Sinopse: AQUI
Opinião: Este é um livro cuja premissa seduz imediatamente. Em 24 de Dezembro de 2013, em Boston, um homem caminha nu, coberto de sangue, transportando uma cabeça feminina decapitada. É neste contexto que este homem é transferido para um hospital psiquiátrico, onde é acompanhado pelo dr. Jenkins e por uma agente do FBI, Stella Hyden que tentam descortinar as motivações daquele que virá a ser conhecido como o Decapitador.
Ainda que a premissa seja aparentemente simples, o desenvolvimento da história é complexo e, na minha opinião, tal deve-se, sobretudo, à forma como esta é narrada, em três tempos diferentes. Pessoalmente aprecio narrativas nestes moldes pois permite-nos saber, simultaneamente, os eventos nos três momentos temporais e, no caso de O Dia em Que Perdemos a Cabeça, temos um verdadeiro quebra-cabeças que se vai construindo lentamente.
Ainda que os diferentes tempos narrativos estejam devidamente identificados acabei por me sentir algo confusa em alguns momentos, pois por mais hipóteses que levantasse, não conseguia interligar essas três sub-narrativas de uma forma lógica e coerente. Não vislumbrei, ao longo da trama, qualquer indício que me mostrasse que a acção primitiva, remontando ao ano de 1996, tivesse alguma ligação com as duas narrativas passadas em 2013.
Deixei-me então levar pela descrição das férias da família de Amanda Maslow em Salt Lake, onde a mesma, começa a passar por provações bizarras. Só muito posteriormente é que descortinamos qual a conexão entre as narrativas, motivo pelo qual a leitura de O Dia Em Que Perdemos A Cabeça me deixou constantemente intrigada.
Por apresentar estes elementos, bem como capítulos curtos, considerei a obra bastante viciante.
O ambiente intimidou-me, em certas passagens. É tenso e pesado e creio que consigui identificar alguns elementos macabros à moda de Stephen King.
Gostei igualmente de ver a narrativa do presente título alicerçada em dois protagonistas que relatam as suas perspectivas na primeira pessoa, revelando diferentes visões de uma realidade e intercalando com um narrador omnipresente que observa tudo do lado de fora.
Considerei a história intensa e bastante original levando-nos a uma reflexão sobre delírios e mentes perturbadas, mas também sobre até que ponto alguém é capaz de manipular o seu semelhante. Ainda que as temáticas me tenham deslumbrado, bem como a montagem gradual do quebra-cabeças, não fiquei tão impressionada como gostaria com o final, muito embora o mesmo não tenha influenciado a minha apreciação final da obra.
Segundo pude apurar, a este livro seguir-se-á uma continuação que, aparentemente, responderá devidamente às pontas soltas que foram deixadas.
Segundo pude apurar, a este livro seguir-se-á uma continuação que, aparentemente, responderá devidamente às pontas soltas que foram deixadas.
Estamos, decididamente, perante uma grande aposta da Suma de Letras para o início de 2019. Em suma, O Dia Em Que Perdemos a Cabeça é uma conspiração envolvente pautada por momentos arrepiantes. Uma história intrincada, para começar o ano em grande.
Olá existe alguma opinião sobre o homem das cavernas do lier Horst? Gostava de saber a tua critica verovsky obrigado 😁
ResponderEliminarHallo Andreia! Esse livro está na (eterna) pilha dos para ler... ehehe Mas conto lê-lo em breve (pelo menos assim o espero). Um beijinho e boas leituras!
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