Depois de ter lido um livro deste autor, Ossos, rapidamente me interessei por ler os restantes livros protagonizados por Ben Cooper e Diane Fry. Gostei da escrita do autor, do enredo e claro, das personagens principais comuns, que parece que evoluem a cada livro que desfolho deste autor.
A história deste livro gira em torno de Mansell Quinn, um homem que foi libertado da prisão depois de passar quase 14 anos. Enclausurado por ter morto a amante, Quinn inicialmente acarreta a culpa, no entanto surge qualquer coisa na vida deste homem e ele acaba por alegar a sua inocência. Mais eis que a ex-mulher de Mansell morre, deixando a dúvida no ar: terá sido ele a matar as duas mulheres? E porque razão os dois amigos, Raymond Proctor e Will Thorpe se distanciaram no momento em que Quinn foi acusado?
Esta é a história fulcral do livro sendo complementada com duas tramas secundárias, mas igualmente interessantes: a desconfiança de Diane face à sua irmã após 15 anos sem se verem e um alegado mito de um homem encarcerado numa gruta na região de Derbyshire.
Adoro a personagem Ben Cooper. Ele é um jovem polícia em Peak District e tenta seguir a todo o custo as pegadas de Joe Cooper, também polícia e morto no cumprimento do dever. Mas este infeliz incidente não amargou o carácter de Ben, que é uma personagem honesta, com bom senso, assertiva, astuta e cordial.
Por outro lado Diane é mais áspera. Teve uma vida dura (e os livros vão revelando ainda que não totalmente, os traumas causados por certas situações na sua infância). Por isso até é quase compreensível a forma como ela, desprezadamente, trata as pessoas em seu redor. E Ben é uma delas. Mas aqueles despiques a meu ver, vão além do mero feitio de Diane, perguntando-me constantemente a mim própria se estará por aqueles lados uma dissimulada química.
Um aspecto que adoro na escrita do britânico Stephen Booth é a forma delicada e elegante com que ele descreve os crimes mais hediondos, assemelhando-se por vezes à sua conterrânea Agatha Christie. O autor tem um especial cuidado na descrição dos cenários, descrevendo-os com bastante realismo. Ao trabalho dos espeleólogos na gruta, o autor facilmente recorre a uma pormenorização deveras consistente, a ponto de transmitir o sentimento de claustrofobia ao leitor. Por isso a árdua tarefa de Stephen Booth em combinar um local turístico num antro de crueldade é muitíssimo bem conseguida!
Apesar do elevado número de páginas, penso que o enredo tem muito poucas partes mortas. A expectativa em desvendar a verdade aumenta em em largos passos até às últimas páginas do livro. A curiosidade é aguçada com alguns twists inesperados no decorrer da acção. Embora a acção decorra a um ritmo relativamente lento, Stephen Booth quer assegurar-se que, por um lado aborda consistentemente as três tramas, por outro contextualiza as personagens de forma a que, sejam perceptíveis e empáticas com o leitor. Com isto quero dizer que os livros podem ser lidos independentemente dada a singularidade de cada caso de Ben Cooper e Diane Fry.
Um livro que, na minha opinião, supera o anterior Ossos, devido essencialmente à abordagem interessante e reflexiva da temática dos crimes passionais e o aspecto curioso dos primeiros testes de ADN na conciliação da criminologia. Um livro que recomendo, sem sombra de dúvidas, essencialmente aos amantes do policial "polite"!
A história deste livro gira em torno de Mansell Quinn, um homem que foi libertado da prisão depois de passar quase 14 anos. Enclausurado por ter morto a amante, Quinn inicialmente acarreta a culpa, no entanto surge qualquer coisa na vida deste homem e ele acaba por alegar a sua inocência. Mais eis que a ex-mulher de Mansell morre, deixando a dúvida no ar: terá sido ele a matar as duas mulheres? E porque razão os dois amigos, Raymond Proctor e Will Thorpe se distanciaram no momento em que Quinn foi acusado?
Esta é a história fulcral do livro sendo complementada com duas tramas secundárias, mas igualmente interessantes: a desconfiança de Diane face à sua irmã após 15 anos sem se verem e um alegado mito de um homem encarcerado numa gruta na região de Derbyshire.
Adoro a personagem Ben Cooper. Ele é um jovem polícia em Peak District e tenta seguir a todo o custo as pegadas de Joe Cooper, também polícia e morto no cumprimento do dever. Mas este infeliz incidente não amargou o carácter de Ben, que é uma personagem honesta, com bom senso, assertiva, astuta e cordial.
Por outro lado Diane é mais áspera. Teve uma vida dura (e os livros vão revelando ainda que não totalmente, os traumas causados por certas situações na sua infância). Por isso até é quase compreensível a forma como ela, desprezadamente, trata as pessoas em seu redor. E Ben é uma delas. Mas aqueles despiques a meu ver, vão além do mero feitio de Diane, perguntando-me constantemente a mim própria se estará por aqueles lados uma dissimulada química.
Um aspecto que adoro na escrita do britânico Stephen Booth é a forma delicada e elegante com que ele descreve os crimes mais hediondos, assemelhando-se por vezes à sua conterrânea Agatha Christie. O autor tem um especial cuidado na descrição dos cenários, descrevendo-os com bastante realismo. Ao trabalho dos espeleólogos na gruta, o autor facilmente recorre a uma pormenorização deveras consistente, a ponto de transmitir o sentimento de claustrofobia ao leitor. Por isso a árdua tarefa de Stephen Booth em combinar um local turístico num antro de crueldade é muitíssimo bem conseguida!
Apesar do elevado número de páginas, penso que o enredo tem muito poucas partes mortas. A expectativa em desvendar a verdade aumenta em em largos passos até às últimas páginas do livro. A curiosidade é aguçada com alguns twists inesperados no decorrer da acção. Embora a acção decorra a um ritmo relativamente lento, Stephen Booth quer assegurar-se que, por um lado aborda consistentemente as três tramas, por outro contextualiza as personagens de forma a que, sejam perceptíveis e empáticas com o leitor. Com isto quero dizer que os livros podem ser lidos independentemente dada a singularidade de cada caso de Ben Cooper e Diane Fry.
Um livro que, na minha opinião, supera o anterior Ossos, devido essencialmente à abordagem interessante e reflexiva da temática dos crimes passionais e o aspecto curioso dos primeiros testes de ADN na conciliação da criminologia. Um livro que recomendo, sem sombra de dúvidas, essencialmente aos amantes do policial "polite"!
Não li a tua opinião sobre "Ossos"... Ups!..
ResponderEliminarE só li ainda do autor "O Toque da Morte", e ao contrário da maioria das pessoas que o leram e ñ apreciaram, eu gostei imenso da escrita do autor, da história, da proximidade que senti c as personagens...
Por isso, não podia deixar de te dizer que mesmo sem ter lido este livro, concordo contigo em quase tudo o que escreveste (o que falta deve-se apenas à história em causa).
;)**