Opinião: Caminhos Sombrios entrou para o role dos livros preferidos de Sandra Brown. Esta autora proporciona-me sempre leituras emocionantes ainda que mescle uma componente de romance com o thriller.
Já li todas as obras publicadas em Portugal até então e esta, decididamente, é uma das histórias que mais me cativou. Embora a minha percepção tenha mudado ao longo da leitura.
Passo a explicar: quando o iniciei, confesso que não me convenceu aquele cativeiro da protagonista feminina, Emory. Ela corria quando perdeu os sentidos e acordou numa cabana de um desconhecido. Inicialmente desconhecemos o seu nome, não obstante o personagem masculino ter um certo carisma.
Claro que este acontecimento despoleta tantos outros que são uma verdadeira surpresa. Mas a minha percepção inicial foi de algum cepticismo. À medida que a leitura avançava, este sentimento foi dando lugar a um entusiasmo pelo livro.
De facto, como balanço global, creio que Caminhos Sombrios é um dos melhores livros publicados por cá pela autora. A história é extremamente complexa mas escrita de uma forma tão fluída, que a leitura se torna bastante ávida. Os protagonistas acabaram por se destacar entre os demais casais nas várias obras da autora. Emory é pediatra e acaba por ajudar uma menina, numa situação bastante comprometedora ainda que se encontre numa condição de cativeiro. Quanto ao protagonista masculino, do qual pouco sabemos inicialmente (nem sequer o seu nome), como referi mostra algum carisma. Além disso, parece ser este o antagonista da história. No entanto, Brown já nos habituou a personagens de contornos duvidosos. A fronteira entre o vilão e o antagonista difunde-se.
Por isso, o (inesperado) antagonista da história também é, ele próprio, um ego marcante. Mais não conto, deixo convosco o prazer de escrutinar o vilão nesta história.
O cenário e o ambiente da cabana ajustam-se bem à trama, conferindo uma sensação palpável de isolamento e desconfiança. A trama está muito bem pensada. Não é por acaso que Emory vai parar àquela cabana, que acaba por ajudar aquela menina e envolver-se, posteriormente, numa montanha russa de revelações. Todas as personagens têm algo a esconder e a mais óbvia que seria "o homem sem nome" acaba por ser a mais sincera.
A história surpreendeu-me diversas vezes sem que estivesse à espera.
Em suma, dos melhores livros que li da autora! Fico a aguardar que o próximo seja assim tão fantástico. Gostei mesmo muito!
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