quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Chris Mooney - Sem Rasto [Opinião]

Sinopse: Quando a agente CSI de Boston Darby McCormick, encontra uma mulher emagrecida e em delírio escondida num caso de rapto violento, ela faz um teste de adn para identificar a desconhecida. O resultado confirma que a vítima foi raptada há cinco anos e, de alguma forma, conseguiu escapar de um calabouço no qual fora feita cativa.
Com um casal de adolescentes também desaparecido e a desconhecida gravemente doente, o relógio pressiona Darby na caça do raptor antes que mais alguém desapareça ou morra.

Opinião: Lamentável a MillBooks ter falido! A avaliar por este livro, penso que seria uma editora com bastante potencial. Isto para não falar da dificuldade que tive em encontrar este livro, depois de ter comprado O Amigo Secreto e ter percebido que este era o segundo de uma série.

O início da acção é bastante emocionante: remota a 1984, altura em que a protagonista, Darby McCormick, está num bosque com as amigas e testemunham os gritos de uma mulher, que tem um desfecho muito infeliz e que tornam Darby e as suas amigas, alvos a abater.
Depois em 2007, Darby tem 37 anos de idade e é investigadora da polícia de Boston. O seu novo caso é a investigação do desaparecimento de Carol Cranmore, acabando por espelhar o seu próprio passado.

Sem Rasto configura-se como um completo livro policial que tem como alicerces da investigação, as técnicas e procedimentos forenses, deliciando os fãs de CSI. Não obstante, as várias mortes e possíveis sequestros são da responsabilidade de um vilão, com uma complexa personalidade, finamente dissecada afim de entender a origem do mal. E a presença deste psicopata é intensificada pela própria estrutura da narrativa, escrita ora sob a perspectiva de Darby, ora pela do assassino, que desvenda a sua identidade antes do final.

A par desta, é uma história que enfatiza a vida pessoal das personagens, realçando os seus dramas. Como não podia deixar de ser, esta componente acentua-se em Darby, filha de um falecido polícia e de uma mulher doente, já em fase terminal. Desta forma, diria que Darby McCormick é uma heroína que se destaca, não só pelo historial familiar delicado, como pelo passado marcado pelo trauma ocorrido nos anos 80, que o autor dá a conhecer logo no início do livro.

Os capítulos são muito curtos, com bastante acção, tornando o livro muito rápido de se ler. O autor, como já referi, não se coíbe nos pormenores técnicos forenses,o que muito me agradou, por conferir um grande realismo à investigação.

Em suma, Sem Rasto é um livro muito intenso, repleto de acção e reviravoltas, logo daria uma excelente adaptação em filme. Li-o num ápice e tenciono ler em breve O Amigo Secreto, a avaliar por este livro, promete ser uma excelente leitura também.
Resta-me apelar às editoras portuguesas que publiquem as obras do autor. Tendo sido este o primeiro livro que li de Chris Mooney, este já é para mim, um inesquecível autor de policiais, sem qualquer margem para dúvidas.


1 comentário:

  1. Bem nunca tinha ouvido falar do autor nem desses livros dele...
    mas gostei e parece-me que seriam mesmo a minha medida :)

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