Robin Cook é um nome já conhecido na literatura do suspense, sobretudo pela descrição de procedimentos já bastante comuns em hospitais, tendo sido apelidado de "mestre do thriller médico". Foi com Cura que me estreei neste autor e passo desde já a tecer algumas considerações sobre o livro.
É o primeiro dia de trabalho de Laurie Montgomery, após dois anos de interrupção por motivos de saúde do seu filho e ela recebe um caso de uma morte de um homem, aparentemente comum de causas naturais. Mas Laurie vem a descobrir que o homem foi assassinado. O caso revela ser ainda mais chocante quando se conhece a identidade deste homem. Satoshi Machita afinal de contas, é um ex-investigador da Universidade de Quioto e detentor de uma patente relativa a células estaminais. Posto isto, quem teria razões para matar Machita?
É o primeiro dia de trabalho de Laurie Montgomery, após dois anos de interrupção por motivos de saúde do seu filho e ela recebe um caso de uma morte de um homem, aparentemente comum de causas naturais. Mas Laurie vem a descobrir que o homem foi assassinado. O caso revela ser ainda mais chocante quando se conhece a identidade deste homem. Satoshi Machita afinal de contas, é um ex-investigador da Universidade de Quioto e detentor de uma patente relativa a células estaminais. Posto isto, quem teria razões para matar Machita?
Devo confessar que, inicialmente, me custou entrar na história. O extenso role de personagens de nome oriental constituiu uma tarefa deveras dificil na associação de papéis e de importância na trama. Mas Cook facilita esta função através de um levantamento dos vários intervenientes, tendo sido fundamental a consulta desta lista enquanto decorria a leitura do livro. E como constatei no início, este é o primeiro livro do autor, por isso desconheço se Cook utiliza esta abordagem nas demais obras ou se o fez, pela primeira vez, numa tentativa de auxiliar o leitor na distinção das várias personagens, tarefa esta complicada dada a natureza toponímica.
Desta forma, também foi a primeira vez que li sobre Laurie Montgomery, uma personagem já habitual nos livros de Robin Cook. Após uma breve apresentação sobre a mesma, sinto que foi pouco e que, deveria ter começado a ler os seus livros a partir do momento em que esta personagem surge nos seus enredos, afim de a conhecer bem e de ter ainda mais empatia do que a conseguida através deste livro. Parece-me que em Cura, a personagem regressa após a licença de maternidade, e esta fase foi um tanto ou quanto complicada dado que o seu filho bebé foi vítima de um neuroblastoma potencialmente fatal.
A necessidade de precisar de ler os livros anteriores com esta protagonista advém também do facto desta ser extremamente neurótica. Porque o é, não sei, mas penso que vai além do neuroblastoma do filho. Confesso que fiquei curiosa como terá sido o livro anterior e como terão os pais ultrapassado este problema, desconfiando que este terá sido um livro mais perturbante e desconfortável. Ao denotar que Laurie é casada com Jack Stapleton, também este médico legista, cuja presença é fulcral nas tramas anteriores de Robin Cook, suscitou-me uma certa curiosidade também, em acompanhar a evolução da relação entre estas duas personagens.
Um outro pormenor que me parece imponente é a própria trama. Ora, e tendo eu já ouvido falar diversas vezes da mestria em que o autor escreve sobre suspense médico, notei alguma carência desta componente no livro. A trama trata essencialmente de assuntos sobre conspirações e ajuste de contas no seio da máfia japonesa, entrelaçando com um conflito de interesses por parte de uma associação norte americana. O tópico da ciência está presente pois claro, na abordagem do tema de células estaminais.
Mas estes pontos em nada invalidam a qualidade do autor. Então vejamos, o livro inicia-se com uma grande cena de acção, de onde resulta um morto, passagem esta muito bem descrita, ora não fosse ele, Robin Cook, que pormenoriza golpes, concussões e outras maleitas tais, que só um médico conseguiria descrever. com esta precisão. E mais, estas descrições, que mostram o quão vulnerável é o corpo humano, apesar de realistas, não chocam, pela escolha certa das palavras e pelo tom sóbrio mas quase como poético com que estas são conjugadas.
Um enredo que apresenta tanto suspense como picos de acção, motivando o leitor na sua leitura e ultrapassando os obstáculos referidos anteriormente. O arranque é lento mas o desenrolar da acção é deveras interessante.
Gostei do livro e depressa irei ler outros do autor. Estado Crítico e Mutação já se encontram na estante mas rapidamente se irão juntar a estes muitos mais. Recomendo o autor e o livro, mas acima de tudo, aconselho a leitura das obras por ordem cronológica, de forma a que acompanhemos a evolução das personagens Laurie e Jack, para melhor apreciar toda a envolvente pessoal destes intervenientes.
O Robin Cook é um dos meus autores favoritos e já li vários livros dele. Confirmo, no caso da Laurie e do Jack, o melhor é realmente ler os livros por ordem. O meu livro favorito dele foi "O Marcador", aconselho ^^
ResponderEliminarBoas leituras :D