Sinopse: AQUI
Opinião: Envolto numa excelente campanha de marketing, O Homem Nas Sombras foi um livro que me suscitou a atenção logo desde o primeiro instante. Além disso, foi para mim um prazer privar com a autora, Phoebe Locke, pseudónimo de Nicci Cloke, num evento organizado pela editora Planeta, à qual endereço os meus agradecimentos.
O encontro com a referida autora aumentou exponencialmente a minha expectativa para com a presente obra.
A premissa do livro é bastante interessante pois assenta num mito urbano, o do Slenderman ou Tall Man, que foi alvo de dois filmes (o segundo estreará no nosso país para o mês que vem). Confesso que estas lendas, com enfoque no terror e no folclore local, me deixam muito curiosa, daí estava em crer que a presente obra consubstanciava uma história poderosíssima.
Contudo, e sendo eu fã de filmes de terror, tenho já uma fasquia elevada no género pelo que, lamentavelmente, confesso que não senti esta componente de uma forma tão intensa quanto esperava.
A acção subdivide-se em três momentos temporais: em 1990, Sadie, ainda criança, está no bosque com amigas e faz um pacto. Em 2000, esta personagem e Miles descobrem que vão ter uma menina e actualmente, em 2018, a filha de Sadie, Amber, está envolvida nas gravações de um documentário sobre a sua condenação por homicídio.
Portanto o mistério principal que a autora propõe consiste em saber como se interligam estas três subnarrativas e, pessoalmente, enquanto lia, ia-me questionando se Amber cometera o crime, de facto, e qual seria a sua motivação. Um simples mito urbano poderia conduzir uma adolescente a um destino tão trágico?
Devo confidenciar que não gostei tanto da obra como esperava. Achei a trama demasiado morosa, repleta de pormenores que, salvo melhor opinião, considerei pouco relevantes para a história e eu, definitivamente, aprecio narrativas com um ritmo mais frenético.
Além disso, pensei que a narrativa se cingisse mais ao género de terror, ao estilo de O Homem de Giz, o que não aconteceu. Culpa novamente das minhas expectativas.
Além disso, consegui identificar algumas vulnerabilidades no enredo. Ainda hoje subsiste a dúvida: este Tall Man existiria de facto ou seria apenas um mito que motivou toda a história de Sadie? Creio que carecia de uma explicação mais aprofundada.
No que concerne ao desfecho, devo confidenciar que considerei o mesmo anticlimático. Esperava um final mais intenso.
Em suma, apesar de ter gostado imenso da autora Phoebe Locke, pela sua simpatia e simplicidade, talvez por isso, aumentando as expectativas para esta leitura, infelizmente não apreciei o livro quanto gostaria. Contudo reconheço que esta leitura foi desafiante na medida em que me senti impelida a pesquisar sobre este mito que desconhecia até então.
Sem comentários:
Enviar um comentário