderEliminarOnde é q encontraste? Tb quero :)
Reinaldo mas já leste este?
ResponderEliminarComprei os livros do Boris Starling na Cash Converters, conheces?
Eu por acaso ñ gosto mesmo nada das versões de bolso, mas reconheço que são mais práticas para levar nos transportes ;)
Ahhh obrigada! Fico lisonjeada em saber que sou desestabilizadora da tua carteira e gastos em livros ehehe
Já li há alguns anos, mas ficou na memória como um dos melhores livros que li...
ResponderEliminarDe facto, um livro inesquecível :D Um dos melhores que alguma vez li, tb ;)
EliminarTenho a sorte de ter lido este livro há uns anos e faz parte da minha colecção. Subscrevo tudo o que dizem é um dos melhores thrillers que já li. Também li Tempestade, mas esse embora bom, não conseguiu o mesmo impacto.
ResponderEliminarTenho que pegar no Tempestade, definitivamente ;) E os outros livros do autor já leste?
EliminarÁ um ano atrás, tomei conhecimento deste autor e adquiri o livro Messias, tenho que confessar, que sendo uma admiradora do género, este livro me fascinou, foi realmente dos melhores que li. Agora, depois de voltar a relembrar o autor, ficou o desejo de ler mais dele, o que me recomendam?
ResponderEliminarTambém tenho a mesma questão, ainda só li o Messias, que adorei! E tenho o Tempestade para ler também... :)
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